Capítulo 18
Mais tarde o casarão continuava vazio.
– E Zeros?
– Deve estar descansando, o turno da noite vai até depois do amanhecer.
– Okay. – Ela se esticou sentada na cadeira do café/almoço.
Eles estavam comendo uma refeição de ovos mexidos, fatias de pão que paressem mais torradas, sopa e acompanhamentos que quase enchem toda mesa.
– Isso não tem gosto dos ovos do meu mundo! – Hanna franziu a testa – Não é ruim, mas não parece ovo.
– Não precisa comer se não quiser, pode comer só as frutas – Veres empurrou a tigela cheia das sua fruta favorita.
– Não posso viver só dessas frutas – Ela sorriu – Como eu disse, não é ruim.
– Coma o que quiser então.
Ela encarou ele, seu rosto estava baixo, se tivesse orelhas maiores elas provavelmente estariam baixas também.
– Veres? Aconteceu alguma coisa?
– Nada.
– Nada?
– Nada.
– Pois eu acho que tem algo sim.
– Não tem. – ele encarou ela.
– Tem. – Ela encarou de volta.
– Eu te machuquei? – Ele desviou o olhar encarando o chão.
– Ah, machucou, mas eu gostei.
– Desculpa, não era minha intenção. – Ele se encolheu na cadeira.
Hanna levantou levando seu prato, caminhou envolta da mesa, se sentou ao lado dele. Veres estava com vergonha, o grande Nefellim, com presas, garras e chifres não conseguia olhar nos olhos dela.
A ideia de machucar Hanna, ele estava se odiando por sentir ter exagerado com ela, no auto de seus desejos como pôde ignorar que ela era só uma humana frágil que não poderia fazer muito contra ele, quão horrível ele tinha sido depois dela permitir que ele– a mão de Hanna desceu com força, num tapa na coxa do Nefellim ao seu lado.
– Então gostoso, não adianta ficar se culpando depois de ter me macetado delicinha a noite. – Ela estava segurando a gargalhada enquanto mordia o lábio o olhando de cima a baixo. – E aí? Vou ter que fazer isso todas vezes? – Sua mão foi para a bunda dele e depois de um aperto ela agarrou no rabo.
– HANNA. – Veres segurou os pulsos dela virando a cara com vergonha.
– Aquele dia no jatinho você não estava com tanta vergonha assim. – Ela disse rindo.
– Tesão move muitas pessoas, pare de me assediar!
– Somos companheiros, não somos?! É minha obrigação fazer isso! – Ela estava tentando se jogar para cima dele.
Veres reagiu mais rápido puxando ela para seus braços, ele a prendeu entre as pernas e com um dos braços.
– Companheiros, sim. – Ele enfiou um pedaço de fruta na sua boca.
Ela comeu rindo, seu coração iluminado pelo prazer daquela situação. Seus olhos estavam brilhando, encostada no peito quente e macio dele, não tinha nenhum desconforto de sentir o rabo dele se enrolando em seu corpo. Isso era carinho, cumplicidade que em pouco tempo já tinham formado.
– Sinto que aos poucos estou conseguindo te conhecer cada vez melhor. E você é tão fofo, Veres. – Ela estava aceitando cada parte dos mimos de ser alimentada novamente.
– Vou considerar isso um elogio. – Ele disse se recuperando da vergonha da manhã voltando a expressão meio mal humorada.
– Claro que é um elogio. – Hanna se encostou mais contra ele relaxando. – Isso é tão bom, faz tempo que eu não me sinto assim.
– Assim como? – Ele pegou um pedaço de bolo para dar para ela.
– Não sei dizer, é como estar... Em paz. Confortável. Estar com você, me faz relaxar, esse lugar sem muita gente, o banheiro principalmente – Ela riu.
– Mesmo sem o T-24?
– Mesmo sem ele. – Ela fechou os olhos respirando fundo. – É como se eu fosse alguém diferente.
– Como você poderia ser alguém diferente, você é a Hanna. – O rabo dele estava subindo e descendo por seu quadril e pernas.
– É uma expressão para dizer que eu me sinto diferente por dentro. Quem eu sou, como se de repete fizesse sentido real ser alguém.
– Então eu também sou alguém diferente, desde que você chegou.
– Isso é fofo. Vamos voltar para a cama depois?
– Você já está satisfeita?
– De comer sim, do seu carinho não.
Veres riu.
– Ei! Tá rindo por que? Eu estou cansada, você me deixou com as pernas tremendo.
– Só estou achando fofo sua manha, eu gosto.
– Que nojinho, estamos agindo como recém casados de filme.
– O que isso quer dizer?
– Uma noite quente, uma cama enorme, café da manhã tarde porque ficamos de preguiça na cama, agora vamos voltar para lá. Boiolisse. Só faltou ter sido a primeira vez de alguém.
– ... Foi a minha primeira vez.
– Foi?! – Hanna encarou ele – Você era virgem? Ficou com receio por isso?
– Talvez, isso é um problema?
– Não, como sabia fazer tudo?
– Zeros já me contou sobre as experiências dele, então eu sabia.
– E como foi?
– Muito bom. Agora vou tirar a mesa, te encontro lá encima depois de checar quem está de vigia agora. – Ele levantou levando ela até a escada.
Hanna riu, tinha sido deixada com cuidado na base da escada, em seguida ele andou com pressa de volta a sala de jantar claramente coberto de vergonha. Iria guardar para provocar ele assim que voltasse para cama.
Agora também tinha esse fato registrado em sua mente, Zeros tem experiência, iguais, mas tão diferentes. Da para supor então que as coisas também podem ser diferentes na cama entre eles. Ela se lembrou daquela noite, Veres tinha ficado entre suas pernas, mas Zeros ficou apenas por trás, os dois não tinham feito quase nada na realidade além dos beijos quentes.
De repente ela estava ansiosa, queria ver Zeros também, mas não sabia em que quarto ele estaria descansando.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro