O romance de um poeta
Shipp: Hyunjin Centric
Sinopse: Hyunjin era um romântico poeta.
O amor é lindo, sussurrava o coração.
O amor dói, ditava a emoção.
O amor é desnecessário, limitava a sabedoria.
O amor é uma merda, concluía a razão.
– Eu gostaria de ser amado reciprocamente, caro amigo desprovido de conhecimento romântico. – Hyunjin proclamou sonhador, enquanto se jogava no meio daquele jardim florido.
O coitado estava apaixonado, loucamente e desesperadamente apaixonado, porém a paixão chegava a ser triste, pois o homem no qual amou, Lee Felix, havia falecido a mais de dois anos, um amor platônico.
Quando diz que morreu, é sua forma menos dolorida de dizer que seu amor se casou com uma mulher, teve filhos e é feliz.
O pobre poeta, famoso e apaixonado por um "falecido", estava jogado no quintal da mansão, mal sabendo o que fazer com seu trágico dia abandonado pela emoção de ser amado.
Ele estava tão apaixonado, que falava sozinho e esboçava a depressão de forma divergente da população.
Ele não se excluía, ele se incluía.
Ele não se abalava, ele se quebrou.
Ele não se destruía, ele se matava.
Tudo isto, sem nem mesmo se ferir fisicamente, era tudo fruto de sua iludida cabeça.
– Quando foi que me tornei isto? – questionou a si mesmo, franzindo as sobrancelhas e cruzando os braços sobre os olhos, impedindo os raios solares de bater contra suas íris negras – Quando comecei a planejar um futuro inexistente? Quando comecei a escrever um homem? Ele sequer existe.
Para si, era mais fácil acreditar que Lee Felix, não era real, ele era um fruto de sua lembrança, passado para um papel.
Estava louco, acreditando que o homem amado por si chegou a se casar, ele sequer existia para si.
Ó vida... Como chegou nesse ponto?
– Eu prefiro... Me casar com Christopher... – disse o homem, sorrindo para o céu iluminado como um louco apaixonado outra vez – Christopher jamais me abandonaria por uma mulher, ele me amaria, sim? Claro! Ele me ama!
Pobre louco, pobre coitado.
Seu vizinho, Christopher, era um trabalhador assalariado honesto, chegava tarde e saia cedo, era o homem ideal para o escritor solitário.
Com um sorriso, buscou seu caderno e sua caneta apagável, escrevendo por sua vez um novo romance.
Aonde Hyunjin, um rapaz sonhador, se apaixonaria pelo melhor amigo, Christopher.
Suas sobrancelhas se franziram.
Se o amor dói... Então deveria dar valor a essa dor, sim?
Se a dor é feito de conhecimento, então deveria conhecer ela.
–Changbin e Jeongin são dois encrenqueiros do meu período de colegial... Me lembro de cada momento ruim que passei – resmungou, iria apagar o seu "era uma vez", quando suas orbes se iluminaram em sabedoria.
O amor dói pois ele é uma penalidade.
O amor é solitário, você ama unicamente sozinho, enquanto ninguém te ama de verdade.
– Minho é meu colega de trabalho... Ele e seu namorado são tão gentis... Eu deveria falar sobre seu romance? – estava encucado, e se não conseguisse?
Não conhecia o amor de verdade, como falaria de alguém que sabe amar?
– Um amor unilateral... Aonde um rapaz se jogou de um prédio no dia do aniversário do namorado... – seus olhos se arregalaram – O namorado do seu melhor amigo se matou, mas você amava ele mais do que o casal se amava... Você está quebrado, mais que o melhor amigo que perdeu seu namorado... NÃO!
Sua criatividade se aflorou.
Ele não perderia essa chance.
– Seu melhor amigo se matou, o namorado dele era um esquisito que você odiava e passou a culpa-lo, ele se matou e você culpou seu melhor amigo, que passou a culpar você! Isso! – o sorriso enorme rasgou sua face.
Era isso.
Isso era o amor.
Uma culpa inesgotável.
Aonde um traí por amor.
Aonde um se mata por amor.
Aonde... Um morre por amor.
Era isso...
– Por todos os meus dias... Eu me matei pelo amor de quem não existia...
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