☀️94☀️
Deem suporte a fanfic, votem e comentem. Boa leitura!
Ps: eu tô tentando, então espero que me desculpem se não estiver muito bom.
Eu não sei se é impressão minha, mas parece que eu estou constantemente propenso a fazer alguma merda.
Deve ser só impressão.
Fiquei em silêncio durante todo o tempo, enquanto Jimin intercalava entre responder algo em seu celular e se arrumar. Ele ia mesmo jantar com o Chupetinha.
Um mano chamado "Chupetinha" consegue sair pra jantar com meu namorado, e eu não. Eu sou ou não sou um merda?
Kris me respondeu depois de umas horas, um simples "te encontro no terminal às 8h".
Respirei fundo e mirei Jimin, que terminava de passar seu perfume. Ah, minha angústia só cresceu, porque aquele YooWoo iria sentir o cheirinho do meu mel, eu não sei se consigo suportar tal dor.
Ele sumiu do quarto num instante, logo voltando com um copo de água e um comprimido, se sentando na beira da cama e me entregando. — Aqui, beba.
— É alguma droga, pra que eu desmaie e não veja você chegar todo desarrumado às três da manhã? — perguntei, pegando o comprimido e tomando meu remédio para dores.
— Na verdade — se levantou, arrumando a calça. — Eu vou chegar as quatro.
Filho da mãe. Eu o vi se virar, a calça marcando sua bunda redonda e bonita, eu só pude voltar meu olhar pro celular, monitorando o horário.
— Bom, eu preciso ir — me avisou, guardando suas coisas nos bolsos. — ... não fique pensando em nenhuma porcaria. Antes das dez eu estou em casa.
— Tanto faz — dei de ombros, o vendo suspirar e rolar levemente os olhos. — Vai, vai logo, antes que o Chupetinha se estresse e peça outra coisa em troca...
— É, se ele pedir outra coisa, eu vou sugerir sua cabeça. Pra ele empalhar e pendurado bem na sala dele. — me disse, e atirou um travesseiro contra mim. — Para com essa merda ou eu vou perder minha paciência. Eu preciso ir, se quando eu voltar você continuar desse jeito, eu faço você se arrepender.
Eu nem respondi, porque ele realmente conseguia fazer eu ficar amedrontado quando queria. Só pude acompanhar sua caminhada para fora do quarto, e então ouvir o som da porta se abrindo e se fechando. Bufei, e me levantei, indo até o guarda roupa, eu apanhei um conjunto moletom e o vesti.
Fui até a janela, e vi Jimin lá embaixo, esperando, e sua espera não foi longa, já que em seguida um carro parou e ele entrou. — Se divirtam, paus no cu.
Me virei e vesti meus tênis, apanhei meu celular, dinheiro, e desliguei as luzes. Deixei minha casa sem muita pressa, até porque se eu o fizesse, 30 juntas de meu corpo doeriam, já que depois do "acidente" eu me tornei um senhor de 22 anos de idade.
Chegando no ponto de ônibus, eu mandei uma mensagem para Kris, perguntando: "tem certeza sobre o endereço?"
E ela me respondeu: "macho, só confia".
Ah, mas eu aprendi a nunca confiar num Min. "Olha, é bom estar certo, porque se a gente for parar no restaurante errado... eu vou é pedir um lanche, porque é o que me resta."
Antes que qualquer notificação chegasse, meu celular tocou, mostrando uma chamada de Namjoon. Eu não queria conversar, mas atendi mesmo assim. — Oi, Namjoon...
— "Oi, Namjoon" — me imitou, de um jeito preguiçoso. — Vive morrendo pelas tabelas. Oi!, e aí, quer sair pra lanchar? Chama o Jimin.
Respirei fundo e lhe disse: — Jimin já foi lanchar. Com um cara chamado "Chupetinha".
— Primeiro: Jungkook, até com teu namorado tua moral é zero, uh. — disse, e eu quase respondi um "ah, não me diga?". — Segundo: como assim, irmão?
Dei sinal para o ônibus, e subi, paguei minha passagem e logo me sentei. — O Yoongi tá preso, certo?
— Se a gente tem alguma certeza na vida, é de que sim, o Yoongi tá preso — respondeu-me.
— Bom... ele precisa ser solto imediatamente, pois está jurado na cela. Nós fomos pedir ajuda da família dele, e adivinha? — ri forçado. — O primo dele disse que nos ajudaria... se pudesse jantar com o Jimin.
— Quê? — perguntou, e eu só suspirei. — Porra... sai mel pela uretra do Jimin?
Fechei meus olhos, choramingando. — Pior que sai, hyung... bem docinho.
— Tá!, e você? — quis saber.
— Ah!, eu "foda-se", ye, foda-se o Jungkook! Esse OTARIO! — ralhei enquanto respondia.
— Que merda, cara... nossa, se pedissem pra sair com o Jin, eu seria capaz se atacar uma pedra e sair correndo. — disse. — Então, você vai ficar em casa até ele voltar?
Eu devia.
— Hm... não. — disse-lhe. — Eu tô dentro de um ônibus.
Ele ficou um tempo em silêncio, mas então disse: — Você vai aprontar, né?
— Eu? — pus a mão no peito, indignado. — O quê? Não!, nossa, Namjoon... como pode pensar assim?
— Vai dar merda — avisou. — O que você vai fazer?
Me encolhi no banco, meio que formando um bico. — Vou só dar uma olhadinha e voltar pra casa.
— Você não sabe a hora de parar mesmo, né? — o ouvi suspirar. — Se um dia o Jimin capar seu saco, não diz que eu não alertei.
— O Jimin nunca iria capar meu saco — disse. — Ele ama meu saco, ok?
— Haja amor — resmungou. — Tudo bem, eu vou levar o Jin pra jantar antes que ele comece a reclamar.
— Vai lá, aproveita que seu namorado sai com você e não com um cara chamado "Chupetinha". — o respondi. — Tchau.
— Vê se não caga no pau — pediu. — Tchau.
Eu encerrei a ligação e abaixei o celular, me encostando na janela, me restando apenas esperar que o ônibus chegasse logo lá.
Assim que ele adentrou o terminal e estacionou, eu me levantei e desci, procurando por Kris em volta. Não demorei a encontrá-la, em um canto com um cara.
Chegando perto, eu pude ouvir: — Só 14 mil won (50 reais)? Mas que pobreza, garoto. Minha vagina não vale tão pouco.
— É isso ou nada, não tenho mais dinheiro — o rapaz lhe disse.
— Ah, então sai daqui, seu mendigo — ela o empurrou pra longe. — Vai trabalhar, pedir ajuda do governo, vai, com esse valor tu não come um X-tudo e muito menos minha perereca.
— Nem quero essa tua perereca também! — o cara ralhou.
— Minha perereca que não te quer — ela mostrou o dedo meio, e só então me viu. — Jungkook!
— ... oi — acenei.
— E aí? Pronto pra fazer uma cagada? — me perguntou, começando a me guiar para outro ponto. — Eu não quero um trabalho infantil, eu só saio de casa se for pra criar um caos.
— Olha, a gente vai só vigiar — expliquei.
— Podemos vigiar com uma escopeta apontada pra cabeça deles?
— Não!, vamos só vigiar. Por precaução. — disse, e vi o ônibus chegar. — É esse?
— Sim — me respondeu, e nós entramos. — Por precaução? Macho, eu acho que você não confia no próprio pinto. Se confiasse, ficava em casa.
— No meu pinto eu confio — disse-a, me sentando. — Não confio no teu irmão.
— O YooWoo não aguenta 1 round! — ela me disse. — Jimin nem vai sentir que deu o cu.
A olhei, meio que puto. — Ele não vai transar com aquele cara!
— Isso, fala mais alto — me deu uma cotovelada. — Não vai mesmo, Jimin não fode se não for pra sair mancando.
— Meu Deus!, cala a boca — pedi. — Não tem a mínima chance de rolar nada. Eu sou o único pra ele.
— Que isso, ein — me olhou, impressionada. — Que puta rola tu deve ter, caralho.
— Não é questão de pênis — suspirei, olhando pra fora do ônibus. — Ele me ama, e eu amo ele.
Ela me olhou com atenção por um tempo. — ... um senhor pirocão eu diria!
Eu desisto. — Por favor, só abre a boca quando for pra dizer que a gente vai descer.
— Hm, tá metido é? Lá nas minhas quebradas a princesinha não consegue nem passar sozinha nos becos, e aqui vem dar de bonzão pro meu lado — resmungou. — Deixa eu chamar o Marquinhos Brigão que ele já acaba com tua pose.
Apenas a ignorei, esperando o momento em que iríamos chegar. Eu estava ansioso, eu só queria que tudo desse certo, vigiar o jantar, voltar pra casa e o Jimin não desconfiar de nada. Eu tenho capacidade pra isso, certo? Okay!, na quarta série eu fiz uma maquete sobre a vida no campo, e na verdade era sobre a galáxia. Mas eu tenho quase certeza que em Marte tem uma fazendinha onde vive um plantador de milho e uma vaquinha.
Kris se calou e realmente só voltou a falar quando quis me avisar para descermos, então eu a acompanhei e nós saltamos na parada que era queria. Era um bairro bonito, uma rua com vários comércios, e a noite deixava tudo mais bonito.
Mas Jimin está jantando com outro cara, não comigo, então não tem beleza nessa noite.
Kris me guiou pela calçada, até apontar para um restaurante que vinha em diante. Ela parou quase em frente a ele, e abriu a bolsa, tirando de dentro dois óculos escuros.
— Quê? — tentei entender.
— Põe esse caralho — mandou, me entregando o óculos, e em seguida puxou meu capuz. Eu a vi se agachar e enfiar a porra de uma peruca na cabeça. Então se levantou, arrumou o casaco de pele falsa, e bateu a plataforma no meio frio para tirar uma bala grudada. — Okay, vamos.
Meu plano era ficar encostado num poste olhando pra dentro do restaurante, não entrar no lugar!
Mas ela me puxou para dentro, com meu coração pulando no peito, ela nos guiou até uma mesa num lugar discreto. O lugar era grande, havia várias mesas e várias mesas ocupadas.
Meus olhos encontraram Jimin no outro lado, sentado de frente para Chupetinha. Eu queria morrer, porque ele estava todo lindo, e aquele urubu em sua frente, desfrutando da visão privilegiada.
Eu vi o garçom deixar alguns pratos em sua mesa, e Kris abriu a boca. — Ah, pilantra, pro Jimin ele paga comida gostosa, pra gente ele não compra nem um hot dog com salsicha fria. Cusão.
— Tá... eu não acho uma boa ideia a gente ficar aqui. — eu disse, puxando um cardápio para esconder meu rosto.
— Ninguém vai nos ver — disse, e me provocou: — Eles estão muito ocupados.
Eu mostrei o dedo do meio, fazendo uma careta de ódio mortal.
Abaixei o cardápio um instante, mirando a mesa dos dois, YooWoo falava pra caramba, e Jimin sorria, droga!, aquele sorriso tão lindo. Por que ele estava sorrindo?
Enquanto os olhava, eu perguntei a Kris: — Tem alguma chance do seu irmão ser mais legal que eu?
Ela até desviou o olhar, pigarreando. — Eu não queria te deixar preocupado...
A interrompi, um pouco desesperado. — Eu já tô preocupado!
— Ah! — bateu na própria testa, como se tivesse cometido um erro. — É verdade, você já está.
Grunhi. os olhando mais uma vez, agora Jimin até gargalhava, daquele jeitinho, tapando a boca com a mão, os olhos bem fechadinhos. — É sério, Kris? Ele é interessante?
— Porra, ele é um Min! — exclamou. — É óbvio que é interessante... resta saber... o quão interessante. — assim que ela terminou de falar, eu pus meus olhos nos dois mais uma vez, Jimin parecia escutá-lo com atenção.
— Jimin parece estar tendo um ótimo jantar — resmunguei, sentindo meu peito inflar de raiva. Jimin se divertia mais com esse cara do que comigo, e isso me fazia pensar em mil tipos de erros que eu devia estar cometendo, e cometendo desde o ínicio. Aposto que Chupetinha é mais inteligente que eu, deve ter um monte de coisas pra falar, e deve saber como impressionar Jimin.
Eu só... só sou um idiota.
Kris puxou meu casaco, chamando minha atenção. — Vou pedir uma porção pra gente.
— Viemos vigiar os dois e não comer — a olhei.
— Vigia também tem direito à lanchar, e se negar, eu grito daqui mesmo o nome do Jimin, aponto pra você e falo "aqui teu macho, Pimentinha" — ameaçou, e eu só pude torcer o nariz, antes de ela dar sinal ao garçom e pedir sua comida. Em meu estômago nada descia, a imagem de Jimin ali naquela mesa com outro cara me deixava enjoado, indigesto.
Eu só queria estar com Jimin na nossa casinha, recebendo seus carinhos gostosos, sua atenção, não o assistindo ter um encontro por um cara que deve amar ele.
Olhei em volta do restaurante, e me perguntei: — Será que eu sou um merda?
— Filho da puta — Kris xingou, enquanto os olhava. — Ele pediu mais comida. Tá tudo no plano dele.
— Que plano? — perguntei, tentando entendê-la.
— Ele vai encher o Jimin de comida — disse, parecendo mergulhada em seus pensamentos.
— ... o que tem? — ainda não entendia.
— Ele vai encher o Jimin de comida. Assim quando o Jimin chegar em casa, e você procurar ele pra transar, ele não vai poder, ou se vocês transarem, Jimin vai provavelmente passar cheque... e você vai ficar bravo! Assim, YooWoo conseguirá abalar a relação de vocês.
Continuei a olhando, com meu rosto todo morto, meu cérebro tentando processar aquele caralho de coisa que ela disse. Aposto que Yoongi a entenderia, afinal, suas mães deviam usar o mesmo tipo de droga no leite deles!
— Sua louca... — consegui falar, em choque com o absurdo. — O Jimin nem caga.
— Tem uma explicação mais lógica? — me perguntou.
— ... ele está pedindo tanta comida, pra que o jantar seja mais longo? — sugeri, e a vi ficar em silêncio por um tempo.
Depois de muito pensar, me respondeu: — ... não, ele quer que o Jimin suje seu pau.
Rolei meus olhos, desistindo, e voltei a vigia-los, cerrando o punho toda vez que YooWoo tocava a mão de Jimin, mas deixei de olhá-los quando o garçom deixou em nossa mesa um prato com batatas fritas e linguiçinhas, agradeci, já que Kris o ignorou, se importando apenas com a comida, e continuei com meus olhos voltados para a mesa dos dois. Kris falou, depois de engolir um punhado de comida: — Você é bem ciumento pra um banana.
— Não sou um banana — me defendi. — Eu pareço um banana, e ajo como um... mas eu não sou.
— Banana — me atacou uma batata. — Devia confiar no Jimin... ele é uma piranha, mas nunca traiu ninguém... okay, ele era garoto de programa, ele nem namorava... mas quando passava algumas semana com uns caras que ele gostava, ele nunca saía com outras pessoas.
— Eu confio nele — resmunguei. — Eu sei que ele não me trocar por esse cara, por ninguém... pelo menos eu espero que não... enfim!, eu só estou aqui por causa do YooWoo, não confio nele.
— Seria estranho se confiasse num contrabandista que morre de amores pelo seu bombom — deu de ombros. — Pare de mentir pra si mesmo... você tem medo que ele vá te deixar.
Ela me olhava séria, então eu a olhei sério. Eu não sabia o que eu estava sentindo, mas era ruim, me fazia mal, eu não ficava nada bem com a ideia de Jimin e outra pessoa num clima desses, porque... eu fiquei tanto tempo sem ele, sofri tanto sem sua presença, fiz meu máximo para trazer ele de volta, e eu iria até o fim do mundo se preciso... eu só queria me sentir seguro alguma vez. Sem ninguém no meu caminho, sem ter que lidar com pessoas desejando pelo que é meu.
— Kris... — suspirei. — É só como se... eu não tivesse valor algum, não fosse respeitado por uma pessoa sequer. Eu tô cansado de não ter meu namorado só pra mim.
— Mas você precisa entender. — me disse. — Isso é novo pro Jimin... toda a vida ele foi assim, saía pra jantar, almoçar, era cordial, fazia os caras ficarem loucos, nossa... ele é acostumado a lidar com o desejo de outras pessoas. Ele não vê problema em sair pra conversar com um cara que gosta dele... ele ainda não entendeu que namoros não funcionam assim.
Fiquei quieto, tentando entender, tentando o entender. E Kris continuou: — E mano, você escolheu ficar com Park Jimin... ele é tipo, o desejo de pelo menos 15 velhos milionários. É melhor se acostumar.
— Nem a pau — logo respondi, ficando bravo.
— Você devia era ficar feliz — riu. — No meio de tantos caras querendo pagar rios de dinheiro pra ter exclusividade sobre o corpo dele, ele escolheu ficar com você, em troca de dinheiro algum.
Abaixei minha cabeça, pensando nisso. — É verdade...
Ela assentiu, e focou em sua comida, me deixando com meus pensamentos. Eu respirei fundo, o olhando, e pra falar a verdade, Jimin não estava especialmente arrumado, nem agia de forma diferente, ele era assim com todo mundo.
Jumin é vaidoso e gentil pra caralho.
Sorri fraco, pensando que não importava o lugar, e nem a companhia, ele continuava sendo meu namorado. E eu sei que ele me ama.
— Vamos embora — falei.
— Oi? — me olhou, com a boca cheia de batata. — Mas eu ia pedir um pudim.
— Não, vamos embora — repeti, decidido.
— Que porra ein... — ela reclamou. — Tá, tá!, vamos.
Nós íamos nos levantar, quando Jimin levantou da mesa dele, e nós ouvimos ele pedir um minuto à YooWoo, que assentiu.
— Ué — Kris murmurou, permanecendo em seu lugar. Jimin andou até a porta, apanhando o celular, pareceu discar um número, o que se confirmou quando ele levou o aparelho até a orelha. Foram poucos segundos até meu celular vibrar em meu bolso, com a consoante C e a vogal U na mão, eu o peguei, confirmando que Jimin estava me ligando.
— Atende — Kris mandou.
— Por que?! — perguntei.
— Pra ele não desconfiar. E se chegar em casa e continuar bravo com você? — disse, mas eu estava tão desencorajado. — Vai pro banheiro e atende, lá ninguém vai te ouvir.
Puta merda!, por que aquilo tinha que estar acontecendo justo comigo?
Frustrado, eu me levantei e dei a volta por trás das mesas, correndo pro banheiro, eu fechei a porta e atendi. — Oi...
— Hey — me respondeu. — Liguei pra saber se você está deitadinho ou está perambulando pela casa.
— Hm... tô... tô deitado — falei, me apoiando na pia, nervoso.
— Tá tudo bem? — perguntou.
Tentei relaxar minha voz. — Sim... e aí?
— Tá normal — disse. — Quando eu chegar em casa, podemos ficar? Não quero dormir longe de você essa noite.
Ah, Jimin... — Sim... é claro...
— Que bom — riu fraco, o que soava totalmente adorável através da distorção da ligação. — Eu tô com saudade...
— Eu também — falei honestamente.
— O que disse? — perguntou, e eu pude notar uma barulheira em volta dele. — Ya, chegou um grupo aqui perto... não sei se tá ouvindo...
— Dá pra ouvir — respondi.
— Oi? — perguntou mais uma vez. — Aigo, não tô ouvindo nada... — e aí disse: — Eu vou pro banheiro... aqui não dá pra ouvir nada.
Meu sangue gelou, e eu tenho certeza que fiquei tão pálido quanto um vampiro brilhante. — B-banheiro?
— O que disse? Argh!, espera, eu vou pra banheiro. — avisou.
Eu me desencostei da pia, ficando apavorado, eu dei um giro em volta de mim mesmo, procurando uma saída. Uma janela foi a única coisa que eu vi.
— Caralho — murmurei, e cocei violentamente minha nuca antes de correr até ela, e me apoiei numa das cabines, guardando o celular no bolso eu dei impulso e subi, enfiando rapidamente metade de meu corpo pela janela apertada, e ouvindo o barulho da porta, eu me joguei pra fora, caindo no chão, me emborrachando.
Grunhi de dor, jogado no chão duro, e quando ouvi a voz de Jimin lá dentro, me chamando no celular, eu me levantei, todo dolorido, peguei o celular. — ... oi.
— O que houve? — perguntou. — Sua voz tá toda gasta. Você tá bem?
Andando devagar, eu afastei o celular para soltar um gemido de dor. — Tô... t-tô bem... hm... Você vai ficar no banheiro? E o Chupetinha?
— Ah... ele ia fazer uma ligação também, disse que eu não podia ouvir... enfim, não ligo. — disse. — Eu estava pensando, babe... agora que seu corpo está se recuperando...
Ah, sim. Eu estou 100%, nem acabei de cair de uma altura de dois metros. — Hm?
— Bom... eu poderia parar de cavalgar, e você poderia voltar a ficar por cima, né? Agora você aguenta me foder, né? — ele perguntou, com a voz meiga, e eu só pude ter uma crise de tosse no meio da rua.
— Jimin... — arfei, quase pedindo clemência. — Você... você não presta.
Ele riu, era claro que estava se divertindo com a situação. — Eu nem disse nada.
— Pelo amor de Deus, termina logo esse jantar e vai pra casa — pedi.
— Não é "vai", é "vem", Jungkookie — me corrigiu. — Você devia dizer "vem pra casa", porque você está em casa.
Puta que me pariu. Eu ri, nervoso. — Ya... é... não sou bom com essas coisas, você sabe.
— Tudo bem — murmurou. — Eu vou voltar lá, então. Daqui a pouco eu chego em casa.
— Okay... vou te esperar — disse, e o ouvi responder um "tchau, babe", antes de desligar.
Levei minha mão livre ao meu pulso quebrado, que agora doía mais um pouco, e respirei fundo, podendo finalmente dar uma limpada em minha roupa. Essa foi por pouco, caralho.
Enfim, eu dei a volta no restaurante, e chamei a atenção de Kris, que me olhou sem entender, eu silabei um "vamos embora", ela correu pagar a conta, então, sem nem pegar seu troco, correu até mim. Parecia desesperada. — O que foi, Kris?
— O YooWoo — apontou, afobada. — Pôs alguma coisa na bebida do Jimin!
Meus olhos ficaram a ponto de saltar, e eu subi os degraus até a entrada do restaurante, eu vi Jimin caminhar para sua mesa, e vi YooWoo imediatamente oferecer a bebida, Jimin a aceitando.
Não, não, não, não!
Porra, o que eu faço? O que eu faço? O que eu faço?
Quando vi Jimin levar o copo a boca, eu adentrei o lugar, correndo para ele enquanto ele bebia. — Jimin!, não!
Tanto ele quanto YooWoo me olharam, os olhos de Jimin se abrindo em minha direção, sua boca fazendo o mesmo. — … Jungkook…?!
O alcançando, eu arranquei o copo de sua mão e o bati contra a mesa, fazendo o líquido espirrar. Eu estava puto e preocupado! — YooWoo, seu filho da puta!
— Como é que é?! — ele se levantou, enquanto os olhares se voltavam para nós.
— Você drogou o Jimin! — apontei. — Colocou alguma coisa no suco dele!
— O que? Jungkook…! — Jimin me olhava assustado, confuso.
— Você bebeu quase metade do copo, Jimin! — disse, um pouco desesperado, o puxei pra perto de mim. — O que você deu pra ele?!
— Garoto, eu não dei merda alguma — ele disse, quase debochando de mim.
— A Kris viu! — acusei, mantendo Jimin colado a mim. — Ela viu você pondo alguma coisa na bebida dele!
— Kris? — Jimin não parecia entender nada.
Aí YooWoo gargalhou, o que só me irritou mais e mais. — Garoto… quer saber o que eu pus na bebida dele? — perguntou e apanhou um saquinho de açúcar vazio. — Jimin disse que o suco estava amargo.
— … açúcar? — olhei o pacotinho, e Jimin se desvencilhou de mim. — Oh…
O olhar duro de Jimin pousou sobre mim, mas ele apenas disse: — Me espera lá fora.
YooWoo voltou a rir, tirando sarro de mim, e eu só pude obedecer Jimin, dando-lhes as costas e saindo, com o olhar de todo mundo sobre mim.
Que merda, que merda. Que merda!
Saindo do restaurante, eu encontrei Kris, que me deu um sorriso amarelo. Filha da mãe.
Mas eu não disse nada a ela, porque eu não a via como culpada de alguma coisa. Eu só me encostei num poste ali em frente, cruzando meus braços, encarando o chão.
Açúcar… ah, tomar no meu cu. Fala sério.
Eu estava morrendo de vergonha, e morrendo de raiva. Deu errado!, de novo!, porra, era só ir pra casa, e esperar ele deitadinho, o plano estava certo!
— Me fudi — resmunguei, passando a mão por meu cabelo, meio que puxando. — Porra…
Eu não sei quanto tempo fiquei ali, mas minhas pernas doíam um pouco, o frio fazia meus lábios arderem, e eu distraidamente via Kris andar de um lado e para o outro.
Quando Jimin e YooWoo saíram pelas portas de vidro, eu os olhei por apenas um segundo antes de voltar a abaixar minha cabeça. Eu ouvi Chupetinha gargalhar, e então dizer: — Que papelão. Vocês dois são mesmo uns toscos.
— YooWoo — Jimin chamou, com a voz um pouco cansada. — Não fale assim… nós já vamos embora.
— Hm… toscos — repetiu. — Vamos, Kris, eu te deixo em casa. Ridícula.
— Eu só vou porque tenho mais medo do Jimin do que você — disse ela, ajeitando o casaco para acompanhá-lo, mas antes de o seguir, mirou Jimin, dizendo: — O Jungkook só estava preocupado, Jimin… não brigue com ele.
— Venha, Kris! — YooWoo chamou, sem paciência.
— Eu tô indo, porra — gritou, dando uma corridinha para alcançá-lo. — Tchau, Jungkook-da-perninha!
Respirei fundo, afundando minhas mãos nos bolsos da minha calça. Eu ouvi apenas Jimin realizar uma ligação para um taxista, dando o endereço em que estávamos, e depois disso, ele ficou em silêncio.
Que droga, não era pra acabar assim. Porra, talvez eu não devesse nem ter vindo. Mas eu tinha tanto medo do que poderia acontecer sem meu conhecimento.
Talvez, no fundo, eu seja só um moleque inseguro, que nem acredita que namora um cara como Park Jimin, e talvez por isso, tenha tanto medo de perdê-lo. Talvez Jimin esteja equivocado em ficar comigo.
— Jungkook… — me chamou.
Logo o respondi: — Eu sei!, eu sou um idiota, eu sou infantil e babaca. Eu não devia ter vindo, não devia me meter nas suas coisas, devia… tá, eu sei, sei que sou um tosco, como ele disse. Eu já sei.
Eu me sentia um completo idiota, um otário. Eu me sentia e eu era de fato. Aparentemente eu seria sempre o Jungkook, que não faz nada certo, que só se ferra, por ser cientificamente comprovado um burro!
Burro, é isso que eu sou, desde o início e até agora, pra sempre também.
— Jungkook… não. — Jimin se aproximou, e eu levantei meu olhar apenas um pouquinho para encará-lo. — … você não devia ter vindo mesmo, porque eu te disse que nada ia acontecer. Eu te disse. Você devia ter acreditado em mim.
— Me desculpa — pedi, porque eu não sabia mais o que fazer, não sabia como me explicar.
— Olha… — o ouvi suspirar, antes de juntar seu corpo no meu, uma de suas mãos alcançando meu cabelo por baixo do capuz. — … eu entendo, eu acho… eu também não gostaria de te ver saindo com outro cara. Eu, argh, iria odiar muito… mas eu só vim pelo Yoongi, entende? Eu precisava vir.
Fechei meus olhos, sentindo vontade de chorar, porque eu me sentia cheio de vergonha, e cheio de medo de perder Jimin. E em pouco tempo minhas lágrimas começaram a escapar, rolando por minhas bochechas.
— Jungkookie… — Jimin chamou meu nome com jeitinho, me abraçando. — Não precisa chorar, ok? Eu não tô bravo com você.
— M-mas eu fui um id-idiota — funguei, me agarrando a ele, chorando em seu ombro.
— Não, não foi — me disse, me aconchegando em seus braços. — Não fique assim, babe… não precisa ter medo de nada. Eu tô com você, eu te amo.
— Jura? — pedi.
— Sim, eu juro. Eu te amo, e nunca vou te deixar. — jurou-me. — Você também me ama, certo?
— Muito — respondi, deitando minha cabeça em seu ombro. — Te amo muito.
Jimin beijou meu rosto então, dizendo: — Então, é só isso que importa.
// perdones por algum erro, o que deve ter com certeza ja que eu corrigi muito por cima ja que ficou um pouquinho grande e eu sou claramente um lixo
:)
peike lobe
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um anjo veio me chamar
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