Teu Verd'Água
Não sabia que
eu podia me molhar sem de fato
tocar sequer o meu pé na água.
Não sabia que
eu podia me sentir bem submerso
num mundo em que só estivesse: nós.
Foi como o céu pré-tempestade-devastadora,
foi como o mar prestes a explodir
em espuma e água, de um
lado para outro.
Que fiquem brancos os nós
das minhas mãos,
que se apertem mais as cordas ou
se afrouxem, percam-se de uma vez!
Caí ao mar. Homem ao mar.
Revoltoso mar.
Sacoleja de lá pra cá,
comprime o peito e
invade.
A alma.
Invade tudo.
E tudo porque vi teus olhos,
Olhos verde de água,
contendo toda a água
que um dia ansiei beber.
Me
A f o G a R.
Verde tempestuoso amarronzado,
agitado.
Num único olhar
cheio de silêncios
e nunca repletos
do nada.
Me perdi, me encontrei.
Mergulhei na tua alma
sem mapa de tesouro e
sem saber nadar.
Sou náufrago
nas palmas das tuas mãos.
Só teu e
de ninguém mais.
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