Ele estava me desafiando.

Nos posicionamos no meio do tatame, eu o cumprimentei e ele fez o mesmo.

Eu inventei de pensar no que devia fazer e não consegui desviar de um chute no ombro seguido de um soco de mão aberta abaixo da orelha.

Eu me desestabilizei e Jimin me empurrou para trás, acertando um chute com a panturrilha em minhas costelas esquerdas, e eu quase caí, recebendo em seguida dois tapas no peito. Jimin segurou meus ombros e acertou uma joelhada em minha axila esquerda, em fim, me empurrou para o chão e finalizou em minha nuca, com um chute com a parte da frente do pé.

Eu fiquei de joelhos no chão, minhas mãos apoiadas no forro de borracha.

Não havia sido muito doloroso, mas Jimin ganhou, e eu não consegui reagir a nem um de seus golpes.

Vi o louro inclinar-se para me cumprimentar, eu estava chocado e inerte. Eu olhei para as crianças e elas estavam todas sentadinhas e de bocas abertas.

Jimin ofereceu-se para me ajudar a levantar, e eu tive que aceitar, fazia parte. Não pude acreditar que um rapaz tão bom em karate tinha mãos tão pequenas, macias e gordinhas.

- Vocês certamente conhecem estes golpes - Jimin sorriu para eles, mas eles, em respostas, negaram com suas cabecinhas. - O que? Não aprenderam nem um desses?

Negaram novamente.

- Não assistiram nem uma performance? - Jimin ajoelhou-se para ficar mais próximo à eles. - Não sabem nada?

- Ah, nós assistimos alguns vídeos no youtube - uma garotinha disse, desanimada.

Eu me senti envergonhado. Muito envergonhado.

Mas eu ainda estava assustado com a agilidade de Jimin. E acredito, realmente, que não tivemos um bom encontro nesta madrugada.

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