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Deem suporte à fanfic, votem e comentem. Boa leitura!
Eu deixei de ter cordas vocais.
Eu perdi a habilidade da fala.
Jimin tinha uma noiva. Insira vários pontos de interrogação aqui.
Eu não consegui falar, eu apenas comecei a rir. Eu não sabia se estava rindo porque aquela merda só podia ser uma piada, ou porque estava nervoso.
- Está rindo de quê, garoto? - a mulher me olhou, e eu podia jurar que raios lasers sairiam por seus olhos.
- Eita - pude ouvir o porteiro dizer.
- Estou rindo dessa brincadeira - eu a respondi. - Vamos lá, Jimin, ela é sua mãe, não é?
- É melhor analisar bem o que você diz - a mulher apontou um dedo em minha cara. - Você não sabe quem eu sou!
- Calma, YooHee - Jimin fez a mulher abaixar o braço. - Com licença, Jungkook, nós temos que ir.
Não é possível. Não é. Não, não é não. Não! Não, Deus, não, por favor, não!
- Jimin! - o chamei, abismado. - Você não... Não... Ela não tá falando sério, está?
- Sim, estou - YooHee estufou o peito. - Iremos nos casar, garoto. Quer um convite?
Eu ignorei a cara nojenta dela e foquei no rostinho de Jimin, ele tinha a cabeça baixa e parecia nervoso.
Minha mente se embaralhou, mais do que nunca. Nada daquilo fazia sentido.
Jimin me amava. O que ele estava fazendo com aquela mulher?
Jimin é gay! Que porra ele estava fazendo com aquela mulher?
- Jimin - tentei fazê-lo olhar para mim, mas YooHee o afastou de mim. - Escuta aqui, senhora, não sei quem é você, mas isso não faz sentido algum.
- Faz mais sentido do que você pensa, moleque - ela disse, e eu percebi que odiava a voz dela.
- Você sabe que ele é gay né? - joguei. - Sabe que ele é 100% homossexual, não é?
- Eu vou curá-lo - ela cuspiu.
Não.
Não! Ela não disse isso.
Aquele monte de merda não saiu pela boca dela, não saiu não. Eu devo estar ouvindo errado.
- Curar de quê?! - explodi. - É você quem tem que ser curada! Nossa, morre!
- Quem você acha que eu sou pra falar dessa forma comigo? - a mulher veio em minha direção.
- Eu falo do jeito que quiser - eu disse à ela, sem medo. - Você é ridícula!
Eu estava à um fio de ignorar o meu respeito às mulheres e dar um soco na cara daquela cadela.
Respire fundo, Jungkook, ela continua sendo uma mulher. Mesmo que uma mulher muito filha da puta.
- Espera, YooHee! - Jimin segurou a senhora, e se pôs na frente dela. - Não precisa usar agressão, calma. Por favor.
- Quem é esse merdinha, Jimin? - ela perguntou à ele. - O que ele é seu?
Jimin me olhou, por cima do ombro, e eu pude vê-lo lamentar.
- É um amigo - ele respondeu.
Amigo o meu pau.
- É, só um amigo mesmo - ela riu, me olhando de cima à baixo. - Em que mundo um pivete como esse teria chances com você, meu amor? Veja só as roupas dele. Talvez nem seja maior de idade ainda.
Eu olhei para o que eu vestia. Não eram as roupas mais maduras que já vesti, mas isso não importava.
- Falou a papa anjo - eu debochei. - Vai dizer que não gosta de um garotão? Hipócrita.
- Mande seu amigo abaixar o tom - ela disse, parecendo assustadora.
Ela era menor que o Jimin, mas poderia ser comparada à um dragão furioso.
- Eu abaixo o tom e você abaixa a bola, nojenta - a provoquei.
- Jungkook, não piore as coisas - Jimin pediu, sem, exatamente, olhar em meus olhos.
Ele não podia, simplesmente, ir embora com ela. Não podia se casar com ela, assim, do nada.
- A gente pode conversar? - pedi, tentando controlar a emoção. - Por favor, Jimin.
- Não! - foi YooHee quem respondeu.
- Perguntei pra ele - grunhi, impaciente.
Deus, como eu queria fazer aquela mulher sumir. Quria tirar o Jimin dali e ficar com ele, em um lugar onde ninguém pudesse nos encontrar.
- Deixe, Yoo, por favor - Jimin pediu à mulher. - Vai ser rápido.
- Olha - ela demorou a se pronunciar. - Em menos de cinco minutos eu quero você aqui de volta.
Ela só podia ser a mãe dele.
- Vem - Jimin me conduziu até o elevador. - E não tente nada, por favor.
Jimin só podia estar drogado. Não havia outra explicação.
Nós subimos em silêncio, só com o zumbido do elevador. Jimin de cabeça baixa, e eu encarando-o, descaradamente.
Nós entramos em seu apartamento. Ou no seu antigo apartamento.
Os móveis estavam todos lá, mas suas coisinhas haviam sido tiradas, então estava tudo frio e sem graça. Não era a casa do Jimin, não sem seus enfeites, sem suas cortinas e sem seus bibelots.
Havia uma caixa para ser carregada ainda, e uma mala grande. Eu suspirei, quase derrotado.
- Que merda é essa, Jimin? - eu, finalmente, perguntei, quando nós paramos no meio da sala.
Ele ficou em silêncio, sem me olhar.
E o desespero estava começando a tomar conta de mim, novamente. Todo o alívio que eu senti quando nós nos abraçamos, sumiu.
Dentro de mim só restava dor, dúvidas e medo.
Se Jimin, realmente, se casasse com a YooHee, eu teria que desistir.
- Quem é ela? - perguntei. - Como vocês puderam ficar noivos em dois dias?
- Jungkook - Jimin suspirou, ainda sem me encarar. - Você não vai entender.
- Não vou mesmo - eu disse, minha voz saindo amarga. - E não é nem por causa da minha dislexia.
- Eu não tenho mais tempo - foi o que ele disse.
- Como assim? - o olhei, procurando alguma explicação em seu rosto triste.
- Eu não sou mais um adolescente, Jungkook - disse Jimin, com a voz baixa, os olhos percorrendo a sala quase vazia. - Eu já passei por coisas demais.
- Você não é velho, Jimin - eu disse, tentando seguir a linha de raciocínio dele.
- Não sou na identidade - ele disse, acariciando a estante onde costumavam ficar suas coisas. - Mas sou velho na mente. Enquanto você estava brincando de video game, eu já estava no mundo, correndo atrás da sobrevivência, Jungkook.
Aquilo me entristeceu mais ainda.
- Eu amava o Jaebum - ele disse, e eu pude reconhecer este Jaebum como o cara com ele fugiu aos 15 anos. - Eu era capaz de dar a minha vida pela dele. E ele me deixou, Jungkook... Ele traiu minha confiança, me deixou sozinho e sem dinheiro em um lugar que eu não conhecia. Eu demorei anos pra superar o amor que eu sentia por ele. Dói até hoje.
- O-o que isso tem a ver, Jimin? - perguntei, inseguro.
- Tem tudo a ver - ele se virou para mim. - Eu já me apaixonei várias vezes, e me fodi várias vezes. Eu não posso mais arriscar.
- Pode sim - eu tentei me aproximar, mas ele foi para trás. - Jimin...
- Eu não posso - eu pude ver as lágrimas começarem a brotar de seus olhos. - Eu quero alguém que me ame. Ame mesmo. Não quero dúvidas. Não quero que a pessoa que eu gosto brigue com o ex dela toda vez que o vir.
- Eu não vou mais brigar com o Taehyung - eu disse, com a voz trêmula. - Aquilo foi um erro, eu estava nervoso, eu não consegui me controlar. Tente entender. Você disse que ainda dói pensar no Jaebum.
- Não é assim, Jungkook - Jimin me disse, e sorriu, entre lágrimas. - Você é jovem, você é um garoto. Olhe para suas roupas... Você parece o Ash do Pokemon, e isso é adorável.
- Eu posso mudar as roupas! - retirei meu boné.
- Não é isso - Jimin tombou a cabeça pro lado, e me observou. - Você ainda vai se apaixonar muito, tem um monte de coisas pra viver. Eu não. Eu não posso mais me enfiar em aventuras.
- Não fale desse jeito - pedi, sentindo meus olhos ficarem quentes. - Não fale como se estivesse tudo acabado.
- Está tudo acabado - ele disse e desviou o olhar. - Eu preciso me casar, preciso estudar alguma coisa e encontrar o rumo da minha vida. Não posso perder meu tempo com amores incertos.
- Eu te amo - repeti o que havia dito antes. - Acredite em mim, eu te amo, e não é incerto, eu juro.
- Você jurava que amava o Taehyung também - ele me deu aquele sorriso triste. - Sua mente ainda vai mudar muito, Jungkook. Não queira se envolver comigo... Porque eu preciso de algo duradouro.
- Tarde demais, eu já me envolvi - bati o pé no chão, irritado, e as lágrimas começaram a escorrer por meu rosto. - Eu te amo, Jimin. Você não pode casar com aquela mulher, você é gay.
- Eu sou - ele disse, dobrando uma camisa que deixara no sofá. - Eu sou gay, e nada vai mudar isso. O que ela disse sobre me curar é babaquice. Eu sou, definitivamente, gay.
- Então? - o olhei sem entender. - Ela é uma mulher!
- Acontece, Jungkook - ele suspirou, enxugando o rosto. - Acontece que eu só quero um amor concreto, um amor seguro. Não importa se a pessoa é homem ou mulher, jovem ou velho, gordo ou magro, alto ou baixo. Eu só quero amor.
- Eu te amo - insisti. - Você tem o meu amor!
- Você me conhece há dois meses, Jungkook - ele me olhou como se eu fosse uma criança que diz já ser adulta. - Seus sentimentos ainda vão mudar.
Eu odiava aquela tese dele, odiava com todas as forças.
- E quem te garante que a YooHee vai te amar pra sempre? Como você sabe? - perguntei, realmente, descrente. - Você me deixou na casa do Jin na sexta e hoje, segunda, já está noivo dela. Como isso aconteceu? Como você pode ter certeza do amor dela?
- Jungkook - ele respirou fundo. - A YooHee me pede em casamento desde quando eu tinha 19 anos de idade.
Que merda enorme!
- Ela era minha cliente - ele explicou, evitando me olhar nos olhos, mesmo que eu procurasse ter esse contato. - Ela sempre pediu para que eu deixasse a prostituição e fosse viver com ela, porque ela me ama. Eu sempre neguei, porque acreditava que iria encontrar um amor pra mim. Mas acabou, eu não tenho chances. Vou casar com ela, vou casar com alguém que há anos me jura amor. É o máximo que eu tenho.
Aquela porra era tão triste. Era tão triste saber que Jimin chegara ao ponto de ir contra sua sexualidade só para receber amor.
Era tão fodidamente triste saber que ele não conseguia confiar no meu amor.
- Jimin - tentei de novo, enquanto meu rosto era molhado pelo choro. - Você me ama, eu sei. Por favor, dê uma chance pra nós, confie em mim, se arrisque só mais uma vez, por favor.
- Eu não posso, Jungkook - ele retornou a chorar. - Eu não quero me machucar de novo. Me entenda!
- Não - eu não queria ouvir nada sobre aquilo. - Não, Jimin, não faça assim. Eu imploro, fica comigo! Eu juro que nunca vou te decepcionar!
- Jungkook, eu preciso ir - ele tentou ir até a mala, mas eu o segurei. - Não, Jungkook!
- Fica, por favor - o empurrei até a parede e o abracei à força. - Não vai embora, não vai embora com ela. Por favor!
- Jungkook - Jimin segurou meu rosto, e a tristeza em seus olhos era tão perceptível. - Você vai encontrar uma pessoa boa pra você, e essa pessoa vai ter os melhores dias da vida dela, porque você melhora tudo em 100%.
- Não, não, não - me recusei à ouvi-lo. - Essa pessoa é você, Jimin!
- Não, não é - ele abaixou a cabeça e fungou. - Me deixa ir, Jungkook.
- Não - eu escorrei para baixo e fiquei de joelhos aos seus pés. - Eu preciso de você, Jimin.
- Não, Jungkook! - ele me puxou para eu me levantar. - Não faz assim, você não precisa fazer isso. Nunca se ajoelhe pra mim, eu não sou digno disso.
- Fica comigo, por favor - pedi, sem forças, meu choro ganhando intensidade. - Jimin... Eu te amo.
- Eu preciso entregar a chave, Jungkook - Jimin disse, de olhos fechados. - Eu tenho que ir.
Jimin se esquivou de mim, pegou a pequena caixa, puxou a mala de rodinhas, passou pela porta e esperou que eu saísse.
Arrasado, eu saí do apartamento, vi Jimin trancar a porta, e ir em direção ao elevador. Ele continuava chorando, mas baixinho.
- Jimin... - o chamei uma última vez, com meu coração doendo.
- Adeus, babe - Jimin sorriu, tão triste, e entrou no elevador.
Era o meu fim.
//DIG DIG JOY DIG JOY POPOY
VEM BRINCAR COMIGO
oi
E aí, qual o veredito sobre sunboy? Quem vai desistir de ler? Quem vai seguir firme?
Vai tudo ficar bem gente. Mas o que realmente significa ficar bem?
muito troste com a twt
oi
É, eu não tenho muita coisa pra dizer. Vou tentar att esse final de semana, COM prints dos comentários mais dkDFkdjr dos últimos capítulos
Enfim. Muito obrigada por lerem sunboy
Não tenho nada pra dizer, e nem tenho ninguém pra expor.
Mas eu levei 4858764 pedradas no último capítulo que teve, fiquei #xatiada com alguns comentários, mas vida que segue.
Vcs sabem que toda fic tem sua fase troste, não fiquem brabas com as autorinhas
É aquele ditado: sorry bae
votem e comentem tnx
a minha vida é chorar
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