Decisão tomada
Maite estava no andar de baixo, dentro da cozinha, acompanhada de William. Ela não conseguia esconder o semblante pensativo e distante. De repente a anja decidiu sentar-se ao lado do seu namorado, pegando suas mãos enquanto olhava profundamente nos seus olhos.
Maite: Eu te amo - ela disse aquilo deixando escapar uma lágrima.
William: Eu também.
Maite: Quero que saiba que você é o homem mais maravilhoso que eu podia querer ao meu lado. Te conhecer foi incrível e... - ela não conteve outra lágrima, paralisando seu pensamento.
William: Tudo isso que você sente eu sinto em dobro May. Você é realmente um anjo que entrou na minha vida. Me trouxe paz, alegria. Mas porque está falando essas coisas? - a anja engoliu o choro tentando recobrar a sensatez.
Maite: Já que me ama tanto, quero que respeite e aceite a decisão que eu tomei. - ele a olhou sem compreender - Sou a única capaz de salvar a minha irmã.
William: Salvar? - após explicar a ele como seria todo o processo, William se alterou revoltado com a ideia - Você não vai fazer isso!
Maite: A decisão já está tomada - ela tentava segurar a sua tristeza diante dele.
William: Não! Eu preciso de você! Quero casar contigo Maite. Ter filhos, uma família - o choro dele a fez perder cada vez mais o equilíbrio emocional, tornando aquilo mais difícil.
Maite: Escute... Tenho que fazer isso. É a minha missão William. Só te contei porque você tem o direito de saber, mas nada vai mudar. Me entenda, por favor.
William: Como me pede isso? Não posso entender.
Maite: Eu vou estar ao seu lado, sempre meu amor - ela agarrou o rosto dele, o beijando, definitivamente com desespero.
William: Eu não vou conseguir aguentar.
Maite: Sei que vai. Você é forte como eu. Nosso amor é forte.
William não aguentou a posição firme de Maite, por mais que suas lágrimas e o desespero exalassem, ela parecia decidida. Seria duro, mas era o que seu coração queria fazer.
Ele não conseguia largar sua mão, para que ela se levantasse. Maite segurou o rosto dele outra vez como se precisa guardar aquela imagem. Seus olhos se fecharam e seus dedos percorreram toda a extensão da face de William, sentindo também, a humidade do seu rosto.
Maite: Me deixe ir. Não torne isso mais difícil - obedecendo, ele se afastou devagar lutando contra a rigidez de suas pernas .
William: Me entenda. Estou te soltando para você se matar. Imagine saber que quem você ama vai morrer e simplesmente não poder fazer nada para impedir.
Apenas com o sorriso, sofrido ela se ergueu de uma vez, soltando cada um dos dedos das mãos dele, tentando retardar o toque. Quando a anja sumiu da sua vista, William gritou, soqueando a mesa a ponto de machucar seu pulso. Ele queria descontar, tirar todo aquele aperto do peito de qualquer forma.
A dor precisava estar em outro lugar.
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Alfonso e Dulce olharam assustados para o surgimento de Maite. Ela parecia tranquila, como que em paz. No rosto, um sorriso suave e aconchegante.
Maite: Gostaria que saíssem do quarto.
Dulce: Mas Maite...
Maite: Quero ficar a sós com Anahí.
Alfonso foi o primeiro a se retirar. Mesmo que quisesse ficar por todo o tempo, ela tinha o direito de ter seu momento com a irmã morta e ele sabia disso. Dulce não pareceu convencida com o semblante da anja e intrigada, apertou os olhos.
Dulce: O que vai fazer? - Maite não respondeu. Apenas agarrou a irmã, lhe dando um forte abraço. Dulce parecia confusa com a demonstração, mas retribuiu.
Maite: Eu te amo muito minha irmã. Nunca se esqueça disso.
Dulce: Maite, o que... - a anja já estava desconfiando daquelas palavras - Você não...
Maite: Sim. Vou me sacrificar por ela.
Dulce: Eu não sei o que pensar. Porque temos que escolher?
Maite: Não é escolha, é destino. Posso dar a vida e vou dar por ela.
Dulce: Mas para finalizar a transmissão você precisa de muito força. Pode morrer tentando. Eu vou ficar aqui.
Maite: Tem certeza? - a fada balançou a cabeça concordando e Maite se aproximou da vampira.
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