Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Fuga

– Você está bem querida?
– Apenas um pouco cansada.
– Você deveria dormir mais sabe? – A fala da morena para a amiga foi interrompida pelo som do celular tocando – Alô? Sim sou eu, claro, daqui a meia hora? Certo, me encontre perto do estacionamento. Meu anjo preciso ir resolver algumas coisas se cuide.
– Claro, até depois.

 A garota de cabelos platinados apenas sorriu falsamente e deu um “tchauzinho” logo fechando a cara e se jogando de costas na cama bagunçada. Decidiu então que precisava relaxar, abriu os armários, pegou uma bolsa preta de couro, colocou alguns maços de cigarro, celular e fone de ouvido, um batom vermelho e seus calmantes, calçou seus velhos all stars, vestiu uma jaqueta e foi saindo de casa, entretanto foi barrada por seu pai que a olhava com desgosto:

– Aonde você acha que vai?
– Sair, já ouviu falar?
– Você não vai sair daqui.
– Ah não? Tudo bem.

 A garota deu um empurrão no homem e saiu correndo, jogou a bolsa por cima do muro da casa e o pulou, pegou suas coisas e correu como nunca havia feito, pode ouvir os berros do homem que era obrigada a chamar de pai, porém não ligou e continuou correndo até uma parte mais afastada da pacata cidade em que vivia.

  Correu como nunca havia feito antes e quando percebeu já estar afastada o bastante da cidade foi diminuindo a velocidade de seus passos e começou a caminhar com calma e normalizando a respiração.

  Sorriu ao ver as grandes árvores e rochas, se sentou perto da beirada onde só havia grandes rochas geladas por conta da maresia e bitucas de cigarro espalhadas pelo chão, tirou um dos maços da bolsa e acendendo um cigarro para acalmar sua raiva, inspirou a droga cheia de nicotina e sorriu soltando a fumaça acinzentada pelo ar vendo-a sumir por causa do vento.

  Respirou sentindo o ar limpo, aquele lugar era o único de Greenday que ainda era possível de se sentir ar puro sem que o cheiro de nicotina, gasolina, tintura, óleo, borracha queimada e enxofre viessem juntos. Terminou seu cigarro jogando mais uma bituca no chão. Olhou seu colar e sentiu a paz esvaziando-se de seu corpo rapidamente, arrancou o objeto do pescoço o jogando na grande extensão de águas azuis vendo-o afundar.

  Daise havia lhe dado aquele objeto, que antes era tão precioso, antes da mesma começar a namorar, agora a morena mal havia tempo para si pois estava sempre com Cotton. Às vezes sentia uma grande vontade de contar ao namorado de sua amiga que ela já havia ficado com a mesma várias vezes, até mesmo enquanto ela namorava o garoto.  Então recolheu suas coisas e saiu andando, já tinha um lugar para onde iria.

  Foi andando até sentir o cheiro típico de óleo, tintura e borracha, sorriu, a oficina de Benny era praticamente sua segunda casa, isso se não fosse a primeira, deu um chute na porta entrando e vendo o melhor amigo bater a cabeça e gritar:

– PORRA! CARA QUANTAS VEZES EU JÁ FALEI PRA VOCÊ NÃO ENTRAR ASSIM?
– Acho que umas 23 e com essa 24, mas não sei porque você continua dizendo se sabe que eu vou entrar assim todas às vezes.
– Realmente, nem sei porque ainda perco meu tempo – Bufou – Enfim, o que você quer agora praga?
– Eu preciso daquilo.
– Ah não! Nem vem! Eu não quero ir! – Choramingou o garoto de cabelos coloridos.
– E eu lá perguntei se você quer alguma coisa? Se arruma e vamo' logo! – Falou a menina de cabelos prateados pegando as chaves do carro.

  Benny saiu de baixo do carro e sorriu, retirou as luvas cheias de graxa e trocou a camiseta manchada por uma limpa, pegou uma jaqueta, a carteira e os dois saíram dali. Star pulou pelo capo do carro entrando e apoiando o braço na janela aberta enquanto acendia um cigarro, Benny entrou e a menina lhe estendeu o maço com cigarros, o garoto aceitou e deu partida no carro.

  Os dois foram até a casa da menina, ela então entrou e pegou uma mochila com roupas, pertences pessoais e comida, porém quando estava saindo seu pai agarrou seu pulso:

– Aonde você pensa que esta indo?
– Sair com meu irmão.
– Aquele garoto não é seu irmão!
– Cala a boca! – Então a menina empurrou o homem para trás e correu até o carro pulando dentro do mesmo, o melhor amigo deu partida e então ela mostrou o dedo do meio e gritou – VAI SE FODER SEU VELHO!

  Assim que estavam longe o possível para não serem alcançados, os dois começaram a rir enquanto fumavam seus cigarros e viam as pessoas do subúrbio em que moravam saírem de suas casas para reclamar, mas tudo que faziam era jogar bitucas e caixas de cigarros nos mesmos enquanto riam.

  Logo que saíram daquela parte da cidade e foram andando até a parte mais afastada onde residiam diversos animais selvagens e as pessoas de Greenday não habitavam, saíram do carro e foram caminhando floresta adentro até que avistaram uma pequena casa na árvore e um balanço gasto feito de pneu.

  Sorriram e juntos gritaram alto, ninguém poderia os ouvir apenas os animais e a natureza que havia em volta, deram risada e subiram para a pequena casa. Haviam duas camas de solteiro improvisadas, cobertas, travesseiros, armários, uma pequena churrasqueira.

  Enquanto Star arrumava a pequena casa, Benny foi pegar o restante das coisas como o carvão que sempre mantinha no carro, a caixa de isopor com bebidas e energéticos fora o resto da comida que os dois haviam trazido.

Assim que o garoto subiu com as coisas, a menina ajudou a guardar e arrumar todas as coisas em seu devido lugar. Logo que acabaram sentaram no chão e começaram a conversar coisas aleatórias do dia a dia dos dois, pegaram também duas garrafinhas de bebida para começar e um saco de salgadinhos.

– Caralho mano, meu pai é um embuste da porra, puta que pariu – A menina se pronunciou enquanto dava um gole na bebida gelada.
– Concordo – Benny disse rindo – Minha mãe é igual, eu não posso falar nada.
– Nunca vi tua mãe.
– Sério?
– Sim.
– Ainda bem né, imagina você conhecer aquela vagabunda do caralho, sério, eu tenho vergonha de ser filho daquela mulher.
– Faço das suas palavras as minhas.
– Um brinde a nós, os adolescentes com os pais mais fodidos de Greenday – E então bateram levemente as garrafas como se estivessem fazendo um brinde pelo melhor motivo do mundo – A gente é foda.
– É eu sei – E então mais uma golada – Benny, e aquele garoto com quem tu tava’ ficando?
– O Noah? Ah, ele ta’ bem – Um sorriso singelo apareceu fazendo as maçãs do rosto do garoto se realçarem – Nós havíamos marcado um encontro, mas acho que a avó dele não deixou.
– Mas que mulherzinha chata do caralho em? Por que você não trás ele pra cá?
– O QUÊ? – Se engasgou – Acho que não daria certo.
– Por quê? Qualquer coisa a gente foge os três, eu viro prostituta de luxo, você vira mecânico e o Noah cozinheiro, não tem como dar errado.
– Você ouviu o que acabou de dizer? – Levantou uma sobrancelha – Alô Star, nós temos dezessete anos! A gente nunca vai sobreviver assim, você sabe né?
– Benny, cala a porra da boca e só se deixa levar uma vez na sua vida, se nós não morrermos por suicídio, vai ser por cirrose ou câncer de pulmão, então aproveita e se diverte você só vive uma vez.

  Então os dois ficaram em silêncio bebendo e dando risada por algum barulho que vinha de fora, ligaram para Noah dizendo onde estavam e pedindo para o garoto ir ao encontro deles e trazer roupas, talvez aquela fosse a ultima vez que eles ficariam naquela cidade.

  Assim que o outro garoto chegou Benny sorriu, se levantou e abraçou o menino de madeixas ruivas e olhos cor de mel, trocaram um selinho rápido e se sentaram pegando coisas para comer. Conforme conversavam e comiam, o tempo ia passando e o sol dava lugar à lua, o céu que antes era rosa alaranjado agora era um forte tom de azul e roxo com vários pontinhos brancos cintilantes e uma grande bola reluzente, deixando tudo ainda mais belo e natural.

  Foram se deitar, amanhã de manhã estariam partindo de Greenday para sempre e começando uma nova vida. Longe do subúrbio.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro

Tags: