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15

FELINA

26 de novembro; Dia de Ação de Graças

— Você cresceu tanto desde a última vez que te vi, Felina! — Mara diz enquanto me agarra num abraço apertado. Ela é forte, e eu retribuo. — Vai jantar com a gente hoje?

Mal tivemos tempo de tirar os casacos. Abro a boca, mas nada sai. Olho para Adora, que nos observava feliz, em busca de ajuda.

— Vai sim — ela fala me olhando nos olhos e guardando as roupas no cabideiro. Isso foi muito imperativo, na verdade. Tudo bem, porque eu quero jantar aqui mais do que tudo.

É meio estranho voltar para essa casa, coisas não mudaram muito pelo que lembro, mas então pareço uma invasora. Pelo menos me sinto assim. A diferença é termos crescido uns 60 centímetros. Mara está a mesma mulherona de sempre e com uma rugas nos olhos, mas a mesma energia continua. Acho que Adora puxou um pouco disso nela.

— Tudo bem! Pode sentar enquanto eu termino de arrumar a mesa. Adora, me ajuda com os pratos.

— Não vou ser um problema? — pergunto mais insegura do que pretendia. Mara dispensa com a mão e um sorriso.

— Aqui tem comida para abastecer um exército, não se preocupe. E Adora come por três pessoas — Mara ri e a loira bate nela de leve com o pano de prato.

Ainda lembro onde ficam os talheres e insisto em ajudar. Pego garfos, facas, copos... Adora e eu vamos desviando uma da outra com graça. Mara fala sobre a neve, a comida (vai ter purê de batata, e por incrível que pareça fico animada com isso. Eu sou péssima em cozinhar e Sombria nunca faz).

Logo tudo fica pronto e nos sentamos. Está tudo bonito e cheiroso. Faz parecer que estou em outra realidade. Não imaginava passar o dia justo aqui, como nos velhos tempos. Além disso Adora parece calma, feliz, com as bochechas coradas. Eu também estou. Isso me dá uma nostalgia e sinto que o tempo não passou. Esqueço tudo de ruim que aconteceu.

— Vamos dar as mãos — Mara diz. Fazemos isso. Mara aperta a minha como se pudesse me dar força, e logo me sinto bem vinda de verdade. A de Adora é mais leve e acolhedora, ainda super familiar por incrível que pareça.

Mara faz uma oração e fechamos os olhos. Demora pouco. Alguma coisa no meu peito treme, um sentimento, tipo frio na barriga só que mais forte. Respiro bem fundo. Deve ser só nervosismo por voltar aqui. E eu não quero estar em outro lugar. Faz tanto tempo que não me sinto assim. Penso em Entrapta e Scorpia também, como elas me ajudam todo dia e mal sabem disso.

Estou segura aqui. Posso continuar assim, eu sei que aguento, apesar das mentiras de Sombria, da dor, eu sei que há mais pessoas que vão me fazer bem...

   — Agora, vamos dizer em voz alta pelo que somos gratas — engulo seco e olho para o prato. Adora tosse, tímida, e Mara suspira. — Ok, eu começo. Sou grata por essa comida, pelo meu emprego e minha casa. Também por ter um rosto conhecido de volta — diz olhando para mim, e eu dou um sorriso de leve. — E pela minha sobrinha, que é meu maior orgulho, a pessoa mais mais amo no mundo.

Adora aperta a mão da tia. Dá para ver o quanto as duas são próximas e se apoiam. Acho que eu sempre quis isso e tive inveja. Ainda quero ter o que elas têm, mas sei que não vou conseguir.

— Também sou grata pela comida, pela nossa casa... — Adora diz aos poucos. — Por você, Mara, que é minha mãe. Eu te amo. E pela escola nova, mesmo com todas as minhas noites não dormidas, pelo basquete, e por Felina estar aqui com a gente de novo.

Adora me encarou nos olhos, mais azuis e brilhantes que o normal. Não pude evitar de sorrir.

— Ok, hm... — digo. — Eu sou grata por essa comida e a melhor Ação de Graças que tenho em anos... Pela minha vida, que por mais difícil que seja todos os dias, ainda sigo em frente, então já basta. E por ter vocês aqui.

Não quero dizer mais nada. Ainda há muita coisa, mas se eu continuar provavelmente vou chorar demais.

Mara termina a oração e nos servimos. Acho que nunca comi algo tão bom na vida. Está tudo delicioso, e meu corpo está menos tenso. A casa está aquecida, Mara puxa conversa e até serve um pouquinho de vinho para nós. Falamos sobre basquete, memórias de infância, a escola nova de Adora, um corte de cabelo que ela pretende fazer (eu totalmente aprovo isso, ia deixá-la mais atraente do que já é ( vou desmaiar se ela fazer isso)) enfim, tudo que puder falar para evitar Sombria eu digo.

Consigo esquecer meus problemas por esse período. Parecemos até uma família.

Toda vez que Adora fala algo engraçado ou bobo, do jeito nerd e desajeitado, mas confiante, acaba olhando para mim. E eu sorrio mesmo assim, aquela risada alta e rouca. Mara diz sentir falta dessa alegria por aqui. Adora e eu temos a mesma dinâmica de sempre, inclusive as provocações.

O céu escurece e minha barriga já está cheia da comida e sobremesa. A neve já parou de cair há um tempo, e Mara está rindo com a sobrinha sobre uma história do trabalho. Me distraí por um momento. Não sei que horas são.

Quero ficar mais, o tempo necessário para deixar meu dia ou minha semana melhores e valendo a pena.

Nem Sombria pode tirar essa felicidade de mim agora.

— Certo, meninas, eu acho que bebi muito vinho — Mara anuncia com um suspiro. De fato ela parece zonza e preguiçosa. — Vou subir e talvez dormir um pouco. Adora, a louça é toda sua — a loira revira os olhos, mas sorri. — Cat, você tem que voltar mais vezes. Foi bom te ver de novo.

— Igualmente.

— Boa noite!

Assistimos Mara (tentar) subir as escadas, e caímos na gargalhada. Me sinto tão leve.

Adora recolhe os pratos e eu ajudo.

— Eu posso lavar pra você — digo e ela balança a cabeça em negação.

— Tudo bem, eu já sou acostumada.

— Então eu seco e guardo — já estou colocando as coisas na pia e busco o pano. Adora ri.

— Ok. Então eu vou colocar uma música.

Adora não perde tempo nisso. Ela sempre tem que ouvir música toda hora, eu me lembro. Costumava colocar um cd toda vez que brincávamos no quarto, ou cantarola enquanto caminha. A única vez que a via totalmente concentrada foi nos treinos.

Aí ela canta até lavando a louça, e eu só observo-a.

— Obrigada por me trazer aqui e jantar — falo. — Foi muito gentil.

— Imagina. Faz tempo que a gente não se fala direito, assim, como nos velhos tempos.

— Olha, eu não te odeio — digo. Estou apoiada na bancada a três passos de distância dela. Adora franze um pouco o cenho. — Sabe disso, né?

— Ninguém odeia alguém de verdade — murmura. Mordo meu lábio e cruzo os braços, esperando. — Você nunca deixou de ser minha amiga. Pelo menos é isso que eu penso — Adora para de limpar um pouco e me encara torcer o nariz. — Também senti sua falta.

Resmungo com graça.

— Mentira.

— É sério! Eu sei que sentiu minha falta também — Adora fala maliciosa. Eu arqueio a sobrancelha. Ela ignora isso e passa a água nos talheres. — Não fiz muitos amigos depois que a gente se afastou.

— Você tinha muitos amigos.

— Só colegas de equipe. É diferente, sabe — dá de ombros. Me permito chegar mais perto para ouvir. — Admite, Cat. Só tem a gente aqui.

Puxo e solto o máximo de ar que posso. Desisto.

— Também senti sua falta. Mas só um pouquinho assim — sou sarcástica e ganho respingos de água na cara por isso, e ainda consigo gargalhar.
Adora revira os olhos.

— Felina, você quer ser minha amiga de novo? — ela pergunta de uma vez.

Agora fico estática. Minha pupila deve ter aumentado umas 100 vezes, porque ela presta atenção demais e sorri. Devo ter um sorriso escondido também.

— Quero.

Adora fica corada e vira o rosto para terminar de lavar tudo. Foi mais fácil do que imaginávamos. Só precisava uma situação boa como... Bem, o dia de hoje.
Dessa vez sou eu que faço tudo, então ela me assiste, depois vai guardando as coisas, uma de cada vez, cantando todas as músicas que tocam. Ela sabe as letras de cabeça.

Não quero terminar tudo agora, porque talvez eu tenha que ir embora.

E ela está tão bonita, simplesmente sendo ela no estado mais normal e brincalhão possível.

Eu quero beija-la do jeito certo dessa vez. Quero isso há anos.

Guardo os pratos em um armário ao lado. Parece que terminamos tudo.

— Felina — ela me chama. Viro o corpo de volta. Adora me olha do jeito que eu sempre quis, a mesma expressão que tem quando está determinada e empolgada. — Pensando bem, eu não quero ser sua amiga.

Então ela me beija.

...

ADORA

É isso mesmo.

Minha nossa.

Eu nunca beijei ninguém antes, não assim. Aquela noite no halloween foi algo totalmente feito por impulso e desejo, mas hoje é diferente. Me sinto pronta, decidida, e Felina está bem comigo. Ambas queremos isso.

Porque parece tão certo agora.

No jantar, quando Felina fez uma piadinha boba, ela fechou os olhos de modo que ficaram bem puxados. Foi bem ali que eu tive certeza do que eu queria.

Bow e Glimmer vieram à minha cabeça, lembrei de tudo, um filme rápido na minha cabeça, até do modo como olho para Felina, sei tudo sobre ela, quero estar perto, abraçá-la, e tudo foi... Certo.

Eu tive certeza.

Absoluta.

Me preocupo tanto com ela, e quero saber mais de todos os anos que perdi distante. Preciso rir com ela de novo, ouvir música, conversar. Recuperar tudo.
Depois que me mudei de repente me sinto num limbo ou vácuo eterno, e tudo é temporário e exaustivo demais. Então quando ela volta pra mim as coisas param e ficam sólidas. Ela é a peça do quebra-cabeça que faltava e só agora percebi.

    Preciso dela comigo porque é a pessoa que mais confio, que eu conheço e sinto saudade.

    — Adora — ela abre os olhos. Está tão perplexa quanto eu. Espero dizer algo, mas ela fica parada e olhando para mim, com as pupilas agitadas. Penso até em dizer "desculpe", mas não me arrependo. Felina umedece mais os lábios. — Você tá com gosto de vinho.

Aí ela sorri.

Eu também.

E ela me beija de novo.

É a melhor sensação de todas.

Ela segura meu rosto como se eu fosse escapar, e eu não vou. Quero ficar aqui para sempre. É melhor do que eu esperava. E também tem gosto de vinho.

— Acho que eu tô sonhando — ela murmura ainda bem pertinho de mim.

— Fica mais um pouco, por favor — digo, e minha mão desliza direto para a cintura dela. Felina acompanha a trajetória. — Ainda tá cedo.

Felina pensa rápido, olha para mim, para a porta da sala.

— Tá bom.

...

AAAAAAAAAAAA OI GENTEEEEE

gostaram do capítulo? espero que sim!!!

esse é o meu favorito, como já falei varias vezes, e finalmente pude compartilhar com vocês. Espero que tenha valido a pena a espera, eu sei que muita gente tava se estressando por elas não ficarem juntas logo, mas as coisas são assim gente kkkkk CONFIEM EM MIM

relaxem que o próximo capítulo tá interligado com esse, então a cena vai continuar 👀

perfeitas sim ou claro?

dia 15 fez um mês que shera acabou, olha eu to tão sentimental poxa. Agora o nome do fandom é Warriors (pelo que vi no twitter ksksks). Aliás, continuem pedindo o FILME

muito obrigada pelos 8K! ❤️🥺

vejo vocês na sexta-feira rsrs

se cuidem! 💕💕

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