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━ ♡ : 1O Chᥲρtᥱr.

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Sᥙᥒ&Mooᥒ hᥲs tᥕo dᥲddιᥱs¡!

Cᥲρίtᥙᥣo 1O ↶

¡! A mᥲmᥲ̃ᥱ fιᥴoᥙ brᥲvᥲ ᥱ o
ρᥲρᥲι ᥴomρroᥙ mᥱᥣᥲᥒᥴιᥲ  !¡


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E mais uma semana passou e com isso a alegria na família Han começou a surgir. Jisung passou a tentar administrar melhor o tempo que passava no trabalho. Minho passou todo o tempo que queria com a sua nova família e as crianças estavam aliviadas por estarem em uma casa bem estruturada, cujo os seus pais cuidavam e os respeitavam, sim, era o mínimo em uma família bem estruturada, o amor e o respeito, mas todos sabemos que essa não era a realidade de muitos.

Isso, tudo estava indo bem, até uma ligação da escolinha preparatória de Han Youngsun chegar. Aparentemente o anjinho de sorriso doce tinha ameaçado o seu coleguinha de escola, a doce e pequena querida, em uma brincadeira inocente falou que ia arrancar os pulmões de seu coleguinha e fazer um churrasco com o seu cérebro e infelizmente a sua educadora ficou horrorizada com tal comentário, junto ao coleguinha de Youngsun, que chorou pelo medo de ter o seu cérebro colocado em uma churrasqueira. Convenhamos, a querida e inocente Youngsun era muito criativa quando queria.

Resumindo, após essa notificação, Minho e Jisung tiveram a sua primeira discussão séria. Jisung não entendeu o porque diabos a sua filha tinha sido tão mal educada a ponto de se portar de tal forma, ele sempre a ensinou que não era certo tratar as pessoas daquela forma e ofender ou machucar fisicamente um colega não era legal. Ele pensou em puní-la, brigar com ela, a deixar em televisão ou sem doces, porém Minho interferiu em defesa de sua enteada.

Lee Minho, desde o começo achou estranho a atitude da garota, claro, ele sabia que Youngsun não era lá uma garotinha doce de total inocência, mas ela não deixava de ser uma criança de cinco anos que só agia de forma mal educada com pessoas que não mereciam de seu respeito. Ele confiou em sua enteada, mais que o próprio pai e mesmo que isso desencadeasse uma briga que durou quarenta minutos e acabou com Jisung o obrigando a resolver aquilo sozinho, ele não se aflingiu e tentou conversar com a garota, que estava chateada com o Papai dela, apenas o seu padrasto tentou a defender, era decepcionante.

Não culpem Jisung. Minho sabia que ele estava cansado de tantos problemas pessoais e o trabalho também lhe afetava horrores, sua falecida mulher também concordava com castigos, então ele não viu problema em brigar e a punir como todos os pais fazem. Mas Minho não conseguia ver vantagem naquilo, o modo em que foi criado era totalmente diferente, ele nunca achou certo punir uma criança daquele modo. Claro, eles já sabiam o que era certo e errado, mas crianças agiam de forma espontânea e a garota só estava agindo como uma criança normal, ameaçando um coleguinha, pois ele não fez algo que ela gostou. Brigar com uma criança por ela agir com o seu instinto não consertaria os seus erros.

E com o tempo Jisung percebeu o seu erro, se desculpou com o seu marido e após se acalmar conversou com Youngsun e a explicou que não podia ameaçar pessoas e nem as machucar, pois aquilo era errado e pessoas boas não faziam aquilo.

Mas após tal tarde conturbada, o dia começou, quarta de manhã, Minho odiava quartas-feiras, era um dia da semana massante, mas tudo bem, o seu único compromisso era ir até a escola, depois da aula de sua garota e conversar normalmente com a professora de sua filha, uma coisa normal entre os pais. Mas era a sua primeira vez, o que lhe pareceu intimidador, se pôr como um pai e ouvir sobre a sua filha, era como uma prova de vida, como um juiz dando um veredito sobre a sua excelência paterna.

Mas ao chegar no instituto educacional, ou melhor dizendo, a escolinha preparatória, ele percebeu ser mais normal do que imaginava. Minho sempre observou muito bem os pais, as famílias bem estruturadas que rondavam a sua vida e ele percebia aos poucos que todos tinham um parafuso a menos e esse fato apenas lhe deu segurança para se sentar em frente a professora de Han Youngsun, ao lado do pai do garoto que a sua filha havia "mordido" e ficar extremamente calmo com tal situação.

Mas, após ouvir tanto da professora e do outro pai, ele não via mais satisfação em encarar a primeira reunião que ele tinha participado em sua vida, na realidade pareceu ser um complô, para os dois mais velhos compartilharem um ódio superior a pequena Youngsun.

No começo Lee pensou que ia ter ali uma conversa, uma troca de saberes, cujo assim eles conversariam de forma adequada sobre como resolver tal situação desagradável. Mas não, o pai do garoto estava mais interessado em jogar a culpa em cima da garotinha que estava ao seu lado, de braços cruzados com cara de emburrada e a professora se viu mais segura em jogar a culpa nos gostos peculiares da garotinha e nos acontecimentos passados de sua vida trágica.

Sim, era certo que uma criança que perdeu a mãe a tão pouco tempo de tal forma trágica carregaria algum tipo de trauma, mas tal coisa não pareceu ser a verdadeira causa do problema, tudo estava muito estranho.

Mas ele não perdeu a sua "classe". Como um pai "premium" ele concordava com a cabeça tentando entender do assunto para não se alterar ao comentar sobre o seu lado da história, algo que era novo em sua vida, pois se a sua filha não estivesse naquela sala, Minho já tinha perdido a cabeça enquanto batia com a carteira na cabeça daquele pai estupido.

Mas o não tão querido velho comentou enquanto apontava soberbo para o mais novo pai. ━ Quer saber, então controle esse animal que você chama de filha, meu filho está machucado por conta dela. Onde já se viu, eu pensei que ele estava seguro na escola, mas vejo que não.  - E o Senhor Hyunbin murmurou apontando mal educado para o outro pai que estava de braços cruzados prestando atenção no pequeno garoto que olhava fixo para a sua garotinha. Lee sabia que a história era muito estranha, a pequena Han não era malvada a ponto de bater em alguém por livre e espontâneo entretenimento. ━ Mas eu nem devo culpar a coitada, não tem mãe e é criada por, meu deus.. Eu prefiro nem ao menos falar. - Ele conseguiu ganhar a atenção de Lee, que apenas subiu o olhar até si com um belo sorriso em seus lábios. ━ Tome cuidado com o que ensina a sua filha, pois eu já expliquei para o meu filho que pessoas como ela devem pagar pelos seus erros.

Com um pouco de esforço se manteve calmo diante a tantas ofensas. Lee estava em frente a sua querida filha e ele tentava ganhar da sua confiança, obviamente não estragaria tudo falando o que lhe entalou na garganta. Minho queria matá-lo por ter tratado a sua filha mal e ter cuidado de um filho cujo olhava para a sua querida Youngsun com tal olhar de superioridade, mas ele sabia se controlar, então respirou mais uma vez na tentativa de procurar um pouco mais de paz em seu coração.

A professora arrumou os seus cabelos os colocando atrás de suas orelhas e respirou alto ainda desconfortável com a situação, ela soube bem que a sua intervenção não ajudaria de nada, mas ela se cansou de tantas discussões vindas de uma parte. ━ Senhores pais, se acalmem. Não é assim que vamos resolver essa situação. Eu chamei ambos aqui, pois não é a primeira vez que essa situação acontece. - Comentou com seriedade intercalando seus olhares aos dois adultos.

Mas piscando inocente, comentou. ━ Tá legal. - Minho se arrumou na cadeira e observou a pequena garotinha que ainda estava de braços cruzados observando o outro mini queridinho com os olhinhos bem cerrados, era como um tiro no escuro, mas ele dificilmente errava em seus palpites. ━ Querida, o que aconteceu para você morder o seu colega? - Sim, ele achou certo perguntar diretamente a Youngsun. Ela era sim uma criança e como ser humano, claramente cometia erros como qualquer outro de sua espécie, mas pelo pouco que conhecia da garota, ela não gostava de arrumar problemas daquele tipo e nem ao menos saia batendo e ameaçando qualquer um por aí, ela tinha que ter os seus motivos.

Mas recebendo um pequeno carinho no topo de sua cabeça, seu olhar mortal foi lançado ao seu "padrasto" que a observava de tal forma adocicada. Aquilo lhe passou segurança. ━ KangTae não é o meu colega, ele é boboca. - Murmurou virando o seu rosto para o ladinho após confessar. Suas bochechas rosadinhas e suas perninhas que balançavam freneticamente entregaram o verdadeiro sentimento da pequena criança, ela estava com raiva, completamente chateada com a situação que havia se metido.

Minho compreendia que ela estava chateada, mas ainda sim ele precisava saber do porquê de tanta chateação. ━ E por que ele é boboca? - Perguntou baixinho observando a garotinha de xuxinhas bufar mais irritada ainda.

Youngsun tirou uns fios de cabelo de seu rosto, apontou para o outro garoto que ainda estava quieto e olhou raivosa para o seu novo "papai".

━ Ele puxa o cabelo da Sora e fica chamando ela de baleia, mas ela não é gordinha, isso deixa ela chateada e se ela fosse gordinha tudo bem também, mas ele fica machucando ela com palavras e isso me deixa brava demais. - Olhou para baixo e fez um biquinho chateada, a garotinha só queria, desde o início, proteger a sua coleguinha de sala que vinha sofrendo de alguns abusos verbais e físicos. ━ Eu falo para ele parar e ele me fala que vai cortar meus cabelos, ele me empurrou, bati meu bumbum no chão, aquilo doeu e eu fiquei brava, ai eu mordi ele muito forte e ameacei tirar os pulmões dele e fazer churrasquinho com o cabeção gigante dele. - Respondeu de tal forma determinada, seu olhar de raiva atingiu drasticamente o garoto que se escondeu atrás de seu pai, mas logo negou inocente terminando de explicar para o seu mais novo papai. ━ Mas eu não ia tirar os pulmões e nem fazer churrasco dele, eu nem gosto muito de carne. - Comentou sincera. ━ Eu prefiro batata…

━ Ela não tinha me contado isso. - Minho murmurou dando um breve carinho na nuca da garota que não levantou a cabeça por esperar mais acaricias. ━ Isso chega até a ser engraçado. - Sorriu dócil para os dois adultos.

━ Mesmo assim, isso não tira o…- O pai do garoto tentou se explicar de forma alterada, ele já sabia que o seu filho vinha aprontando com alguns alunos da escola, mas era apenas um garoto, as crianças da sua idade se divertiam de tal modo. O que ele não sabia era que, tal modo era dado como bullying. Violência não era divertido.

Minho tentou, por Deus, como tentou se manter calmo. Mas não conseguiu, desde o momento que entrou em tal sala de pais e mestres foi metralhado com olhares de desaprovação e acusações por não saber como cuidar de sua enteada, ele mesmo se pôs a ficar confuso, não soube ao certo se tal ódio era só pela sua filha ter dado uma mordidinha em tal coleguinha, ou se era pelo fato da professora apenas ser avisada que a garota tinha um novo padrasto naquele momento. Bem, muitos ainda não aceitavam abertamente casais homoafetivos e tal opinião se tornava mais radical ainda quando alguma criança estava no meio, para eles era como um crime terrível uma criança ser criada em meio a tal relacionamento.

Mas ele não pareceu se importar. ━ Espera, eu confio na minha filha, ela não é de mentir ou agredir alguém sem motivo algum. Vamos escutá-la primeiro, ou quer passar mais vinte minutos a insultando?- Sua voz saiu mais alta e arrogante que antes, ele não perdeu a sua classe, mas agora sua cartada final era atacar. Bem, Minho não entendeu muito bem o conceito da reunião, mas já que ele havia sido atacado por ambas as partes, ele se viu na obrigação de aplicar a mesma moeda.  ━Bem, parece que eu só vim aqui para isso, ouvir a minha filha sendo insultada por uma educadora que deveria a compreender, pois sim, senhorita sei lá o que, é o seu trabalho e um pai que deveria saber como tratar uma criança, o que convenhamos, você não faz ideia de como fazer. - Minho respondeu sério enquanto batia seu indicador na mesa redonda e olhava fixo para ambos os adultos que pareciam calados.  ━ Youngsun, a quanto tempo o seu colega faz isso? - Perguntou a querida filha sem a olhar.

━ Sempre fez, mas agora tá ficando muito chato, ele rouba brinquedo dos outros e é boboca com todo mundo. - A garotinha apontou para a professora que deu uma longa inspirada no ar. ━ Eu falei para a senhorita Jiwoon, mas ela falou que era apenas brincadeira e que eu não podia ficar chateada. - Comentou olhando para o rosto de Minho que estava com uma coloração um tanto quanto avermelhada na região das bochechas, ele realmente estava nervoso, aquilo a deixou impressionada, nunca havia visto o seu padrasto agir de modo sério, Minho sempre sorria ou estava com feições leves.

Lee jogou seus cabelos para trás e riu descontraído. ━ Vocês parecem estar de sacanagem comigo. - Murmurou ainda os observando com tal feição irritadissa. ━ Ah, então o filho dos outros praticar violência contra a minha filha e infernizar a vida de outras crianças, tudo bem, agora ela não pode se defender? Não entendo o seu ponto de raciocínio, se é que você tem um. - Um belo sorriso lhe foi esboçado, ele riu dócil se encostando no encosto da cadeira enquanto cruzava os seus braços de forma lenta. ━ Os educadores de hoje em dia são maravilhosos.

Jiwoo arrumou a sua voz e tentou se manter séria a tal situação. ━ Me desculpe Pai, eu entendo que o senhor está chateado com o ocorrido, mas... - A professora tentou se explicar, desde o começo ela havia sim percebido tais brincadeiras maliciosas vindas de alguns alunos, mas ele não tinha apenas um alvo e não era algo tão violento para ser reportado, eram crianças, às vezes eles eram difíceis de lidar e ela pensou que conversando e os repreendendo aos poucos tudo mudaria, mas isso não funcionou.

Arregalou os olhos tocando em seu próprio coração. ━ Chateado? Eu estou a ponto de te denunciar para a diretoria, onde já se viu uma professora acobertar bullying? Sim, isso é bullying. - Respondeu grosso apontando arrogante para a pobre educadora. ━ Eu não acredito nisso. - Massageou as suas têmporas e gesticulou com as mãos enquanto levantava uma de suas sobrancelhas impressionado com a falsa preocupação da mais velha.  ━ Você sabe quanto o meu marido paga por mês para a Youngsun estudar nessa escola? - Bateu palmas indignado. ━ Tudo isso para ela ficar exposta a violência e a uma professora que ignora coisas do tipo? Jesus, que horror. O que a acadêmia de ensino pensa sobre isso? - Perguntou cruzando as suas pernas enquanto juntava as suas mãos. ━ Não, vamos, me fala. Virou moda agora professorzinho qualquer ver bullying e não fazer nada?

━ O-olha senhor Lee, eu sei que o senhor deve estar chateado, mas… - E com calma a mulher tentou acalmá-lo. A professora Jiwoon sabia que havia errado em não reportar os culpados, mas ela realmente não via necessidade alguma em interferir nas tais "brincadeiras" de seus queridos alunos.

Mas, por se engasgar com a sua própria risada, Lee tossiu ajeitando a sua voz e tocou mais uma vez em seu próprio coração. ━ Chateado? Eu tô irado, só não me expresso de outra forma por estarmos na frente de duas crianças. - Explicou sério. ━ Diferente de outras pessoas. - Olhou torto para o homem que estava o observando com uma bela carranca azeda em sua face. ━ E senhor Hyunbin, você criticou o modo que o meu marido criou a Youngsun, mas pode ficar tranquilo que quem vai cuidar dela a partir de hoje sou eu. - Comentou em um tom mais aveludado, sútil. ━ Mas fique sabendo que eu vou ensiná-la a se defender muito bem de pessoas como o seu filho, uma mordida inocente e uma ameaça besta não vão ser mais suficientes para mim, eu vou ensiná-la que chutes, socos e narizes quebrados é que vão a defender de pessoas ruins. Então pare de criticar os filhos dos outros e comece a cuidar mais do seu, pois amanhã mesmo ele pode acabar com um nariz quebrado e eu não vou culpá-la por isso. - E dócil, suas palavras saíram fazendo com que a sala ficasse em total silêncio. Foi um erro, ele sabia bem, mas não sabia bem como dar um ponto final em toda aquela discussão sem sentido.

Bem, Minho conseguiu contornar a situação da melhor forma possível, sua filha não havia sido culpada de mais nada e tudo havia sido muito bem resolvido, a sua professora ia prestar mais atenção nas "brincadeiras" não inocentes das crianças e bem, o único que não aceitou tal decisão foi Hyunbin, que ainda achava a situação absurda de se ouvir, ainda mais após tais ameaças, que foram feitas em frente a professora.

Mas não era como se Lee Minho se importasse, por via das dúvidas ele já havia deixado as suas verdadeiras intenções em aberto para o velho conseguir entender bem, contudo, se não ficou claro o suficiente, se por algum motivo, alguém fazer mal a sua filha, ele faria a sua querida Han Youngsun revidar tal violência e maldade de forma mais maldosa e violenta possível. Han Jisung odiava violência, achava que tal coisa não resolvia de nada, além de ser uma opção um tanto quanto primitiva. Já Minho discordava totalmente da visão de seu marido e não escondia a sua opinião sobre resolver alguns problemas na base da porrada.


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E com a parte da manhã cheia, Lee voltou para a sua casa junto de sua filha e foi surpreendido por Moonbin que havia chegado da escola, o garoto pareceu estar de mal humor, não falava muito e mesmo com uma geladeira cheia e um armário repleto de guloseimas, ele apenas comia um pedaço de pão quietinho enquanto estava de fones vendo uma vídeo aula, que cá entre nós, ele não necessitava acompanhar, já que era de uma matéria bem mais avançada da que estudava no momento.

E Minho percebeu o não tão bom dia do garoto e o ajudou da melhor forma que conseguiu, o obrigou a se trocar, deixar de lados seus livros e video aulas para o ajudar na cozinha, lá eles cozinharam, comeram juntos da pequena encrenqueira e decidiram assistir um filme, que no final foi escolhido por Youngsun, ela os convenceu a assistir sexta-feira 13.

O filme de fato era bom, Youngsun usou das pernas de Minho como travesseiros e saboreou uma barra de chocolate branco inteira enquanto assistia ao terror slasher mal feito, ela estava o amando, diferente de seu irmão, que estava sentado no chão bebendo um suco de uva e comendo um balde de pipocas sozinho enquanto não entendia o do porque diabos os americanos serem tão burros em filmes.

Mas não podemos falar a mesma coisa do padrasto do ano, que nos primeiros vinte minutos de filme dormiu pesado.

Mas foi acordado no final com o garoto que reclamava em como o filme não fazia muito sentido, a mãe do vilão na verdade era o vilão, segundo as próprias palavras de Han Moonbin "o plot era manjado demais" aquilo não o agradou muito, mas a querida Youngsun gostou e já quis assistir as sequências. Mas foi tarde demais, com a porta principal sendo aberta, Jisung avisou sobre a sua chegada com um grito dócil. ━ Ei, me ajudem com as caixas! - E assim que percebeu os passos de seus filhos, voltou ao seu carro, para começar a tirar todas as sacolas e caixas que estavam em seu carro.

Já Minho não se deu ao trabalho de sair de casa, se sentou no sofá, respirou fundo sentindo algo grudar em sua panturrilha e percebeu ser chocolate branco derretido, ele nem ao menos se importou, se levantou, olhou para os lados e com lentidão tirou as almofadas do chão e dobrou os dois cobertores, enquanto isso Jisung e as crianças passavam pela sala com várias sacolas, que estava sendo deixadas na bancada da cozinha.

E assim que Lee terminou com a sua arrumação, ele ajudou Jisung com apenas uma sacola, que seria a última no carro e o acompanhou até a cozinha vendo que os dois menores tiravam todas as coisas das sacolas e tentavam ver o que estavam nas caixas. Jisung, como todos já sabem, era dono de um restaurante bem frequentado, sua comida fina era feita com muita atenção e carinho, então, enquanto ele escolhia ingredientes para o seu restaurante, ele não deixava de escolher algumas coisas para a sua casa. ━ Que folga, mandou os garotos pegarem as coisas pesadas e você vem com uma sacolinha de nada? - Han comentou o analisando sério.

Jogando os seus cabelos para trás o moreno sorriu de ladinho. ━ Eu estou agindo como uma esposa premium, não posso carregar peso, assim eu vou suar e acabar com a perfeição disso aqui. - Apontou para o rosto perfeito e revirou seus olhos de forma um tanto quanto narcisista. ━ Eu tô brincando, eu estava tirando as almofadas do meio, estávamos no meio de uma sessão cinema, queria fazer eles assistirem poderoso chefão, mas a sua filha me fez assistir o filme do Jeferson. - Reclamou revirando os olhos, mas não deixou de o ajudar a guardar todas as compras, ouvindo a pequena garota o corrigir ele riu baixo e a olhou sério. ━ Jason, desculpe. Jason.

━ Agora é só a minha filha? - Perguntou rindo baixinho.

E o olhou debochado. ━ Nesses momentos sim, achou ruim? - Bateu fraquinho em sua nádega direita, o que fez Jisung desferir um fraco tapa em suas costas.

━ Não querido, vou me lembrar disso. - Murmurou lendo o rótulo de uma pasta americana de pimenta. Mas seus olhos se voltaram ao mais alto que o observava com um simples sorriso no rosto. ━ O que fez de bom hoje? Tirando a ida na escola do pequeno John Cena, da sessão cinema, do tempo que usou pra ofender os nossos filhos e um monte de nadas. - Gesticulou abrindo os braços e abriu a boca ao se lembrar de algo. ━ Eu sempre me esqueço, devo me acostumar logo. - Han se aproximou acariciando os cabelos do mais alto e logo espalhou vários beijos nas suas bochechas enquanto as apertava. ━ Me desculpe por não conseguir vir mais cedo, o porto estava lotado. - Reclamou fazendo uma caretinha.

E para retribuir do carinho, Lee apenas beijou lentinho o topo da testa de seu marido e explicou calmo. ━ Como eu te disse pelo telefone, fui na escola do monstrinho, agora tá sussa. Alimentei eles com um macarrão ao molho branco, tava um xuxu. Coloquei o meu piercing de novo, uhmm…- E parou de falar para se lembrar se tinha esquecido de algo.

━ Deixa eu ver! - Se animou pegando mais uma vez em seu rosto, assim que Minho colocou a sua língua para fora, ele mostrou a joia simples que estava em sua língua, aquilo animou Han, por algum motivo o jovem esposo se sentiu feliz em ver o seu querido maridinho voltar às suas "raízes". ━ Ai que lindo amor, esse eu acho bonito e esse eu acho interessante. - Concordou brincalhão apontando para o mamilo de Lee, que por não se aguentar, acabou rindo alto.

━ As crianças estão na sala, pare querido. - Ambos riram, as crianças não estavam na sala, mas ambas estavam tão ocupadas fuçando nas caixas e se animando com os ingredientes estranhos que o pai havia trago, que eles nem ao menos prestavam atenção na conversa. ━ Eu também terminei de arrumar umas coisinhas que faltaram, estudei um pouco a planilha de clientes e recebi uma ligação do meu irmão. - Cruzou os braços e encostou na bancada respirando fundo. Tal assunto o deixava com um pouco de dor de cabeça.

Jisung abriu um saquinho de batata chips, mas quase o derrubou ao ouvi-lo, tal assunto ainda o deixava confuso.━ Do seu irmão? Eai? O que ele disse? - Jisung perguntou interessado enquanto arregalava seus olhos e enfiava uma batata chips em sua boca.

━ Que não vai convidar meus pais pro casamento, é oficial… - O avisou irritado. ━ Aquele moleque… 'p..ta que pariu'. - Murmurou bagunçando seus próprios cabelos tentando pensar no que fazer para reaproximar a sua família, parecia ser uma missão impossível.

━ Eu lamento muito… - Tentou o consolar com algumas batidinhas nas costas, mas para ser sincero, Jisung não tinha como o ajudar, ele nem ao menos sabia ao certo qual era a situação que o irmão de seu marido estava. Era estranho um filho cortar laços com a família, provavelmente ele tinha um motivo, então não podia o criticar.

E Lee pensava o mesmo, sabia bem o porquê de seu querido irmão odiar a sua família, mas ele não entendia o do porque que o perdão não tocou em seu coração. O acastanhado queria ver a sua família mais uma vez juntinha, até porque, o motivo de tal repartição acontecer, foi apenas culpa dele, mas tudo bem, aquilo era assunto para outro dia.━ Mas ele me pediu o endereço daqui, pois ele vai enviar os convites do casamento e me pediu para ser padrinho de casamento junto com a minha esposa… - Comentou pensativo enquanto afagava a sua barbinha imaginária.

━ Que esposa? - Perguntou olhando para os lados, por algum motivo Jisung pensou que fingiria ser uma mulher, o que de fato, ele nunca faria. Nunca foi fã de maquiagens, roupas femininas e odiava sapatos sociais pois machucada os seus pés, imagine um salto alto? Estava fora de cogitação.

Claramente Minho não tinha tal ideia idiota de tranformar o seu marido em uma garota, então estranhou a reação exagerada do outro. ━ É, eu tive a mesma reação, eu expliquei que eu estava casado com um cara, mas tudo bem, ele nos parabenizou pelo casamento e depois me fez explicar sobre a nossa separação de bens, pois ele não quer ninguém se aproveitando de mim… - O explicou com paciência para Jisung o entender melhor, seu irmão, mesmo se afastando, sempre foi super protetor.

━ Ele acha que eu sou interesseiro? - Apontou para si mesmo e soltou uma risada abafada. ━ Eu interesseiro?

E tentou acalmar o maridinho que pareceu estar indignado com a informação. Ele sabia que Han não era interesseiro, até porque, o jovem cozinheiro jurava de pé junto que o mesmo era pobre e essa ideia só mudou após algumas conversas.

━ Eu acho que é mal de advogado. Ele também me explicou as responsabilidades que eu tenho como padrasto das crianças. Algo como responsabilidade parental, tenho que ajudar financeiramente, tenho que dar afeto, sou um dos responsáveis legais por eles, nada que eu já não saiba. Na verdade, ele não é tão ruim quanto parece, ele se preocupa mesmo comigo, me perguntou até o número de seu documento para ver se judicialmente a sua família estava envolvida em coisas como golpe ou alienação de posse. - E o explicou estranhando a ação do marido.

Jisung parou, olhou para baixo e cruzou seus braços murmurando algumas coisas, mas por não se lembrar muito bem do que queria de fato lembrar, levantou a sua cabeça e o olhou dócil.

━ Provavelmente eles estão, minha mãe era burra demais para isso, mas eu tinha tantos tios e tias…deve ter uns dois ou três que tem esse tipo de ficha criminal. - Concordou com a cabeça e logo se lembrou. ━ O marido, namorado eu não sei…bem o cara que ela fica, até onde eu sei já foi preso algumas vezes, mas nem sei se eles estão juntos, eu não a vejo há anos.

━ Nossa, isso me deixou animado, adoro uma família toda errada, é mais divertido - O olhou fixo passando as palmas de suas mãos nos cabelos de Han.  ━ Pergunta, porque você trouxe tanta fruta? - Olhou em volta vendo que quase todas as caixas eram com diferentes tipos de frutas. O que Minho não sabia ainda era que a os filhos e o próprio Han eram amantes de frutas e verduras, todos desfrutavam bastante de alimentos saudáveis e ricos em sabor.

━ Eu fui ao mercado do porto. Eu vou uma vez ao mês lá, sabe, comprar alguns ingredientes mais delicados. O resto dos ingredientes chega por entregas, mas tem coisas que só podem ser servidas na melhor qualidade, como as anchovas e as trufas, que são escolhidas a mão. Também prefiro escolher temperos e molhos saborizados a mão, tudo isso faz diferença. - Explicou rapidinho se encostando na bancada junto do maridinho que o olhava fixo com um sorrisinho nos lábios.

━ Nossa, você é um profissional mesmo, que lindo amor. - O parabenizou se forçando a usar um tom mais delicado.

Não conseguindo esconder o seu sorriso espontâneo, Jisung arrumou uma pequena mecha de cabelo que estava em seu rosto e ainda sorrindo sincero perguntou. ━ Mas e aí, por que você tem chocolate branco na sua perna e porque o meu filho tá com a testa rabiscada de "babaca"? - Apontou para a perna de Minho e logo para o seu filho que estava se matando para tirar a melancia do chão.

━ Ah, agora é só o seu filho? - Perguntou incrédulo. ━ A gente alimenta, dá carinho e afeto, para depois ouvir uma coisa dessas, que perturbação. - Negou entristecido, ele tentava usar de seus dotes teatrais para arrancar mais atenção de seu maridinho, mas não teve sucesso.

━ Lee Minho. - O repreendeu cruzando os seus braços, sua voz pareceu um pouco mais séria que o normal. ━ Babaca?

Mas, a criança interior do mais velho apareceu em um piscar de olhos. Minho apontou infantil para o menino magro que estava ao seu lado e bateu os pés no chão. ━ Ele que pediu, falou que duro de matar era horrível e antigo demais e ainda me chamou de velho, velho? - Respirou fundo tentando se defender e logo gesticulou irritadinho ao se lembrar de seu terror noturno, o jovem Han Moonbin em um dia ruim. ━ Jisung, eu não tenho nem trinta anos, como esse garoto ousa me chamar de velho!? - Bufou irritado olhando para o garoto que tinha desistido de pegar uma melancia do chão e logo o ameaçou. ━ Dá próxima vez eu vou raspar seu cabelo.

Mas Moonbin não o deixou acusá-lo sem mais nem menos, ele se explicou de modo calmo. ━ Pai, ele falou que eu tenho a personalidade de uma porta sanfonada. - Abriu os seus braços fazendo uma cara de ofendido e olhou por um breve relance, o rosto azedo de Minho. ━ E sobre o velho… se tem mais que o dobro da minha idade é considerado velho pra mim. - Comentou ainda sereno olhando o seu mais novo papai ficar mais irritado.

Mas o seu pai, Han, arregalou os olhos por um minuto e ficou em silêncio. ━ Meu deus, tá aí, porta sanfonada. Que genialidade. - Murmurou pensando bem no apelido, era um nome de muito mal gosto, mas ele tinha se interessado pela genialidade de Lee Minho ao botar apelidos ofensivos em seu filho, provavelmente ele tomaria uns tapas se continuasse com tal hobbie.

━ Nossa. - Moonbin interpretou o comentário do pai de uma forma errada, respirou fundo e percebeu que o melhor a se fazer era se trancar em seu quarto e estudar, os adultos costumavam a palpitar bastante sobre a sua personalidade e ele de fato odiava. ━ Eu não sou uma… - O grande garoto fechou seus olhos e respirou fundo mais uma vez, pensou no porque diabos ele ainda tentava se explicar, talvez ele realmente seja sem graça, ou não. Realmente, Han Moonbin nunca se sentiu confortável em ser ele mesmo, os estudos, a personalidade contida e até os hobbies que trabalhavam a sua mente, todos eles eram impostos pela sua falecida mãe e não, não era como se ele os odiasse, mas ele simplesmente nunca havia tentado ser e agir de outro modo. 

━ Eu tô falando, a personalidade dele é não ter personalidade, eu falei que seria legal cortar o cabelo, colocar um piercing, ou sei lá, qualquer coisa para ter um visual mais marcante. - Explicou dando dois pulinhos até o mais novo filho e bagunçou os seus cabelos tentando lhe fazer um moicano. ━ Vamos raspar os lados e pintar de verde, você vai ficar estiloso moleque.

O corpo de Jisung quase entrou em choque. Não, sobre os filho o jovem Han era completamente diferente, sim, ele não os impediria de fazer nada, porém tudo tinha que ter uma hora certa, como piercing e brincos, ele podia ter depois dos quinze, mas agora nos treze aninhos, não, claro que não, estava fora de cogitação. ━ O meu filho não vai colocar piercing. Ele tem treze anos. - O repreendeu quase em gritos, mas ao se acalmar bagunçou seus cabelos tentando recompor do quase infarto. ━ E o cabelo? Ele não é um punk!

Revirou seus olhos com a fala de seu padrasto, Minho estava começando a conquistar Moonbin, mas o garoto tinha alguns passos atrás com o mais velho, segundo o garoto, ele era muito irresponsável. Quem é o louco que deixaria o filho de treze anos colocar um piercing? Ele era muito novo para tal coisa. Bem, o estudioso menino pensava de tal forma.

━ Eu tenho treze anos, seria irresponsabilidade de vocês… - Resmungou tentando os repreender e logo reforçou a sua fala. ━ É sério, muita irresponsabilidade. Eu só posso colocar essas coisas após os meus dezesseis anos e só se eu tiver a autorização de um responsável e ser acompanhado por um adulto, que fique bem clara. - Estranhamente, tudo o que o estudioso garoto comentava fazia parte da nossa lei.

━ Nossa, você é igualzinho ao seu Pai, chato para um cacete. - Minho observou a carinha de irritado que o pequeno Han fez e apertou as suas bochechas tentando o tirar mais um pouquinho do sério. ━ Cadê filhinho de papai, meu deusu.

━ Olha a boca. - Jisung o repreendeu. Ele odiava palavrões, mas por não conseguir interpretar a frase do marido, ele perguntou chateado. ━ Você tá falando que eu não tenho personalidade? - Apontou para si mesmo com um biquinho em seus lábios.

Moonbin se afastou de Minho, tombou a sua cabeça para o lado e pensou antes de reclamar. ━ Caramba Pai, você concorda com ele? - Gesticulou com as mãos meio confuso tentando pensar no que falar, mas de nada adiantou, ele apenas riu e voltou a reclamar. ━ Que mancada.

━ Eu não disse isso. - Jisung tentou se explicar e percebeu o quão idiota tinha sido o seu próprio comentário.

━ Você disse sim. - Mas, diferente do irmão, que presenciou tal cena com desgosto, a pequena Han estava analisando toda a conversa pensando em como se aproveitar de todo o assunto. Para a sua idade, Youngsun era bem inteligente.  ━ Irmãozão, se eu fosse você, eu fazia eles pedirem pizza pra gente…só como desculpa. - Cutucou lentinho o seu irmãozão que estava de braços cruzados.

Mas, mesmo sabendo que a sua pequena irmãzinha apenas tentava tirar proveito de toda a situação, ele concordou com a sua ideia já que beneficiaria ambos. ━ Verdade, eu quero pizza de brócolis com queijo, como pedido de desculpas. - Concordou com a cabeça e revirou seus olhos fingindo estar chateado. ━ E milkshake de oreo. - Ele gostava de milkshake, tal bebida parecia ficar boa com qualquer coisa, ele não podia perder a oportunidade.

Mas ao soltar uma risadinha maldosa, fez um comentário no intuito de tentar tirar o garoto do sério. ━ Pô Jisung, você acha que uma pessoa que gosta de pizza de brócolis tem alguma personalidade? Brócolis Jisung, brócolis. - Comentou a última parte como se fosse de tamanha atrocidade.

━ Eu ainda não entendi, você é o meu padrasto, você deveria tentar me conquistar, não me ofender. - Mas, ao pensar um pouco, percebeu que tinha um jeitinho de pagar na mesma moeda e assim o fez. ━ Papai, você deveria ter ficado com a outra mulher lá, ela era mais legal e mais …nova. - Sorriu maldoso vendo que a sua irmã o olhava com admiração.

━ Eu gosto de pizza de brócolis… - Jisung murmurou terminando de separar as suas compras. Sinceramente, Han Moonbin tinha a mesma personalidade e gostos do seu pai, mas eles não enxergavam tal fato.

Lee roubou um pequeno abraço do filho que se afastou cerrando os seus olhos pela tal estranheza. ━ Tá legal, é brincadeirinha garoto. Eu amo você, não fala que você prefere a outra que eu fico chateado poxa. - Choramingou fingindo estar chateado e assim que se abaixou, tentou explicar o porquê dos comentários. ━ É algo chamado brincadeira, antigamente meu Pai fazia o mesmo, me chamava de magrelo e até me amarrou em um poste, no meio de uma tempestade, porque segundo ele o vento ia me levar fácil.

Concordou com a cabeça junto a um sorriso inocente, seu Pai sempre havia o tratado da melhor forma possível, com muitas brincadeiras radicalizadas, amor e carinho, mas era claro que uma pessoa qualquer, que não estava acostumada com tal estilo de vida, não concordasse com as suas formas de amar, era comum uma estranheza surgir sobre a família Lee.

Mas Minho continuou.  ━ E a minha mãe falava que eu ia ser baixo igual o meu pai, ela até me chamava de pequeno homem. - E a sua mãe não ficava atrás. Enquanto Minho a chamava de bruxa, a bela Lee JinAh comentava o quão alta era a probabilidade de seu filho ter a falta de altura por conta da genética, já que além de seu rosto ser bem parecido com o do seu pai, seu corpo também tinha algumas similaridades. Bem, Minho não queria ter 1,64 como o seu pai, então odiava pensar em chegar a sua maioridade sendo um baixinho. Não que ele fosse tão alto hoje em dia, mas sim, ele estava satisfeito com a sua altura.

Moonbin não estava chateado, mas ele realmente não entendia muito bem das coisas que o seu padrasto falava, ainda mais quando ele começava a contar sobre o seu passado ou teimava em lhe falar sobre algum parente distante seu, bem, isso só provava como Lee Minho era muito vivido.

Piscou algumas vezes, encheu seus pulmões e sorriu concordando com a cabeça. ━…Okay,  tá legal, senhor Dunga, eu quero a pizza de brócolis, uma só pra mim, vocês são muito interessantes, não podem comer uma pizza sem graça como essa. - Sorriu inocente e balançou a sua cabeça para os lados, enquanto soltava um longo suspiro. Ele não ia desistir facilmente da pizza e a sua irmã mais nova o apoiava totalmente em sua decisão.

━ Não leva pro lado pessoal, ou eu vou te trancar no porão. - Lee o ameaçou baixinho.

Mas por não sentir medo do mais velho, o garoto apenas concordou com a sua cabeça e prestou atenção em seu pai que parecia estar longe. ━ Pai. - O chamou sério e apontou para o Lee, que apenas colocou as suas mãos para cima.

Era muito cedo para o garoto confiar em seu mais novo padrasto, mas ele simplesmente não conseguia ter medo daquele homem, desde o começo ele os tratava bem, brincava e buscava fazer o melhor para ganhar de sua confiança. Minho ainda tinha um longo caminho a percorrer para Moonbin o considerar como um pai, sendo que tal opção estava fora de cogitação no momento, ele havia perdido a sua mãe a pouco tempo, aceitar alguém que a substituiria seria desleal de sua parte, bem pelo menos como filho.

Mas Moonbin já conseguia ver que o seu pai gostava de estar junto ao Lee e bem, ele também tinha que apoiar a sua decisão. Jisung merecia ser feliz, ele merecia buscar a sua felicidade em outra pessoa e bem, com clareza o seu filho estava ali por ele, para o apoiar e lhe dar boas energias. Era meio confuso para Moonbin, mas ele sabia, o senhor Lee era uma pessoa boa, uma pessoa boa e meio estranha.

━ Minho. - Jisung o repreendeu, ele não achava certo o seu maridinho ser tão brincalhão assim com o seu filho. Bem, certo não era lá a palavra correta, mas ele tinha medo do seu filho, Han Moonbin, não entender o do porque de tanta liberdade, ele era um garoto sensível e reservado, então o seu pai sempre teve medo de invadir o seu espaço e ele tinha medo de qualquer outra pessoa o invadir também.

━ Seu velho. - Murmurou no intuito do outro ouvir, o que aconteceu.

Mas, impressionado com o comentário do filho, que sempre foi cuidadoso e educado, ele se engasgou com a sua própria saliva. ━ Oh Moonbin, que isso? Chamando os outros assim de velho? - O perguntou, não no intuito de o repreender, mas aquele tipo de atitude era esperada de sua outra filha, não do seu educado e responsável filhinho. ━ Você tá bem?

Youngsun puxou a calça social de seu papai pelo corte de seu bolso e assim que chamou sua atenção, ela fofocou para o próprio pai. ━ Eu entendo ele, o velho Lee irritou muitão o Moonbin hoje. - Fechou os olhos concordando com a cabeça, a garota pensou que receberia algo em troca de tal informação, o que infelizmente não aconteceu.

É, a garotinha de olhinhos inocentes não passava de uma pequena interesseira, que tentava ganhar pontos de confiança do seu amado papai. Mas Youngsun não estava errada, aquilo a favorecia bastante, ela ganhava doces, amor e mais carinho de seu papai e ela amava tudo aquilo. Mas Minho se surpreendeu ao ver que a garota logo havia o traído. ━ Cagueta da po… - Quase terminou o seu palavrão, mas foi cortado por Jisung que ainda de braços cruzados o olhava fixo.

━ Lee Minho…- Sua voz saiu bem séria, seu olhar estava apenas no seu querido marido, que por um momento agiu como um gangster ao olhar para os dois baixinhos que eles chamavam de filhos.

━ Nem Judas foi tão vacilão, vocês são sacana, viu. - Apontou para os dois pequenos, Youngsun coçou a cabeça por não saber quem era o Tio Judas e nem o porquê dele ser tão vacilão assim, já Moonbin umedeceu os lábios segurando a sua risada que estava prestes a sair. Minho era engraçado. ━ Amorzinho. São só brincadeirinhas. - Sua voz se tornou doce, ele se aproximou pegando carinhoso no rostinho de seu marido e desferiu vários beijinhos por todas as suas bochechas.

Mas novamente a mini fofoqueira atacou o pobre papai postiço. ━ Ele virou o MoonMoo de cabeça para baixo quando o irmãozão falou que queria estudar… - Youngsun terminou mais uma de suas fofocas e sorriu enquanto observava.

Quanta maldade vinda da pequena garota, ela realmente gostava do seu papai novo, finalmente Youngsun até se permitiu confiar um tantinho nele, mas negócios eram negócios, seu papai Han ia gostar de saber das coisas, ela tinha que o informar de tudo. ━ Caramba Han Youngsun! - Minho ainda apertava o rostinho de Han, que o olhava sério com um pouquinho de raiva.

━ Lee minho. Viu? A Sunnie aqui também sabe falar seu nome todo. - Youngsun cruzou os seus bracinhos e mostrou a sua linguinha para o padrasto enquanto esperava os elogios vindos de seu pai, mas não teve elogios.

━ Pai, olha eles. - Moonbin avisou Jisung, que pareceu estar com os seus pensamentos bem longe da discussão, às vezes ele apenas tinha dificuldade de permanecer com o seu foco em uma conversa, mas tudo bem, sempre que o seu filho percebia tal mania, ele o puxava mais uma vez para a realidade.

Eles nunca iam terminar de guardar todas aquelas compras se ficassem ali, parados, discutindo sobre bobagens, mas tudo bem, o "homem da casa" havia acordado de seu transe e logo se afastou do marido os avisando. ━ Eu vou botar todo mundo de castigo. - E voltou a tirar as coisas das sacolas. ━ Vamos, parem de bobagens. Me ajudem com as compras. - E os dois filhos suspiraram alto enquanto voltavam a guardar algumas coisas na geladeira.

O Lee ficou ali parado, de braços cruzados vendo as crianças voltarem a trabalhar logo sorriu maléfico. ━ É isso mesmo. - Minho concordou com o seu marido e suspirou alto aliviado por ter um marido que botava ordem em tudo. ━ Ouçam o papai. - Quase cantarolou enquanto em pulinhos ia até a melancia que estava no chão.

Já Jisung, ouvindo as palavras de Lee, sorriu maléfico e apontou para o outro. ━ Inclusive você. - Observando o marido, que segurava uma melancia gigante e lhe olhava com uma cara de decepcionado, Jisung fez questão de concordar com a cabeça. ━ É isso mesmo.

Mas, dando a melancia para Moonbin segurar, ele apontou para si mesmo usando as suas duas mãos. Não percebeu, mas a sua irresponsabilidade apareceu naquele momento, o seu enteado não aguentava uma melancia daquele tamanho. ━ O que? Eu que vou te colocar de castigo. - Apontou para o marido bufando irritado com a situação.

Enquanto isso Moonbin estava parado, como uma estátua, ele carregava a maldita melância usando toda a sua força centralizada em suas pernas e braços, seu rosto ficou avermelhado e sua respiração falhou um pouco. Os sintomas da asma começaram a aparecer.

━ Quer ir pro sofá? - Jisung levantou uma de suas sobrancelhas e negou irritadinho indo até uma das gavetas da cozinha, pegando uma bombinha de ar e foi até o seu filho, ele pegou a melância de suas mãos, a colocando do chão e apertou a bombinha de ar após colocá-la na boca do garoto que arregalou os olhos por um momento, o ar realmente lhe faltou, mas com a ajuda de seu pai, logo o foi recuperado.

━ Papai… - Youngsun fez um biquinho enquanto se aproximava de seu amado pai e abraçou a sua perna enquanto o olhava com as bochechas infladas. ━ Te contar uma coisinha… - Murmurou desviando o olhar para Lee que já sabia o quão maldosa era a garotinha.

━ Oi bebê. - Jisung, com cuidado puxou as xuxinhas da garotinha para cima, um costume seu.

A pequena Han comentou. ━ A mamãe do ano também ameaçou a minha professora. - Ela sorriu, infelizmente, mesmo que Lee ache que aquilo tenha sido maldade de sua parte, a garotinha na verdade estava comentando para o seu pai o quão legal ele tinha sido na frente da sua professora e daquele velho boboca que havia a chamado de animal. ━ E falou que tá tudo bem eu morder os outros. - Sorriu mostrando os dentinhos enquanto concordava exagerado com a sua cabecinha. Lee achava que a pequena garota o odiava, mas após o episódio da reunião de pais, ela passou a admirá-lo, não por se impor como um papai, mas sim por ela presenciar de suas ameaças, pessoas ameaçadoras eram legais.

No telefone, assim que havia deixado a escola preparatória de Youngsun, Lee havia informado o seu marido, por meio de uma longa ligação, que havia resolvido tudo da melhor forma possível. Jisung ficou orgulhoso, ele provavelmente não ia conseguir contornar tal situação tão rápido e fácil como o marido e ele o admirou por tal feito. Mas ao saber como o tal havia livrado a cara da filha, ele moveu a sua cabeça para ambos os lados e abriu seus braços incrédulo. ━ Lee Minho...

━ Oi querido. - A voz doce de seu não tão amado maridinho pareceu estar mais carinhosa que o normal.

━ Você vai dormir no sofá. - O informou enquanto balançava a cabeça para cima e para baixo. Obviamente ele não deixaria o Lee dormir no sofá, ele não seria injusto. Jisung tinha da mais pura gratidão voltada ao jovem agiota, ele não podia o colocar no sofá por um erro pequeno. Mesmo que esse erro fosse impor respeito forçado a outras pessoas. Mas pensando bem, diante de tal situação, Lee nem ao menos agiu errado.

Mas Minho não percebeu que o comentário era uma brincadeira e tentou o explicar. ━ A garota está sendo equivocada, vai acreditar nela não, ela mordeu o colega dela, você viu como o garoto estava, quase perdeu o braço, as presas mortais da sua filha quase o mataram. - E assim que terminou de falar, para fazê-la calar a boca, Minho a tirou de perto do pai, o que a fez soltar uma longa risada gostosa e espontânea, a virou de cabeça para baixo e a chacoalhou um pouco vendo que Jisung tentava não rir da situação. ━ Não confie no vlad. Na primeira oportunidade ela vai te atacar pelas costas.

Mas, se divertindo com a situação, a garota cruzou os seus braços em seu peito e sorriu para o seu papai. ━ Eu sou tipo um vampiro, né papai?

Enquanto isso, o estudioso garoto, mais conhecido como Han Moonbin tentava recuperar o seu ar enquanto olhava para a enorme melancia que estava no chão. Ele queria comer melancia, mas não arriscaria a pegar novamente, nunca mais.

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