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Capítulo 13



Capítulo 13

Meus pais voltaram no domingo, mas muito tarde, e acho que só voltaram porque o pai tinha que trabalhar no dia seguinte de manhã. Porque a minha mãe tinha a confeitaria onde ela contava com alguns funcionários, e que funcionava bem sem a sua supervisão. E para os trabalhos manuais lindos e maravilhosos dos bolos e doces, ela agora tinha a mim. E modéstia à parte, eu era mais habilidosa do que ela. E muito mais criativa.

Não os vi no café da manhã, pois acordei tarde e eles já haviam saído. E segundo o bilhete que eu encontrei na porta da geladeira, eles também não voltariam para o almoço. No bilhete dizia para eu aquecer um dos inúmeros pratos congelados disponíveis no freezer. Porque a minha mãe era péssima na cozinha, exceto para fazer doces, e eu meu pai só se dignava a cozinhar quando estava com muita vontade. O que, infelizmente, não era tão frequente quanto eu gostaria.

Mas à noite, na hora do jantar, a família – minha mãe, meu pai e eu, e apenas eu de filha – estávamos de novo reunidos. Enfatizei o apenas eu de filha porque sempre sonhei em ter irmãs e irmãos. Pena que isso nunca aconteceu.

Seria legal ter mais alguém parecido no mundo comigo além do Logan. Porque eu nem sabia ainda se gostava ou não dele. Então talvez, se eu tivesse mais opções, não ficaria tão ansiosa pelo novo encontro com ele amanhã – terça-feira – à noite. Só que eu estava. Contando as horas e, em alguns momentos, até os minutos. O que era um pouco irônico, considerando que uma grande parte de mim ainda não ia com a cara dele.

Minha mãe estava assobiando, o que eu achei suspeito, já que ela só assobiava quando se sentia muito feliz.

– O que foi, mãe? – perguntei quando só eu tinha chegado à cozinha para o jantar.

O pai, desde que veio do trabalho, estava enfiado no escritório, pesquisando alguma coisa na internet que não me deixava ver. Esses dois eram um pé no saco com tanto mistério... fala sério!

E eu cansei de perguntar qualquer coisa para eles, porque nunca sabia o que fazia parte do tal "assunto proibido". Talvez todo o fim de semana que eles passaram com os pais do Logan esteja incluído. Aliás, falando no Logan, eu sou a única ignorante no "assunto proibido", o que é muito chato, já que no caso do ser irritante os pais sempre lhe contaram tudo.

Pelo menos, o Logan vem amanhã à noite. Ele, mesmo sem perceber, sempre acaba me revelando uma coisa ou outra. E isso torna a sua companhia bem mais tolerante.

– O que foi, mãe? – perguntei ao vê-la assobiar novamente, enquanto tirava algo cheiroso do forno.

Que ela... cozinhou? Bom, era lasanha, e a minha mãe não fazia lasanhas... Pelo menos, não uma com esse cheiro gostoso. Sua primeira e única tentativa de fazer uma lasanha salgada ficou tudo, menos cheirosa. Depois ela inventou uma de chocolate que compensou o fracasso da anterior. E, tenho que admitir, minha mãe era ótima em inventar receitas. De doces.

Ela deve ter algum problema com o sal, ou algo assim.

Já eu tenho problemas com várias coisas. Tipo, é muito difícil de eu comer legumes. Por mais que a minha mãe, como todas as mães, insista. Pelo menos, nisso a minha mãe parece com as outras mães. Mesmo depois do meu aniversario de 18 anos ainda preciso comer legumes. O que não faz sentido. Sou super forte sem eles e nunca, nunca mesmo, fico doente. Vai entender...

Mães... acho que elas às vezes não fazem mesmo sentido. Pelo menos a minha não faz.

– Na casa da Alana – ela começou a dizer com um sorriso. Relaxei ao ver que a lasanha era uma das congeladas, porque eu estava com fome, e essa eu era capaz de comer – tinha sementes de Abianto!

– Abianto? – eu estranhei – Só conheço Amianto, mãe, aquele negócio que se usa, eu acho, para fazer as telhas das casas.

– Não. Abianto é uma semente com a qual dá para fazer doces muito saborosos. A minha mãe fazia mingau de Abianto todos os dias para mim, no café da manhã.

– A minha avó? – perguntei com bastante curiosidade, já que era raro minha mãe falar dela, e aparentemente doloroso. Apesar de eu, para variar, desconhecer o motivo da dor. Acabei concluindo que ela tinha morrido de forma trágica, o que fazia sentido, eu acho – Como ela era?

– Ela era uma mãe muito boa, sempre presente. Adorava cozinhar, especialmente doces. Algo que eu aprendi com ela. E ela era uma ótima avó. Cuidava muito bem dos netos. – ela falou, saudosa.

– Que netos? – eu estranhei. Já que, pelo meu conhecimento, quando a gente se mudou para cá eu estava na barriga da minha mãe, e nunca soube de nenhuma avó me visitando. E pelo que eu sabia também, a minha mãe não tinha irmãos.

– Ah... – minha mãe tentou se corrigir a tempo, mas não funcionou. Eu não acreditei – Eu sempre imaginei que ela seria uma boa avó, se tivesse te conhecido, Lila.

– Mãe. – falei, deixando claro pelo tom de voz que não tinha acredito em uma só palavra – Sei que você nunca quer me contar nada. Mas pelo menos isso. Você tinha irmãos? E a minha avó morreu?

Ela me observou por alguns segundo, ficou pensando, e então acabou dizendo:

– Sim, eu tinha quarto irmãos. Eu era a mais velha. E alguns já tinham filhos antes da gente perder o contato. E quanto a minha mãe, eu espero que ela esteja viva. Só que eu não sei, Lila. – e havia tanta dor na voz dela, que eu não insisti em mais perguntas.

Um pouco porque sabia que ela não me contaria mesmo. E também porque eu estava processando essa nova informação. Talvez eu tivesse uma família, cuja existência eu desconhecia até então, vivendo em algum lugar misterioso.

– O jantar está pronto? – meu pai escolheu aquele momento para aparecer. O que fez a minha mãe se concentrar em servir a lasanha.

Perguntei, para quebrar o clima, porque fiquei com pena da minha mãe, pela expressão de pesar que havia em seu rosto:

– E como é esse Abianto?

– Uma delícia! – foi meu pai quem acabou respondendo, abrindo um enorme sorriso. Ele desconhecia a conversa anterior e parecia feliz. – Deu certo a receita? – perguntou para minha mãe.

– Sim. As sementes aqui são menores, mas o sabor ficou o mesmo.

– Ah, coisa boa! Então a Lila finalmente vai experimentar Abianto!

– Isso se ela comer toda a comida. – minha mãe disse, como se eu tivesse novamente 5 anos. O que me fez revirar os olhos.

É, pelo menos nisso, ela era igual a todas as outras mães.

– Mãe...? – perguntei quando já tinha engolido metade da minha lasanha. Na verdade, eu não estava muito interessada na comida agora. Talvez, apenas, um pouco curiosa para saber o que era esse tal Abianto. – Um dia eu vou conhecer a minha avó? Ou os meus tios?

Então os dois pararam de comer, na mesma hora. Meu pai olhou para a minha mãe de uma forma interrogativa.

– Contei para a Lila que a minha mãe fazia mingau de Abianto, e acabei dizendo também que eu tinha quarto irmãos.

– Ah. Só isso? – ele continuava olhando para ela, parecendo um pouco receoso.

– É, só isso.

– E então? – insisti – Eu vou conhecer o resto da minha família ou não?

– Eu espero que sim. – minha mãe foi a primeira a responder, e depois deu um longo suspiro. – Mas talvez muitos deles tenham morrido. Ou todos.

– Não. – meu pai colocou a mão sobre a dela, para consolá-la. Ele realmente parecia esperançoso. E então olhou para mim, ao dizer: – Eu estou trabalhando nisso, Lila. Inclusive, pedi férias hoje do meu trabalho, porque há algo que eu preciso fazer na casa dos pais do Logan. Uma máquina que, talvez, se eu consertar, eu consiga o contato com eles.

– Com a nossa família? – perguntei.

– É. – ele respondeu.

Meu pai era bom em consertar coisas, desde computador a geladeiras. Foi ele, inclusive, quem consertou a minha vitrola, que era um modelo bem antigo e dado como inutilizável. Hoje ela é uma das coisas que mais gosto. Para mim, nenhum som é mais prazeroso do que o som de um vinil girando na minha vitrola. E eu adoro o fato de vinil serem raros hoje em dia. Cada nova aquisição é motivo de comemoração.

– Bom – minha mãe interrompeu o assunto pesado, e havia um novo sorriso em seu rosto. Era um sorriso meio saudoso, mas, ainda assim, era um sorriso. – Aqui está a sobremesa. – e ela a colocou na mesa, já servida em pratos individuais.

– Mas, mãe... – não consegui evitar uma careta de decepção. Pois mesmo com assuntos sérios, eu nunca perdia o apetite para doces. Mas esse... – É verde.

Porque, fala sério! Eu detesto todas as comidas que são verdes! Alface, brócolis, sorvete de menta (que ao meu ver tem gosto de pasta de dentes), couve... Grama! Nada verde podia ser bom! E a minha mãe estava tão entusiasmada assim por... algo verde?

Puxa, era frustrante! Mas não tão frustrante como saber que eu tinha uma família perdida, eu acho.

– Então vocês vão viajar de novo? – perguntei mexendo com a colher na minha gosma verde, ainda intocável. Enquanto os dois estavam dando suas últimas colheradas, parecendo plenamente satisfeitos.

– É tão bom que dá vontade de chorar! – minha mãe disse, com um sorriso alegre agora.

– Verdade! – meu pai concordou com a esposa. – Sim, Lila, nós vamos viajar de novo.

– Por quanto tempo? – perguntei, não curtindo nada essa nova ideia.

Porque eu sabia que eu ficaria de fora. O que me deixava triste e frustrada, assim como a descoberta da família que eu não conhecia, e como o fato do doce ser verde.

– Eu não sei ainda. – meu pai acabou dizendo, parecendo triste agora ao me olhar, mas sem deixar de raspar seu prato por isso. – Você não vai comer o teu? – perguntou agora de olho da minha sobremesa.

Que, já que meu pai não era tão formiga e doce-maníaco como minha mãe e eu, me deixou curiosa para experimentar. De repente, ela podia ser saborosa, apesar de verde. Afinal, não devemos julgar nada pela cor.

– Acho que vou. – acabei dizendo, pegando a minha colher e quase levando à boca. Só que ainda não tive coragem. Porque ela era meio gosmenta além de verde. Como um mingau de farinha láctea quando a gente coloca pó demais. E devia grudar nos dentes também.

– Lila, você sabe que vai ter que ficar, não é? Porque eu preciso de você aqui, preciso de você para fazer os eventos. Porque só o trabalho do teu pai, e o lucro da confeitaria, não são suficientes. A gente precisa do dinheiro dos eventos.

– Eu sei, mãe.

– Eu preciso de você aqui, e confio em você para cuidar dos negócios.

– Eu sei. – respondi com desânimo. Não queria ficar de novo sozinha. Nessas horas, seria bom ter irmãos.

– Pode chamar o Logan ou o Daniel para ficar em casa contigo. – Meu pai, estranhamente, propôs. Ele não era tão aberto assim nesses assuntos quanto a minha mãe, então talvez estivesse se sentindo mesmo culpado. Ou nem tanto, talvez só quisesse me animar para pedir algo em troca, porque perguntou, de novo, de olho no meu prato verde – Então, você vai comer isso?

– É, Lila, você vai comer? Senão, podia dar para mim. – minha mãe sugeriu.

– Não, podia dar para mim. – meu pai objetou.

Bom, se eles pareciam a ponto de até brigar pela sobremesa, não custava nada experimentar. O que eu acabei fazendo.

– Uau! – eu disse ao provar a primeira colher – É mesmo bom, apesar de verde!

– Eu disse! – minha mãe comentou com um sorriso, enquanto meu pai parecia frustrado porque não ia ficar com a minha parte.

– Tem gosto de... – fiquei pensando na melhor definição – chocolate com baunilha! Com pedacinhos de chocolate amargo! E talvez... com sorvete! – eu me surpreendia a cada nova colherada – Como algo verde pode ser bom assim, e ainda ter gosto de chocolate com sorvete?

O que fez a minha mãe, e até o meu pai, rir.

– Tem mais disso? A gente podia oferecer nos eventos, e ficar ricas! Seria um doce exclusivo nosso! – eu me entusiasmei, quase raspando o prato tão rápido como meus pais fizeram.

– Sim, seria um sucesso, – meu pai comentou, com um sorriso meio irônico – se a gente convencesse as crianças a comerem coisas verdes.

– Seria ótimo, Lila. – Já a minha mãe não sorria como o meu pai. Ela parecia saudosa, na verdade – Mas a Alana tem poucas sementes. E é muito difícil fazer com que outras cresçam aqui.

– Então... – fiquei pensando, olhando para a minha última colherada com pesar. Era uma pena que algo tão bom estivesse chegando ao fim. – Se vocês encontrarem a nossa família, vamos poder comer mais disso?

– Sim. – minha mãe suspirou – Entre outras coisa. Você precisava conhecer também a torta de Vertilo que a minha mãe fazia.

– Ah. – eu acabei dizendo, surpresa demais para elaborar algo mais.

Primeiro, porque não conhecia a minha avó. Depois, porque não sabia o que era Vertilo e tinha medo até de perguntar. Vai que ele fosse... sei lá... azul? Porque coisas azuis também não costumavam ser gostosas, com a exceção, talvez, de gelatina e de balas de ursinhos.

– Por isso, Lila, nós vamos tentar. Estou negociando uma folga na empresa e a gente viaja para a casa do Mike e da Alana assim que eu conseguir.

– Tá bom. – eu disse, me sentindo triste. A sobremesa tinha chegado ao fim. E eu logo ficaria sozinha, já que eles levariam até o nosso cachorro, que era mais da minha mãe do que meu.

Então meu pai conseguiu adiantar suas férias mais rápido do que o esperado e, no dia seguinte, na terça-feira, eles viajaram de novo. E, como eu previ, fiquei mesmo sozinha.

Talvez eu tivesse que arranjar um novo bicho de estimação para me fazer companhia. Podia ser um gato, para eu já ir me familiarizando com os felinos. E ele até podia ser preto.

Falando em gato preto, o Logan não apareceu na terça-feira. E eu já estava cansada de ficar sozinha. Por isso que, na quarta-feira, eu resolvi rastreá-lo e lhe fazer uma visita surpresa.

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