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Capítulo V

A tarde conseguiu esquentar depois de todo aquele clima frio. Todos pareciam ter esquecido o que tinham acontecido alguns momentos atrás, a comida fez aquecer nossos estômagos vazios. Mas a dor de cabeça ainda estava presente ali, por mais que tomasse um remédio após o outro ela não me deixava.

Ver meu pai interagindo com outras pessoas além de mim, me deixa extremamente contente e alegre. Gosto da ideia dele ter amigos, por mais que a diferença de idade seja de 3 décadas... Isaac não parava de me lançar olhares e isso não incomodava tanto quanto os de Mary, ela poderia, sei lá, avisá-lo que estou quebrada e sem conserto, mas ela está ali incentivando um possível desastre.

- Então... Aurora, quando pretende voltar para a faculdade? - perguntou Isaac.

- Em breve... Espero - Não, não desejo voltar nem tão cedo, quero esperar todos esquecerem o ocorrido, esperar toda a poeira baixar. No caso... Toda a fofoca cessar.

- Mas porquê o interesse repentino, Isaac? - disparou Mary.

- Nenhum, apenas fiz uma pergunta que qualquer um aqui poderia fazer - e, aliás, eu estou no grupo de pesquisa dela. Então não force a barra.

- Não estou forçando nenhuma barra, porquê? Você acha que tenha alguma?

- Menos Mary, se continuar nesse caminho, vai virar uma amiga insuportável de se lidar. Digo isso por experiência própria! - ele a olhou nos olhos, como um recado.

Ela fez uma careta para ele, certamente não gostou, mas eu gostei, não sei o que está havendo com ela por estar agindo dessa maneira.

- Bom, já que acabamos de comer, quem vai lavar a louça? - perguntou Elena, certamente jogando indireta para alguém a pegar.

- Não se preocupe, eu lavo - digo.

- Nada disso, fizemos a bagunça, nós a arrumamos - falou Kristen.

- É sério, não há problemas, fico feliz em ser útil para algo.

- Não diga isso, minha querida, você é sempre útil. Podem deixar que eu e Aurora arrumamos tudo - falou meu pai.

Todos concordaram, me ajudaram levando os seus pratos para a pia. Me despedi de cada uma, e de Isaac.

- É... Posso ajudar com a louça se quiser.

- Não precisa Isaac, obrigada. E desculpa por ser um tanto... Rude, hoje cedo. Não estou tão familiarizada com tantas pessoas em minha casa.

- Eu te entendo, chega a ser bem estressante. Se serve de consolo, eu pulo a janela quando vejo que chegou visita em casa - dei uma risadinha, fiquei imaginando essa cena. Isaac também riu.

- Até mais Isaac...

- Até Aurora.


Meu pai está terminando de lavar a louça e eu a secando. O clima está agradável, mas sei que ele está pensando sobre o que houve hoje a tarde.

- Filha... Não acha... Que deveria pedir desculpas a sua mãe? - ele secou as mãos no pano de prato e se encostou na pia.

- Logo você pai? Sim, devo desculpas... A você, não a ela. Não me arrependo de nada do que eu disse, me arrependo de te aborrecer e não ao contrário.

- Sua mãe... Pode ser uma pessoa difícil de se lidar, mas tem um bom coração.

- Duvido, se tivesse um bom coração, certamente não abandonaria a família por algumas centenas de dólares. Dinheiro pode comprar tudo, menos o amor, a compaixão, a piedade e o mais importante, a família.

- Filha...

- Não pai, já tomei minha decisão, desculpas eu só vou aceitar da parte dela e olhe lá ainda.

Joguei o pano de prato em cima do balcão e subi correndo para o meu quarto, meu refúgio.



Já se passaram algumas semanas, as meninas não vieram desde então. Algumas delas ainda mantém contato mas nada muito sólido, Isaac me manda mensagens todos os dias perguntando se estou bem e quando irei voltar.

Ouço o toque do meu celular e vou conferir o que é.

"Está disponível hoje? Precisamos fazer o trabalho. É para entregar na sexta!" - Isaac.

Tinha me esquecido totalmente desse trabalho, mas não vou a dias na aula, será que os professores se importam de não entregar? Nem devem mais se lembrar de mim, sempre fui uma mera sombra naquela Universidade.

"?" - Isaac.

Começo a digitar uma "ok" ou um "tudo bem", mas acabo desistindo.

Esses pensamentos em minha cabeça está começando a me deixar louca. Não estou aguentando mais. Pego o meu celular novamente e abro na conversa com a Dr. Hale.

"Posso ir ao seu consultório hoje?"

" Claro, 14:30?"

"OK!"

Jogo o celular para o lado da cama, colocando os meus braços sob o rosto. Talvez uma visita a minha psicóloga me ajude. Talvez posso me prescrever algum remédio para aliviar tudo isso.



No caminho para o consultório vejo Isaac caminhando para a mesma direção.

- Quer uma carona? - pergunto, ele para e me olha colocando as mãos no bolso.

- Mas nem sabe para onde vou - ele fez uma cara de cinismo, reviro meus olhos.

- Não perguntei para onde vai, perguntei se quer carona. O caminho você me indicava depois - dei um sorrisinho.

- Então vou aceitar a carona e lá sabe onde vou ser levado, talvez para a minha morte, por acaso é uma psicopata? - dei uma risadinha do seu comentário.

- Talvez eu seja - estreitei os olhos e esfaqueei ele com uma faca imaginaria, ele riu e me atacou de volta.

Liguei o carro e saí.

- Para onde vai? - perguntei.

- Em nenhum lugar, apenas estava andando atoa.

- Então por quê aceitou a carona?

- Melhor que andar à toa a pé é andar à toa de carro - ele sorriu e eu sorri junto.


- Mas eu te pergunto, por que não responde minhas mensagens?

- É... que... Me desculpa. Apenas não sabia o que dizer...

- Era apenas confirmar se estaria disponível ou não. Não era tão difícil...

- Para mim era... - olho atentamente para o trânsito.

- Por quê?

- Você não entenderia... - hesito por um estante.

- Como vou entender se você não me diz o que é?

- É difícil - é muito difícil para mim se abrir com qualquer pessoa.

- Também é difícil para mim tentar te ajudar se não me diz nada.

- Eu não quero ajuda! Só me deixa, está bem?

Ele virou o rosto e ficou observando as pessoas do lado de fora. Não demorei para chegar no consultório da Dr. Saio do carro e ele saí junto e observa a fachada do consultório.

- Se não quer ajuda, por quê se dá o trabalho de ir em uma psicóloga? Olha, não tenho nada com a sua vida, de fato, mas um conselho, pare de afastar as pessoas de você!

Ele saiu andando sem rumo, me deixando ali na calçada o olhando. Tento dispensar tudo o que ele me disse e entrar no consultório.

- Olá Aurora! Faz tempo que não a vejo mais aqui - falou a secretária, Wanda. Apenas sorrio para ela - Vou avisar Hope que já chegou.

- Obrigada.

Me sento à janela e fico observando as pessoas do lado de fora passando, e fico pensando em tudo que Isaac me falou. Preciso parar de afastar todos, isso só me afunda ainda mais, mas o medo de me relacionar com as pessoas e me decepcionar é tão grande que me faz as afastar. Meu último relacionamento acabou comigo, talvez seja por isso que não gosto de saber sobre amor e amizade.

Mas e se dessa vez for diferente? O pouco tempo que passei com as meninas e com Isaac me fez sentir que parte de um buraco que havia dentro de mim fosse preenchido. Talvez, talvez esteja na hora de me abrir novamente, prefiro viver algo intensamente e morrer satisfeita que viver em terrível perdição e morrer infeliz.

Não, não estou bem o suficiente, não, eu não me encontrei, ainda estou perdida, mas irei tentar me encontrar.

- Ela já vai te atender.

- Fala com ela que não vou me consultar hoje, peça para remarcar - me levantei e saí porta a fora sem olhar para trás.

Entrei em meu carro e saí na direção em que Isaac tinha traçado na esperança de o encontrar. Ligo a rádio e está tocando " The Monster".



Depois de rodar alguns quarteirões chego a praia, não está muito cheia, talvez por ser meio de semana. Consigo ver Isaac na calçada e paro o meu carro imediatamente e descendo o mais rápido que posso.

- Isaac! - o grito, ele se vira procurando a voz que o chamou e me encontra.

- O que faz aqui? E a sua consulta?

- Pensei bem e decidi não afastar as pessoas de mim. Será que consigo um amigo? - sorrio para ele, um sorriso sem graça.

- Claro, quando precisar...

- Podemos sentar na areia? - aponto para o mar.

- O que está esperando? Vamos lá! Quer apostar corrida?

- Não sei não, acho que não é uma boa ideia, não estou afim de correr...

- O último que chegar paga um Subway - ele não me deu ouvidos e saiu correndo, o vê correndo me anima e logo vou atrás dele. Parecemos duas crianças brincando e essa sensação é gostosa.

Depois de uma corrida até a beira do mar minhas pernas não estão aguentando mais. Correr na areia é cansativo, seus pés vai afundando e você vai perdendo o ritmo, tropecei umas duas vezes nessa corrida, mas estou rindo de perder o fôlego.

Me sento para tentar recuperá-lo e Isaac senta logo em seguida.

- Como eu cheguei primeiro, você me deve o lanche - ele falou.

- Não é justo, você saiu correndo antes de eu correr.

- Pode me pagando, tô começando a achar que é caloteira - ele estreitou os olhos cutucando minha costela, isso me fez dar um pulinho.

- É claro que vou pagar, só não achei justo, trapaceiro...

- Caloteira - ele retrucou rindo.

- Sabe, trocando de assunto. O mar é surpreendentemente lindo, e passa uma sensação tão boa... Se eu ainda tivesse aquela vontade de pintar, pintaria esse momento.

- Você pinta?

- Pintava, mas acabei perdendo prazer nisso...

- Já tentou pintar novamente?

- Não consigo olhar para as telas e as latas de tinta. Não sei o que houve comigo...

- Eu entendo, mas se quiser conversar sobre.

- Não, talvez um dia... Como disse W. Shakespeare: "Não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito".

Ele sorriu para mim e respeitou minha vontade. Passamos a tarde ali conversando e sentindo a brisa do mar em nossos rostos até o por do sol que certamente foi maravilhoso, talvez um dia eu pinte esse dia, por isso a guardarei em minha memória.

Sinto que a partir de hoje, começarei algo em minha vida que irá desencadear momentos novos, memorias que ficarão marcadas, talvez eu não sobreviva, mas tentarei aproveitar a minha pequena esperança que surgiu em meu peito.

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