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━ ♡ : O3 Chᥲρtᥱr.

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Sᥙᥒ&Mooᥒ hᥲs tᥕo dᥲddιᥱs¡!

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!¡ O ρᥲρᥲι mᥙdᥲ mᥙιto dᥱ hᥙmor

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Era tão agradável estar em tal lugar. O cheiro suave de café adocicado e pão quentinho invadia as narinas de Lee, que fingia prestar atenção no monólogo extenso do seu novo marido Han Jisung, na realidade eram só reclamações e mais reclamações que nunca vão ser realmente ouvidas, já que Minho estava muito ocupado se perguntando como uma pessoa tão nova tinha um filho de doze anos. O malfeitor, não tão mal assim, não era lá o melhor matemático, mas segundo as suas contas, aquilo não batia muito bem.

━ Eu preciso me casar com uma boa pessoa e…- Jisung falava mais a cada momento sem nem ao menos respeitar o tempo para lhe recuperar o fôlego, mas assim que percebeu que o seu mais novo parceiro não prestava atenção em si, ele pegou um sachê de açúcar e jogou no mesmo que saiu de seu transe. ━ Cara, você ouviu alguma coisa que eu falei? - Perguntou alto.

━ Eu ouvi. - Comentou simples se arrumando na cadeira e revirou os olhos já farto de tantas reclamações. ━ Seu problema era ser solteiro, você já não é mais solteiro, o resto é só blá blá blá. - Murmurou desviando seu olhar para uma das clientes que saia do estabelecimento. Por um momento, Lee pensou o quão seria bom o algoritmo ter o juntado com uma mulher de seios fartos como aquela que ele observava, mas em vez de seios, ele ganhou um par de bochechas enormes que só reclamavam. ━ Ser uma boa pessoa eu não sou, acho ridículo quem se autoproclama ser bom. Mas tudo bem. Por que você precisa de um marido ou sei lá, uma esposa modelo? Vai se candidatar à presidência? Que porra.

━ Não te interessa. - Comentou simples bebendo um pouco de seu suco natural de tangerina. Han não pareceu confiar naquele homem, ele era um completo estranho.

Mas o que o jovem pai solteiro esqueceu é que: Ele escolheu estar naquela situação, o algoritmo não estava errado, a empresa unitec tinha feito tal trabalho com excelência. Finalmente Jisung tinha o seu par ideal e ele era estranhamente compatível, independente de seu perfil físico.

O de cabelos roxos deu um fraco soco na mesa apontando rude. ━ Dá pra você falar logo? Eu tô muito é puto, dava pra gente estar fodendo no banheiro, agora mesmo, como comemoração ao nosso casório, mas não, eu estou a meia hora ouvindo você reclamar e me chamar de bandido, você nem me conhece, nem sabe da minha história e já tá falando aí que eu sou um bandido, tú já vem com poucas ideias pra cima de mim ai, que vergonha. - Apontando ignorante para o rosto do mais baixo, Lee o ameaçou entre murmúrios e desabafou meio sentido pela forma que estava sendo tratado, sério, onde já se viu sair de casa, se casar com um estranho e no final esse estranho lhe apontar como uma má pessoa?

Mas Jisung se ofendeu com tal acusação, ele não era de julgar qualquer um, mas pessoas que tinham aquele perfil muitas vezes eram más e… bem, para ele, Lee realmente pareceu ser um bandido. ━ Não é descriminação é só que você…

━ Eu o que? - Perguntou alto o olhando com o rosto franzido, por um momento, as poucas pessoas que estavam no café observaram a mesa curiosas por tal conversa " intensa". ━ Seu preconceituoso, tô ligado nessas fita aí, eu sei dos meus direitos.

━ Tá legal eu conto. - Se alterou um pouco levantando a sua voz, mas tossiu baixo, tomou um gole de seu suco de tangerina e começou. ━ Na ficha que a unitec que te entregou tem todas as minhas informações, provavelmente tem a informação que eu tenho dois filhos.

Minho abriu a sua mochila e pegou o monte de papéis grampeados começando a folhear cada página à procura de uma informação, que no qual antes não tinha prestado muita atenção. ━ Sim, Moonbin e Youngsun, eu lembro, o garoto tem quantos anos? Aqui tá falando que você tem vinte e cinco anos e ele doze, mas pelas minhas contas, se eu estiver certo, você tinha treze anos quando ele nasceu, então eu tô meio confuso e a sua outra menina tem seis anos, então você engravidou a mãe dela com dezenove anos? Cara. - Tentou fazer algumas contas em sua cabeça se acalmando pela briga anterior.

Rindo sem graça, explicou. ━ Não é bem o que parece e isso realmente não vem ao caso agora.

Seu cérebro pareceu estar mais lento que o normal, mas assim que começou a funcionar um pouco mais rápido, se aproximou de Han e sussurrou.━ É tráfico de criança né seu filho da puta? Eu não mexo com esse tipo de bagulho. - Por um breve momento Lee pensou em bater naquele "filho da puta" mas não o fez por medo de ser preso. Ele não ia gastar o seu réu primário tão facilmente.

E negando desesperado Jisung explicou meio atrapalhado. ━ Eu me relacionei com um mulher mais velha… - Droga, tudo o que o jovem não queria era explicar a sua vida conturbada para um estranho, mas parecia que uma coisa levava a outra, então ele estava ali, expondo tudo, por culpa de ter discriminado o homem que pareceu ser um bandido. ━ Eu e ela tínhamos quatorze anos de diferença, o Moonbin não é meu filho de sangue, mas eu o criei como um pai e sim, eu tive uma filha com dezenove anos e depois eu me casei com vinte anos, sem contar que a minha esposa morreu no ano passado, foi câncer de mama, então sim, eu fiquei viúvo aos vinte e quatro anos. Agora a gente pode focar no verdadeiro problema?- Aumentou um pouco a sua voz perplexa e gesticulou por toda a adrenalina que sentiu repentinamente.

Mas, pela primeira vez em anos Minho se manteve calado, chocado por tanta informação que saiu da boca de seu mais novo companheiro e logo estranhou a sua pergunta. ━ E tudo isso que você passou não é o verdadeiro problema? Porra… - Riu ainda desacreditado.

E aquela maldita risada o irritou, sua vida não era a merda de uma comédia mal contada para qualquer um rir e tirar um mínimo sarro, mesmo com os altos e baixos, junto dos fatos catastróficos e chocantes, ainda sim era a vida de Han Jisung.

━ O serviço social quer tirar os meus filhos e o que mais chama a atenção desses agentes públicos, são lares desestruturados e mesmo eu dando financeiramente tudo do bom e do melhor para eles, eu não posso ficar muito tempo com os meus filhos. - Expondo toda a verdade, apenas pelo artifício da dúvida, Han abaixou a sua cabeça e sentiu uma leve pontada em sua cabeça, ele estava começando a ficar nervoso. ━ Bem Minho, eu não consigo dar tanto amor e carinho quanto eles merecem, dar atenção não é lá o que eu posso fazer todos os dias, pois o trabalho me consome. - Arrumou a sua voz sério e observou o seu companheiro de relance, ele esperava um conselho, uma solução, qualquer coisa para conter o seu desespero.

━ Termine de falar. - Murmurou baixo o olhando fixo e sério. Lee não parecia ser um homem muito sério, mas a sua voz era assustadora e autoritária quando precisava.

Bebeu mais de seu suco de tangerina e coçou o topo de sua cabeça sem graça, por toda a situação que se encontrava. ━ Um lar modelo precisa de um pai, que trabalhe e se dedique ao trabalho, que dê atenção aos filhos nos finais de semana e que vá fazer compras no mercado com a sua esposa, um lar modelo precisa de filhos educados que se empenham na escola, que respeitam os pais e que tem hobbies bem vistos pela a sociedade, um lar modelo precisa de uma mãe dócil, que é boa na cozinha, que entende os filhos e que é uma garota exemplar, uma família modelo precisa ser… - Seu discurso sobre a família perfeita foi cortada por Lee que apareceu enojado.

━ Você quer a merda de uma esposa para alimentar uma fantasia de família de comercial de margarina? - Zombou ignorante bebendo um grande gole de seu café americano e revirou seus olhos. ━ Essa merda não existe e é até meio misógino o que tu falou, mas cara, tudo bem. Eu topo, mas eu não vou vestir uma peruca. - Concluiu o acordo rápido.

━ Ei, topar o que? - Seus olhos focaram no rosto gracioso do jovem bandido.

━ Ser teu marido e pai dos seus filhos. Tá na minha ficha, eu curto crianças pra caralho. Eu cuidava das crias das minhas tias e até cuidei do meu irmão mais novo. - Apontou para os papéis de folhas amareladas que estavam à frente de Jisung.

O de cabelos castanhos riu confuso, sua voz se tornou mais suave. ━ Mas eu não estou te pedindo para… - O que ele realmente pensou em fazer era: se desculpar e desfazer o mal entendido, mas uma dúvida lhe surgiu.  ━ E porque você quer aceitar isso? É só pedir o divórcio para unitec, eles são muito bons no que fazem, a empresa vai achar alguém melhor. - Disse sincero.

Mas de braços cruzados e uma face azeda e cheia de irritabilidade, Minho o respondeu. ━ Não quero, a nossa porcentagem foi boa, queria me casar rápido mesmo e a sua família era o que eu queria. Eu queria filhos além da esposa…ou do esposo. Sem contar que a probabilidade de nós dois sermos um bom casal é alta, só tu que não quer.

O silêncio logo reinou na mesa, Lee estava irritado com toda aquela situação e Jisung estava a dois passos de pular de uma ponte, pois já não aguentava mais tanta coisa dando errado em sua vida. Mas, mesmo que movido por um pouco de curiosidade e muita força de vontade, Han tentou se motivar a perguntar.

━ Pra que? - Piscou incomodado com tanto mistério e arrumou a sua voz. ━ Por que você quer se casar?

━ Pra ir em um casamento. - Murmurou a resposta simples e baixa.

━ O que? - Sua cabeça se inclinou para a direita não entendendo tal comentário.

E piscando em disparada, como se esperasse por uma resposta dos deuses, Lee respondeu com atraso. ━…longa história. - Riu gentil. ━ Mas fale, você quer ser o meu marido? Eu prometo ser uma esposa gentil, recatada, dócil que faz tortinhas de morango e usa suéter bege. Eu tenho meus dons, sou bom em tudo e me dou bem com todos. Jisung, eu posso salvar a tua pele, é só não pedir o divórcio.- Tentou negociar pacientemente.

Lee também tinha seus motivos, queria ser muito bem casado e construir a vida ao lado de seu parceiro o mais rápido possível e de alguma forma, Han tinha tudo o que ele precisava. Jisung era bonito, não muito educado, mas gentil ao ponto de conseguir conversar com humanos, ele tinha uma boa altura, responsabilidades, um trabalho que por lei era reconhecido e por cima tinha filhos, que segundo o próprio Han, eram bem educados. Aquele reclamão que estava choramingando pelos cantos, tinha muitas das qualidades que Lee precisava e o jovem de cabelos roxos não ia ceder o noivado tão facilmente.

━ Eu não sei… - Murmurou em meio às dúvidas. ━ O que você quer mesmo?

━ Eu quero permanecer casado, podemos até nos apaixonar um dia. Você não é nada feio, seu rosto e corpo são bonitos e você só não é um "dez barra dez" porque você está cheio de olheiras e vive com essa cara de cansado. - Disposto a mostrar todas as verdades ao jovem responsável, Minho expôs em palavras um resumo básico de seus desejos torcendo para que Han o ajuda-se. ━ Eu estava esperando alguém como você e eu sei que vamos nos dar bem.

━ Você fala como se fosse fácil, isso não é brincadeira. - Voltou com os seus murmúrios tímidos e frustrados, que apenas acendeu a raiva do de cabelos roxos, que estava a um ponto de o xingar por carregar tanta negatividade.

Lee por um senso quase inexistente e um pouco de paciência não surtou, a falta de positividade era normal, as vezes ele trombava com uma ou duas pessoas inseguras a ponto de nunca acreditarem que algo ia dar certo, mas Han estava o irritando, pois essa insegurança toda apenas surgia de uma ideia, Minho, que tinha piercings, cabelos tingidos e uma face um tanto quanto malvada, não servia para ser pai de seus filhos.

Mas bateu fraco na mesa, de forma positiva comentou com o seu sorriso mais doce e sereno possível. ━ Você quer uma esposa, infelizmente eu sou homem. Mas temos vantagens nisso, o serviço social, querendo tirar os filhos de um casal lgbt por nenhum motivo aparente? É algo para se questionar, pense um pouco querido. - Acabou por dizer meio baixo mostrando um pouco de sua atuação como um Pai. ━ Suas crianças vão ter alguém pra conversar, fazer comida, dar carinho e atenção, pronto, não vai mais precisar de babá ou uma diarista, até porque eu posso te ajudar a cuidar delas e a cuidar da nossa casa.

━  Cara, eu não estou te entendendo. - Riu baixinho tentando deixar o clima descontraído, mas não funcionou. Jisung não estava entendendo o do porque de tanta insistência, era para ele insistir e reconhecia tal fato, Han precisava de um casamento e agora tinha Lee Minho como marido, tudo por "culpa" de uma empresa especializada em algoritmos de probabilidades e mesmo que mostrasse ali que eles eram perfeitos um para o outro, o mais baixo não conseguia entender em como daria certo.

━ Você é lerdo. - Jogou seus cabelos para trás inclinando a sua cabeça para a mesma direção e com toda a paciência que lhe restou, voltou a explicar. ━ Eu já falei, eu vou ser o pai dos seus filhos, vamos ser a família perfeita, de verdade mesmo mano, não quero mentir.- Respirou pesado vendo que Han não conseguia acreditar em nenhuma de suas palavras.  ━ Eu vou ser seu marido perfeito e você vai ser meu marido perfeito, vamos criar os dois pirralhos juntos, procurar um psicólogo para você que sofreu abuso infantil, passar por essa barra ai do serviço social, depois vamos ir em um casamento e com muita calma e paciência, vamos tentar viver uma vida de casal, fomos feitos um para o outro, foi o algoritmo que disse. - E novamente deixou claro, eles foram feitos um para o outro, não tinha como dar errado.

━ Você fala como se fosse fácil. - Zombou terminando o seu suco e passou as suas mãos pelo seu rosto percebendo que o celular de Minho estava tocando.

Mas com calma o mesmo só desligou tal ligação e arrumou a sua voz. ━ Tem outra ideia?

━ Não, mas me diga, por que diabos você se casou para ir a um casamento? - A curiosidade lhe atingiu, sim, de fato, mas usou de tal assunto apenas para mudar um pouco o foco da conversa.

Respirando fundo e bebendo mais um gole de seu café americano, Lee observou a tela de seu celular, que logo piscou por conta de outra mensagem que havia chegado e respondeu lento, mas ainda orgulhoso. ━ Meu irmão mais novo vai se casar e ele nunca aceitou muito o meu modo de viver e o meu trabalho, sabe, eu cuidei dele a vida toda e agora ele me convidou para o casamento dele e… - Sorriu fechado e levantou as suas sobrancelhas, como se estivesse se preparando para falar algo.

━ E...? - Piscou simples.

Minho se sentiu magoado ao se lembrar de tal acontecimento, então tentou rir para aliviar o peso de suas próprias palavras. ━ Ele me falou que não ia chamar os nossos pais, pois eles eram… diferentes demais da família da noiva e ele me pediu para agir como uma pessoa normal, pois isso era muito especial para ele. - Desviando seu olhar para o seu próprio copo, murmurou para si mesmo. ━ Como se eu não fosse normal…

━ Que mini babaquinha. - Piscou simples e levantou delicado o seu braço direto para chamar um dos garçons e assim que conseguiu a atenção de um, ergueu o copo de suco e apontou para o mesmo recebendo um sorriso de confirmação do homem que logo entendeu o seu pedido.

Han estava certo, seu irmão mais novo era um projétil super inteligente de um perfeito babaca, já que desde que começou os seus estudos em yale, evitava as ligações de sua família e apenas ligava para o seu irmão mais velho uma vez por semana, mesmo assim Minho estava orgulhoso das conquistas do irmão, que foi o primeiro de sua família a fazer faculdade e não se meter com coisas dadas como ilegais.

━ Se você conhecer a minha família, você ia entender… enfim, eu travei, falei pra ele que eu estava namorando uma pessoa e que logo eu ia me casar, ele ouviu errado e acha que eu estou noivo e que eu já moro junto com a pessoa. - Explicou lento para Jisung, que o olhava meio incrédulo, o entender. ━ Sabe, mas eu nunca pensei em casamento e quando eu vi a proposta da unitec eu vi uma solução e sim, é uma solução, eu vou poder casar, de combo eu ganhei dois filhos, vou ver o meu irmão casar e ser feliz com a esposa estrangeira dele e eu não vou ter que arrumar ninguém do jeito antigo, até porque, um processo de namoro até o casamento demora demais e eu não tenho paciência.

Minho estava sendo sincero. Apesar de seu longo histórico de relacionamentos amorosos, ainda sim, ele odiava a sensação de conquistar uma pessoa aos poucos, era como um jogo de azar, cujo ele sempre atirava no escuro. Já com o programa que envolvia algoritmos, ele se viu livre de uma competição consigo mesmo, pois a sua pessoa destinada já havia sido enviada, bastava a convencer a seguir com tal relacionamento.

━ Mas…você ser meio delin… - Tossiu por perceber que estava a ponto de falar algo errado e logo reformulou a frase. ━ Você ter a personalidade forte não justifica a forma que o seu irmão te força a mudar. Nossa, você se casou para agradá-lo por uma noite… ele tem sorte. - Jisung, mesmo irritado com o modo que o irmão mais novo de Lee agiu diante de tal situação, ainda sim estava tocado por tantos sacrifícios vindos de Minho.

Mas, ainda bebendo um pouco mais de sua bebida gelada, o maior deu os ombros e comentou descontraído e verdadeiro. ━ Eu não tiro muito a razão. Minha mãe é dona de um puteiro e o meu pai é um estelionatário ruim pra porra, foi preso quatro vezes, inclusive tá preso agora. - Negou com a cabeça e voltou a comentar. ━ Quatro vezes, uma vergonha.

Minho não costumava mentir muito e mesmo que soando como um absurdo, ele não perdia a oportunidade de expor mais um pouco de sua personalidade.

Han tampou sua boca chocado. ━ Meu Deus, você foi criado em um lugar completamente…

━ Divertido. - Disse com total sinceridade. ━ Sabe, o puteiro é bem divertido e as mulheres são bem legais com você, meu pai também é legal, mas vive te roubando dinheiro. - Revirou os olhos com um pouco de raiva por se lembrar de todas as vezes que o Senhor Lee havia lhe roubado.

Atordoado por tal informação, Jisung pousou as suas mãos sobre as mãos de Minho que o olhou estranho. ━ Crendeuspai… E você tem traumas? - Piscou rápido e preocupado. Han se sentiu culpado, estava julgando mal uma pessoa que havia sofrido tanto em sua juventude.

━ Claro que não. - Respondeu rápido observando as mãos quentinhas e macias do mais novo ficar sobre as suas. ━ Eu tive uma boa infância e adolescência, espero que meus filhos também sejam felizes como eu fui.

Mas tal comentário o incentivou. Jisung estava com medo daquele homem de cabelos roxos e cheio de piercings ser uma má pessoa, mas após conversarem sem quaisquer filtro, ele percebeu que Lee também havia tido uma vida atordoada e que agora ele finalmente estava dando a volta por cima. O casamento, uma nova vida e família, aquele sonho, pelo menos aquele, Han podia realizar para o bom homem com cara de má pessoa.

E assim, sorrindo tocado pela "triste" história, Jisung o propôs. ━ Cara, vamos sim ficar juntos, eu te dou até uma ajuda financeira, deve ser difícil pra você. - Seu coração estava tocado.

━ Não, fica tranquilo em questão de dinheiro. - Comentou baixo e meio confuso, a praticamente dois minutos atrás Jisung estava o chamando de delinquente, mas assim, de uma hora para outra ele estava o tratando super bem.

━ Você tem um bom trabalho? - Perguntou orgulhoso.

━ Sim, eu trabalho em uma pequena empresa que oferece empréstimos fora do mercado financeiro, sem a autorização do Banco Central. - Sorriu explicativo. ━ Eu ganho em cima dos juros e sinceramente, a minha empresa está indo bem. - Minho não mentiu, sua empresa e trabalho estavam indo bem, ele estava orgulhoso o quão bom estava indo os seus negócios.

Tudo bem que, depois de sua rápida e conclusiva explicação, o seu parceiro apenas entendeu coisas como " empresa…emprestimos…banco e juros" mas para ele estava tudo bem, seu novo marido tinha uma empresa, aquilo por si só já podia entrar na sua lista de " coisas para se gabar".

━ …Nossa, que legal. - Murmurou vendo que Lee parecia ser um homem bom financeiramente. Han devia parar de julgar as pessoas pela aparência, Minho era uma boa pessoa. ━ Então tudo bem, você quer conhecer os meus filhos quando? Claro, eu só vou concordar com qualquer coisa se eles se sentirem à vontade com isso tudo. - Explicou ainda sorridente e gentil, percebendo que ainda estava com as suas mãos pousadas em cima das de Lee, às tirou rindo baixo.

━ Quando está bom para você? - Perguntou sentindo um friozinho na barriga. O que ele faria para conquistar duas crianças? Na época dele, um taco de beisebol e algumas bombinhas eram o suficiente, mas agora, com a geração dos celulares e ipads, ele se sentiu pressionado, até porque, ser rejeitado por crianças afetaria o seu ego.

━ Amanhã, vamos fazer isso bem rápido, se não der certo eu dou um jeito de nos divorciar rapidamente. - Pensou alto e logo recaptulou. ━ Mas se tudo der certo, já que estamos casados no papel, a gente vai se conhecendo mais, se acostumando um com o outro e logo a gente já mora junto e vivemos uma vida legal de casal.

━ Tudo bem, querido. - Concordou com a cabeça soltando um sorriso gentil e voltou a beber o resto de seu café esperando que Han falasse mais um pouco.

━ Uhm…sabe, agora eu posso te perguntar um montão de coisas? - O olhou animado e sugestivo.

━ Um montão de coisas? - Minho coçou o topo de sua cabeça. Han era estranho, primeiro o ofendia, depois pedia o divórcio de um casamento que havia sido concluído a cinco minutos, depois o seguia até uma cafeteria e confessava ser fã de 'milf' e pai de duas crianças e quando Minho pensou que não podia podia ficar pior, Jisung começa a o tratar bem e concorda com tudo, mas ainda ia o encher de perguntas, apenas para passar o tempo.

━ Eu só quero ter certeza que você é realmente uma boa pessoa para eu apresentar aos meus filhos … sabe, tem louco pra tudo nesse mundo. - Explicou sincero, mas logo se justificou. ━ Não que eu te ache com cara de louco…

━ Eu entendendo, também quero saber se você é uma boa pessoa. - Se arrumou em sua cadeira e tossiu sério para ajustar a sua voz que antes saiu falha. ━ Isso mais parece uma entrevista de emprego do que um primeiro encontro, mas vamos lá papai. Comece a entrevista.

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