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Benedict

Por causa de uma tosse eu acabei ficando em casa no dia seguinte. Era fim de tarde quando ouvi batidas na porta. Como minha mãe havia saído, abri eu mesmo a porta. John estava na minha frente com um caderno na mão.

— O que é isso?

— Sua matéria, não vê? — Ele estava falando de forma seca.

— O que aconteceu?

— O que aconteceu? Eu não contei aos policiais que viu o Teddy e o Carson e que não os salvou, pois pensei que você mesmo iria sentir a consciência pesada e acabaria dando um depoimento ou algo do tipo, mas você não fez nada disso.

— É sobre isso? Ninguém vai sentir falta deles, eram apenas dois estorvos para o mundo! — Digo me virando para ir na cozinha deixar o caderno na mesa e oferecer algo ao meu amigo.

— Você ouviu que eles morreram?! — John disse entrando logo atrás de mim. — Isso é sério, Max!

— Eu ganhei uma cicatriz na cara quando era mais novo, mas ninguém se preocupou com isso.

— Uma cicatriz? Você quer comparar isso a uma morte? — questionou John, parecendo indignado.

Ele estava me irritando, como ele podia me invalidar tanto assim? Será que ele não sabia o que eu passava todo dia? Ele via e até mesmo me salvou várias vezes, mas parecia que John não podia ver de fato. Que tipo de amigo eu tinha? Eu não precisava de pessoas assim, eu podia me livrar de pessoas assim facilmente.

O que eu estava pensando? Eu não podia simplesmente matar meu melhor amigo. Aquilo era loucura, ele só precisava de um tempo, e talvez eu também precisasse, pensei respirando.

— Não quero conversar sobre isso.

— O problema é que você tem que conversar sobre isso. — Ele gritou.

Fiquei olhando para sua cara, não gostava quando as pessoas gritavam comigo, isso só me lembrava do meu pai. Eu senti minhas mãos se fechando na pia de nervoso.

— Acho que você tem que ir pra casa! — sugeri de forma ríspida para ele.

— Concordo! — Falou se virando. — Você mudou. Eu não te reconheço mais, Max.

John estava a dois passos da porta, eu poderia tê-lo deixado simplesmente ir embora, mas tudo que ele dizia, a forma como me desprezava. Eu não soube o que estava fazendo até que senti a faca enfiando em suas costas e escutar o John tossindo sangue.

Era como se eu voltasse a mim após um segundo enevoado, minha mão estava nas costas de John, segurando uma faca enfiada em sua costela. Soltei a faca no susto e ele caiu no chão.

— Ah, esse negócio de morte acaba com a vida do ser humano! — comentou Benedict ao meu lado, esticando os braços.

Seus olhos estava com rugas, como se não dormisse a muito tempo, assim como eu. Mas seu olhar era muito mais compulsivo, como se estivesse feliz com o que eu tinha feito, como se estivesse deliciando-se ao ver o sangue de John aos nossos pés. Eu estava apavorado!

— John! — gritei abaixando ao lado dele e o balançando. — John! O que você fez? — questionei Benedict.

— Ele estava machucando você, e eu nunca mais vou deixar ninguém te machucar! — Benedict disse.

— Eu não pedi pra matar o John! — berrei exaltado.

— Mas eu o fiz! Você tem algo contra? — Ele perguntou me olhando no fundo dos olhos, senti que não podia me mexer, eu não podia fugir. — Entenda uma coisa, Max. Eu mando aqui!

Meu corpo gelou quando ele me deu as costas, não percebi quando tirei John da cozinha, ou quando limpei o sangue e por fim fiz café para esperar minha mãe chegar. Ela abriu a porta devagar, mas ao me ver sorriu.

— Achei que estaria dormindo. — Ela disse vindo até mim e colocando a mão no meu ombro.

— Estou sem sono. — Por vários motivos.

— Entendo. Eu queria falar que nós teremos que ir no velório do seu pai amanhã. Sei que vai ser difícil, mas….

— Não quero ir! — Ela afagou meus ombros.

— Querido…

— Estou falando sério! Não quero vê-lo!

— Você tem que ir vê-lo, Max. Ele é o seu pai!

— E daí!? — A pergunta saiu tão ríspida que quase não reconheci a minha voz. Era como se tivesse falado no automático, como se aquilo fosse o tipo de frase que Benedict diria, não eu.

— Max, não fale assim…

— Não fale assim, você! — Me exaltei enquanto levantava. — Você quer que a gente vá ver aquele merda por quê? Não se lembra do que ele fez pra você?! Porque eu lembro do que ele fez pra mim!

Observei os olhos de minha mãe se arregalarem conforme ela se afastava de mim, me senti mal. Queria pedir desculpas, mas aquelas palavras não me pertenciam, não saiam de mim, era como se Benedict não falasse mais só ao meu ouvido, mas para todos escutarem e por minha boca, aquilo era assustador.

— Filho, por mais que seu pai tenha sido uma pessoa ruim, não vou permitir que o ofenda em morte! Nós iremos ao velório! — Ela sentenciou, se virando para ir na pia.

Senti uma raiva crescer dentro de mim, mas aquilo não fazia sentido, eu não estava com raiva, podia não concordar, mas iria com minha mãe se isso a fazia feliz. Algo dentro de mim lutou contra aquela ideia e no ímpeto me joguei na mesa pegando um prato de louça, comecei a caminhar na direção da minha mãe e parte da minha mente estava confusa com o que fazíamos, nos aproximando tanto com aquele prato na mão; eu precisava sair dali, sentia que ela estava em perigo, sentia que não seria capaz de prever minhas reações.

Então fazendo um esforço tremendo e fora do normal para alguém que está sendo controlado pelo próprio corpo, eu deixei o prato cair no chão, minha mãe se assustou ao virar, mas eu não tive tempo de olhar para ela. Sai correndo pela porta da sala, em direção a rua.

Sem rumo corri pela calçada, seguindo quando ela virava ou continuava reta, corri até que as luzes das lojas abertas tarde da noite me iluminassem, até que entrasse no prédio central.

Subi as escadas lentamente, aproveitando o suor para refrescar a mente. Quando cheguei no topo, Benedict já estava lá, olhando para mim.

— Você ameaçou a minha mãe!

— Eu nos protegi!

— Ela não representa perigo pra mim!

— Você é fraco, Max. Não sabe o que pode te machucar e o que não! — Ele proferiu, aqueles olhos me perfurando.

— Saia! Saia da minha vida!

— Não, não. Você prometeu, seis vidas antes de eu ir. Se tivesse me deixado matar ela…

— Cale a boca! — Desabei no chão chorando. Aquilo tinha que parar.

— Quer que pare? — perguntou Benedict se aproximando de mim. — Me deixe assumir o controle!

Olhei para os tênis que ele usava, eu precisava correr, para longe dali, para ficar livre. Era isso, só havia um lugar que eu poderia correr estando ali. Me levantei, aquilo protegeria a minha mãe afinal, e eu estava disposto a tudo por ela.

Não só por ela, mas por John, eu tinha que acertar as contas com ele e eu já tinha acabado com todas as pessoas ruins no meu mundo.

— Seis vidas, não é? — perguntei olhando para ele.

Tenho certeza que vi a face de Benedict ficar confusa, e depois furiosa quando me viu ir correndo, correndo até a ponta do prédio e não parar. Com apenas uma dose de coragem eu me joguei no vazio, senti o vento no meu rosto conforme a descida se tornava interminável, e pela primeira vez senti que minha aparência não importava, que eu não importava. Eu era tão pequeno e estava tão livre. Benedict ainda devia me olhar lá de cima, aliás, ele sempre me olhava, primeiro no fundo da minha mente e depois emergindo conforme eu acreditava que ele era uma lenda urbana, mas ele não passava de um humano, um humano que dividia o corpo comigo. Uma versão de mim criada para me proteger quando meu pai atacasse. Alguém que reprimi por tanto tempo, mas tinha vindo à tona, minha dupla personalidade. Lembro que esta foi a última coisa que pensei antes de chegar ao chão 

As câmeras de reportagem chegaram durante a madrugada, na certa foram chamadas por alguns dos comerciantes que ouviu o baque surdo no chão e que ao sair contemplou o corpo de um adolescente preso e amassado no chão. O garoto, é óbvio, já estava morto após pular do topo do prédio, então eles não puderam fazer nada exceto chamar a polícia que acabou chamando a atenção dos repórteres, que se perguntavam por que aquilo havia acontecido. O garoto teria depressão, se perguntavam. Teria sofrido uma decepção amorosa? Ou estava triste pelo pai que havia morrido?

O que eles não sabiam, no entanto, era que o garoto não queria ir tão longe, ele só queria fugir de si mesmo e de todos os crimes que ele mesmo havia cometido. Redimir-se consigo e com aqueles que ama.

Oiê pequeno sunflower! Obrigado por ler mais uma/ ou talvez sua primeira história minha! Gostaria de responder uma grande questão que nem todo mundo pode ter entendido "porque Max só demonstrou sua dupla personalidade na adolescência se sofreu quando criança?"

Bem, isso é porque o Max tinha medo, ele tinha medo de tudo, apesar de ter vontade de se vingar e se proteger ele não sabia como. Mas ao ouvir falar de uma lenda (que nunca funcionou) ele usa isso como desculpa para si mesmo e para seus atos dali para frente

Enfim, espero que tenha esclarecido e que eu possa ter a chance de tê-lo/la como leitor de novo!

Um girassol na mão e um beijo no coração!

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