Cap. 3: Finalmente a Liberdade?
A noite estava nas alturas. Bryan saía da delegacia desejando sua cama e cobertor mais que tudo. Apesar de estar acostumado com o ritmo cansativo do ambiente de trabalho, era inevitável sentir-se fadigado depois de um dia como aquele.
Entrou no carro, pensativo sobre os acontecimentos da sua vida corrida. Tirou do bolso da calça - mesmo contra a vontade - uma foto.
ㅡ Ah! Samantha... ㅡ Suspirou fitando a fotografia da mulher negra, alta e elegante, com cabelos encaracolados; esta usava um vestido cor de vinho que batia nos joelhos e possuía um decote sutil.
Observou ainda seus filhos, que também estavam presentes na foto. Jolie, a garotinha de cabelos lisos e longos estava sorrindo inocentemente; trajava um vestido azul na altura dos joelhos, com um laço na cintura que a deixava ainda mais meiga - Minha menina - Bryan sorriu ao lembrar de como era linda, talentosa, alegre e gentil com um grande futuro pela frente. Romero, o mais velho; um rapaz alto, imponente e de boa aparência, vestia um terno elegante que o deixava ainda mais belo, seu semblante sério, porém culto o tornava ainda mais parecido com o pai; era esforçado, decidido e sonhava em se formar em direito, era o orgulho de Berwanger.
Uma lágrima fria escorreu por seu rosto que agora tomava uma forma insensível, cheia de ódio e ressentimento, tudo que sentia era o desejo de vingança por tudo aquilo que lhe tiraram tão brutalmente. Após um turbilhão de pensamentos, seguiu para sua residência, era a hora de descansar.
Ainda neste inferno. Não aguento mais nenhum minuto aqui, as paredes deste lugar me dão nos nervos e, para completar, ainda tenho que fazer uma pilha de exames
Maldição!
Meu pai ainda está aqui, minha mãe voltou para casa, como queria ter ido com ela.
ㅡ Como se sente? ㅡ Perguntou meu pai encarando-me e me tirando dos sonhos com meu quarto
ㅡ Se não considerarmos o fato de eu estar num hospital que mais parece um manicômio contra minha vontade, eu estou muito bem, obrigado.
ㅡ Adray, o universo sabe que você detesta hospitais, mas ficar aqui agora é inevitável, você vai continuar aqui querendo ou não, ainda mais no estado em que está - bufo em resposta - estou indignado.
Alguém me tire daqui!
Enquanto eu gritava em silêncio para uma força divina me tirar dali, o médico chamou meu pai para conversar ㅡ Que seja uma coisa boa, pelo amor de Deus! ㅡ Sussurrei. Meu celular tocou me fazendo voltar a atenção para ele.
ㅡ Alô?
ㅡFiquei sabendo que você está no hospital.
ㅡ Ah! É você Hide
ㅡNão é o papa
ㅡ Amém - gargalho e ele também
ㅡ Quem te contou?
ㅡ uma fonte confiável
ㅡ Minha mãe?
ㅡ Você é esperto garoto. ㅡ Ele ri
ㅡ Fala sério! ㅡ Reviro os olhos ㅡ Será que ela não sabe ficar calada?
ㅡ Acho que não, ela gosta de fofocas ㅡ sorrio de lado, verdades sendo ditas.
ㅡ O que aconteceu? ㅡ Ele pergunta curioso
ㅡ Senti fortes dores na cabeça e terminei ganhando uma pilha de exames.
ㅡ Para quem detesta hospitais isso deve ser um tormento.
ㅡ Pode apostar que sim ㅡ Respondo suspirando
ㅡ Você parece preocupado, tem certeza que não tem nada além do hospital? ㅡ mesmo que fosse mentira forcei um "sim", mas no fundo, eu não estava nada bem.
ㅡ tenho que desligar agora Hide.
ㅡ Até amanhã, não vai fazer besteiras.
ㅡ Pode deixar ㅡ Sorrio ㅡ obrigado por se preocupar - Desliguei assim que meu pai entrou no quarto ele sorria sarcasticamente balançando a cabeça enquanto me encarava, aquilo só podia significar uma coisa...
ㅡ LIBERDADE! ㅡ gritei cheio de vigor e alegria, eu finalmente sairia daquele lugar, amém. Mas no fundo da minha mente algo protestou...
NÃO HÁ LIBERDADE PARA VOCÊ!
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