━ ♡ : 18 Chᥲρtᥱr.
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Sᥙᥒ&Mooᥒ hᥲs tᥕo dᥲddιᥱs¡!
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¡! Nᥲ̃o ρᥱgᥙᥱ o
dιᥒhᥱιro dᥲ mᥲmᥲ̃ᥱ !¡
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Minho estava sentado no sofá de couro marrom de seu velho "amigo". O escritório de sua boate era dominado pelo tom vermelho das paredes, que lhe dava dor de cabeça, junto da pouca luz amarelada que saia das empoeiradas lâmpadas baratas que estavam espalhadas por todo o local.
Minho segurava uma latinha de cerveja em uma das mãos, apreciando o seu sabor malteado, enquanto, com calma, ele observava o local com atenção. Seu olhar, por um minuto parou sobre as duas mulheres que estavam caladas bebendo no barzinho, que estava em um canto reservado do escritório, elas eram lindas e Minho apenas conseguia sentir pena de saber que mulheres tão belas se sujeitavam a se deitar com homens como Dojun, apenas um velho nojento.
Os seus olhos se voltaram para o dono da boate e com um tom de falsidade muito bem guardado, ele comentou. ━ Meio difícil, né? - O jovem agiota comentou enquanto observava o olhar solidário e cheio de mentiras daquele homem grisalho. ━ Mas agora eu entendo, o casamento não é fácil mesmo. - Porém, também sendo um ótimo farsante, Minho sorriu inocente bebendo em longos goles a cerveja que havia lhe sido servida.
Já aquele velho cheio de tatuagens também lhe esboçava um grande sorriso ainda ansioso pela rara visita de Lee Minho, que era como uma celebridade no mundo do crime, seus pais eram influentes, seu irmão um grande advogado e Minho era como um buda, daqueles gordinhos, que atraiam grandes quantidades de dinheiros. O garoto era um visionário.
━ Sim, a sua mãe está bem? - O perguntou enquanto em seus lábios, um sorriso irônico lhe foi sustentado. ━ Faz tempo que eu não sou abençoado pela presença incomparável daquela linda mulher, tenho saudades das nossas discussões por território.- O tom asqueroso na voz do velho DoJun irritava profundamente Lee, mesmo que fosse um traço de sua personalidade muito bem escondido, ele ainda não conseguia se controlar muito bem quando citavam de forma maliciosa as pessoas que ele tanto amava.
Mas Minho usou um pouco da sua educação, ou falsidade, bem, era tudo a mesma coisa, mas era difícil para ele. Lee não estava em um bom dia, nem em uma boa semana, na realidade, desde que o serviço social bateu em sua porta, a sua irritabilidade e preocupação lhe tirava do gosto bom da vida, em outras palavras, Minho tava muito puto, com a sua família, com os problemas e agora, com aquele velho asqueroso que estava forçando amizade.
Lee só queria ir pra casa dormir.
Ele fez um biquinho pensando, tentando se lembrar onde a sua mãe estava, JinAh estava rondando várias partes do mundo, sempre mudava de lugar e mesmo que um retorno breve fosse programado, Minho ainda não havia decorado cada parada espiritual de sua amada mamãe.
━ Está viajando, retiro espiritual na Índia. - Comentou simples. ━ Meu pai vai sair logo da cadeia, então ela está tomando um tempo para ela mesma. - O informou enquanto fazia um gesto para uma das mulheres que estava sentada em um banco, atrás do balcão do mini barzinho pegar mais uma latinha de cerveja para ele. ━ Mas enfim, como vai cara, fiquei sabendo que você matou um cliente meu, fiquei tão chateado. - Ele colocou ambas as mãos no coração mostrando estar chateado com a atitude do outro.
O velho chegou a se impressionar com o modo simples e corajoso que o "garoto" usou para o perguntar sobre os atos nada agradáveis que o acusado cometia. Minho estava sozinho, todos os seus capangas estavam do lado de fora, já DoJun, mesmo que estivesse com duas das suas mais adoradas garotas de programa que não sabiam se defender, ele ainda sim estava em seu território, ele podia muito bem estourar os miolos do jovem Lee a qualquer momento e ele pensou em fazer tal coisa, tirar a arma que ele guardava debaixo do sofá, a destravar e o acertar na cabeça, mas ele não pôde.
Minho não era apenas um agiota que vagabundeava pelas ruas, ele era o típico desgraçado que conseguia conquistar a afeição de qualquer um com uma rapidez notável. Aquele filho da puta nunca foi perigoso por ser mal-intencionado como muitos outros que rondavam a vida de Yoon DoJun, mas sim por sua bondade inesperada. Era até cômico apontar isso, mas ele não tinha coragem de foder com a vida de um cara que era amado por um bairro inteiro.
Lee, por outro lado, era como o pior criminoso de todos os tempos, pois apesar de ser um agiota violento e capaz de quebrar as pernas de qualquer um, ele havia construído sua própria empresa em Gayang e estabelecido raízes na comunidade. Ele cultivou amizades, ajudou muitas pessoas e famílias, e, em troca, não exigia nada além de sua dívida, sem contar que surpreendentemente, ele se recusava a matar seus clientes, trazendo um alívio para todos que sabiam que a morte não viria facilmente.
No fim das contas, ele era uma figura perigosa, por vários motivos diferentes e sim, o mais velho sabia bem disso, mas mesmo assim ele não aceitava que apenas um moleque pudesse ser o maior, o melhor. Porra, Dojun vendia drogas ilícitas, comercializava mulheres e ainda tinha um prostibulo com uma variedade notável de mulheres, então porque diabos um garoto viadinho que havia largado os seus proprios negócios estava melhor que ele?
Não fazia o menor sentido.
Lee Minho não era tão bom, ele não tinha a coragem de matar a merda dos seus clientes, ele não era malvado, no final das contas ele apenas era um garotinho brincando de ganhar dinheiro e aquilo o irritava tanto, por deus, não era possível que qualquer um pudesse ser bem sucedido na vida sem esforços algum, ele realmente não conseguia entender porque apenas um moleque conseguia tanto respeito e dinheiro.
Ele concordou com a sua cabeça, sem nem ao menos pensar. ━ Sim eu matei, aquele cara se meteu com umas minas minhas e eu tive que dar uma lição, mas tipo tudo bem, um a menos ou um a mais não vai fazer diferença, o príncipe de gangseo-gu ganha muito bem. - Riu divertido. Yoon DoJun fedia a falsidade, de sua boca apenas saía mais mentiras. Ele havia matado um de seus maiores devedores, pois bem sabia de sua dívida, um rombo de 27 milhões de wons ia o deixar com dificuldades por algumas semanas.
Mas Minho conseguia bem seguir o ritmo de seu querido não tão amigo. ━ É né, mas… - Se aproximou inocente do mais velho, com uma animação pelo mistério que as suas próprias palavras carregavam, ele resolveu o perguntar. ━ Sabe como eu ganho tanto dinheiro?
Dojun se aproximou e com animação o respondeu. ━ Me conta. - Ele se iludiu por um breve momento, mesmo sendo um idiota ignorante que nunca soube acreditar no potêncial alheio e na maldade que um homem de rostinho bonito e voz suave podia o fazer, ele cometeu um erro.
Minho esboçava um sorriso descontraído, jogava de seu charme para o que estava em sua frente e falava, com sinceridade. ━ Eu aprendo a conhecer todos eles, sabe, o que eles tem medo, o que eles amam e até qual os passatempos deles. - Concordou com si mesmo percebendo a falta de interesse alheia. ━ Sabe, é como aquela parada de conhecer o seu inimigo.
Dojun murmurou arrogante. ━ Uhm, eu pensei que era uma coisa útil. - Ainda o olhando bronco, ele bebeu mais de sua cerveja e logo gritou o mais ignorante possível. ━ Qual das vadias vai pegar outra? - Observou as duas garotas que estavam sentadas nos bancos que ficavam no pequeno barzinho. ━ Essa porra acabou, parem de ser lerdas. - Ele se referia a mais uma de suas latinhas de cerveja.
Minho evitou olhá-lo nos olhos, não que um tipo de sentimento primitivo e fraco demais como o medo lhe acertasse, mas ele estava com raiva e a cada momento que ele respirava do mesmo ar que Yoo DoJun, uma pontinha da sua calma se deteriorava.
Ele levantou o seu olhar, encarou as garotas que corriam para servir outra cerveja aos dois e o desviou até as mãos de Yoo. Ele teve que permanecer atento.━ É isso, sabia que o Junho era casado com uma das garotas da minha mãe? - Concordou lentamente com a cabeça.
Won Junho, aquele homem lhe devia dinheiro para um caralho, mas Minho nunca se importou muito, ele sempre pagava nos prazos certos e a sua esposa, que era uma das garotas de programa que trabalhava no clube para adultos de sua mãe, sempre o ajudava com as contas. Junho a amava, ele não seria capaz de trair a mulher que sempre amou e mesmo que o amor fosse descartado, Hyori era assustadoramente perigosa, ele não seria louco de trair uma pessoa como ela.
━ Ele nunca foi louco de pisar em um território seu, não se ele quisesse continuar com o pau minúsculo dele entre as suas bolas. É sério, a mulher dele é assustadora. - O explicou lentinho, Minho sabia que o "rei" do leste era um tanto quanto burro, então ele resolveu simplificar. ━ Ai, eu pensei melhor e achei muito estranho que o Sunwoo também veio aqui. - O apontou enquanto, de modo pensativo, ainda observava as mãos alheias.
Mas ele não se deu ao trabalho de se preocupar, assim que terminou uma lata, logo abriu outra. ━ Bem, os seus garotos costumam gostar de umas boas… - DoJun riu, bebeu mais da cerveja e observou Lee que estava com o olhar caído, desinteressado. Porra, como Yoo odiava aquele moleque, nem para olhá-lo no rosto ele prestava.
Mas antes mesmo de Yoo reclamar, Lee ergueu o seu olhar esboçando um sorriso divertido, ele odiava ser enganado, mas convenhamos, saber que alguém estava mentindo na cara de pau, era tão engraçado.
━ Sunwoo é viado, ele chupa mais pau que qualquer puta suja que você sustenta nesse seu bordelzinho que fede a gozo, vomito e perfurme falsificado. - Mas a sua atenção foi posta nas duas mulheres que ainda estavam paradas o observando. ━ Sem ofensas, vocês são belíssimas. - Mas assim que voltou a atenção ao arrogante homem, que resolveu não abrir a sua boca, ele continuou. ━ O que eu quero dizer é que. - Minho calmamente pegou a sua lata de cerveja e bebeu mais do líquido. ━ Tem uma paradinha estranha aí, os caras ameaçando os meus clientes, seus caras ameaçando os meus funcionários, você matando um cara que me devia 27 milhões de won, isso me ofende, pensei que fossemos amiguinhos. - Botou a sua mão em seu coração e fez uma carinha de triste.
Era a hora perfeita, Minho tinha que o perguntar o do porque diabos um cara preguiçoso e sem visão de futuro queria bagunçar os seus negócios de modo tão infantil e cansativo, não era possível Dojun apenas almejar as suas riquezas nunca foi preocupante. Mas não era possível que aquele idiota que nem ao menos sabia bem contar até três, ia o roubar na cara de pau, sem muitas justificativas, não. Não era possível que aquele idiota era tão burro ao tal nível. Ou seria?
Bem, Lee por um segundo achou toda a situação cômica, se não tivesse um peso trágico por trás. Aquele filho da puta tinha matado com homem bom, casado e pai de uma pequena menina por motivo algum e ainda por cima, ele mandou matar a porra do gato do seu querido funcionário, ele era fodidamente louco, ninguém em sã consciência matava um animalzinho fofo como um gatinho.
Não que Lee gostasse muito de animais, já que na sua infância ele nunca se importou muito com tais felinos, mas ele nunca tentou os machucar de forma alguma, era covardia.
Yoon sorria enquanto o olhava tentando passar um sentimento de compreensão e solidariedade. ━ Somos amigos, por isso eu vou te explicar de uma forma que até um garotinho como você possa entender. - DoJun o apontou rude. ━ Volte para a porra da sua vida fodida longe daqui, deixe os negócios para os adultos, você ter um rostinho bonito e saber usar uma arminha não te faz imbatível, afinal, você nunca teve pratica. - Riu soberbo ainda o observando com tamanho cuidado, qualquer descuido, do mínimo possível, pode lhe custar a sua vida. Mas obviamente ele não perdeu a chance de humilhar aquele que sempre lhe arrancou dinheiro indiretamente. ━ Seu papai tá preso, sua mamãe só tem a porra de um puteiro e você colocar um monte de moleque no meio da rua pra bater em quem não te paga, cara, não te faz nada poderoso ou qualquer merda que você pensa que é. - Seus olhos deslizaram pelo corpo relaxado so garoto.
Mas Lee sabia bem atuar. ━ Whoa, sério? - Sua expressão mudou, fingindo estar chocado com a situação, Minho colocou a sua mão delicadamente em sua boca e suspirou fundo.
Sua língua fez questão que os seus lábios rachados se tornassem mais úmidos. ━ Você é só um garotinho que quer ser como o papai e a mamãe, mas você nunca vai ser como eles. - Yoo confessou o que, por tanto tempo, ele quis falar para Lee, mas algo parece estar errado. Minho não se afetava com as palavras supérfluas do não tão querido negociador ━ E agora estando longe alguém tem que cuidar do que era seu, do que era bagunçado. - Bebeu mais um gole de sua cerveja o observando com um tom malicioso em seu sorriso.
Mas a risada gostosa e verdadeira de Lee apareceu, o mais novo da sala acabou não se aguentando com tantas piadas e desilusões vindas do seu futuro saco de pancadas. ━ Do que era meu? - Piscou repetidas vezes tentando assimilar tais palavras e apontou para si mesmo olhando para os lados vendo se por um acaso, Yoo não estivesse se referindo a outra pessoa e não, era com ele mesmo. ━ O que é meu, continua sendo meu. - Lee se arrumou no sofá suspirando fundo ainda com o seu lindo sorriso implantando nos lábios. ━ Sabe, eu na verdade sou bem possessivo com o que é meu. - O confessou descontraído.
Ele não pareceu estar nervoso com a situação, obviamente Lee não ia ficar com medo de uma ameaça besta e um quase golpe, porra, ele trabalhava ilegalmente, o que mais acontecia em seu dia era ameaçar e ser ameaçado.
Mas DoJun continuou apontando o seu dedo em direção ao garoto que terminava de tomar mais uma lata de cerveja. ━ Minho, você tem um dinheirinho guardado né? - O perguntou claro, com uma de suas mãos postas para baixo, encostada no vão do sofá, perto de onde o seu revólver estava escondido. ━ Vou até te fazer uma proposta, volta pro seu maridinho nojento, ele tem um restaurante de gente chique e pode pagar pra te comer á vontade, você é bonitinho, tem um corpinho legal, ele não vai reclamar de pagar para te foder. - Riu maldoso. ━ Afinal, você não precisa disso aqui, gayang é perigoso demais para um viadinho, um paizinho de família, pense comigo, vai ser tão ruim se os seus pequenos filhos sofressem com mais uma grande perda na família.
Minho ergueu a sua lata vazia esboçando um sorrisinho sugestivo para a garota que estava no bar e ela logo entendeu o recado e lhe serviu mais uma lata.
━ Ah, você fez o dever de casa. - Concordou lentinho segurando a lata em suas mãos conferindo de que marca era aquela cerveja, porra, ele nunca havia tomado uma coisa ruim em toda a sua vida. Lee nunca mais tomaria aquela merda. ━ Só para você saber Dojun, eu nunca cobraria para ser fodido pelo meu marido, eu o amo e faço qualquer coisa para o deixar feliz, sabe, eu sou do tipo que faz de tudo pela família. - O confessou ainda observando a lata. ━ E ter você ameaçando o meu trabalho, me fazendo vir aqui para resolver essas merdas todas, me faz ficar chateado com você. - Suspirou desviando o olhar para aquele que o ameaçava. ━ Eu queria estar em casa, eu não queria estar aqui, esse lugar fede e você é feio, me dá até tontura de olhar. - Fechou seus olhos por um momento e assim que piscou freneticamente voltou a observá-lo.
DoJun riu. ━ E eu não gosto de ameaças, você sabe, mas é que a nossa relação tá ficando tão chata, né? - Suspirou baixinho. ━ Eu me importo com você, te vi crescer, então vai pra casa, deixe os negócios comigo, eu quero muito expandir pro ramo de empréstimos, se é que você me entende.
Minho concordou lentinho com a cabeça. ━ Uhm. Eu nunca me importei muito com um merdinha como você, mas e o que acontece com o dinheiro que você me roubou? - O perguntou em um tom aveludado, Minho estava bravo, a sua vontade era de avançar no pescoço daquele velho fudido, mas ele se segurou, suspirou fundo e respirou tendo certeza de uma coisa, Dojun estava fodido em suas mãos. ━ E agora nem tem como eu voltar pra casa e me esquecer de tudo isso, o que a gente tem agora, não é só assuntos envolvendo dinheiro. - Comentou entristecido, concordando calmamente com a sua própria fala. ━ Você meteu meteu família no meio, falou do meu esposo, ameaçou os meus enteados.
━ Não fica chateado, é que vo - Dojun não conseguiu terminar, já que a lata de cerveja o atingiu certeiro no nariz. Ele abaixou por um momento a sua cabeça tentando lidar com a dor repentina. ━ Que porra é essa seu moleque. - Suas mãos foram ao encontro de seu rosto, que estava dolorido pela pancada.
Minho se levantou, ainda o observando com atenção e assim que olhou a mão sorrateira do outro indo em direção ao revólver escondido, ele ergueu o seu pé e pisou fortemente na palma de sua mão apoiando um dos seus cotovelos em sua perna erguida.
━ Que fique claro, eu nem tava com vontade de te bater tanto. - Minho pegou a lata que havia jogado no homem e a observou conferindo se ela estava ainda intacta, ele respirou fundo percebendo que sim e voltou a observá-lo. ━ Eu nem ia te bater, na real eu vim aqui só pra saber quem você era, porque eu nem me lembrava direito de você, mas ninguém fala da minha família, ninguém fala do meu esposo e nem das minhas crianças, sabe eu ainda tenho alguns conflitos comigo mesmo. - Sua língua acabou passando pelos seus lábios observando o homem que estava pronto para lhe socar, mas, com calma ele desviou o seu olhar para a lata de cerveja e a bateu com força no topo da cabeça do homem que tentava se defender colocando a sua única mão desocupada na frente dos golpes.
Por conta das pancadas a resistente lata estourou nas mãos alheias e o agressor a jogou em algum canto qualquer do escritório.
E Minho voltou a desabafar. ━ Sabe, eu não sei se eu sou um bom pai e um bom marido, sabe, tudo aconteceu tão rapido que eu não sei bem como agir, se eu posso ou não ser eu mesmo e porra, eu vim aqui só pra conversar, eu não queria afundar a lata no teu rosto, mas infelizmente eu tenho um desvio de caráter, ou um costume meio feio de recorrer a violência. - Limpou o líquido alcoólico que havia estourado em sua mão na roupa alheia. ━ E que fique claro, meu esposo não é nojento, ele é bom, muito bom. - Suas palavras saíram baixas, Minho tinha total admiração pelo homem que ele havia se casado e se irritava se alguém discordasse de sua opinião. ━ E sobre os meus filhos, você assinou a sua sentença de morte por sequer pensar em os ameaçar. - O apontou rindo baixinho, Minho fez questão de tirar o seu celular do bolso e tirou uma foto do rosto machucado do homem, que respirava com dificuldade pela dor sentida, sua visão estava turva, sua cabeça formigava pela dor, mas ele não tentou mais se proteger ou avançar no garoto, ele achou melhor apenas apanhar, era mais seguro. ━ Isso é culpa sua.
Concordou com a cabeça e com calma guardou o seu aparelho celular voltando a conversar com DoJun, que no momento estava calado um em estado de choque pelo ataque repentino que havia sofrido do Jovem agiota.
━ Mas pode ficar tranquilo, hoje não é seu dia, hoje a porra do diabo não vai ter que queimar esse seu maldito corpo nojento. - Minho riu descontraído se esticando até a mesinha de centro e pegou o celular do velho Yoo, que com desespero, tentou se levantar. ━ Eu não sou o tipo de homem que perde a cabeça facilmente. - Minho aproveitou o impulso e logo resgatou o isqueiro que estava em seu bolso, ele colocou o isqueiro em sua mão, centralizado no meio e a fechou observando o seu punho. ━ É sério, eu sou calminho, mas porra, eu queria estar em casa, então colabora. - Lee, com a sua não livre pegou na mão alheia, que logo foi puxada pelo velho que o agrediu com um soco, Minho percebeu que ia ser agredido, mas não conseguiu fazer nada por preguiça, ele recebeu o soco de boa vontade, respirou fundo, segurou o mais forte possível o seu isqueiro e com o punho mais firme subiu em cima de Yoo sem nem ao menos um aviso prévio e começou a socá-lo, enquanto, com dificuldades, tentava o segurar com a outra mão.
DoJun, que havia recobrado um pouco da consciência, ficou em choque ao receber mais socos repetidos em seu rosto, novamente ele tinha sido pego de surpresa pelo ataque e agora, preso em uma sessão dolorosa de socos, ele apenas conseguia se debater, tentando se soltar do mais jovem.
No final, as garotas que estavam sentadas no pequeno barzinho que o velho Yoo tinha em seu escritório decidiram não intervir de modo algum, visto que Minho parecia estar descontrolado e provavelmente poderia lhe fazer mal.
Enquanto Minho continuava a desferir socos em DoJun, seu punho esquerdo latejou pela dor das pancadas, estava na hora de parar e assim ele fez, com uma expressão de arrependimento, Minho se afastou do velho e se sentou em cima da mesinha de centro verificando se ele estava ou não consciente. Lee abaixou a cabeça e começou a respirar pesadamente, tentando retomar o seu fôlego, mas pela dor sentida em seu punho, ele acabou rindo baixo. ━ Ah, que dor do cacete.
Yoo, ainda estava meio atordoado e meio consciente, porém a sua lucidez era pouca, a sessão de fortes socos havia lhe tirado a capacidade se pensar claramente, mas ele balançou a cabeça para cima e depois para baixo, de modo lento e doloroso ao ouvir o comentário de Minho. Realmente, ele havia se arrependido de ter o subestimado tanto.
Afinal, não era qualquer um que tinha a coragem de o agredir com tanta ferocidade. DoJun estava ferido, seu rosto estava completamente machucado, seu nariz estava arruinado e a sua boca estava transbordando sangue, que foi retirado a força de algum dente seu que havia sido engolido entre a sessão de agressão gratuita.
Minho não comentou mais nada de imediato, o silêncio se estabeleceu no recinto e após um longo suspiro, como antes feito, ele novamente pegou o celular de seu querido inimigo Yoo DoJun e puxou a sua mão, Lee puxou a barrinha de sua camisa social limpando o dedo alheio e logo desbloqueou o celular com a digital alheia. Ele continuou a olhar para o celular, cauteloso, procurou algumas coisas e sorriu alegre ao encontrar o que tanto queria, Lee levantou o dedinho do mais velho e usou da sua digital para entrar em um dos aplicativos de banco que ele era filiado.
━ Olha, logo mais você vai preso, não se guarda tanto dinheiro em uma conta pessoal, além de velho é burro. - Comentou arrogante enquanto transferia 27 milhões de wons para a sua conta. ━ É sério, você nunca ouviu de caixa dois? É tão fácil e tão mais seguro para pessoas como a gente. - O agiota teve um breve suspiro em seus lábios causado pelo descontentamento de saber que o homem, aquele que já estava quase inconsciente, na verdade era burro demais.
Finalmente, após alguns minutos de silêncio, Minho ergueu a cabeça e encontrou o olhar de DoJun. Ele assentiu com a cabeça e murmurou um pedido de desculpas. ━ Ah, me desculpe por isso mesmo, mas eu não estou te roubando, só estou pegando o que é meu por direito, como eu falei ultimamente eu tô sem paciência para pedir com carinho. - Murmurando arrependido por o bater tão forte, os seus punhos estavam machucados, ia ser difícil se explicar em casa. ━ Inclusive, devo lhe avisar, esse foi o meu único aviso, tenta passar por cima de mim de novo que da próxima vez eu vou te cortar todo, eu mesmo vou fazer isso e como você ama envolver família nisso, eu juro que faço a sua esposinha participar e deixo com que os seus três filhinhos lindinhos observem tudo, do início ao final. - Minho se levantou jogando o celular do outro em algum lugar da sala e respirou fundo lhe dando um último tapa na cara, aquele toque violento fez com que a sua mão, que já estava com os punhos machucados, ardesse, mas ela logo formigou. ━ Preste atenção no que eu falei, se mete comigo de novo e tú tá fodido, eu só falo uma vez, porra.
Se despediu de Yoo sorrindo falso e logo se virou para as duas garotas que estavam ainda sentadas, em total silêncio pela cena antes vista, ambas tremeram pelo medo de serem as próximas vítimas da violência do mais novo, mas isso não aconteceu. Lee, com normalidade pegou a almofada que estava no chão, limpou o sangue que estava nas suas mãos nela e a jogou no sofá ainda as encarando.
━ Bom, eu acho que vocês vão precisar levar ele pro hospital, bateram muito nele, é até assustador. - Fez uma caretinha tentando ser engraçado, mas ele voltou a agir seriamente. ━ Tenham uma boa noite e… - Seu dedinho seguiu até o homem que estava jogado no sofá. ━ Esse carinha ai tem um longo histórico de não pagar os seus funcionários, eu acho bom vocês procurarem outro emprego. - Lee Minho se despediu das garotas que estavam no bar, ainda assustadas e com um acenar de mãos saiu do escritório batendo a porta cuidadosamente.
Assim, apenas o som das músicas eletrônicas que tocavam do lado de fora foram ouvidas, juntos aos gemidos do velho Dojun, que parecia estar pedindo ajuda, as duas garotas se entreolharam.
Park Choah tocou cuidadosamente na perna da outra mulher que observava a porta com atenção e logo suspirou fundo aliviada. ━ Porque a gente não fez nada? - A perguntou se levantando pela adrenalina que sentiu repentinamente.
Shin Hyejeong piscou calmamente pegando os seus cigarros na bancada do mini bar e logo o acendeu dando um longo trago. ━ Porque eu não queria morrer, eu tenho uma filha pequena, perder o meu emprego é melhor do que levar uns tapas desse daí. - Apontou para a porta com um pouco de receio de novamente alguém aparecer.
━ E quem é esse maluco? - Choah praticamente gritou.
Mas, com tamanha violência Shin tampou a sua boca. ━ Sh! - A advertiu se afastando enquanto pegava a sua bolsa. ━ Se ele te ouvir… - Engoliu o seco tragando mais do seu cigarro e logo começou a perceber que as tremedeiras de suas mãos estavam parando aos poucos, mas ainda sim seu corpo não lhe respondia bem. ━ Ele é da família Lee, a mãe dele é a Nana do clube 09, você sabe que ela não é só uma cafetina no nosso meio. - Hyejeong colocou a sua blusa de frio e terminou de a explicar. ━ O Pai dele é o Lee Jinwook, ele tá preso, sim tá preso, mas esse cara tem dinheiro o suficiente pra mandar alguém acabar com você rapidinho, amiga, eu tô falando sério. - Fungou sabendo que, mexer com uma família de loucos não era muito saudável. ━ Sabe, os Lee, ergueram gayang á dez anos atrás, ajudaram muitos comerciantes com empréstimos, salvaram muita gente da falência e compraram muitos prédios que estavam quase indo para o banco, eles não são pouca bosta, hoje em dia eles não esbanjam como antes, mas só a credibilidade que eles tem com o bairro inteiro, nos deixa em uma zona bem perigosa só de estar perto desse nojento do Dojun.
Choah colocou o seu sobretudo e logo pegou a sua bolsa a observando meio confusa. ━ Filhinho de papai e mamãe? - Bufou irritada por temer um homem que bem, só era algo pelos pais.
Mas Hyejeong apenas apontou para o seu chefe que estava jogado no sofá, agora desacordado. ━ Um filhinho de papai e mamãe faz isso com o rosto de alguém? - Apagou o seu cigarro pegando a sua bolsa e celular. ━ Você não é daqui, então eu vou te explicar uma coisa, o Minho é uma boa pessoa, ele ajuda todo mundo, é legal e divertido, ele vivia jogando bola com as crianças e até ajuda o lar de idosos comunitário, mas ele não ganha a vida sendo bom, ele ganha a vida fazendo isso aqui com as pessoas. - Apontou para o homem mais uma vez. ━ Olha, tome cuidado com o que fala, ou com o que faz. Gayang é um ótimo lugar para se morar, mas a gente, que se envolveu nesse meio, não pode vacilar.
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