3. A Imersão
Bem à superfície, o respirar com perfeição,
Boias resgatam a quem não se jogou
Corpos entregues, nenhuma chama, um vazio
À velas, os nós, veemente, atados ao segredo esquecido.
Dia predestinado desponta oco,
Desumana conveniência do vívido e fiel seguidor
Turbilhão isolado, incomunicável,
Artefato precioso, incontestável pacto.
Rios derramados subsistem insuficientes à derradeira insatisfação.
Um balão amanhece em seu lugar,
Uma corriqueira indicação do porvir:
Advento mensageiro da escuridão,
Em meu horizonte, aprazível nevoeiro
Mavioso parceiro da dança mortal.
Intempestivo, consumida por um intrínseco desatino!
Intelecção conjectura de um a três em mil
Sagacidade mera presunção de lucidez, que ideia vil!
Qual é o seu preço, torpe pensamento?
Oh, como ambicionam converter a natureza desse meu ser odioso!
Observem a doce e abominável soberba, hipócritas!
Bonecas ou pássaros, em seu atrevimento, apressem-se a me libertar,
Dispam-me, emancipem-me, desse mar a afogar.
Anjo em todo o caso, levianamente, culpado,
Apaixonado por toda e qualquer dissabor de descabido infortúnio,
Mentira infame!
Produto reservado ao entorpecido espírito,
Tagarela e ingênuo coração submerso.
https://youtu.be/jq30l5-vBbo
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Olha só quem está aqui de novo!
Adorei compor este poema em um dia daqueles, quem sofre de tristeza repentina sabe do que estou falando. Nada melhor do que escrever, não acham?
Em tempos nebulosos trabalhar em vão, não ajuda nada. E, de que adiantaria acreditar em sua própria inteligência? Somos três em mil ou apenas mais um?
Culpam seus anjos ou demônios pelos seus infortúnios? E será verdade a imputável parcela de responsabilidade?
Pronunciem-se!
E votem, se quiserem.
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