Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

O pai

Era um dia de folga. Eu tinha saído para entregar algumas roupas que minha mãe tinha passado. John não tinha me ligado ou mandado mensagem, mas nenhuma polícia bateu em minha porta, o que quer dizer que ele também não contou a ninguém.

Me senti orgulhoso, feliz que Teddy e Carson ainda podiam estar naquele jardim, sendo comidos por bichos e enterrados pelo tempo, torcia para que nem mesmo o senhor Orlon os achasse, mas pelo que dizia a dona da sorveteria que eu havia entregue as roupas, ele estava fora da cidade, o que explicava não ter aparecido ninguém com os gritos, além do John.

Voltei para casa feliz. Tudo estaria bem quando voltasse para escola, nada mais poderia me afligir, era isso que eu dizia a Benedict e ele concordava comigo. Éramos a maior dupla, os melhores amigos.

Mas toda felicidade sumiu quando eu vi ele na frente da minha porta. Parado do lado de fora do carro prata, estava alguém que eu não queria ver nunca mais. Meu pai.

Não esperei chegar perto dele para perguntar:

— O que você está fazendo aqui?

— Isso é jeito de falar com o seu pai? Estou aqui pra que você passe uns dias comigo. Você sumiu.

"E você infelizmente nos achou!" disse Benedict para mim.

— Não quero. — Digo seco.

— Você não tem querer não. Ouviu, garoto? — Ele disse pegando o meu braço.

Benedict sussurrou para eu dar um tapa nele. Eu já estava erguendo minha mão quando ouvi a porta de casa sendo aberta.

— Solte ele! — Minha mãe ordenou aos gritou, e no susto meu pai soltou meu braço.

— Não estou aqui para falar com você.

— Mas eu estou! Aonde você quer levar o Max? — Ela perguntou.

— Não é da sua conta!

— Não fala assim com a minha mãe! — ordenei.

— Max, não erga a voz para o seu pai! Vamos entrar e conversar todos! — Ela sempre tentando resolver tudo de forma pacífica.

Meu pai entrou na frente, nem sequer olhou para minha mãe quando passou, só entrei quando ela acenou com a mão e pediu para eu pegar um caderno de receitas em seu quarto pois queria fazer um bolo mais tarde.

Subi as escadas enquanto ela ia em direção a cozinha e fechava a porta. Apertei o corrimão, aquilo não me trazia boas lembranças, me lembrava dos dias em que ele gritava com ela, comigo, quando comprava várias bebidas e bebia até dizer que não prestavamos como família, ou quando ganhei minha cicatriz no rosto.

Era uma tarde em que minha mãe tinha saído para entregar roupas, meu pai me chamou na parte de trás de casa. Ele queria me mostrar as coisas de caça do meu avô, queria me contar como meu avô era incrível e que eles caçavam juntos nos finais de semana. Ele amava aquilo e eu um dia também faria aquela tradição.

Lembro de ter achado que pela primeira vez havíamos nos conectado, e que tudo seria bom. Estava tirando o pó das coisas quando vi os jornais no canto, era da cidade do meu avô, contavam histórias de como era temido na cidade, que as pessoas não gostavam dele, então perguntei ao meu pai:

— Por que não gostavam do vovô na cidade?

Ele tirou o jornal da minha mão.

— Porque ele educava os filhos, ele punha a gente pra dormir do lado de fora, ajoelhar no milho e levar algumas varadas para aprender quem mandava na casa.

— Isso não era mau?

— Bobagem, nunca soube de alguém que morresse por levar umas boas surras.

Eu fiquei com medo da forma como meu pai falou. Ele bateria em mim? Na minha mãe, se fosse preciso? Eu não achei certo, mas ao invés de dizer aquilo, o meu corpo mandou eu me proteger, então eu peguei aquela adaga do vovô que estava em cima da mesa. Eu não sabia o que se passava pela minha cabeça, eu já tinha apanhado várias vezes, meu pai costumava jogar tudo que via na minha direção e algumas vezes acertava bem em cheio, mas eu não queria ir para fora de casa ou qualquer coisa medonha.

Quando meu pai virou-se para mim, ele riu da adaga na minha mão.

— O que está fazendo? — Ele perguntou.

— Me protegendo! — falei baixinho.

— Acha que uma adaga pode te proteger? Eu sou o seu pai! — Ele disse se aproximando.

Eu tinha apenas cinco anos, mas fiquei com medo daquela cara que ele fez e corri para a cozinha. Balancei a adaga para todo lado e acabei acertando a mão do meu pai, e isso o deixou furioso. Então ele disse que ia me ensinar uma lição, ele trancou a porta da cozinha para que eu não pudesse fugir, socou o meu estômago e prendeu os meus braços no chão quando cai, ele pegou a adaga e mesmo que eu me esperneia-se e me mexesse embaixo dele, ele me ainda me  segurava e se abaixava para perto do meu rosto.

Foi um corte fundo na minha bochecha, eu chorei e gritei muito enquanto ele me mandava tapar aquilo com pano. Quando minha mãe chegou, ele disse que íamos ao médico e que todos falaríamos que eu havia caído. Acho que minha mãe não concordou com o plano porque quando voltamos para casa eu ouvi ele batendo nela.

Eu revirava a gaveta da minha mãe com raiva, as mãos apertando o puxador com força, eu sabia o que ele poderia fazer, e que faria sem arrependimento nenhum.

— Resolva isso, amigo.

Eu estava mais que feliz quando vi Benedict cortando o fio do carro quando descemos até a entrada da casa, aquela coisa com certeza iria pegar fogo ou explodir quando ligasse. Eu sinceramente não me importava.

— Nunca mais vou ver ele, certo?

"Exatamente, ele vai ter o que mereceu por nos machucar tempos atrás."

— Mamãe vai ficar orgulhosa!

Entrei para dentro de casa com Benedict e observei ele saindo, estava nervoso e xingava minha mãe, mas devia estar tão confuso que nem se preocupou em procurar por mim antes de sair de casa.

Meu sonho se realizou quando ao virar a rua o carro começou a pegar fogo, ele não explodiu como nos filmes, mas as labaredas cresciam cada vez mais. Observei até ter certeza que ele não conseguiria sair, até ouvir os gritos dos vizinhos para que fossem até aquele carro que pegava fogo, e eu só conseguia rir baixinho com tudo aquilo, não compartilhando do desespero de todos, mas sim uma grande felicidade e alívio.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro