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FELINA
26 de novembro; Dia de Ação de Graças; 10h17min

— Então você vai passar o feriado em casa? Não quer vir pra cá? — Scorpia pergunta ao telefone.

— Tudo bem, eu aguento. Sempre foi assim — estou acostumada a ficar com a Sombria nesses feriados. Pelo menos ela me dá certa liberdade, um teto e comida. Tenho que ser grata a tudo isso pelo menos. — Quem sabe no ano que vem...

Scorpia fala da faculdade, se ambas formos e como vai ser. Vamos dar um jeito, eu sei disso. Não vou estar perto da Sombria, e se eu tiver dinheiro vou viajar e visitar Scorpia.

Tenho um plano montado na minha cabeça. Só preciso arranjar um emprego e então ser independente.

— Cadê a Sombria? Você tá sozinha?

— Sim, ela foi no supermercado para ver o que sobrou que dê pra fazer no jantar — digo enquanto caminho pela casa. É menos assustador sem ela por perto.

Scorpia fala sobre o jantar com a família e murmuro em resposta enquanto caminho livre por aqui (não há muito pra fazer). Ela é tão animada para as coisas. Assuntos de família pra mim não são grande coisa. Não tenho ligação e apego, então não sei o que é.

Bebo o restante do leite na caixa, arrumo o sofá velho e continuo. Se Scorpia tivesse um podcast os episódios teriam duas horas de duração para cada assunto. Mesmo assim continuo escutando. Ela já se tornou familiar na minha rotina, e se eu não conversar com ela meu dia fica vazio.

Checo a maçaneta da porta do escritório de Sombria. A porta está aberta, e então a voz de Scorpia some. Isso nunca aconteceu antes. Sombria deve ter esquecido de trancar...

— Eu posso falar com você mais tarde, Scorpia? Tenho que resolver uma coisa.

— Ah, tudo bem, sem problema — sua voz falha um pouco, mas ela entende. — Tchau.

— Tchau.

Guardo o celular no bolso e entro no escritório. Aqui é pequeno assim como todos os cômodos da casa, mas menos desorganizado. Sombria passa quase a noite toda aqui resolvendo seja lá o que for dos jogos e treinos.

Aqui é zona proibida. Já tentei entrar uma vez quando era pequena, chorei mesmo, e lembro de Sombria agarrar meu braço tão forte que deixou a marca por dois dias. Fui obrigada a usar camiseta comprida. Então não dei importância, esqueci que existia. Mesmo assim a curiosidade ficou.

— Agora vou saber seus segredinhos, Sombria...

Tem livros na estante que passo o olho rapidamente e não me interessam. O lance é a mesa. Está cheia de papéis em cima: horários, táticas de jogos, datas, contas a pagar... e algumas bem caras. Não sei porque ela gasta tanto dinheiro ou como sendo que o salário não é dos melhores.

Reviro as gavetas sem encontrar coisas importantes. Estou muito nervosa. Nunca fiz isso antes e na minha cabeça pareço uma criminosa. Tomo cuidado de deixar tudo onde estava. Se ela descobrir nem sei o que pode acontecer.
A última parte tem papéis mais velhos. Há uma pasta também, meio acabada, e leve.

São meus papéis de adoção. Há meus dados, os de Sombria, várias assinaturas e coisas que já sei, minha certidão de nascimento não registra os meus pais como ela disse uma vez... (o documento foi feito depois de eu ser abandonada).
Outro papel me chama atenção. "Incentivo Financeiro à Adoção de Crianças". Semicerro os olhos e leio o mais rápido que consigo para ter uma noção do que é. Deve ser mais importante.

Tiro fotos rapidamente e com nitidez. São só cinco folhas e muitas letras, e presto atenção nas assinaturas, uma delas de Sombria. Reconheço a letra dela até em outra língua.

Guardo a pasta, fecho o escritório e entro no meu quarto para ler os documentos.

— Puta merda...

O que Sombria fez comigo?

...

Ela chegou em casa, fez o almoço, comemos em silêncio. É... eu não sei o que dizer. Não consegui falar uma palavra, nem sentir gosto do peru ou da salada. Lavei meu prato e voltei direto para o quarto.

Não sei o que pensar.

Li o documento cinco vezes e ainda não absorvi isso.

Ela ganha dois salários mínimos só porque me sustenta. Por isso temos comida, gasolina, internet, mesmo o salário dela na escola sendo uma mixaria.
Porque eu fui adotada.

Tipo, isso ainda existe? Eu nem sabia que ainda era possível uma coisa dessas nesse século.

Os trechos "imposto de renda", "doze parcelas anuais", "apoio familiar" não saem da minha cabeça. Fico deitada na cama olhando o celular e com a visão embaçada. Parece que a minha vida perdeu o sentido, como se eu já não tivesse identidade.

Não quero saber do passado da Sombria. O que interessa é que ela estava tão afundada em dívidas que foi pelo meio mais "fácil" de ter dinheiro todo mês por dezoito anos. Tudo começa a fazer sentido. Ela nunca me amou. Ela me maltrata, briga comigo, me forca, faz esses joguinhos, e eu obedeço porque não tenho para onde ir.

E eu pensando que era culpa minha.

Ainda pode ser.

Eu mereço isso? Talvez.

Deus, será que um dia alguém vai me amar de verdade pelo que eu sou? Alguém que vai me entender? Que não vai me maltratar dia e noite?

Preciso sumir.

Meu calendário mostra o quão longe ainda falta para eu poder ir embora. Não sei se vou aguentar tanto tempo até lá. Teria sido melhor não saber disso, mais fácil de suportar.

E eu ainda pensei que ela se importava comigo lá no fundo. Talvez ela tenha compaixão por mim, mas não mostra. Mas de que isso importaria? A intenção nunca foi o amor, ou foi? É tudo baseado no interesse.

Saio do quarto involuntariamente. Já não mando nas minhas pernas. Procuro Sombria até achá-la na sala de estar. Não consigo confrontá-la agora e aqui quando minha mente mal trabalha.

— Vou dar uma volta — digo pegando o casaco e a bola de basquete.

— E o jantar mais tarde? — ela fala sem desviar os olhos da televisão.

— Não sei... a Scorpia me chamou pra casa dela, mas não sei se vou. Te aviso se não aparecer — minto. Não sei se quero aparecer na casa de Scorpia com essa cara. E aqui o jantar não é tão importante. Pra que fingir ter gratidão um dia no ano? — Aí pode comer tudo ou guardar as sobras, sei lá.

— Certo...

Ela não se importa.

...

ADORA
26 de novembro; Dia de Ação de Graças

O trânsito na estrada foi insuportável. Pelo menos passei o tempo todo ouvindo os CDs do Harry Styles e pensando em Felina. Quase um mês passou e ainda não sai da minha cabeça como as coisas podem estar uma bagunça na vida dela. E agora eu me importo mais do que nunca.

Todos os dias penso nisso, se ela está bem, se algo aconteceu, se ela está treinando bem, se anda triste ou feliz.

(Não tenho coragem de mandar mensagem ou ligar). Coube a Kyle me contar o que ele achava que acontecia. Felina andava estressada ou triste nos treinos, não falava muito, mas liderava bem. Discutia bastante, olhava Sombria com raiva, mas pelo menos tinha a companhia de Entrapta e Scorpia.

Enfim, é feriado e estou entediada. Depois do almoço Mara disse para eu sair um pouco e aproveitar a quadra de basquete vazia esses dias, e para levar um casaco e gorro caso nevasse.

— Não vai nevar agora no fim de novembro! — falei. Mesmo assim estou usando um gorro, casaco e botas.

— É o que vamos ver.

Vou caminhando mesmo. O último mês foi uma correria enorme. Depois de quase desmaiar na quadra consegui descansar e manter as matérias em dia com a ajuda de Boa e Glimmer. A cada dia que passa tenho certeza de que ambos são amigos verdadeiros. Nunca estive mais disposta.

Neve começa a cair do nada. É pouca, mas faz cócegas e eu detesto. Estou praticamente na praça quando vai aumentando, ou seja, vai ser impossível jogar hoje. Mara estava certa.

Mesmo assim é bonita.

Quero dar meia volta, mas ouço uma bola quicando e o sim de tênis arrastando pelo chão. Dou alguns passos para o lado a fim de enxergar melhor.

Felina está ali treinando. Será que ela vai falar comigo se eu puxar assunto? Ainda estamos estranhas desde aquele dia.

Bow e Glimmer também aparecem na minha mente falando "você gosta dela!", e nem eu sei mais disso. Por um tempo esqueci do assunto. Ver ela aqui parece até nosso ponto de encontro toda vez, e depois de dias e dias. Torna tudo mais único, acho.

A impressão que tenho é de estar me afastando aos pouquinhos.

Aí ignoro essa força. Caminho direto até ela. A curiosidade é maior, meus instintos dizem para eu falar com ela, ouvir a voz dela, vê-la se movimentando pela quadra... preciso disso, a distração do cotidiano de Bright Moon e uma lembrança viva do que eu era há cinco meses.

— Hey! — digo alto e do lado de fora da quadra. A neve ainda está caindo. Felina olha para mim e pisca como se eu usasse uma máscara de cavalo. — Oi.

— Oi, Adora.

Sua voz está distante. Não tenho certeza se está brava ou só distraída.

— Tá aqui faz tempo? — pergunto. Felina percebe a neve e logo busca o casaco e a bola.

— Não muito. Precisava esquecer umas coisas — ela olha para mim nos olhos e não consigo desviar. Felina caminha até mim. Acho que é um sinal para caminharmos juntas. — Por mais que eu odeie o basquete às vezes não consigo largar.

— Entendo — falo sorrindo um pouco. Já estamos com o passo sincronizado. — Como está?

— Não muito bem.

Aquilo me atinge no peito.

— Sinto muito.

— Não é culpa sua.

Não sei para onde estamos indo, ao menos não é minha casa ou a dela. Só precisamos matar o tempo. Deixar o território calmo.

— Desculpa pelo que eu fiz no banheiro no halloween — eu falo quando temos um momento de silêncio. Observo nossos pés pisando no chão semi-congelado. — Pareceu que eu estava te forçando e eu nem sei o que acontece contigo...

— Adora, isso já passou — ela diz com um risinho. — Relaxa. Até esqueci disso. Tem coisas mais importantes do que uma choradeira no banheiro e todo o resto.

Não pareceu engraçado ou sarcástico. Ela disse com dor na voz, eu senti isso. Felina nem me encara enquanto fala. Parece perdida demais em pensamentos.

— Vai jantar com a Sombria? — pergunto cautelosa. Ela dá de ombros.

— As coisas andam complicadas.

— Ah, eu entendo... — droga, não sei o que dizer.

Felina para de caminhar um instante. Fico dois pés de distância dela na calçada. Ela olha pra mim com raiva e graça ao mesmo tempo. Meu corpo fica rígido. Acho que estou com medo dela escapar como antes, anos atrás.

Esse tempo todo senti falta dela e não fiz nada. Agora estou perdendo-a de vez, não sei o que está acontecendo, não sei o que fazer para consegui-la de volta. Eu só estrago tudo.

— Não entende, não, Adora — ela fala lentamente com tristeza. Quero interromper e dizer para irmos até a minha casa por conta da neve, porém Felina continua, com mais dor do que eu imaginava. — Você acha que seus problemas são ruins como os meus?

— Não tô comparando nada. Eu só quero ajudar.

— Não interessa! Você passou anos afastada de mim e agora quer se aproximar? — ela fala mais alto. Engulo seco. — Você mora na porra de uma casa boa, estuda na melhor escola do estado, é uma jogadora incrível e é super linda. Que tipo de problemas tem?

Mordo minha língua. Espero meu rosto não estar vermelho demais. Felina fala rápido e perde o fôlego. Absorvo a sentença por uns segundos.

Permanecemos distantes. Ela está com raiva e tão triste. Eu também estou cansada, acabada por dentro.

— Não sei se tô pronta pra falar disso, mas só quis dizer que não está sozinha nessa — digo por fim. — A gente fez besteira de se afastar. Talvez as coisas não estariam tão feias agora, né? Quero reconciliar tudo agora. É o que importa pra mim.

Felina bufa e não diz mais nada. Sinto que vai me dar um soco ou atirar a bola na minha cabeça, mas ela limpa a neve do cabelo e põe as mãos nos bolsos.

— Beleza, Adora. Isso pode funcionar, por enquanto, mas só se não ficar com pena de mim. É deprimente.

— Cat, eu quero ajudar...

— Chega de falar disso. Eu já entendi — ela chega pertinho de mim. Ouço até sua respiração. Felina é tão enrolada que não sabe como se expressar, o que é até engraçado. — Não vai me chamar pra jantar?

Eu sorrio. Ela tenta esconder também, mas eu vejo. Felina vira o corpo e atravessa a rua.

— Minha casa fica pra lá — aponto para a esquerda. Ela dispensa com a mão.

— Eu sei. Vamos pelo caminho mais longo!

Então sorrio de novo e alcanço-a.

...

oi, gente! como vocês estão? espero que tudo bem ✨❤️

eu quaaaase esqueci de postar porque é aniversário de um amigo meu e a gente tava conversando (eu chorando um pouco por causa da distância (corona fdp do carambaaaaaaaa)).

lembram quando eu tava viciada em avatar? então gente, eu já terminei de novo e agora to triste por causa disso kkkkk assisti duas temporadas em dois dias meu deus do céu

eu amo tanto esse capítulo aaaaaa vocês gostaram?

o próximo vai ser tipo TUDO sério mesmo gente, quero ver todo mundo surtando aqui ein

sombria fdp kkkkkk vocês entenderam o que aconteceu? se não eu esclareci melhor nos próximos ou eu posso explicar pelos comentários

enfim acho que é isso por hoje. vejo vocês na quarta-feira 💕 se cuidem!!

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