Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 6

            Auradon dormia.

À medida que se aproximavam do centro do reino, mais pessoas encontravam adormecidas a um qualquer canto. No pátio, junto à escola de Auradon, diversos alunos tinham adormecido nas cadeiras, muitos deles a meio de uma refeição. Rhiara prensou os lábios; quanto mais magia Audrey usava, pior seria para ela. A preocupação instalou-se no coração da princesa, a qual procurou afastá-la, focando-se no que tinham de fazer.

- Estão todos a dormir. - constatou, perplexa - Todos eles.

- Não consigo chegar ao Ben. - disse Mal, com o telemóvel na mão.

- Nem ao Doug. - Evie prensou os lábios, preocupada - Nem à Dizzie.

- Nem à Jane. Não há rede. - constatou Carlos.

- Bem, ninguém pode dizer que a Audrey não é esperta... Pelo menos quando lhe convém. - completou Rhiara, encolhendo os ombros.

Os olhos verdes de Mal pousaram nela, desconfiados. A filha da Rapunzel engoliu em seco, compreendendo o seu erro. A história que lhes contara era que nunca pusera os pés em Auradon, nem conhecia ninguém. A forma como acabara de falar de Audrey poderia levá-los a perceber que, na realidade, conhecia Audrey melhor do que ninguém. Sendo uma pessoa atenta e desconfiada por natureza, Mal parecia ter pressentido a sua mentira desde que a conhecera, embora tentasse disfarçar; talvez para não ir contra Evie, a qual parecia estar a criar uma bonita amizade com Rhiara.

Perspicaz, a morena pigarreou, esboçando um sorriso amarelo ao dizer:

- É o que parece, do que se tem visto.

- Aquela é a Escola de Auradon? - questionou Celia, chocada.

- Sim, quando todos acordarem, vais adorar. - respondeu Carlos, sorridente.

A menina soltou um entusiástico "Sim!". Rhiara parou, também ela observando a escola. Apesar de já la ter entrado, era diferente ver o edifício de fora e em plena luz do dia. Carlos tinha razão; com os seus alunos e professores acordados e a interagir entre si, a Escola de Auradon deveria ser um lugar fantástico. A menina baixou os olhos, cabisbaixa. Como desejava um dia percorrer aqueles corredores, frequentar as diferentes aulas e... Fazer amigos. Viver. Aprender tudo o que pudesse para, um dia, conhecer o mundo inteiro.

- És muito sortuda. - murmurou para Celia, que a olhou com estranheza.

Harry preambulava por ali, os olhos azuis e o sorriso ligeiramente louco surgindo no seu rosto à medida que se aproximava de um dos rapazes adormecidos. Desenvergonhado, retirou a carteira do bolso do rapaz, enquanto dizia para o ar:

- Acredito que mereço uma compensação pelos meus músculos, a minha perspicácia e o meu papel neste esforço.

- E eu não acredito que, de onde vens, isso se chama "compensação" em vez de "roubo".

Rhiara ergueu uma sobrancelha, aproximando-se dele de braços cruzados. O pirata girou o gancho à frente do seu nariz, provocador ao dizer:

- Eu posso partilhar, bela dama dos olhos verdes.

- Tu não tens vergonha nenhuma na cara, pirata. - retorquiu a morena, soltando uma risada ao arrancar-lhe o dinheiro da mão e colocando-o no bolso do rapaz que fora roubado - Comporta-te, Gancho.

Harry pegou-a pela mão, girando-a suavemente até ela parar à sua frente, as mãos apoiadas no seu peito. Fitou-o, ligeiramente ofegante, vendo um sorriso mais sincero brotar nos lábios do rapaz.

- Como me comportar estando acompanhada com a mais doce e extrovertida dama de Auradon?

A princesa riu, sentindo-se confortável naquele abraço. Uma sombra tomou conta do seu rosto ao aperceber-se do que fazia. Harry franziu o sobrolho ao vê-la afastar-se bruscamente, os cabelos castanhos quase o atingindo no rosto quando ela lhe deu as costas.

         As lágrimas acumularam-se nos olhos esmeralda de Rhiara, o coração batendo descompassado no seu peito. Estava a começar a gostar demasiado daquelas pessoas. Evie estava a tornar-se uma boa amiga, Mal era o tipo de pessoa que Rhiara se via facilmente a admirar pela sua coragem e atitude, Carlos era bondoso para ela desde o primeiro minuto, Uma fazia-a pensar em Eugene, com o seu sarcasmo e a sua postura, Gil e Jay pareciam ser excelentes rapazes e Harry...

O pirata. Tinha mesmo de haver um pirata naquela aventura?

A morena sacudiu a cabeça, engolindo o choro. Não só nunca mais os veria, como estava a mentir-lhes desde o primeiro segundo que os conhecera. Eles não mereciam isso.

- Estás bem? - questionou Evie, colocando-lhe a mão no ombro.

Rhiara olhou para ela, assentindo. Por instantes, pensou em contar a verdade, admitir quem era e porque estava ali. Depois, recordou-se da estranha jovem que apanhara a observá-la na ilha. Pensou em a Rapunzel, como ela ficaria se algo acontecesse à sua querida filha. Engolindo em seco, esboçou um sorriso fraco, assentindo na direção da filha da Rainha Má com toda a convicção que conseguiu.

- Para onde vamos agora? - perguntou, tentando disfarçar a sua angústia o melhor que pode.

Evie sorriu-lhe de volta, sem notar a sua tristeza. Parecia que confiava tanto nela que acreditaria em qualquer coisa que lhe saísse pela boca, o que deixava Rhiara a sentir-se ainda mais culpada.

- Para o castelo. Vamos à procura do Ben.

A morena mordeu o lábio inferior.

Tinha outro problema em mãos.

Ben.

- Olá, menina que cheira a Sol. - cumprimentou Dude, o cão de Carlos.

        Rhiara franziu o sobrolho.

- De onde é que tu apareceste?!


O castelo estava mergulhado no silêncio. Mal chamava por Ben, o medo bem presente na sua voz. Não por ela, mas por algo ter acontecido ao rapaz que amava. À medida que percorriam os corredores à procura dele, a preocupação de Rhiara aumentava. Conhecia Ben à anos, era o único amigo além de Audrey que tinha antes de fugir de Corona e, embora fosse dar-lhe na cabeça pela pouca consideração que tivera para com Audrey, continuava a preocupar-se com ele.

- Não acredito que ela transformou pessoas em pedra. - murmurou Rhiara para si própria, pensando nos pais - Só espero que eles tenham conseguido fugir de Auradon antes deste caos se instalar...

- Ben! - gritou Mal, exasperada.

- Por aqui. - disse Dude, cheirando o ar.

- O Ben pode estar a dormir. - disse a filha da Maléfica, suspirando.

- Ou foi transformado em pedra. - retorquiu Celia, vendo a sua boca ser tapada pela mão de Evie.

- Ben! - voltou a chamar Mal.

- Apanhei um cheiro. Perfume muito forte, fácil de seguir. - comentou o cão, sentado à espera deles - Sigam-me!

- Ótimo, Dude! - exclamou Jay, satisfeito com o pequeno canídeo.

- Também sou ótimo a dar mimos. - respondeu Dude.

- A sério? Nunca tive um animal de estimação. - comentou Gil, observando Dude com curiosidade.

- Nunca? - perguntou Rhiara, fitando o rapaz - Nem um lagarto? Um caracol? Não há animais na ilha?

- Há muita coisa em falta na ilha, querida. - respondeu Uma, de braços cruzados - Esperem!

O grupo estacou, fitando a filha de Úrsula. Esta aproximara-se da parede, os dedos roçando na parede, onde marcas de garras eram visíveis.

- Alguma hipótese daquilo já estar assim? - perguntou Carlos, apontando para um quadro pendurado na parede, o qual fora cortado ao meio.

- Sigam-me! - voltou a dizer Dude.

Rhiara deixou-se ficar para trás, os dedos roçando as saliências na parede. Prensou os lábios, uma ideia surgindo na sua cabeça.

- Transformaste o Ben no Monstro, sua parva? - murmurou a morena, embora sorrisse ligeiramente - Nunca mais cresces.

Quando eram crianças, costumavam brincar à Bela e o Monstro. Era a história favorita de Ben e, para o agradar, também era a de Audrey.

Claro que não havia dúvida quem era a Bela e quem era o Monstro.

- Irónica. - murmurou Rhiara, limpando uma lágrima nostálgica que escorria pela sua face.

          Caminhou na direção que os restantes tinham tomado, atenta a qualquer sinal de Ben. Adentrou na sala onde os dois grupos estavam, a qual estava vazia, a não ser pelas armaduras perfeitamente alinhadas nos seus lugares. Rhiara observou o lugar. Ao longe, Harry tocava nas espadas dos cavaleiros de metal, com Jay perto de si, atento a qualquer movimento do pirata.

Não confiavam uns nos outros, pensou Rhiara. No centro da sala, Uma e Mal provocavam-se, as duas líderes mais parecidas do que conseguiam ver. Evie subira para cima de um estrado colocado no meio da sala, os olhos castanhos vasculhando a mesma, enquanto a filha de Úrsula e a filha da Maléfica lançavam farpas uma à outra, distraídas.

- Acho que estamos a ser desafiados. - comentou Harry, pousando a mão no braço de Uma, que o ignorou.

           A frase do pirata chamou à atenção de Rhiara, cujo sobrolho se franziu ao ver uma das armaduras mexer-se. Mal e Uma discutiam, como de costume, indiferentes aos objetos que começavam a ganhar vida.

- Meninas! - chamou Rhiara, retirando apressadamente a sua frigideira da mochila.

- Temos uma situação a acontecer aqui. - continuou Harry, os olhos azuis fixos nos cavaleiros.

- Gostas de um príncipe, Mal? - questionou a voz de Audrey, o fumo rosa esvoaçando em redor da cabeça da armadura - E que tal um cavaleiro andante? Ou cavaleiros?

           As armaduras movimentaram-se, as espadas desembainhadas apontadas para o grupo. O fumo rosa espalhou-se entre elas, a voz de Audrey sibilando:

- Olhem que lindinhos... Unidos para derrotar a vilã. - soltou uma risada maléfica- Pena que existe uma cobra a rondar... e não sou eu.

- O que... - começou Uma, calando-se bruscamente.

              Os cavaleiros atacaram.

- Harry, cuidado!

O pirata baixou-se, a tempo de se desviar da espada de uma das armaduras encantadas. A frigideira de Rhiara acertou na cabeça da mesma, a qual recuou alguns passos, atarantada. A raiva começava a borbulhar no interior de Rhiara. As palavras de Audrey ressoavam-lhe ao ouvido, uma e outra vez, provocando-a, atormentando-a, enervando-a.

"Existe uma cobra a rondar... e não sou eu"

Cobras. Audrey sabia perfeitamente que Rhiara odiava cobras e fizera essa analogia propositadamente. Como ela ousava?

- Eu preciso de uma distração! - pediu Mal, ofegante.

Rhiara rosnou baixinho. Num movimento ágil, girou a frigideira entre os dedos, apontando-a às armaduras andantes.

- AUDREY! - gritou, enquanto os restantes rodeavam Mal, protegendo-a - Mas será que nunca mais deixas de ter outros a fazer o teu trabalho sujo?!

- Cala-te, insolente! - ouviu a voz de Audrey guinchar, proveniente de uma das armaduras - Tu não sabes de nada!

- Ah eu sei muita coisa, minha mimada idiota. - continuou Rhiara, as bochechas rosadas de irritação - Primeiro o Ben, que fazia tudo aquilo que tu querias quando éramos mais novos! Parecia um cachorrinho! Depois esse tal Chad, por todas as flores mais bonitas, como é que sequer achas esse cabeça oca útil para alguma coisa?! Agora escondes-te atrás de magia?! Magia?! - uma risada debochada escapou-lhe dos lábios - Não tens pedalada para usar magia, docinho.

- Pelo menos eu não tenho medo de a usar, queridinha. - provocou a voz maliciosa da outra, cujo riso maléfico fez Rhiara se sentir ainda mais irritada.

- Eu não tenho medo é de usar esta frigideira na tua cara, princesinha.

         As armaduras atacaram-na num movimento único, forçando Rhiara a agachar-se, fugindo às mãos metálicas dos seus mais recentes inimigos. Nesse instante, Uma e Mal aproximaram-se, cada uma desferindo um golpe com a sua espada ao mesmo tempo, a força e o poder das duas combinado espalhando-se pelas armaduras e electrificando-as. As palavras de Mal ressoaram, aproveitando a distração de Audrey para agir:

- Armadura, forte e verdadeira, faz este metal dançar!

Os cavaleiros imobilizaram-se. Hipnotizante, Mal moveu as ancas, numa dança como se de uma serpente se tratasse. Rhiara arregalou os olhos, chocada ao ver as armaduras imitarem-na, espelhando-a. A filha da Maléfica desceu do pódio, deixando Uma tomar o seu lugar. A energia vibrante da dança e da música que o grupo cantava era inebriante, forçando Rhiara a sorrir, baixando a frigideira. A seguir, Carlos tomou o lugar da filha da Úrsula. As armaduras, submissas, tinham desistido de lutar, imitando os movimentos dos demais com entusiasmo. Enquanto Rhiara se encostava à parede mais próxima para descansar, um dos cavaleiros fez o mesmo, imitando-a e fazendo-a rir.

              Confusos com tantos movimentos e sobrecarregados pelos feitiços a que estavam sujeitos, as armaduras caíram ao chão com estrondo. O grupo começou a gritar e a sorrir, as divergências de lado por brevíssimos instantes. Afastada, Rhiara observou-os, sorrindo satisfeita.

- Estás a jogar um jogo perigoso... - a fumaça cor de rosa envolveu-a, venenosa - Alguém anda a fazer de conta que é aquilo que não é... - sibilou a voz de Audrey ao seu ouvido, embora um pouco mais alto do que deveria.

        Rhiara bufou.

- Antes isso do que fazer de conta que sou uma cabra.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro