Reality Warping 101 (parte 2)
Kevin chega a casa e pousa as pastas em cima da secretária.
Kevin: Primeiro, resultados dos testes.
Kevin começa a ler os resultados dos testes, que foram feitos para descobrir a origem dos seus poderes.
Kevin: "O sujeito demonstra uma estrutura neural mais complexa e concentrada que a de um humano normal, assim como genes que, em seres humanos normais, estariam adormecidos ou até ausentes, como é o caso do gene TM-741, detetado apenas no sujeito estudado". Segundo o que estou a perceber, sou único no mundo no que toca à minha estrutura cerebral e ao meu ADN.
"Estes factos comprovam a existência de alguns dos poderes demonstrados pelo sujeito, como a telecinese e telepatia, no entanto, não explicam o facto do sujeito padecer de um leque de habilidades que contrariam as leis da física, como a geração/destruição de objetos a partir do nada e a sua capacidade de moldar a realidade de tal maneira que, se não for controlada, as consequências poderão ser catastróficas". Ok, explica a telecinese, a telepatia, a empatia, a minha super inteligência, mas não as minhas habilidades para modificar a realidade, boa, parece que isso vai ser sempre uma incógnita.
O Maioral: Ou talvez não.
Kevin: Quem está aí?
Kevin apressa-se a fazer símbolos de pistolas com os dedos.
Kevin: Eu sou capaz de disparar! Apenas tenho de baixar os polegares!
O Maioral: Eu sei, Kevin.
Um homem de fato verde, camisa azul e gravata preta aparece diante de Kevin.
Kevin: Quem és tu?
O Maioral: A melhor pergunta a fazer é: quem não sou. A resposta é: não sou um humano, não sou um alienígena, não sou um deus universal, mortal, tal como tu. Não, eu sou uma entidade que está acima de tudo isso, aliás, estou acima, ao lado e por baixo de qualquer Universo que criei.
Kevin: Só perguntei o teu nome.
O Maioral: Podes chamar-me de Maioral, e tenho as respostas que tão ansiosamente procuras.
Kevin: Ou seja, sabes porque é que eu tenho certos poderes que me permitem modificar a realidade?
O Maioral: Claro, mas, primeiro, tenho de te avisar, o conhecimento que buscas não vem de fora, mas do interior, do teu interior, tu sabes estas coisas, apenas não as desbloqueaste.
Kevin: Como assim?
O Maioral: Acho que foi Descartes, um dos maiores racionalistas da História do teu planeta, que demonstrou as ideias como sendo inatas, factícias ou adventícias, a resposta que procuras é inata, tu conheces a tua origem, porém, ainda não recebeste a chave para abrir essa gaveta do teu subconsciente.
Kevin: Então, se estás aqui, tu provavelmente és a chave, portanto, se não te importares de me explicar qual a origem dos meus poderes.
O Maioral: Há milhões de anos, quatro milhões, para ser exato, uma raça alienígena chamada de Os Antigos, vieram à Terra e experimentaram com alguns símios, fossem chimpanzés, gorilas, orangotangos, macacos, todos os tipos, usaram os símios como um veículo para um gene chamado de "Gene Antigo", um gene que é impossível de detetar, tu, Kevin, és o fruto da evolução logarítmica desse gene, o teu pai e a tua mãe têm as metades que compõem o teu gene, mas o teu é muito mais forte que o de qualquer outro.
Kevin: Como é que sabes que sou mais forte que todos os meus antepassados?
O Maioral: Boa pergunta! Eu classifico os poderes em 4 classes, A, B, C e D, eu e os meus súbditos omniversais sendo de uma classe que vai para lá da A, chamada de Classe Suprema, mas tu... Kevin, tu és o mais próximo da Classe Suprema que já nasceu na Terra, como filho de humanos, claro.
Kevin: Como controlo os meus poderes?
O Maioral: O controlo vem de dentro, se não conseguires lutar contra os demónios que estão no fundo do teu ser, não controlarás o teu poder nem chegarás ao potencial máximo das tuas capacidades, controla os teus demónios e conseguirás controlar os teus poderes máximos.
Kevin: Ou seja, tenho de ultrapassar os meus conflitos internos para me poder controlar.
O Maioral assente e começa a desvanecer.
Kevin: Não! Espera, ainda tenho tanto para te perguntar!
O Maioral: Talvez nos voltemos a encontrar, e aí poderás perguntar mais coisas, mas, por agora, tenho de ir.
O Maioral desaparece à frente dos olhos de Kevin.
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