Capítulo 4 e 5
Ja beirava a noite e todos estavam deitados, inclusive a linda bebê que mais cedo havia presenteado o casal com balbucios charmosos tentanto pronunciar suas primeiras palavras. Alfonso agradecia por ter aquilo.
Ele percorreu todos os cômodos da casa, checando tudo antes de chegar no seu próprio quarto. Assim que abriu a porta, ele pausou na entrada não conseguindo evitar admirar a imagem de Anahí, adormecida, como um anjo divino. Ele a amava mais a cada hora e segundos seguintes.
Ao se aproximar ele sentou ao lado do corpo dela e acariciou sua pele com a ponta dos dedos, percorrendo seus lábios e seus braços.
Anahí: O que acha que está fazendo?
"Ele a olhou admirado pela surpresa da conciência dela".
Alfonso: Ainda mantêm seus poderes de vampira meu amor? "De olhos fechados ela sorriu com o canto da boca".
Anahí: Na verdade a culpa é da minha pele que desperta toda vez que você me toca. Sabe disso?
Ele adorava ouvi-la declarar seu amor. Como não gostar? Depois de tantas vezes renegado, era um prazer. Jogando seu corpo contra Anahí, Alfonso usou suas mãos para amassar os seios dela sem nenhum temor. Aquilo tudo o pertencia e ele fazia questão de saborear todos os seus poderes sobre aquela mulher.
Em segundos os dois ja não tinham mais vestimentas. Estavam nus, iluminados apenas pela discreta lua que se refletia sobre eles através da janela descoberta. Deleitados, apaixonados e envolvidos, aqueles corpos familiarizados se uniram como ímãs num movimento atrevido.
Ocupado com uma das mãos no sexo dela e a outra friccionando o seio esquerdo, Alfonso arfava a cada estocada.
Ambos já estavam inebriados na própria luxúria, quando o som alarmante do choro de Stella os despertou.
Alfonso se ergueu parando os movimentos para encarar a parceira. Eles sorriam desajeitados.
Ela pôs as duas mãos para trás da cabeça, enquanto ele se sentava na sua cintura, passando as mãos pelos cabelos, visivelmente frustrado.
Anahí: Você ou eu?
Alfonso: Não acredito... "Annie sorriu mais uma vez pelo desespero dele"
Anahí: Se decida! Ela precisa parar de chorar.
Alfonso: E se nós a deixarmos lá, quem sabe ela volta a dormir.
Anahí: Alfonso! Cretino! Como pode dizer isso "ela deu um tapa no braço dele, soltando uma risada divertida".
Levantando, eles foram se vertir, ainda trocando carícias roubadas. Até decidirem ir os dois ao encontro da filha.
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No escuro do cômodo o loiro olhava para suas mãos, enchugando uma lágrima teimosa que escorria pelo seu rosto avermelhado de ardor. Um ardor de saudade e abstinência. A mesma abstinência que ele tinha desde a partida de Maite, e desde o seu último toque naquela noite de horrores em que ela se transformou em luz e fez parte do universo desconhecido a todos.
William queria dormir com a certeza de que e sonharia com ela, beijando sua boca, distribuindo um abraço. Naquela hora ele chegou a pensar nas palavras de Anahí, referente a 'viver', ao invés de se isolar. Talvez a depressão o acompanhasse mais do que ele imaginava e por isso uma dura decisão fez outra lágrima salgada cair.
"Não posso mais fazer isso Maite.Eu preciso me libertar de você".
Ele falava como se ela pudesse ouvi-lo ou até mesmo estivesse ao lado naquele instante.
Num momento de distração o homem ouviu um barulho vindo dos jardins da casa e aquilo o fez se levantar da cama e ir em direção a janela. Quando a abriu, sua vista percorreu todos os lados possíveis em busca do som, mas nada foi visto. Quando ele decidiu esquecer e considerar uma simples "impressão" os arbustos voltaram a se mexer e ele tornou a encarar o lugar. Depois de alguns minutos William resolveu voltar a dormir, trancando a janela com cautela e precisão. Aquilo tudo estava estranho demais.
William: Deve ser um animal qualquer.
Acreditando nisso, ele tentou dormir.
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Capítulo 5
Todos estavam reunidos na sala de jantar diante de um banquete divinamente preparado pelas irmãs. Dulce fez questão de ajudar em todos os preparativos e com seu poder de persuasão, conseguiu convencer Anahí a participar também. Eles se divertiam e conversavam sobre assuntos variados.
Aquela havia sido a noite escolhida pela fada para revelar a sua tão feliz notícia, e que com certeza seria muito bem recebida por sua família.
Alfonso: Você devia comer menos.
Christopher: Não enche! Consegue perceber como minha esposa cozinha bem?
Alfonso:Desse jeito vai ficar enorme. "Disse sorridente para irmão".
Christopher: Enquanto isso Anahí te faz passar fome "a brincadeira fez a cunhada lançar sobre ele um pedaço de morango. Se desviando, Christopher sorria batante".
Dulce: Você dois poderiam parar?
Aquela situação fez William sorrir como há muito tempo não fazia, e isso abriu um sorriso maior na nova humana. Ela queria vê-lo assim mais vezes.
A empregada interrompeu o momento familiar para se aproximar de Anahí e sussurar no seu ouvido um aviso nada estranho. Ela ja estava acostumada. Alfonso a encarou tentando saber o motivo do segredo, mas ela logo o deixou calmo.
Anahí: me esperem um segundo, vou buscar Stella que acordou.
Soltando o ar ele assentiu para ela.
Dulce: Não demora muito, tenho uma coisa para diser a todos.
Anahí: Como você faz esse suspense todo? Parece que tenho que correr então.
Gargalhando, ela se levantou e foi até o corredor do quarto da filha, mas o seu sorriso sumiu quando Anahí viu da porta que havia alguém sentado na sua poltrona com Stella nos braços, adormentado sua bebê, e então o desespero lhe consumiu.
Paralisada na entrada, todos os seus sentidos haviam sumido e levado junto a sua voz.
_ Parece que ela gostou de mim "a voz rouca e rude soou cheia de ironia" _ O que acha disso?
Anahí: Por favor, não faça nada... " a súplica estava carregada de medo".
_Não quer que eu faça?
Anahí: O que você quer? O que faz aqui?
_ Não me questione, e nem têm poder para isso! "Aquele retruque foi claramente agressivo" _Você vai vir comigo e tudo ficará bem com ela.
Num movimento rápido o ser frio colocou Stella no berço e foi firme segurar seus braços. Aquela pele sem vida estava coberta de amargura, tanta que Anahí nem precisou olhá-lo nos olhos para perceber isso, mas ao contrário, ela era quem estava sendo encarada de forma fixa.
_ Uma pena ela ter os olhos do pai ao invés dos seus." uma das mãos do invasor percorreu o seu rosto, numa carícia repulsiva"_Eu esperei muito para te rever querida.
Mordendo a boca para trancar o gemido de pavor, Anahí foi carregada com rapidez para algum lugar. Um em que ela não podia decifrar, muito menos guardar o caminho. Um dia ela foi tão rápida e petulante quanto quem a carregava, mas hoje ela teria que se abaixar e ser o mais cautelosa possíveil. Seu poder não existia mais, muito menos a autodefesa. Como uma presa, ela apenas lembrou-se da irmã e rezou.
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Ainda na sala, Alfonso estranhava a demora de Anahí e o comportamento estranho da empregada. Assim que deu o aviso, a mulher ficou parada no fim da sala escostada na parede com um olhar morto, típico de um inconciente. Sem que os outros notassem, ele se levantou devagar e andou até ela.
De frente a mulher as palavras dele tentaram ser claras, mas a reação da mesma serviu para deixá-lo extremamente assustado.
Alfonso: Consuelo? Olhe para mim! "As suas mãos balançaram na frente dela atrelados aos seus gritos, mas foi em vão, a mulher permanecia imóvel".
Se afastando devagar, uma forte onda de tremor percorreu todo o seu corpo alertando o seu sexto sentido. Neste momento os demais começaram a notar aquela movimentação estranha e se viraram para olhá-lo. Mas quando ele apressou os passos e começou a correr até a escada todos se levantaram assutados indo, tanto Christopher quanto William, atrás dele sendo seguidos também por Dulce.
Os homens correram na tentativa de alcança-lo, mas a caminhada terminou na frente do quarto da bebê. Lá dentro, Alfonso segurava a filha balançando-a para acalmar o seu choro insistente enquanto olhava para a janela escancarada, revelando uma leve suspeita.
Ele se virou e viu que todos estavam logo atrás, calados na espera de respostas.
Alfonso: Alguma coisa grave aconteceu... Anahí sumiu.
Os olhos arregalados da platéia deu fim aquela noite que estava longe de terminar.
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Os meus olhos pesavam e ardiam graças ao tempo em que eles haviam permanecido cerrados e enfaixados pelo tecido grosso. Minha boca estava paralisada, também me impedindo de falar qualquer que fosse a palavra. Como se não bastasse, a sensação de prisão foi maior, quando desperta, tentei me libertar e percebi que minhas mãos permaneciam amarradas acima de mim.
Acho que de tanto forçar para correr em liberdade, acabei fazendo aquela sombra ambulante me rondear como um urubu.
Medrosa, parei o que fazia assim que ele usou sua perna para chutar as minhas, se utilizando de xingamentos baixos.
_ Quer mesmo me desafiar Anahí? Se eu fosse você pensaria bastante antes disso.
De repente, aquelas mãos grosseiras tocaram o rosto dela e puxaram a venda que impedia sua visão. Antes de abrir os olhos por completo, ela bateu os cílios varias vezes até conseguir se adaptar a claridade.
Apenas uma coisa a nova humana podia ter certeza em meio aquela situação. Tanto a beleza quanto a maldade de Edward permaneciam as mesmas.
O vampiro se aproximou dela, passando suas mãos por toda parte em que a jaqueta preta que ela usava cobria. Anahí apertou os olhos contendo o pavor e a repulsa de tudo aquilo.
Edward: Não se finja de difícil agora. Vai me dizer que não lembra de como eu te tocava antes?
Como retrucar? Como responder? Ela queria tudo aquilo mas não podia.
Parecia estar tão aparente em seu semblante, que Edward decidiu puxar a fita que tapava sua boca para que a mulher pudesse falar de uma vez.
Quase que de imediato Anahí lançou suas questões desesperadamente.
Anahí: O que você quer? Porque me trouxe aqui?
Edward: Acredita que mesmo assim eu sentia falta de te ouvir? Mas se quer tanto saber meus motivos, eu respondo.
Mantendo a calma ela tentou escutá-lo atenta.
Edward: Temos pendências, querida " continuou ele" - Dentre elas uma que me martela a cabeça desde que te peguei naquela casa.
Anahí: Como assim me pegou? "Interrompeu a ex vampira".
Edward: Nem acredito que esqueci que sua conciência de tempo e espaço foram alteradas "aquela fala foi dita num deboche esbanjado" - Eu te mantive adormecida...
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