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prólogo

2 meses antes

ADORA

Felina pode ser a pessoa que mais me odeia no mundo, mas ela entrega a bola para mim com cara de que vai me assassinar se eu não acertar esse arremesso, então preciso fazer isso.

Laranja e preta, pesada e familiar. Faltam apenas cinco segundos para o jogo terminar e eu estou prestes a marcar o ponto da vitória. O time da Horda e nossa torcida gritavam meu nome, meus tênis se arrastavam pela quadra o mais rápido que eu podia.

Passo por duas garotas tentando bloquear a passagem apenas com um pulo e quase um empurrão. A cesta está perto, brilhando, chamando meu nome. Meu coração nunca esteve tão acelerado, e quando tomo força para saltar me sinto no topo do mundo. A bola é lançada e roda pela borda, pensando se entra ou não.

Mas ela entra.

A torcida vai à loucura. Ganhamos com 2 pontos de diferença, que lancei logo dentro da linha, perto demais da cesta, mas não longe o suficiente para serem mais. Junto com minhas amigas do time, berrei com o resto de fôlego que tinha.

Às vezes lançar a bola e esperar que ela caia lá dentro parece demorar muito, fica em câmera lenta e não consigo respirar nessa fração de segundo.

Lonnie, Kyle e Rogelio me levantam e não escuto o que dizem por causa de todo o rebuliço. O resto do time reserva também vêm até mim e a torcida continua a comemorar. Parte de mim aproveita o momento, mas a outra parte sabe que foi por pouco. Se Felina não fosse uma boa jogadora eu jamais teria recebido a bola para lançar naquela direção. Foi pura sorte.

O outro time da escola de Bright Moon é dureza. Eles são rápidos, fortes, e até graciosos nos movimentos. O crédito não devia ser todo para mim. Não fiz tudo sozinha. Posso ser a "capitã", mas nunca vou ser tão destemida quanto eles ou Felina.

Eles me põem no chão. A treinadora chega mais perto e murmura "muito bem" no meu ouvido. Felina a encara com ódio, a mulher se afasta e a garota vêm até mim. Ela passa por mim com um brilho nos olhos e sempre de cara fechada e bicuda. Um olho mais azul que o outro (ela tem heterocromia), e me dá um tapinha no ombro. Quase estremeço com o toque se não estivesse tão extasiada.

— Hey, Adora, você conseguiu de novo — não pareceu um elogio. Pareceu um cuspe.

— Não fui só eu, lançadora — digo sua posição no time. Ela sempre está ao meu redor para proteger meus lances, e é rápida como um gato. "Felina" está mais para um apelido que dei quando éramos pequenas. Amigas. Ela me dizia que o nome verdadeiro é Cat (sem sobrenome, sem Catherine ou algo assim. Só Cat. Ela é adotada) então tudo se conectou e o apelido deu certo. — A Sombria vai me dar o crédito de novo mais tarde. Eu não quero.

— A Sombria é um pé no saco — Felina limpa o suor da testa e cruza os braços depois. Ela acena com a cabeça para o canto da quadra. — Vamos pegar as medalhas e acabar com isso.

Com o penúltimo ano na escola. Já é junho e esse foi nosso último campeonato contra as escolas do estado, e vencemos por pouco graças a ela. E eu. Só mais um ano até nossos caminhos se divergirem para sempre.

Subimos no pódio improvisado. Os alunos ainda estão animados com a vitória. O time de Bright Moon parece chateado, mas todos eles apertam nossas mãos com convicção e respeito. Sempre gostei disso neles.

A premiação acontece como as outras. Tem um discurso rápido do diretor Hordak, agradecimentos, abraços e etc. Nunca vou me cansar dessa sensação de vitória! Faz eu me sentir viva, e não importa meu mau cheiro e cansaço agora. Tudo é deixado de lado quando vejo a expressão feliz no rosto da minha tia Mara.

Os colegas de equipe me cumprimentam após recebermos as medalhas. Podemos até sair e comemorar, mas duvido que eu ou eles estejam dispostos a isso. A única coisa que quero agora é tomar um banho e depois minha cama.

Vejo minha tia com um sorriso orgulhoso. Abraço-a com força e ela retribui. A quadra já está esvaziando. Quando me afastou consigo ver Felina e Sombria saírem juntas. A garota acena com a cabeça sem expressão, porém eu sei que é código de "te vejo em setembro para atormentar sua vida de novo, mesquinha do caralho" e sai com a mãe adotiva.

— O jogo foi intenso hoje, né? Pronta para tirar um descanso?

Eu podia gritar de alívio. Mal sentia meus músculos.

— SIM.

— Vamos para casa. Posso pedir uma pizza.

Mara dá um sorriso de lado. Ela tem a pele um pouco mais escura que a de Felina, mas o cabelo é longo, liso e castanho, sempre amarrado numa traça. Ela é jovem e cuida de mim como melhor amiga. Está vestindo calça, botas chiques, e mal vejo a blusa porque ela roubou meu casaco vermelho-vinho e preto da escola.

— Adora, tem uma pessoa que quer falar com você antes de irmos.

Eu só levanto uma sobrancelha. Saímos da quadra na direção do corredor da escola até pararmos no estacionamento. Uma mulher alta (bem mais do que eu. Não sou tanto assim mesmo num time de basquete), magra e elegante está esperando parada diante de um carro. Uma menina também está com ela. Reconheço quem é pelo uniforme branco e lilás, e o cabelo curtinho e rosa. Reconheço a Glimmer porque é a armadora mais habilidosa que já vi em quadra, mesmo com quase metade da altura da mãe. Glimmer mal me encara com surpresa quando me vê.

— Finalmente estou conhecendo a famosa Adora! — diz Ângela. A mulher alta e chique. Sei que é a diretora da escola de Bright Moon pelo que ouvi. E a voz dela parece mel de tão doce e delicada. — Parabéns pelo jogo.

— Obrigada, senhora. O time da sua escola também foi incrível hoje — dou um sorriso torto. Não sei aonde querem chegar.

— Vamos ser breves, ok? Por pouco quase ganhamos. É uma excelente jogadora, Adora, e gostaria de saber se você quer uma vaga no meu time.

Olho incrédula para minha tia. Mara tem um sorriso de apoio. Glimmer ainda está neutra e parece só querer ir pra casa. Me pergunto se isso é sério mesmo.

— Perdão? A senhora quer que eu me junte ao time de Bright Moon? — eu sou a pessoa mais lerda do mundo.

— Isso mesmo.

Quero argumentar e dizer que não sou nada sem meu time. Sempre gostei do basquete e outros esportes. Eu sou boa. Não excelente ainda. Só estou aqui porque é como beber água. Sem isso não se pode viver. É a única coisa em que me vejo fazendo. Nunca pensei na possibilidade de mudar de escola. Bright Moon é grande demais, do tipo alto nível, cara pra cacete, e do tipo que vai me levar para uma boa universidade.

— Meu time é muito bom — ela continua. — Já vencemos vários campeonatos anos antes. Agora minha filha é capitã tem muitas decisões a tomar. Está mais difícil com tantos novos talentos. Se você entrar posso te oferecer uma bolsa integral. Vai ter o melhor estudo, os melhores professores e treinadores, e aí vamos ganhar o campeonato. Podem treinar agora nos primeiros três meses para o inverno! Vão ter olheiros por toda a parte e, Adora, eles vão te dar uma chance. Isso pode mudar sua vida!

Engoli seco. Era algo bom demais para mim. Não parecia nem certo.

— Mara? — chamei-a. Ela apertou minha mão. — Acha que eu devo?

— Só se você quiser.

Olhei em volta para aquela escola em que cresci. Era bagunçada e até aos pedaços. Foi aqui que aprendi tudo o que sei além da minha tia. Aqui eu sempre me irrito com as coisas da Felina todo santo dia. Me esforço para ser a melhor em notas, tenho amigos, passo um bom tempo...

Mesmo assim não parece o suficiente.

Eu quero ficar, mas sei que não é a mesma coisa. Olhando para Ângela e Glimmer me sinto pequena.

Se a condição é jogar e eu sou boa nisso, então pode ser fácil.

— E se nós perdermos na temporada de inverno? — pergunto. É pouco antes do natal.— Vou continuar com a bolsa?

A mulher pondera por um momento.

— É possível. Isso se manter as notas boas. Caso não consiga ganhar e tiver um nível baixo então precisaremos discutir.

— Então só tenho que jogar e estudar.

— Exato.

Solto um pouco de ar pelo nariz e penso. Dar adeus à Horda, ao meu time... Adeus Felina.

Glimmer contorce a boca para o lado e Ângela mantém a postura. Elas querem muito resolver isso e irem para casa de uma vez. Eu também.

— Fechado — eu digo. 

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