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Capítulo 10

O coração de Rhiara batia fortemente no seu peito. Podia ver a desilusão no rosto de Evie, os olhos castanhos doces fixos na melhor amiga. Mal parecia perdida, a mentira criando um abismo entre ela e os amigos. Para Mal, a expressão de Evie era a que mais a quebrava. Para Rhiara, era a de Ben. Conhecia o amigo há anos e sabia que aquela decisão ia contra tudo aquilo que ele acreditava. Por instantes, ponderou se tinha sido realmente ele a dar aquela ideia. Analisou o rosto de Mal. A Rainha de Auradon encarou-a de volta, os olhos verdes pesarosos, mas firmes. Tinha sido ela, claro. Ben podia ser um excelente rei mas Mal era mais firme, anos na ilha tinham-na feito compreender que vilões eram seres imprevisíveis e que era difícil confiar neles. Ela própria não confiava, não quando isso significava arriscar a vida dos seus amigos e do povo que era agora sua responsabilidade.

- Espera. Então nós temos arriscado a vida pelo teu povo por uma mentira? - Uma abanou a cabeça, desiludida - Sabia que não podia confiar em ti. Só pensas em ti mesma.

- E tu, Rei Benny...

Harry aproximou-se de Ben, o gancho apontado ao seu rosto. A raiva preenchia-lhe o rosto, os olhos azuis passando de Ben para Rhiara por brevíssimos segundos, antes de encarar o rei e baixar o gancho, a voz baixa ao dizer:

- Vais mandar-nos de volta para lá.

            Celia aproximou-se de Mal. A menina tinha passado despercebida a Rhiara ao longo do tempo que tinham estado juntas, talvez por toda a confusão que envolvia os dois grupos rivais, mais a sua própria mentira e o encontro com Ben, a quem não via há anos. Agora, a filha do Dr. Facilier fazia-se presente, a raiva gélida na sua voz ecoando pela floresta como facas que se cravavam em Mal:

- Eu pensei que fosses corajosa. Afinal, não passas de uma cobarde. Uma cobarde que não foi capaz de me dizer que nunca mais irei ver o meu pai.

A mulata abanou a cabeça. Num gesto rápido, arrancou a brasa de Hades das mãos de Mal, caminhando a passos largos até um chafariz próximo.

- Celia, não! - gritou Rhiara, tentando alcançá-la.

- Celia! Celia, não! - gritou Mal, exasperada.

Assim que tocou na superfície da água, a brasa apagou-se, levando consigo a chance que tinham de travar Audrey. Foi Rhiara que alcançou a pedra, os olhos marejados de lágrimas ao encarar Celia.

- Porque raio fizeste isso?! - exclamou, furiosa - Esta era a única maneira de parar a Audrey e trazê-la de volta! - Rhiara abanou a cabeça, desesperada - Mal, consegues reacendê-la? Por favor...

A filha da Maléfica aproximara-se dela, as mãos a tremer de nervosismo ao pegar na brasa. Os olhos verdes iluminaram-se à medida que a magia a preenchia, proferindo:

- Recupera a tua força e acende!

A pedra permaneceu escura, inalterada. Rhiara abanou a cabeça, os olhos esmeralda arregalados de medo.

- Tenta novamente!

- Recupera a tua força e acende!

Mal virou-se para Uma, os olhos implorando por ajuda. Quando derrotaram os cavaleiros, Uma ajudara a tornar a magia de Mal mais potente, graças ao famoso colar de concha enfeitiçado de Úrsula. Agora, a concha parecia ter perdido toda a sua força, ou talvez fosse apenas a pouca vontade que Uma sentia em ajudar a filha de Maléfica.

- Que pena. Provocaste isto a ti mesma, Mal. Vamos, Harry. Temos de encontrar o Gil e regressar para a ilha.

- Vens? - questionou Harry, olhando para Rhiara, embora soubesse a resposta.

A mão dele entrelaçara-se na dela. Havia um pedido silencioso no seu olhar, em vão. Lentamente, Rhiara abanou a cabeça, negando. Não era por Evie, ou por Carlos, por Jay ou por Mal. Estava grata por eles, por se terem tornado seus amigos, tal como Uma, Gil e Harry. Não era porque tinha de encontrar os pais, por mais preocupada que estivesse com eles. Não. A razão que a mantinha ali era a mesma que a fizera deixar tudo para trás e vir para Auradon, quebrando a confiança dos pais, expondo-se ao perigo, enfrentado o desconhecido. Isso não mudara.

- Eu tenho de salvar a Audrey. - respondeu, a voz baixa, mas firme.

O pirata assentiu, compreendendo. Ela apertou-lhe a mão, os olhos esmeralda fixos nos dele.

- Vou visitar-te à ilha. A ambos. - olhou para Uma, que desviou a cara, fungando discretamente - Arranjarei uma maneira. Prometo. - esboçou um sorriso na direção de Harry, que ergueu uma sobrancelha, na expectativa - Ainda tenho de te conhecer melhor, não é?

Harry soltou uma risada baixa. A atitude de pirata esmorecera por completo, o sorriso habitualmente louco e disparatado substituído por algo genuíno, embora triste.

- Foi um prazer conhecer-te, Raio de Sol.

Rhiara abriu a boca, sentindo o peito apertar-se ao vê-lo afastar-se, as mãos soltando-se. Aquilo fora uma despedida. A sensação da pele dele contra a dela ainda se fazia sentir, ainda que Harry sequer tivesse olhado para trás. A princesa engoliu em seco, magoada. Ela compreendia, claro. A probabilidade de ela conseguir manter a sua promessa era pequena mas ela fizera questão de pelo menos tentar, manter a esperança, ser positiva. Talvez fosse apenas algo que herdara de Rapunzel.

Harry, pelo contrário, recusava-se a acreditar em esperança. Custava menos se apenas desistisse e esquecesse. Ele era um vilão, ao fim ao cabo. Esperança não existia no dicionário de um vilão.

Talvez fosse algo que herdara do Capitão Gancho.

           Evie aproximara-se de Mal, lentamente. A sua expressão fechara-se e, pela primeira vez, a filha da Rainha Má não demonstrava qualquer emoção. Nervosa, Mal esfregou as mãos, os olhos verdes fitando a melhor amiga com pesar.

- Evie... Lamento muito. Eu... Eu pensei que... Eu tive medo de vos contar. Eu tive medo de perder a minha melhor amiga. - a voz falhou-lhe, emocionada - Mas eu tinha que fazer alguma coisa. Tinha de proteger Auradon.

- Fechar a barreira foi ideia tua? - questionou Evie, incrédula.

Rhiara suspirou, fitando Ben com compaixão. Ela tinha razão. A ideia não fora dele, já que ia contra tudo o que ele acreditava. A Rainha de Auradon suspirou, encarando a melhor amiga com ansiedade:

- Fi-lo por nós! Pela vida que temos aqui!

- A nossa vida?! E a vida das crianças que estamos a deixar para trás?! As promessas que nós lhe fizemos?! - o tom elevado de Evie ecoou pela floresta, as palavras atingindo Mal em cheio - Eu pensei que ias defender os filhos dos vilões que ficaram na ilha. Em vez disso, mentiste-lhes. Mentiste ao Carlos. - apontou para o filho da Cruela de Vil, que encarava a amiga em choque - Mentiste para o Jay. - o filho de Jafar cruzou os braços, desiludido - Mentiste para mim. Nós somos a tua família, Mal! E tu mentiste-nos.

- Evie... Evie, espera! - a rapariga dos cabelos azuis abanou a cabeça, recuando - Eu não tive escolha!

Rhiara aproximou-se da sua mais recente amiga, a compaixão presente na sua expressão. Compreendia a posição de Mal, tal como compreendia Ben por ter aceite a decisão da sua Rainha. Enquanto filha de uma monarca, sabia as responsabilidades que recaíam sobre a coroa real, sabia que Mal tinha pensar primeiro na segurança das pessoas que agora governava e só depois nos que se encontravam na Ilha. Compreendia, mas não estava de acordo. A princesa olhou para Evie e depois para Mal, a voz suave ao dirigir-se a ela:

- Eu entendo a tua decisão e sou a última pessoa que te pode condenar por mentir. Por vezes, a mentira parece ser o caminho mais fácil, mas no final estamos apenas a adiar o inevitável e a criar uma situação muito pior do que apenas dizer a verdade. - a filha da Rapunzel encolheu os ombros - Viver no medo não traz mais segurança, apenas traz mais desconfiança. Haverá sempre vilões no mundo, não importa se eles estão fechados numa ilha ou escondidos no coração de um herói que perde tudo. Entendo a vossa preocupação com as pessoas de Auradon mas falo por experiência própria: ter medo é uma forma muito cobarde de viver. É sobreviver, nada mais.

- Eu lamento muito. - foi tudo o que Mal pode dizer, as palavras perdendo-se no meio do que sucedeu a seguir.

            Num instante, Rhiara estava junto de Evie, o seu perfume a rosas envolvendo-a, a tensão entre ela e Mal quase palpável. Um arrepio percorreu-a à medida que fumo rosa envolvia o grupo, a risada maléfica de Audrey ecoando nos seus ouvidos.

            Tudo aconteceu muito depressa.

            Um estrondo fez-se sentir, assustando Mal e Rhiara. A princesa soltou um grito, fechando os olhos, os braços tapando o rosto. Quando os abriu, viu com horror quatro estátuas de pedra ao seu redor, o rosto de Mal destroçado ao encarar a que estava mais perto de si.

           Evie. Ben. Jay. Carlos.

           Todos eles tinham sido transformado em pedra.

- Não...

              Mal soluçou, sentindo-se culpada. Tinha acabado de perder tudo o que mais lhe importava no mundo. Ao seu lado, a princesa de Corona arregalou os olhos, em choque, os olhos esmeralda fixos na estátua do seu amigo de infância, agora nada mais do que pedra escurecida pela noite.

- Eles... Eles...

          Rhiara não pode terminar a frase.

           Num pestanejar de olhos, a princesa viu-se a cair, embatendo ruidosamente na água gelada do Lago Encantado, a neblina rosa do feitiço de Audrey dissipando-se à sua volta.

          Não a transformara em pedra, o que mostrava que ainda se importava com a melhor amiga. Ainda assim, não a queria a meter-se entre ela e a rapariga que lhe estragara a vida, a sua inimiga.

          Por isso, atirara-a magicamente para o Lago Encantado.

          Debaixo de água, surpreendida e em choque, Rhiara soltou um grito, as bolhas envolvendo-a.

                Ela com certeza ia matar Audrey.

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