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1918
O clima estava quente, Miguel se lembra muito bem, ele era novo na faculdade de Londres, todos os alunos do sexo masculino usavam calças sociais pretas com uma camisa branca enfiada por dentro da calça e uma jaqueta rigorosa da mesma cor, uma gravata preta adornando seu pescoço, muitos ali tem apenas 17 anos e tiveram que crescer rápido demais a pedido dos pais.
O Diaz anda com uma bandeja que contém apenas uma tigela de creme de cogumelos, um suco de laranja de caixinha e uma maçã simples. Para uma escola de qualidade, a comida é nojenta.
Ele tropeça em outro aluno com a bandeja de comida na mão, ambas as bandejas de metal retinindo no chão de ladrilhos.
- O que há de errado com seu idiota?! Por que você não presta atenção!?- Uma voz irritante o faz levantar os olhos e ver alguns olhos verdes furiosos olhando para ele como um fogo que acabou de ser aceso.
- Desculpe, mas você deveria prestar atenção também- Acusa com o mesmo tom de voz irritante.
Os dois Alfas olharam um para o outro desafiadoramente até que o homem de olhos verdes suavizou seu olhar.
- Desculpe, eu estava distraído em meus pensamentos- Exclama serenamente dando um pequeno sorriso.
O moreno sorriu amigavelmente e deixou o incidente passar.
Ambos com o uniforme manchado de creme de sopa de cogumelos começam a rir do ocorrido, sorriram ao pegar as bandejas no processo, colidindo suas testas fazendo com que caíssem sentados no chão.
A freira que passava olhou para eles com desaprovação e balançou a cabeça.
- Levantem-se jovens! Que ato vergonhoso vocês estão fazendo- Chama a atenção dos dois.
Miguel murmurou uma leve desculpa, Robby não disse nada.
Então a freira saiu e Robby murmurou algo que ele não conseguia identificar.
- O que você disse?- Miguel pergunta curioso.
- Velha cabeça dura- Fala, Miguel ri de novo.
- Esse é o pior insulto que já ouvi- Comenta, rindo.
Por respeito à Senhora, direi apenas o que Robby disse, deixando sua bandeja junto com os outros.
- Você não vai comer?- Pergunta o Alfa moreno, seguindo o outro garoto.
- Não estou com apetite- Responde o de olhos verdes olhando para ele.
Miguel observou que o outro Alfa era alguns centímetros mais baixo que ele, e sorriu amigável.
- Você é novo?- Robby olha para o moreno, que ainda não sabe o nome dele.
- Sim, fui transferido- É tudo o que ele diz, Miguel sente algo estranho revirando em seu estômago, uma emoção profunda que não consegue controlar.
Deve ser porque ele tem um novo amigo neste lugar sombrio onde tudo parece do século XIX, cinza e sem vida.
E é assim que nasce sua amizade com Robert "Robby" (como gosta de ser chamado) Keene. E mais tarde ele descobre que são colegas de quarto, não consegue evitar, está empolgado, sabe que Robby não tem muito boa reputação, mas ele gosta dele, sua companhia é agradável.
Como vive mais com ele que os outros, sente a mesma emoção de quando conheceu o outro Alfa, supõe que seja pela amizade e camaradagem que têm, embora depois saiba que algo está errado ao passar mais tempo observando o pardo. Suas feições de cabelos ao mesmo tempo, sono, como ele gosta de monopolizar toda a sua cama de solteiro ou como ele abraça o travesseiro.
"É fofo"- Miguel pensa consigo mesmo, então ele sabe que não é certo ter sentimentos por alguém da mesma casta, é antinatural e pecado, diz a Bíblia.
9 meses após o encontro
Os meses voarem, Miguel brincava com Robby até que o castanho esteja em cima dele, Miguel percebe um rubor em Robby e nele também.
Eles vão embora constrangidos com as reações em seus rostos.
- Por que você ficou vermelho?- Miguel pergunta curioso, ele sabe que é muito burro perguntar isso porque também teve a mesma reação.
- Porque você é muito feio, olha para você...- Robby responde sarcasticamente e os dois começam a rir.
O quarto que eles dividem foi invadido por um beta e um Alfa, Demetri Alexopoulos e Eli Moskowitz, que são colegas de quarto e amigos em comum.
Eles chegam sorrateiramente e começam a conversar, ele gosta das conversas que eles têm, eles estão mais relaxados e podem ser eles, eles bebem chocolate até que Robby tira uma garrafa de licor de seu baú de madeira que eles misturam com o chocolate.
Os meninos saem antes da meia-noite, que é a hora em que as freiras dão a volta, parece que beberam demais quando ele olha para o relógio ao lado em sua cama em um borrão, uma da manhã, ele observa Robby se esgueirar entre seus lençóis e o abraça, ele fica surpreso, mas ainda deixa que o mais baixo o abrace como uma criança que recuperou seu bichinho de pelúcia.
A emoção desses meses volta com intensidade quando vê o castanho encostado a cabeça no peito e adormece com um sorriso.
Acorda às seis, o sol mal nasceu quando descobre que Robby não está mais em sua cama e a luz do banheiro está acesa, talvez ele apenas tenha se levantado para se arrumar.
O Alfa sai fazendo uma reverência ao seu parceiro.
- Bom dia Diaz- Miguel sabe que é divertido para Keene cumprimentá-lo assim, é engraçado para ele, para ser honesto, ele não entende porque isso parece fazê-lo rir.
Mas não importa, desde que ele faça Robby feliz, o Keene pode rir dele.
Miguel odeia levantar cedo mas fica só de cueca, vai ao banheiro com paredes verde oliva e azulejos azuis e escova os dentes, não sabe se vai dar tempo de tomar banho então olha o relógio, 6:15 da manhã e ele estava com preguiça.
- Miguel- Seu parceiro o chama pelo nome, ele se emociona, gosta de ouvir isso da boca do Alfa.
- Diga-me- Responde, colocando as calças e abotoando a camisa branca quando as mãos da outra pessoa na sala começam a abotoar suas calças, os botões são da mesma cor da camisa, ele abaixa o olhar encontrando a avelã olhar verde de seu colega de quarto e amigo.
- E se faltarmos a missa?- Robby pergunta querendo convencê-lo, Miguel apenas sorri para o garoto.
- Que desculpa você quer usar?- Responde com outra pergunta.
Robby dá a ele um daqueles sorrisos que dão inveja a alguém que os terá pelo resto da vida.
- Não sei...- Seu amigo lhe lança um olhar brincalhão enquanto ele desabotoa aquele botão branco que já havia colocado em sua botoeira, ele olha estranho para Robby fazendo a ação.
Ele engole nervosamente em seco quando vê o castanho continuando a desabotoar sua camisa, ele não consegue se mover e então Robby dá um beijo em seu pescoço.
- Você já quis experimentar outro Alfa?- Robby propõe, sua respiração falha quando ele ouve a pergunta.
Ele nunca quis isso até conhecer Robby.
《A amizade dele com aquele menino intrépido o fazia feliz, meu pai se lembra muito dele, naquela tarde ele ficou no quarto com o amigo, faltando à missa》
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