Ilhados
Tem um mar de chuva lá fora.
Não para de despencar,
ensopar, encharcar.
Gente sentada nas escadas,
cada um vivendo o próprio
mundo.
Ninguém encara o mar.
Inconveniente mar.
A água invade todos os cantos,
invade meus ombros,
meus pés.
Ela mantém o constante som.
Som de água no chão.
Som de chuva no chão.
Nas árvores,
no banco de pedra.
No cascalho do jardim.
Nenhum ilhado repara,
na orquestra sem fim.
~*~*~
Quando fiquei presa
na biblioteca, meio encharcada.
07/12/17
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