Na saída, Benji passou algumas ordens para os guardas, entre elas, obedecer tudo que Anahí pedisse ou ordenasse; William estava tranquilo ao saber que eles não eram vampiros. Todos caminhavam por uma mata fechada, onde Edward havia imaginado ser um dos possíveis trajetos dos lobos. Dulce andou mais rápido e chegou até , pedindo para ela diminuir a velocidade dos passos. Elas se afastaram um pouco do restante.

Dulce: Posso te fazer uma pergunta?

Anahí: Pode.

Dulce: Edward sabe da nossa conversa... A respeito dos seus poderes?

Anahí: Não, eu nunca mencionei nada.

Dulce: Então ele não sabe que você pode conseguir memórias?

Anahí: Não.

Dulce: Me escuta Anahí, não quero que diga nunca isso a ele ouviu?

Anahí: Porque esta falando assim?

Dulce: Só uma sugestão e um conselho. É melhor que certas coisas não sejam ditas a ninguém, devem ser pessoais, entende?

Anahí: Entendo. Ele não vai saber de nada.

- Dulce respirou aliviada pela atitude flexível da irmã "graças" ela parecia estar ouvindo melhor.

As duas então, voltaram a acompanhar o grupo.

Sem que ninguém visse, Anahí forçou um pouco a mente, botando a imagem da anja na cabeça. Ela tentou se concentrar ao máximo, se utilizando das últimas aulas onde Edward a ensinou a "sugar e parar".

*

Edward: Não se esqueça, o sangue é só mais uma necessidade. Você é mais que isso. Não precisa matar para se saciar. Tente - Ele já havia hipnotizado um homem, da idade deles, para ficar quieto e ceder a ela. Anahí se preparou e o agarrou com ânsia, seus movimentos eram rápidos. Edward teve que se agilizar e a empurrar de cima da presa. Por mais um pouco ela o mataria.

Anahí: Desculpe...

Edward: Você quer mata-lo? - ela mexeu a cabeça em negação - Então se foque! É só saciar, não matar. Foco Anahí. - esses testes se mantiveram por dias, até ela conseguir ser mais firme.

*

Ela já havia melhorado bastante desde as últimas vezes. Por isso era hora de testar.

Por mais que Anahí se esforçasse, nada além de vazio surgia na sua mente. Tentando mais uma vez ela se esforçou fechando os olhos com força. De repente pôde ver um leve relevo de imagens onde a irmã estava sendo arrastada por várias sombras pretas. Num susto, abriu os olhos e olhou o caminho que lhe apareceu.

Anahí: É por ali! Tenho... quase certeza.

Edward: Como sabe disso?

Anahí: Eu só sei - ele a olhou confuso, mas não perguntou nada.

William: Vamos de uma vez! - Anahí se pôs na frente, guiando o grupo que a seguia. Todos se moveram pela direção onde ela havia dito.

Dulce mesmo caminhando, não deixou escapar a ideia de saber mais ou menos como a irmã conseguiu a revelação "esta usando seus poderes ampliados. Só pode ser " A fada se questionava enquanto seus pés procuravam um caminho mais favorável para pisar, já que a noite estava começando a se apresentar.

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Alfonso chegou em casa jogando as chaves em cima da mesinha da entrada. Christopher pareceu ter ouvido o som da porta, pois já vinha com toda a pressa ao seu encontro.

Christopher: Como some desta forma! E William onde está que não me atende, e agora seu telefone só da fora de área.

Alfonso: Boa tarde para você também - Alfonso não tirava as razões do irmão, mas não estava com humor para interrogatórios.

Christopher: Está mais para boa noite - ele foi andando até as escadas, e as subiu, mas Christopher não deixou de lhe seguir - Eu pensei que tinham sido assaltados. Igual no dia que te pegaram - sem perceber, Alfonso já estava com a memória daquele dia na cabeça, mas não pelo assalto, sim por ter sido a primeira vez que viu Anahí, e seus olhos "será que ela está em tudo que eu penso!" se questionou furioso, balançando a cabeça para afastar as imagens.

Alfonso: Não se preocupe está tudo bem. Depois conversamos melhor. Preciso de um banho agora - Mesmo incerto, Alfonso rezou para que tudo realmente estivesse bem.