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Capítulo 8

Eu estava tentando matar o tempo antes do jantar, procurando por algo que me interessasse nas páginas das revistas de confeitaria da minha mãe. Eu realmente acertei quando optei por não cursar a faculdade, já que no meu caso eu teria que largar o curso no meio, pelo menos segundo a minha mãe. Porque o trabalho artístico da montagem de um bolo, da criação do seu design à confecção dele em seus menores detalhes, era algo que eu gostava. Algo que me acalmava e que ao mesmo tempo me livrava do tédio.

Tédio que eu sentia constantemente. Tédio que talvez eu não sentisse tanto se estivesse na faculdade na companhia de outras pessoas. Como o Logan fazia. Eu precisava, talvez, socializar mais e fazer novas amizades. Mas como eu faria isso se ainda temia estar rodeada de gente?

Eu precisava passar mais tempo sem o colar para ter mais autocontrole. De novo, como o Logan fazia. Mas eu tinha medo, e sabia que manteria esse medo até satisfazer os meus instintos.

Talvez, se eu fosse até o fim com o Daniel, eu parasse de sentir vontade de me jogar em cima de outros caras. Aliás, provavelmente eu nem sentisse isso por outros caras, mas eu era medrosa demais para me arriscar. Ainda. Só que eu estava me preparando e pensando a respeito enquanto folhava as revistas. Afinal, em três meses eu faria 19 anos, e já estava me cansando de passar tanto tempo sozinha em casa.

Só que então eu percebi que não estava mais sozinha. Quando ouvi um barulho de alguém pulando dentro do meu quarto, através da janela. Nem me virei. Não quando sabia quem era.

– Você podia ter usado a porta da frente – comentei ainda de costas para ele, sem deixar de folhear a revista. – Já que meus pais te conhecem e parecem te aprovar tanto.

– Não. – ele deu uma risadinha. – Pela janela é mais divertido. – e então sentou do meu lado. – Você não está pronta. – falou ao ver os meus trajes.

Eu tinha tomado banho cedo e colocado um pijama, do tipo shorts e camiseta. Porque era mais fácil me vestir assim e não ter que pensar em roupa. E também porque logo anoiteceria e eu não pretendia sair de casa.

– Pronta para que? – eu afinal me virei para olhar para ele.

– Para a gente sair.

Sei que eu podia ser mais simpática com ele, já que ele era uma das únicas pessoas que sabia as respostas, mas eu não conseguia. Eu andava bastante mal-humorada e isso se devia muito ao fato de eu não me conhecer mais. De eu não saber me controlar. E eu, que sempre gostei de tudo bem planejado, que sempre detestei surpresas e coisas imprevisíveis, odiava essa sensação.

E tinha outra coisa que eu detestava também, constatei ao olhar para ele. Eu detestava o fato de achá-lo tão gato justo quando as coisas estavam começando a dar certo com o Daniel. Só que ainda assim eu achava.

Hoje ele estava com uma camiseta branca, que contrastava com o negro dos seus olhos e o negro dos seus cabelos, e isso era... gostoso. É, sério! Ele ficava gostoso de branco também, talvez tanto quanto de preto. Provavelmente ele continuaria gostoso caso vestisse todas as cores do arco-íris.

Então, talvez, se eu fosse até o fim com o Daniel, eu percebesse que o meu melhor amigo era o cara certo e isso faria essa atração desagradável pelo gato-pantera passar. Porque nada como um pouco de sexo para aumentar a intimidade e acentuar a nossa paixão por alguém. Não é?

Eu não sei, mas esperava que sim. Afinal, o Daniel também era gostoso. E, além disso, talvez eu estivesse me apressando em julgar o Logan. Talvez, no fim das contas, ele fosse um cara legal, um cara que só queria a minha amizade. E com isso eu podia lidar.

Ou não. Percebi ao olhar para ele quando o Logan, esperando a minha resposta, coçou a boca com um dos dedos indicadores. Esse movimento fez com que meus olhos seguissem seu dedo e eu percebi que até a boca do cara era atraente. E gostosa.

Ah, que droga! Tenho que fazer o meu cérebro defeituoso entender que eu não vou com a cara dele! Por mais que eu o ache gato. Ele é o ser mais irritante que eu conheço. E ele me irrita mesmo sem fazer nada, só pelo fato de estar parado me olhando.

– O que você tem em mente? – acabei perguntando. Afinal, qualquer coisa devia ser mais divertida do que ficar em casa de pijamas olhando para uma revista cheia de doces. Por mais lindos que eles fossem.

– Nada de especial. Vamos só dar uma volta pelas ruas. Provavelmente algo vai aparecer.

– Tá bom. – eu aceitei porque não tinha mais nada para fazer. O Daniel estava em época de provas na faculdade e eu não o via desde domingo, há dois dias. – Vou me vestir.

Se eu fosse sair para me aventurar como super-heroína pensei em colocar algo mais sexy. Afinal, se eu usasse um decote parecido com o que eu usei na festa fantasia provavelmente ninguém prestaria atenção ao meu rosto e seria mais difícil de eu ser reconhecida. E foi exatamente isso o que eu fiz, pegando a mesma roupa, obviamente sem a máscara, e indo até o banheiro me vestir.

– Você vai sair assim? – o Logan pareceu horrorizado e um pouco nervoso ao me ver.

– Claro. Por que não?

Eu estava com o meu discurso pronto de "eu uso o que eu quiser, a roupa que eu quiser, e ninguém tem o direito de palpitar a esse respeito" quando ele disse provavelmente a única coisa que me faria mudar de ideia.

– Marília – ele fechou os olhos, parecendo estar inspirando e expirando como eu fazia para me acalmar, e então após alguns segundos voltou a me olhar. E falou de uma forma bem lenta – Eu estou usando o anel agora. Mas você realmente acha que eu vou ser capaz de me controlar sem ele mais tarde, quando a gente tirar, se você estiver vestida assim? Eu não sou de ferro.

– Ah. – eu fiquei encarando-o boquiaberta. Porque eu também não era de ferro.

Provavelmente se eu tivesse visto-o só de toalha no outro dia essa imagem ficaria na minha mente e eu faria coisas depois que me arrependeria. Então, eu entendia. A gente era parecido. E se eu não conseguia domar meus instintos, instintos que eu não queria sentir, era perfeitamente compreensível que o mesmo acontecesse com ele.

Por isso, sem reclamar, eu coloquei uma baby look toda preta por cima da blusa decotada.

– Assim está melhor?

– Não. – ele acabou sorrindo de modo irônico. – Mas digamos que assim você estará mais segura.

– De você?

– É.

– Quanto a isso... – eu disse tocando no meu colar. – Se vamos mesmo fazer isso, se vamos buscar aventuras, coisa que eu não faço ideia do que seja... Preciso te dizer agora que eu tenho medo de tirar o colar.

– Eu te ajudo nisso. – ele disse, tirando o anel que eu via pela primeira vez em seu dedo, dessa vez na mão direita, no dedo dos noivos. Aliás, ali parecia o lugar certo para o anel, combinava bem mais do que deixá-lo no seu pescoço.

– Tem certeza?

Ele apontou para a minha baby look comportada e então respondeu:

– Agora tenho. Sou perfeitamente capaz de me controlar com você vestida assim. E sou perfeitamente capaz de te ajudar também.

– É? E o que vamos fazer? – perguntei, ainda em dúvida.

– Vamos descer, falar com os teus pais e sair pela porta da frente.

– Provavelmente eles vão nos fazer comer antes, está quase na hora da janta.

– Bom, eu estou com fome, e você?

– É. Eu também – acabei admitindo. Mas meu mau humor se tornou evidente.

Era meio irritante essa adoração que meus pais tinham pelo Logan. Como se ele fosse um Deus ou algo assim. Sim, eles sempre trataram o Dani bem, mas não desse jeito. E um homem que contava tanto assim com a aprovação dos meus pais se tornava um pouco chato para mim.

– Depois, nós vamos sair. Teus pais vão ficar mais tranquilos se souberem que você está comigo. Mesmo que a gente demore para voltar.

– Essa tua confiança me irrita – acabei dizendo. O que o fez soltar uma gargalhada. E, tenho que admitir, até a gargalhada dele era gostosa.

– Sim. – ele ainda ria, deixando seus olhos apertadinhos de um modo charmoso. Não, pera. Chega de achar partes dele atraentes. – Confesso que é legal, os pais sempre gostam de mim.

– Pais de quem? – retruquei – Se você disse que nunca teve uma namorada.

– Sim, mas isso nunca impediu as mulheres de tentarem.

– Argh. – revirei meus olhos. – Convencido!

– Isso não é ser convencido. Só estou constatando um fato.

– Logan... – eu disse antes de sairmos do quarto e da gente encontrar meus pais. – Eu posso confiar mesmo em você?

Eu mudei meu tom de voz e isso deixou transparecer meu medo, pegando-o de surpresa, eu acho. O Logan também mudou sua expressão, e me olhou de um modo meio fofo ao responder:

– Claro que pode. – e o jeito como ele falou me fez acreditar.

– Então... se eu perder o controle e tentar atacar alguém, você promete que vai me impedir?

– Sim, Marília. Eu prometo. Mas para isso você vai ter que me confiar o teu colar. Para eu te devolver no momento certo.

E, de novo, algo no rosto dele me fez confiar em suas palavras.

– Eu tenho escolha? – acabei relaxando e sorrindo de leve. Ele estava me transmitindo uma confiança inesperada.

– Sabe que tem. A gente pode simplesmente não ir.

– Não. Isso não é uma escolha. Eu não quero mais me esconder, nem ficar irritada o tempo todo. Estou tão chata que nem eu me aguento. Eu preciso fazer isso. Preciso me conhecer. E, mais do que tudo, eu preciso aprender a me controlar.

– Eu sei.

Depois disso, descemos e fomos nos encontrar com os meus pais. Que, apesar de surpresos, gostaram da visita do Logan. Por isso, jantamos com eles antes de sairmos para a nossa primeira aventura em dupla.


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