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Boa leitura!

...

ADORA

— Como foi hoje? — Mara pergunta. Ainda não anoiteceu, mas ela já está fazendo o jantar. Eu estou suada e com o cabelo bagunçado, mas não tão exausta. Isso é um bom sinal: me diverti.

— Legal, legal, legal... Querem sair amanhã de novo — eu sento no banquinho e apoio os cotovelos no balcão.

— Por mim tudo bem. Vai ser bom pra você — ela dá de ombros, ainda concentrada na comida. Ela está certa. Interagir e esquecer os problemas foi uma boa saída pra mim.

Solto ar pelo nariz, nervosa.

— Tudo bem se eu sair mais tarde com a Felina também?

Mara fecha uma panela e se concentra em mim. Tento sorrir para aliviar a tensão, mas só sai algo falso. Minha tia está tão bonita sobre a luz meio amarelada, o cabelo solto castanho e ondulado desde pelas costas e quando ela cruza os braços vejo os músculos dela.

— Você está muito ocupada, não é?

Suspiro.

— Espera, eu preciso te explicar. Só me escuta por favor. É uma coisa mais séria e preciso da sua ajuda.

Isso faz parte de uma coisa que venho planejando desde o feriado de Ação de Graças. Agora que entendo o que está acontecendo não posso ficar parada esperando um milagre acontecer. Felina não vai aguentar Sombria até o ano que vem, não depois que descobriu sobre o auxílio financeiro, e ambas sabemos disso.

Explico tudo para Mara — só escondo o lance de ter beijado a Felina algumas vezes senão tira o foco da conversa. Digo o que Felina me falou, de como ela está, o que eu sinto um pouco, e que quero ajudar. Não posso deixar que Sombria saia ilesa.

— Santa Etéria  — Mara diz depois de um silêncio. Por um tempo só escutamos o molho da comida fervendo e borbulhando. Minha tia mexe os braços tentando se manter ocupada, e eu permaneço no lugar encarando as mãos sobre o balcão. — Precisamos denunciar essa mulher!

— Não desse jeito!

— Felina tem provas disso?

— Ela tem fotos dos documentos, que eu saiba. E sobre os machucados... eu não sei. Mas se levarem Sombria, Felina vai para um orfanato bem longe daqui. Ela não tem mais ninguém.

— E o que você sugere?

Olho para ela quase implorando. Mara entende na hora.

— Por favor.

— Onde ela vai dormir?

— No meu quarto.

— E quando você estiver aqui?

— Aí a gente pode pensar depois — falo tentando não rir. — Só pensa nisso, por favor.

Mara suspira e volta a olhar a comida. Ficamos em silêncio alguns minutos, e não tenho certeza se ela quer conversar sobre isso agora ou mais tarde, se devo ir tomar um banho ou esperar aqui.

Seria só até o ano que vem.

Felina não pode morar com Sombria.

— Ok, por mim tudo bem — Mara diz olhando para mim de novo. Levanto do banco de tão animada. — Mas só se ela quiser. Felina é como uma segunda filha para mim, eu a conheço e não posso ficar quieta numa situação dessas. Eu vi como ela estava se esforçando para parecer bem no jantar aquele dia. Sorte a dela ter amigas na escola e você.

— Obrigada! — vou em direção a ela, mas Mara me interrompe. Estou grudenta. — Tá, eu vou tomar um banho primeiro. Eu te amo.

— Também te amo. Aliás, eu sei que vocês duas estão tendo alguma coisa, então você vai ficar dormindo no meu quarto aos fins de semana. Acho que vou comprar um colchão novo. Vamos estabelecer algumas regras aqui, mocinha!

— Como você descobriu? — fico boquiaberta. Ela apenas ri.

— Eu te conheço. Além disso o seu rosto fica corado quando menciona a Felina.

Mara cutuca meu nariz. Preciso aprender a controlar isso.

— Você é a melhor tia do mundo.

— Eu sei — ela dá de ombros. Sorrio e subo as escadas, mas antes ela me chama de novo. — Adora!

— Oi?

— Eu estou feliz por vocês.

...

FELINA

— Isso só pode ser um pesadelo — digo cobrindo o rosto. Tem muitas pessoas aqui no karaokê, e Perfuma canta no palco com toda a potência de voz que ela pensa que tem.

Adora ri do meu comentário. Ela está vermelha e me reprime com um ombro.

— É o momento dela! Deixa disso.

— Ela é incrível — Scorpia diz sincera, com os olhos brilhando, toda rendida pela Perfuma.

Reviro os olhos. A mesa é semicircular e temos a vista do palco. Ao lado da loira, Bow pega outro pedaço de pizza.

— É Kelly Clarkson, tipo, precisa ter voz pra isso — Glimmer concorda e faço um gesto com a mão do tipo "exatamente!". — Mas ela está se divertindo.

Perfuma chega na parte final da música num falsete. É inacreditável. Todo mundo aplaude mesmo assim.

— A gente não pode falar nada. Quem melhor canta aqui é a Adora — Scorpia fala. Estamos separadas por Entrapta (ela veio pela comida). — Foi o que me disseram.

— Como é que é? — ela quase se engasga.

— É verdade! Eu ouvi uma vez no dormitório! — Glimmer acusa e aponta um dedo para Adora. Ela já tomou dois copos de refrigerante. Todo mundo está comendo besteira. Se nossas treinadoras nos vissem agora...

— Não sou uma Whitney Houston, mas é uma boa escolha de música — a loira desvia o assunto tentando olhar o caderno enorme com músicas disponíveis. — Deixa eu procurar alguma coisa legal.

Perfuma finalmente termina a cantoria e volta ao seu lugar. Outras pessoas sobem no palco para cantar e eu só observo. Troco de lugar com Adora para conversar com Glimmer e Bow sobre basquete, e nem sei quanto tempo passa depois disso. Não sabia que tínhamos tanto em comum. E para melhorar, Adora e Entrapta começam a discutir sobre química e evolução dos modelos atômicos, e juro que nunca me senti tão perdida na vida com uma conversa. Duas nerds juntas finalmente.

— Eu encontrei a canção perfeita para nós, Adora — Bow diz chamando atenção e exibe o caderno. — Bodak Yellow da Cardi B!

— Ai, meu Deus, nem preciso do karaokê. Eu já sei a letra inteira! — os olhos azuis dela brilham de animação. Juro que estou apaixonada por essa garota. Não tem como Adora ficar mais bonita a cada dia que passa. — Vamos!

Abrimos espaço para ambos saírem da mesa. Eles vão até o palco e escolhem a música. Fico observando-a amarrar o cabelo mais forte e cochichar contente.

Scorpia tenta até me convencer a cantar alguma coisa, mas recuso. Não quero tanta atenção assim.

— Por que não? — ela insiste. Dou um suspiro.

— Não tem nada da Fiona Apple aqui.

Um absurdo.

Scorpia apenas ri em resposta e chama Perfuma até as duas começarem a flertar.

Ouvimos a batida da música. Isso devia ser proibido num lugar assim. Tem uns trezentos palavrões nessa música. Eu amei.

Adora ama cantar, eu sei disso, mas ela não sabe se movimentar tão bem. É engraçado vê-la fazendo gestos com os ossos duros enquanto Bow olha o painel com a letra, e ele nem canta direito de tanto rir de Adora.

Todos nós cantamos juntos ou gritamos em torcida. Só sei rir, e minha barriga começa a doer de tanto gargalhar. Adora realmente sabe a letra de cabeça! O karaokê inteiro comemora junto.

Em um momento Adora olha para mim, e ambas sorrimos. Acho que nunca me senti tão leve como agora, totalmente despreocupada e com pessoas que gosto e sei que gostam de mim. Não tem sensação mais satisfatória que essa.

A música acaba. Adora e Bow são recebidos com aplausos e tapinhas de incentivo.

— Ei, hm, eu preciso falar com você a sós — Adora diz um pouco sem fôlego. Está feliz por ter conseguido cantar a música, mas sua voz diz algo mais sério. — Lá fora.

Assinto preocupada. Logo quando eu me sinto tranquila algo acontece.

Falo para Entrapta que já voltamos e acompanho a loira para a saída. Ela diz algo para um funcionário e sai.

Está escuro e a única luz é de um restaurante do outro lado da rua, um poste meio caidinho e o letreiro do karaokê em cores azul e roxo.

Ficamos no muro lateral. Não é sujo e fedido, para minha surpresa. Por um segundo eu penso que ela quer me beijar aqui ou algo do tipo, mas tem a expressão muito séria.

— O que foi? — minha voz falha. — Já sei. Você tá grávida do nosso bebê.

Ela solta um riso.

— Você não tem jeito.

— Desculpa. Pode contar logo? Odeio esse suspense.

— Ok, mas promete que não vai brigar comigo?

Seguro a mão dela com firmeza.

— Ok.

— Tá. Primeiro: desculpe me intrometer assim na sua vida, porque tudo com a Sombria é coisa sua, mas assim que eu fiquei sabendo não pude ignorar isso. Temos que fazer alguma coisa, então eu comecei sozinha.

O que isso quer dizer? Ergo uma das sobrancelhas. O semblante nervoso de Adora é colorido pelo letreiro. Tudo em volta está escuro demais.

— Eu falei com a Mara.

— Você contou tudo para ela? — pergunto chocada e em voz mais alta. Fico até zangada por isso. — Adora!

— Espera! Eu tive que contar porque não podemos fazer isso sozinhas, Cat. Ela tinha que saber. Eu tenho um plano.

Meu coração bate rápido. Quero desaparecer daqui. Preciso manter a calma. Adora é boa, Mara é boa, está tudo bem...

— Então o que é?

— Eu não posso aguentar saber que você mora com aquela mulher que é capaz de te agredir a qualquer hora, então, se você quiser, pode morar na minha casa com a minha tia — Adora diz com a voz controlada. Respiro fundo e sinto meus pulmões relaxando. Só seguro a mão dela mais forte. — Nós vamos denunciar a Sombria. Mara pode até ter a sua guarda por um tempo até você ser maior de idade se ambas concordarem. O que importa é você longe da Sombria. Felina, pensa muito bem nisso, ok? A Mara disse que topa tudo! Nós podemos resolver isso.

Tento manter o olhar focado em algum ponto que não seja ela. Isso é loucura. Eu esperei anos para ter essa oportunidade e finalmente pode ser real. Só precisava de muita coragem e alguém disposto a me ajudar.

— Como nós vamos fazer isso? — minha voz até sai rouca.

— Já tenho algumas coisas em mente — ela morde o lábio dizendo isso.

Adora segura minhas duas mãos. Ela está determinada e quase desesperada para me ajudar.

— Vão chamar o Conselho tutelar? — pergunto cautelosa.

— Não.

— Ainda bem, porque nem fodendo eu vou pra um orfanato.

Adora ri, e relaxo os ombros.

— Eu topo.

— Jura?

Assinto com a cabeça. Adora sorri grata e relaxa o corpo também.

Ela quer dizer alguma coisa, mas eu não estou nem aí para isso. Só quero saber de beijá-la até não poder mais.

Seguro o rosto dela e o beijo sai mais agressivo do que gostaria, mas Adora também clama por isso. Parecemos duas selvagem quando batemos de leve na parede. Abraço-a pela cintura, ela agarra meu cabelo e puxa com força, o que dói um pouco, mas não digo. Ficamos sem ar um momento. Olhamos nos olhos da outra, e o mundo está roxo e azul.

Solto ar e vapor se dissipa pelo frio. Quanto mais perto de dezembro chegamos, mais frio fica e mais próximas estamos dos campeonatos. Tudo desaparece. Vejo apenas Adora na minha frente. Só vejo os olhos dela, a boca, o nariz gelado na ponta, o cabelo...

— Eu só tenho essa forma de dizer obrigada — digo sorrindo e beijando seu rosto todo.

— Por mim tudo bem desde que faça isso mais vezes.

— Você não precisa fazer isso se não quiser, sabe, me ajudar e tudo mais. Eu consigo aguentar mais um ano com a Sombria.

— Mesmo que você aguente, está mentindo. Eu vejo como isso dói só de te olhar. E eu também não aguentaria ficar parada sem fazer nada — Adora acaricia meu rosto delicadamente. Quero chorar. Sinto até às lágrimas surgindo. — Me importo com você. Eu prometi que vamos resolver isso, lembra?

— Juntas.

Assinto mais uma vez. Encostamos as testas um momento. Me sinto fraca por um instante, mas deve ser só ansiedade por finalmente ter esperança, algo concreto que possa me agarrar. Adora é isso, Scorpia, Entrapta, Bow... todos eles viraram âncoras.

Adora me beija de novo. Dessa vez é lento e com esse gostinho de esperança. Quero agarrar essa garota para sempre. Nem percebo a lágrima escorrer do meu rosto até terminarmos e a loira secar meu rosto.

— Se você chorar eu choro também.

Consigo sorrir um pouco. Seco meu rosto e estamos prontas para voltar para dentro. Adora entrelaça os dedos nos meus.

— Você não vai largar? — pergunto. Minha voz ainda está trêmula. Ela sorri para mim antes de nos conduzir.

— Não quero esconder isso de ninguém. Nunca mais vou te largar, Cat. Já fizemos isso uma vez e não vou te perder de novo.

Sorrio satisfeita. A sensação disso é inexplicável.

Enquanto entramos no karaokê juntas para que todos possam ver, penso que isso é liberdade.

E penso em Sombria me esperando em casa.

Penso que vou embora daquele lugar e, melhor ainda, me livrar daquele filha da puta.

...

Oi amiguinhxs tudo bem? Espero que sim! ❤️

Gostaram do capítulo? Eu AMEI DEMAIS cada detalhe ksksk

de início eu não planejei essa parte, mas achei legal ter essas interações entre os personagens e catradora sendo perfeitas né (fun fact: eu tenho uma amiga que realmente sabe cantar bodak yellow de cabeça, então me inspirei em uma festa que a gente foi e etc kkkk)

Primeiramente eu quero desejar feliz aniversário à IsabellaBranquinho! Tudo de bom, meu anjo!

Segundo: em comemoração aos 10K eu vou postar dois capítulos seguidos na quinta e na sexta-feira e...

*rufem os tambores*

VOU FAZER UM GRUPO NO WHATS 🥺💖

um monte de gente achou a ideia legal então eu vou fazer um grupinho 😎🤙🏼 vai funcionar assim: vocês me mandam dm com o número e eu adiciono, ok? bem fácil. 💕

Aliás preciso de ideias de nomes pro grupo kkkk sugestões são bem vindas.

muito obrigada por lerem, e não esqueçam de votar que isso ajuda bastante

se cuidem ok? 💖

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