Há dias em que o futuro
é indeciso, embaçado.
Como se fosse um
cruzamento embaraçado,
não planejado.

Não é certeza que
depois de fechados os olhos,
o sol levante mais uma vez.
Pode ser que aquele seja
o último descansar
de pálpebras.

Também não é certo que
a própria vida saiba,
com antecedência,
dos próximos anos.
Às vezes, de propósito,
ela escolhe aquela direção
não planejada.

Ele apoia-se cegamente numa certeza não-certeza de que está com
o controle nas mãos.
Dia após dia, vive-se o engano
como se verdade o fosse.

Sinto te dizer,
o controle um não é teu e nem meu:
somos coadjuvantes de um jogo
que só tem uma vida só.

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16/08/2017