Nada é por acaso
Assim que Maite colocou o sinto, Willian acelerou o carro em velocidade.
Durante o trajeto, a anja ficou uma pilha de nervos, apertando os cadernos que estavam sobre suas pernas e calculando cada reação própria, mas aquele homem sabia ser atrativo, tanto que mesmo estando nervosa ele conseguiu fazê-la sorrir de muitas tolices. Sua presença era agradável, e além de ser muito bonito, William lhe proporcionava uma sensação de segurança.
William: Adorei o meu sono da noite passado.
Ela estranhou a fala repentina e sem sentido.
Maite: Adorou... Por quê?
William: Porque sonhei com você - rebateu com um sorriso malicioso.
Maite, decidiu não levantar mais a cabeça para olhá-lo. Suas maçãs do rosto estavam coradas como duas reais "maçãs".
William: Sonhei com a nossa dança na noite do meu aniversário... Além disso, depois do que sua irmã, Dulce me contou a respeito de você não dançar muito, confesso que senti certo orgulho.
Maite: Não levo jeito pra essas coisas - sorriu - Sou desengonçada demais - ele parou o carro freando de repente e assustando a pobre garota, mas logo ela entendeu que já haviam chegado ao destino final.
William: Não diga isso - retornou de forma retórica ao assunto - você dança muito bem.
Maite: E você é um péssimo mentiroso - a gargalhada suave de Maite fez com que os olhos de William se vidrassem nos lábios da anja. May percebendo, pausou o que fazia.
William decidiu se aproximar, provocando nela uma onda de tremor por todo o corpo. As mãos grossas e macias dele se encaixaram no seu rosto, mas, Maite se afastou intimidada.
William: Sim muito... Acho que me atrevi demais - ele passou as mãos pelo cabelo, agoniado e envergonhado. Nem mesmo ele sabia explicar porque estava sendo tão irracional, descontrolado perante aquela mulher.
Maite queria beija-lo, muito, mas temia por inexperiência e uma timidez anormal em dizer que ele seria o primeiro a toca-lá daquela maneira tão comum para muitos, porém, não para ela.
Maite: Não se preocupe, você não foi abusado. Eu só não quero decepcionar você.
Willian: Me decepcionar. Por quê está falando isso? Não acredito que seria possível.
Maite: Bem, eu acho que sim... Digamos que não sou uma das mais experientes nesses assuntos - ela corou em seguida, enquanto o sorriso se estampou no rosto de William. O que o fez tentar se aproximar novamente dela, sussurrando perto do seu rosto
William: Não tenha medo, é algo simples - Maite repensou suas próprias inseguranças naquele momento. Ela não podia renegar a vontade. Era tentador demais.
Então, William a encarou com ânsia e seus lábios tocaram os dela.
Naquele segundo a Anja sentiu que estava perdendo tempo demais. Aquele toque era calmo, terno e acolhedor, como duas partes sensíveis de um mesmo corpo. Ela percebeu que não precisava se movimentar quando ele era quem conduzia perfeitamente bem todos os movimentos dos seus lábios. Foi possível aproveitar cada instante. William não parecia ter pressa e nem interesse em soltá-la. Ambos se entregaram para o beijo como nunca havia feito em suas vidas.
É tão diferente de como eu imaginava...pensou ela.
Seu medo, agora, já estava a quilômetros.
Quando enfim se afastaram, sem perceber, ela permaneceu de olhos fechados até ser tocada novamente.
William: Você é linda - suspirou - Já te falei isso antes?
Maite: Eu não sei... - respondeu baixo, ainda sob efeito do beijo - Sou só uma pessoa de 20 anos que nunca beijou ninguém. Não me sinto nada especial por isso - ela sorriu em deboche de si mesma e ele pausou sua risada, pondo seus dedos sobre a boca dela, acariciando-a com o polegar.
William: Não fale assim. Você é um ser muito especial, Maite, nunca se envergonhe de ser ingênua, pelo contrário , devia se orgulhar.
Maite: Preciso entrar - falou já não suportando mais a vergonha de estar ali, naquela situação.
Se permanecesse como estavam, nem mesmo ela própria saberia dizer o que podia acontecer.
William: Claro, não vou tomar seu tempo, mas - a interrogação dele foi cativante - posso passar aqui para conversarmos mais tarde?
Maite: Sim - respondeu.
William: Ótimo! Daqui a pouco nos vemos - respondeu com um leve beijo no rosto de despedida.
William era cavalheiro o suficiente para entender que ela precisava ficar sozinha depois daquela nova descoberta.
__________
Vendo o carro se afastar, Maite entrou saltitante como uma criança de oito anos. Sentia-se leve, liberta, eufórica. Ela sorriu da sua própria reação e de como aquilo era diferente.
Namorada ele não deve ter.
Pelo menos até agora ela não existia em sua mente.
Até que seu sorriso foi ganhando fim ao notar que sua irmã, parada no meio do corredor, não aprecia estar disposta a compartilhar felicidade com ela.
Maite: Boa tarde, senhorita.
Anahí: Péssima tarde.
Maite: Aconteceu alguma coisa para estar com essa cara tão ruim?
Anahí: Sim, aconteceu.
Dulce: O que as duas fazem paradas ai? - disse pousando na porta e se recompondo, afastando do rosto os cabelos emaranhados pelo vento.
Anahí: Que bom que as duas chegaram. Eu gostaria de esclarecer algumas coisas.
____
Anahí puxou do bolso a carta que acabara de ler entregando-a em suas makes. Ambas pareceram confusas, mas não se tardaram em ler e compreender o que acontecia.
Os seus semblantes foram de dor e horror quando cada estrofe da carta terminava. Andando de um lado ao outro na sala, Anahí se mostrou impaciente aguardando o termino da leitura das irmãs.
Dulce: Como assim? O que significa isso?
Anahí: Significa que precisamos procurar por respostas.
Maite: Mas, Annie, nossa mãe deixa claro que não devemos procurar por nada.
Anahí: E você pretende fazer o que?! Obedecer? - disse alterada - Fingir que não sabemos que nossa mãe foi morta, e sabe-se lá por quem!
Dulce: Essa história está muito mal contada. Quem lhe entregou essa carta?
Anahí: Silas.
Dulce: E ele disse mais alguma coisa?
Anahí: Apenas que ela pediu que ele me entregasse a carta caso algo lhe acontecesse.
Maite: E porque ele não disse nada antes?
Anahí: Esse drama eu já fiz, Maite. A questão maior agora é saber como vamos descobrir quem fez isso.
Maite: Ainda não acho correto. Nossa mãe nos fez um último pedido...
Anahí: Não importa! - gritou interrompendo a anja - Preciso saber o que aconteceu, e se você vai ajudar, eu irei sozinha.
Dulce: Chega, Anahí! Temos que manter a calma. Assim nada vai se resolver. - pensou - E que livro é esse que ela menciona aqui - repetiu apontando no papel.
Anahí: Ele está na biblioteca, em cima da mesa de escrita.
Suspirando para manter a calma, a fada firmou os pés no chão.
Dulce: Vou tomar banho e dar uma olhada nele, enquanto isso, Annie, tente se acalmar. Esse não é o momento para nos três discutirmos, ao invés disso vamos tentar resolver tudo.
_________
Dulce subiu rapidamente as escadas, deixando as duas para trás. Anahí se sentou no sofá, revoltada por ter que esperar mais para investigar, porém a insistência não saiu da sua mente...
Eu vou descobrir.
Enquanto estava perdida no próprio desejo, Maite se sentou ao lado da irmã, ainda de cabisbaixa. Anahí ignorou a reação dela, e continuou a pensar nas suas possíveis ideias de soluções.
Maite: Eu não queria te deixar chateada.
A vampira podia ouvi-la, mas preferiu se calar perante a abordagem.
Maitê: Não faça isso, Annie, eu também sinto falta da nossa mãe.
Anahí: Mas não parece, Maite - disse amarga - Como é que não quer saber quem fez isso a ela?
Maite: Não é isso. Eu só quero respeitar a decisão dela.
Anahí: Tudo bem. Então continue assim, mas não me obrigue a fazer o mesmo - esclareceu se levantando e saindo para fora da casa.
A Anja se sentiu sozinha e logo a su
a alegria de minutos atrás desapareceu completamente.
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