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Capítulo 4 - Strong

O caminhão do corpo de bombeiros praticamente voava pelas ruas escuras da cidade, os bombeiros foram solicitados para mais uma ocorrência de incêndio. Dentro do veículo todos estavam equipados e prontos para mais um trabalho.

Lembrem-se sempre de que somos uma equipe e devemos ter cuidado

Miguel ditou para os demais.  A vida das pessoas são prioridade, exceto quando coloca a nossa própria em risco. Desejo que possamos concluir essa ocorrência com êxito, que nenhum de nós saia ferido e que não tenhamos nenhuma vida perdida. Juntos somos fortes. Todos juntaram suas mãos. equipe, Deus nos proteja! - ditou por fim. Boa sorte,

Vamos a luta! - todos gritaram em uníssono e jogaram as mãos para o alto. Era esse o ritual antes de iniciarem qualquer trabalho.

-  Fui informada agora pela polícia que é um incêndio, aparentemente, criminal em uma residência. O fogo está alto e segundos os vizinhos, há uma mulher e duas crianças dentro da casa. Devon informou enquanto dirigia e respondia a polícia no rádio.

Todos respiraram fundo, já sabendo o que iriam enfrentar e como deveriam agir.

[..]

Não demorou muito para o caminhão entrar na rua da ocorrência moradores, curiosos, que estava cercada de polícia, repórteres e ambulâncias. O local era um pouco afastado do centro da cidade e, por ser longe e de difícil acesso e se tratar de uma comunidade, os bombeiros sabiam que não poderiam perder um segundo sequer.

Saiam da frente! - Devon gritou, tentando avançar com o veículo em meio a multidão, buzinando diversas vezes até conseguir se aproximar da residência.

Boa parte da casa era composta de madeira o que fazia com que o fogo se alastrasse cada vez mais rápido, incendiando as casas vizinhas.

Bora, bora, bora!

Devon gritou, descendo do caminhão.

Miguel e Bert já estavam posicionados na entrada da residência enquanto os demais puxavam a mangueira. O trabalho era rápido e bem dividido, a equipe era a melhor nesse quesito. Rapidamente o jato de água passou a combater o fogo, enquanto eles dois estudavam como avançariam para dentro da residência.

Socorro! Por favor, socorro! - ouviram gritos de dentro da casa. Os dois correram e logo chutaram uma parte da parede de madeira, que cedeu de imediato.

- 'Tá difícil de entrar. Bert olhou para A estrutura vai ceder, Diaz, não temos  muito tempo.

A fumaça escura e altamente tóxica irradiava do fogo. Os jatos d'água brigavam com as chamas, mas parecia não ser suficiente. - Chame reforços, eu irei dar a volta - Miguel ordenou.

Diaz, não dá pra entrar, é perigoso. Eu sei que tem gente 'lá dentro, mas não dá pra se fazer muita coisa.

Socorro! - os gritos de desespero ecoaram ao mesmo que uma outra parte da casa cedeu.

- Diaz, você não pode entrar, você vai morrer.

- Não irei, por favor, faça o que eu pedi. -

Bert segurou seu braço, eles sabiam que não deveriam entrar, pois o perigo era eminente e em todas as profissões existe as normas de segurança para os profissionais. E infelizmente existiria o momento em que eles não conseguiriam salvar vidas ou controlar alguma situação, assim como em qualquer outra profissão. Se estiver muito difícil eu saio, eu só não - posso...-  suplicou.

- Tudo bem, vá! Eu irei pedir o reforço e irei entrar também.

- Não Bert!.

- Miguel se você vai se arriscar eu me arriscarei também, somos uma equipe lembra? Sorriu e o latino assentiu. Vai! - ditou, saindo fora dali para pedir reforço.

O moreno deu a volta na residência e, por sua sorte, havia uma parte que não estava totalmente incendiada. Abriu a porta com os pés, tendo cuidado para não desabar o restante da estrutura. Avistou a mulher com as crianças encolhidas em um canto. A mãe estava com alguns ferimentos e as crianças provavelmente intoxicadas com a fumaça. Ambos estavam cercados pelo fogo, já que uma parte do teto havia caído ali e acabou os prendendo em um círculo. A mulher não tinha mais forças para gritar e tentava proteger seus filhos. Miguel rapidamente avançou pelo cômodo e sobre o círculo, ouvia os estalos da madeira e sabia que em minutos a casa desabaria por completo.

Moça, me dê as crianças, rápido - pediu, e a mulher, com dificuldade, pegou a menor - que deveria - ter no mínimo dois anos de idade estendendo-a para seus braços.

Correu para fora, avistando Bert, que a pegou a pegou no colo, levando-a diretamente para a ambulância. Mais estalos ecoaram e uma madeira do teto se soltou, quase acertando sua cabeça.

- Por favor, só salve ele - a mulher pediu com dificuldade por conta da inalação da fumaça. Miguel correu novamente pegando a outra criança no colo.

Me siga! pediu e a mulher fez menção de desmaiar.

Droga! -grunhiu frustrado.

Bert! Preciso de ajuda! - gritou, já vendo o amigo na porta.

O loiro correu até o mais velho.

Pega ele, vou tirar a mãe daqui - mandou o Diaz

Um barulho forte foi ouvido, semelhante a uma explosão.

Diaz, não vai dar tempo - alertou com a criança desmaiada em seus braços. - Vai ceder.

Eu não posso deixá-la. Olhou para trás, vendo a mulher lutando para manter os olhos abertos e tossindo muito. Saia daqui - ordenou, voltando para onde ela estava, enquanto Bert saiu às pressas com a criança nos braços.

Miguel temia por sua vida, mas não poderia sair dali sem tentar levar a mulher consigo. Respirou fundo e foi até ela, passando seu braço por seu ombro.

Ergueu o corpo mole e foi afastando-se com dificuldade, já que a mulher estava prestes a perder os sentidos e ele não suportaria pegá-la no colo com o ambiente cheio de escombros e chamas.

[…]

Do lado de fora, os demais tentavam controlar o fogo que parecia cada vez maior e mais agressivo.

Outro caminhão já estava a caminho e as casas vizinhas estavam sendo atingidas pelas chamas. Os moradores do outro lado da rua passaram a ajudar da maneira que podiam pegando mangueiras de suas casas para tentar não permitir que o fogo se alastrasse. Isso, de fato, estava ajudando de alguma forma, mas ainda era insuficiente. Bert deixou a outra criança na ambulância e Devon se aproximou.

- Cadê o Diaz? - perguntou e Bert apontou para dentro. - Precisamos ajudá-lo ditou enquanto o colega recuperava o fôlego, já que inalou boa parte da fumaça, mesmo estando de máscara, era praticamente impossível não se contaminar com ela. Outro estrondo foi ouvido e ambos correram para trás da casa. -

[...]

Miguel segurava a mulher de pé, andando o mais rápido que podia para fora da casa, quando foi atingido por um pedaço de madeira nas costas, a explosão vinda do outro cômodo o atingiu e fez com que ele caísse e derrubasse a vítima junto.

- Miguel! - - ouviu o grito de Devon de longe, estava cansado e sentia-se zonzo.

Estou aqui! - tentou gritar mas não
conseguiu.

Mais um estrondo foi ouvido e as chamas aumentaram. Miguel mal conseguia respirar e sentia-se um fracassado, sentia que perderia sua vida e não salvaria a mãe das crianças. O local atingido pela madeira doía e o impossibilitava um pouco de andar, mas mesmo assim não desistiria, tentaria até o fim.

Ele está aqui! ouviu Bert proferir ao seu lado. - Devon, pegue ela, isso vai ceder - o desespero na voz era gritante. Devon pegou a mulher enquanto Bert ergueu o corpo de Miguel. Você consegue andar?  perguntou. O latino negou e Bert percebeu que ele havia sido ferido por sua expressão dolorosa.

- Droga, Miggy, você foi atingido.

Sai logo Bert, vai desabar - Devon gritou. Hawk apareceu após ouvir os gritos e ajudou Bert com Miguel a saírem dali.

Cinco segundos após terem residência, ela cedeu completamente. deixado
O bombeiro ferido e a mulher foram encaminhados às pressas para o hospital. Sem mais vítimas no local, o foco voltou-se somente para as chamas.

Felizmente havia dado tudo certo.

[…]

O barulho do despertador ecoou pelo apartamento dos DemTory, fazendo Robby resmungar palavras incompreensíveis e desejar dormir mais um pouco. Bateu a mão no objeto e sorriu com o sumiço do som irritante, virando-se confortavelmente para o lado oposto, cobrindo-se até o pescoço.

Papai, acorda ouviu a doce voz de sua garotinha tilintar nos ouvidos. Abriu apenas um dos olhos, desejando não ser real. Anda, papai! A garotinha balançou seus ombros. Resmungou mais um pouco, permanecendo na mesma posição, até despertar completamente com um tapa certeiro na nuca.

'Tá maluca, Mia! exclamou, virando-se bruscamente, dando de cara com Demetri, que sorria perversamente.

- Não fui eu. A garotinha apareceu em seu campo de visão e sumiu em seguida as pressas para o banheiro.

- Fui eu. Levanta essa carcaça daí logo antes que Mia se atrase -  Dem se divertia e Robby suavizou a expressão raivosa. E saíu da posição de bruços, pensando em como a convivência do amigo com Tory havia mudado a personalidade dele.

Sei que ontem foi um noite de alívio para você, mas está na hora de levantar príncipe.

O mais baixo franziu o cenho e Demetri riu. - Não irei te chamar novamente - ditou por fim, saindo do quarto.

Sei que o Keene sentiu algo entre as pernas e então entendeu que estava duro, sendo perceptível aos olhos do amigo.

Levantou-se de uma vez e coçou os olhos. Não sabia porque, mas a imagem do bombeiro lhe invadiu a mente em cheio, estampando automaticamente um
sorriso em seus lábios. Havia até sonhado com ele e se repreendeu por ter tido um sonho erótico e estar daquele jeito como havia ficado na noite anterior.

Colocou um travesseiro em sua ereção e caminhou até o banheiro rapidamente. Felizmente Mia mexia em sua mochila, encantada demais para prestar atenção em seu pai, e Demetri o flagrando dava um sorriso maroto.

O baixinho suspirou fundo e se olhou no espelho, apesar das olheiras, se sentia feliz de alguma forma. Olhou no meio de suas pernas e cada vez que o cacheado de sorriso quente invadia seus pensamentos seu membro pulsava em resposta.

- Caramba! — Passou as mãos entre os cabelos. Eu preciso broxar - balbuciou, pensando em uma velhinha de biquíni ou na imagem de Donald Trump nu que vazou na internet, mas nada adiantava. -

Se despiu e lutou contra a vontade de se tocar. Abriu o chuveiro e se jogou na água fria, fechou os olhos e lembrou-se do sonho safado que teve.

Puta que pariu, eu vou enlouquecer ditou, deslizando sua mão direta até seu falo totalmente rijo que já expelia o liquido pré seminal. Suspirou enquanto espalhava  por toda sua extensão.

- Diaz...

gemeu baixinho com a figura em sua mente. O deslizar de sua mão ganhou um ritmo acelerado e logo Robby já gemia freneticamente.

Poucos minutos se passaram até que suas pernas estremeceram e o gozo foi expelido em um jato forte, sujando a parede e seu abdômen. Sorriu satisfeito, de fato, fazia tempo que não sentia vontade de se tocar e desde ontem já havia o feito duas vezes.

Papai? Mia o chamou batendo na porta. Robby se encolheu e esqueceu que sua filha estava no quarto.

Já estou terminando, não entre! Estou sem roupa - disse envergonhado enquanto ensaboava o  corpo rapidamente.

O Keene tomou o banho mais rápido de sua vida e saiu do cômodo aos tropeços, Mia estava sentada na cama esperando para se aprontar para a escola.

Papai está tudo bem?

perguntou, observando o rosto pálido do mais velho, que parecia que desmaiaria a qualquer segundo.

- S-sim.

Tory que já estava de pé, observava que o mais baixo estava mais atrapalhado que de costume, não pensou duas vezes.

- Venha Mia, vamos tomar banho logo, se não seu pai bocó vai fazer você se atrasar.

Estendeu sua mão para a garota dando língua ao Keene,seguiram para o banheiro juntas. Tory ajudou Mia a se lavar e em vinte minutos ambas estavam
prontos para enfrentar o dia.

- Mia, vai para cozinha enquanto eu seco o banheiro. Leve sua mochila por
favor pediu e a garotinha saiu, levando a mochila com o dobro de seu tamanho.

Enquanto Tory arrumava o banheiro Robby organizava o quarto, ao terminar o de olhos verdes seguiu para a sala. Mia estava comendo frutas e Dem tomava um café, vidrado no noticiário.

Robby, vem ver isso. - Sorveu um gole do café

- Mais um incêndio aconteceu nos arredores, . parece que haviam três pessoas na casa que pegou fogo.

O Keene sentou-se ao lado do amigo.

- Conseguiram salvar as pessoas?perguntou.

- Sim, mas parece que um dos bombeiros se feriu e quase perdeu a vida. - Robby engoliu seco. - A repórter vai falar agora sobre.

"Estamos aqui em frente ao HES, onde encontram-se os sobreviventes de um incêndio.

"Glória de 45 anos estava em sua residência com seus dois filhos pequenos quando sentiu cheiro de algo queimando. Rapidamente a casa foi tomada pelo fogo e os vizinhos acionaram os bombeiros. Ela acabou ficando presa na residência com as crianças e por pouco a tragédia não se tornou maior. Os bombeiros foram rápidos e se arriscaram para retirá-los do local com vida. Infelizmente um deles acabou sendo ferido no resgate.

"Gloria sofreu algumas queimaduras e as crianças inalaram uma quantidade significativa de fumaça, felizmente ambos estão fora de perigo.

"O bombeiro Miguel Diaz foi atingido por uma explosão, encontra-se estável, não corre risco de vida e seguirá internado sem previsão de alta médica.

"Se não fosse pelo ato heróico deste profissional o desfecho seria totalmente diferente. Saudamos nossos heróis diários, toda a cidade parabeniza a
equipe pelo resgate e o trabalho duro.

"Voltaremos assim que informações sobre o incêndio, obrigada."

Robert paralisou ao ouvir o nome do Diaz, minutos atrás sorria tendo a visão do acastanhado em seus pensamentos impuros e agora o sorriso se dissipou ao saber que ele poderia ter morrido. Encarou a tv firmemente completamente inerte em seus pensamentos.

O mundo é mesmo imprevisível, assim como a vida. Miguel era um herói, mas era impulsivo a ponto de se arriscar totalmente. Sentiu uma leve dor no peito ao imaginar como reagiria se recebesse a notícia de que ele pudesse ter morrido. Não deveria pensar em tais coisas, já que não tinha nenhuma ligação com o rapaz; porém, julgou o fato de Miguel ter se importado consigo e com Mia e justificou como uma troca de favores. O latino se importou com um urso de pelúcia, por que Robby não poderia se importar com seu estado de saúde, não é? Não sabia ao certo o porquê, mas sentiu vontade de ir visitá-lo no hospital.

- Keene? Dem o chamava pela décima vez.

- Vamos, se não chegaremos atrasados.

- O que? O olhou confuso.

- Papai está estranho hoje. - Mia se aproximou com sua mochila nas costas.

- Me desculpem, eu só me distrai com a notícia se justificou e Demetri deduziu que o ocorrido deveria incomodar o amigo porquê havia passado pela mesma tragédia.

Talvez Robby estivesse se imaginando no lugar da mulher e seus filhos, já que ele tem a Mia, então decidiu não questioná-lo sobre sua estranha distração.

A tv foi desligada se despediram de Tory e saíram do apartamento prontos - ou quase para seguirem com a rotina.

[...]

Miguel resmungou audível quando moveu o corpo ao despertar. Estranhou a luz forte nos olhos e as paredes brancas ao seu redor, mas logo se deu conta de que estava no hospital.

Olhou e percebeu que usava um avental ridículo azul que provavelmente deixava seu rabo à mostra. Observou as agulhas enfiadas em seu braço, se deu conta de que usava um cateter nasal de oxigênio e que estava ligado a um monitor cardíaco.

Tentou mover-se mais uma vez, porém a dor lhe atingiu em cheio.

- Merda! - grunhiu tentando ficar imóvel, assim não doeria nada. Flashes da noite anterior passaram por sua cabeça, sabia que iria levar uma bronca daquelas dos chefes e de todo mundo, mas estava feliz por ter conseguido dar o seu máximo.

Era horrível como se sentia todas as vezes que não conseguia ter êxito no trabalho.

- Você acordou! - Uma enfermeira sorridente adentrou o quarto e se aproximou. Como se sente? - perguntou, anotando os sinais vitais que o monitor mostrava.

Com um pouco de dor, mas bem, obrigado. - A moça assentiu. Sabe me dizer o que houve com minhas costas?

- Você acabou tendo um osso da costela trincado, por sorte não fraturou. Vai doer por uns dias, mas logo irá passar.

-As outras pessoas estão vivas? Tentou se ajeitar na cama, xingando até a última geração existente.

- Estão vivas graças a você. Parabéns, senhor Diaz

Miguel se sentiu aliviado.

É só o meu trabalho. Ai! Será que pode me dar algum remédio, isso está doendo muito - pediu.

Claro! Irei avisar a seu contato de emergência e já retorno com a medicação. - Miguel assentiu e a moça se retirou.

[...]

Doug entrou no quarto e paralisou aos pés do Diaz, seus olhos estavam marejados e Miguel sabia o esforço que ele estava fazendo para não desabar ali

Só haviam os dois e Doug, por mais que admirasse a profissão do irmão, odiava o fato de poder perdê-lo.

Não chora, Doug. Vem cá, vem. - Abriu os braços esperando que ele viesse até si. Um abraço desajeitado foi dado e o professor não aguentou segurar suas lágrimas

. - Não precisa chorar, eu estou bem - ditou terno.

Que susto você me deu, Miggy, pensei que tivesse te perdido dessa vez soluçou se soltando do abraço.

Está tudo bem, eu só... Ai resmungou mais uma vez.

- Dói?

- Para um caralho.

Riu, fazendo o irmão rir junto.

Doug se sentou na cadeira ao lado e observou o rosto a sua frente.

- Por que se arriscou tanto?

-Eu não poderia deixá-la para trás, maninho. Seus olhos umedeceram. - Eu vi nela a mesma coisa que.., as expressões, a dor, o sofrimento. Eu só...

As primeiras lágrimas rolaram face abaixo

-  Eu não podia deixá-la lá, entende? Doug assentiu e deslizou sua mão pelo rosto do irmão.

Miguel muito novo foi abandonado pelo pai nos Estados Unidos, as autoridades tentaram encontrar a mãe ou algum responsável mas não conseguiram,então o colocaram em um lar adotivo. Onde conheceu Doug e a amizade e a irmandade nasceu e floresceu daí por diante, porém em um dia quando Doug estava brincando de soltar pipa com outra criança que morava no mesmo lugar, a mais velha dos quatro menores que estavam naquele lar temporário ateou fogo na casa.

O fogo alastrou-se  rápido demais, Miguel até tentou ajudar mas quando viu, os dois adultos já estavam encurralados pelas chamas e acabaram perdendo suas vidas. Eles não eram exemplos de pessoas. Hospedavam órfãos em casa para receber a ajuda do governo, nem sempre alimentavam as crianças e Miguel desconfiava que batiam na mais velha, por isso talvez ela tenha começado o incêndio, mas ele nunca esqueceu as expressões daquelas duas pessoas pedindo por socorro.

E foi através disso que decidiu salvar vidas, Miguel não queria que ninguém vivenciasse o que ele presenciou e esse era um dos motivos pelo qual ele se arriscava tanto.

- Eu sei como se sente. Foi horrível o que aconteceu, mas eu não quero perder você.

Doug secou as lágrimas alheias.

- Prometa que vai se cuidar mais? pediu e o latino assentiu.

- Irei pedir licença na seguradora para cuidar de você.

Miguel riu.

-Eu não irei ficar mofando em casa, Doug. Amanhã já estarei melhor.

- Está enganado. - A enfermeira retornou com uma bandeja em mãos. Ficará de repouso uns dias, seu atestado está pronto, inclusive.

- O que? Eu não posso ficar parado em casa, essa dor é passageira chiou por saber que teria que ficar vegetando.

- Se é passageira acho que posso ir embora não é? Você não precisa de analgésicos. A enfermeira fez menção de ir embora.

- Não, não, não -  o latino ditou rapidamente. -Eu preciso do remédio. fazendo Doug rir. Suspirou pesadamente,

-Eu preciso ir, Miggy, a maioria das pessoas que perderam tudo no incêndio de sábado irão começar a aparecer por lá. Se você não tiver alta hoje eu apareço mais tarde. - Selou a testa do irmão. Te amo, se cuida.

- Pode deixar. Também te amo.

- Enfermeira, se ele te der trabalho, pode
amarrar

Brincou com a profissional, enquanto se dirigia para fora. Miguel o olhou incrédulo e a enfermeira riu concordando.

- Você não me amarraria, não é?  perguntou para a moça, que exibia um sorriso quase psicótico no rosto.

- Só se você me der muito trabalho. - Riu da expressão engraçada do acastanhado e terminou o procedimento de lhe injetar analgésicos

- Estou brincando.

Descartou suas luvas no lixo.

-O remédio pode te dar sono, o que é normal. Se precisar de algo é só apertar esse botão aqui.

Apontou para o dispositivo na maca.

- Que eu apareço.

+Obrigado. Bocejou, sentindo os olhos pesarem e não demorou muito para adormecer outra vez.

Era engraçado como Miguel sabia tudo sobre salvamentos e primeiros socorros, quem não soubesse de sua real profissão o julgaria como um médico, mas todo seu conhecimento simplesmente evaporava nos momentos em que ele se tornava a vítima ou o paciente.

[...]

Robby deixou Mia na escola e recebeu solidariedade dos pais e funcionários da instituição. Agradeceu e disse que estava bem. A diretora comunicou que ele não precisaria pagar a mensalidade por dois meses, Mia era exemplar e querida por todos e o Keene sempre ajudava monetariamente nos eventos da escola, então isso seria como um presente. Queria chorar, mas não podia. De fato, se não tivesse a ajuda de sua família iria necessitar trocar a garotinha de escola. Pensou em recusar, mas sentiu que o que a diretora estava fazendo era em agradecimento a Mia. Sorriu, engolindo o orgulho, controlou a vontade de abraçar a mulher a tirando do chão  em agradecimento e saiu da instituição estranhamente alegre. Existiam pessoas boas em todos os lugares e felizmente elas cruzavam com seu caminho. O jovem pai já havia ajudado tantas pessoas por quê sentir vergonha de receber ajuda? Se lembraria disso para mudar seus hábitos.

Você demorou - Demetri disse quando ele entrou no carro.

- Desculpe, a diretora me chamou.

- Pra que? perguntou dando partida.

- Mia ganhou dois meses gratuitos.

- Que legal Robby! exclamou feliz. Ainda existem pessoas boas no mundo.

O mais baixo concordou e ambos seguiram para o trabalho.

[...]

Robby e Demetri trabalhavam há quatro anos no principal banco da região, executando um trabalho impecável e invejável, tendo elevações de cargos e ganhando gordas bonificações.

Ambos não tinham amigos ali dentro, apenas uma pessoa que eles gostavam e que sempre o ajudavam, Piper. Ela era a única em que eles confiavam já que o restante dos funcionários faziam de tudo para sabotá-los. A inveja realmente existia principalmente ali dentro.

Demetri estacionou o carro e Robby demonstrou-se apreensível. Nunca havia ligado para o que pensavam dele, mas estava com receio de ouvir piadas de mal gosto dos demais, a concorrência tornava a muitos insensíveis.

- Robby, relaxa! Ninguém vai falar nada, e se falarem eu trago a Tory aqui e aí eles estarão fodidos!

Demetri tentou alegrar o amigo

- Aí você perde o emprego

Saiu do carro esperando o amigo trancar o veículo.

- Não estou nem aí, não quero mais ficar aqui. Sinto que já deu.  Suspirou e colocou sua mão no ombro alheio.

- Preparados para mais uma semana de trabalho?

Demetri imitou a voz do chefe com  expressões engraçadas e os dois gargalharam alto até a entrada da empresa.

Robby imaginou que receberia comentários maldosos, mas acabou sendo recebido como de costume, sendo ignorado como sempre. Ambos trabalhavam juntos e isso era o que importava.

O elevador foi chamado e não demorou muito para chegar, os dois entraram no cubículo metálico e apertaram o andar correspondente.

Piper já se encontrava na sala que dividiam. A morena ligava os computadores no momento em que os amigos adentraram o cômodo.

- Oh! Vocês chegaram, bom dia.Sorriu cordial como sempre.  Robby, o senhor Barners já chegou e quer falar com você.

O Keene estranhou, seu chefe nunca chegava cedo e quase não o chamava em sua sala. Engoliu seco e se dirigiu a porta ao lado, dando três leves batidas.

- Entre a voz soou tranquilamente.

O mais baixo abriu a porta devagar, pedindo licença e adentrou ao cômodo.

- Bom dia, senhor.

- Bom dia, sente-se por favor - Mike Barners pediu.

Robby percorreu com os olhos toda sala enquanto balançava as pernas e comprimia os dedos; estava nervoso. Completamente nervoso.

-Robby, eu soube o que houve e sinto muito por isso - ditou com pesar.

Obrigado murmurou.

- Você está bem? perguntou, demonstrando preocupação.

- Estou.

- E Mia?

- Também.
Maneou a cabeça

- Obrigado por perguntar.

- Robby eu te chamei aqui porque eu tenho uma proposta para você; porém, eu quero que você tire essa semana de folga para resolver seus problemas. Na segunda que vem você saberá o que é e espero que você possa aceitar.

- Mas eu... Robby se sentia perdido, afinal não compreendeu o que seu chefe lhe disse.

- Aproveite essa semana para ir na seguradora e tal, sei que você iria me pedir um dia de folga então já estou adiantando. A proposta servirá para você e o Demetri; no entanto, vocês só saberão na segunda. Boa sorte, Keene. Pode se retirar.

- O-obrigado. Levantou-se, deixando a sala.

Não insistiu na conversa, porque sabia que quando o chefe dizia o "pode se retirar", o assunto estaria encerrado.

Se dirigiu ao compartimento que dividia com o amigo e Piper, que o olharam de imediato.

- O que foi?
Demetri perguntou.

- Você está mais branco que esse papel. Piper sacudiu a folha no ar.

-Dem, pode me emprestar seu carro? Hoje mesmo eu pego o meu.

Pediu.

Claro, mas... Foi interrompido por Piper.

- Você foi demitido? - perguntou assustada.

-Não, ele me deu essa semana de folga.
Os dois relaxaram suas expressões.

- Ele soube do que houve e achou que eu deveria tirar alguns dias de folga para correr atrás do seguro.

- Que susto, garoto, a colega dramatizou.

- Pode usar o carro sim. só me busque na saída,Ok?

[...]

Robby estacionou o carro em frente a uma floricultura, não sabia ao certo porque estava ali mas sentia que precisava entrar no local.

Haviam flores diversas e cestas recheadas de guloseimas. Seus olhos bateram em um buquê de girassóis acoplado à um urso de pelúcia que assemelhava-se ao de Mia.

Alcançou as flores tão amarelas e bonitas e lembrou-se de Miguel e em um ato impulsivo acabou comprando.

[...]

Sorriu e sentia-se confiante enquanto entrava na recepção do hospital, até que a ficha caíu. A confiança se foi junto do sorriso, trazendo desespero e medo. Será que Miguel  iria gostar de recebê-lo? Será que era certo? Por que visitar e enviar flores para alguém que nem sequer tinha proximidade? Todas as perguntas martelaram de uma vez e o Keene sentia que sua cabeça poderia explodir.

Saiu de seu conflito interno com a recepcionista que o olhava impaciente; afinal, o moreno estava empacando uma fila enorme.

- Senhor, já é a quinta vez que te chamo. Posso te ajudar? - a recepcionista falou rispidamente.

- Me desculpe - pediu envergonhado. - Eu vim visitar um paciente.

- Nome?

– Miguel Diaz.

O senhor é o que dele? - Robby arregalou os olhos e quis dar meia volta, dizendo que estava enganado, mas suas pernas se negavam a andar para trás.

- É que as visitas estão restritas a
familiares e amigos próximos. Tem muitas pessoas querendo entrar para vê-lo por conta do ato heróico dele.

- Ah, sim... Eu sou, hm... segundos. Amigo. hesitou por uns

- Qual seu nome?

– Robert Keene.

A recepcionista checou no computador.

Me desculpe, na lista de amigos não há ninguém com esse nome.

- Na verdade, eu sou namorado dele - falou no impulso. - Ele é reservado, sabe? Não gosta de expor nomes.

Disse Robby baixinho perto da moça atuando como se esperasse receber um Oscar.

- Hm, então 'tá.

Lhe entregou um cartão para identificá-lo como visitante. 

-Terceiro andar, quarto 13

A lista familiar de Miguel não tinha nomes, por isso Robby conseguiu a liberação.

- Obrigado. Pregou o crachá em sua camisa e saíu em busca de quem estava procurando.

O quase loiro chegou até o quarto e encarou o número dourado, sentindo as pernas bambas. Respirou fundo e bateu na porta. Se teve coragem de chegar até alí, teria para seguir adiante.

[…]

Miguel despertou mais uma vez depois de ter tomado a medicação. Seu corpo não doía tanto, mas ainda o incomodava bastante. Se ajeitou da maneira que pôde na maca, tentando ficar com o tronco elevado e suspirou frustrado por estar ali, por mais que estivesse cansado, preferia estar na corporação do que de molho em uma cama hospitalar.

Ouviu três batidas na porta.

Pode entrar. Observou a porta sendo aberta. O mais baixo adentrou o quarto timidamente com as flores e o urso em mãos fazendo o acastanhado arregalar os surpreso. olhos.

- Robby? perguntou

- Ahn, oi, Miguel.

Se aproximou devagar, completamente trêmulo.

- Que surpresa...O que faz aqui?
O moreno sorriu curioso.

- Bem, eu...

Robby sentia suas bochechas queimarem.

- Eu vi o que você fez na tv e achei muito legal.

- E aí você decidiu vir me falar pessoalmente?
O cacheado alargou o sorriso.

- É... Não! Quer dizer...

O latino riu alto da confusão do rapaz e achou extremamente fofo.

- Seu trabalho é se arriscar para salvar vidas e eu vim agradecer, e queria ver se você estava bem... É isso.

Ele parou olhando para baixo, tinha vergonha de olhar para o rapaz.

Miguel ficou estático por alguns segundos. Nunca ninguém havia se importado consigo com exceção de Doug, Anthony, Shawn, Kenny e seus amigos da corporação.

- Me desculpe, acho que não deveria ter vindo.

Disse o menor achando que tinha dado uma bola fora com a visita, e que o mais alto havia achado estranho ele aparecer do nada.

-Robby!

Tocou o braço do mais baixo, fazendo um carinho sutil,

- Obrigado!

Disse sincero, e o rapaz de olhos verdes congelou com o toque que arrepiou até os pêlos de sua nuca.

- Isso é para mim? -  perguntou, olhando os presentes, tentando não deixar o ambiente desconfortável para o baixinho .

- Sim, Mia me pediu para comprar para você como forma de agradecimento.

Que o leitor tome nota, Robby mentiu aqui.

Oh, são lindas. Eu acho girassóis incríveis!
Robby sorriu.

- Vou colocar o nome dela no urso.  Acariciciou o objeto e o Keene perdeu totalmente o ar com tamanha doçura.

- Qualquer dia gostaria de agradecê-la pessoalmente por isso e gostaria de conhecer sua esposa. Jogou o verde.

-Eu não tenho esposa, somos só eu e ela riu fraco.

-Eu sinto muito.

- Não sinta, é melhor assim.O silêncio tomou conta do local. Bom, acho melhor você descansar.

- Robby, você poderia me dar seu telefone? - o cacheado pediu automaticamente e o mais novo sorriu todo bobo.

C-claro. Repreendeu-se por gaguejar.

O bombeiro entregou o celular e o Keene salvou seu número. A enfermeira entrou no quarto, distraindo-os e Robby achou melhor ir embora de uma vez.

- Bom, eu vou indo.

- Obrigado, Robby, eu te mando mensagem. Ah, e agradeça a Mia. - Sorriu  de um jeito caloroso que derreteria até as calotas polares.

- Pode deixar. Retribuiu o sorriso.- Até
mais! - ditou por fim

Saíu dando um pequeno tropeço nos próprios pés que fez com que o Diaz colocasse a mão na boca, e deitasse a cabeça no travesseiro rindo.

Já Robby, apesar da  vergonha,sentia que poderia flutuar tamanha de felicidade que estampava no rosto,e o bombeiro para sua sorte, também sentia o mesmo.


Essa atualização relâmpago é um presente de aniversário para minha amiga gostosa a  __LFG__
Nos vemos no próximo capítulo .

;)

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