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04. ohio

roi <3 saudades de vcs

finalmente tô postando esse capítulo, meu deus, eu AMEI escrever esse e pras músicas recomendo que escutem "Misery Business", "Ohio" (O SURTO MEU PAI AMADO) e "If You're Too Shy (Let me Know)". Mas a principal é Ohio. Sério. Escutem Ohio.

Não vou de muita enrolação aqui no começo então vamos lá. Peguem suas bebidas, escolham um lugar e aproveitem o show!

Boa leitura. Não me matem. Beijão.


...








Adora tinha um pequeno "probleminha" chamado insônia. Não sabia o motivo, se era algo a ver com ansiedade ou se simplesmente não conseguia dormir. Mas algumas vezes o sono não vinha, e se viesse parecia que a noite durava apenas uma hora.

Ela tentava tomar remédios mas ficava com sono nos piores horários. Então o melhor que podia fazer era tentar se cansar e liberar o estresse.

Se Catra usava a música e drogas para escapar, Adora tinha o esporte.

Acordou com o Sol nascendo, se trocou e foi correr pelo campus. Colocou os fones de ouvido e saiu por aí até se sentir satisfeita.

Ela fazia isso desde sempre. Tia Mara ensinou-lhe tudo, desde o surfe até às corridas. Elas costumavam acordar cedo e sair para a praia e aproveitar enquanto estava vazia. Adora até se desafiava e entrava na água gelada.

Conseguia sentir os músculos tremendo. O suor não parava, então ela respirou fundo e apoiou as mãos nos joelhos. O lugar estava ventando frio, e o suor piorou tudo. Estava acostumada com aquilo da praia, mas ainda sim precisava de um banho quente.

Voltou ao alojamento em passos lentos. Quando chegou no corredor alguém já estava lá destrancando a porta.

— Hey, Adora.

A loira umedeceu os lábios ao ver Catra sorrindo curiosa para ela. As duas estavam com péssima aparência.

— Hey — ela sorriu. Ambas pararam na porta dos próprios dormitórios. — Você tá indo ou voltando?

Catra riu com sua voz rouca.

— Voltando — Catra apontou para si mesma. Estava com coturnos numa mão, chaves na outra, uma maquiagem borrada e meio sonolenta. — Cara, que horas são?

Ambas olharam os celulares. Ainda eram sete da manhã. As aulas começavam só às 9h.

Catra assobiou.

— Acordou que horas? — Catra perguntou em tom preocupado. Adora suspirou.

— Cedo... bem cedo — ela ainda precisava recuperar fôlego. — E você?

— A pergunta certa é se eu dormi — Catra fez um sinal dando dois tapinhas no nariz com o dedo indicador e logo depois apontando para a loira. — Ainda posso descansar um pouco. Você devia também.

Adora riu sem jeito.

— Vou tentar. Preciso tomar um banho.

Catra riu também e deu uma piscadela.

— Tchau. Bom banho.

Adora não teve tempo de responder pois ficou corada. E Catra fechou a porta, devagar para não acordar Entrapta.

Ela se jogou na cama, chapada pra caramba, e adormeceu, mas não antes de lembrar de Adora.

A loira estava com um top e camiseta regata, e dava a visão perfeita de sua marca.

Exatamente idêntica à de Catra.

...

Quando o fim de semana chegou, Catra estava animada e até nervosa pelo show.

O bar era um lugar até que grande, mas o sorte muitas bandas iriam tocar lá, a maioria de rock, e a Ohio — que tinha o estilo voltado para rock e pop-rock — só subiria no palco por volta de meia-noite. Um bom horário.

Catra inspecionou de novo o espaço. Tinham mesas, área para quem quisesse ficar de pé perto do palco, um balcão de comida, um bar (óbvio) enorme que ocupava praticamente toda uma parede, e tantas bebidas que Catra fica tonta só de olhar. O público era jovem adulto. Era o lugar perfeito.

Ela beliscou a própria mão. Adora devia chegar a qualquer momento. Ainda não sabia se gostava ou não dela.

— Você tá linda! — Scorpia disse quando chegou ao seu lado. Catra estava observando uma dupla de irmãs cantando no palco enquanto bebia um shot de uísque.

— Valeu, você também — Catra sorriu. Precisou falar um pouco mais alto por conta do barulho. — Cadê o pessoal?

— Atrás do palco esperando pra gente poder arrumar os instrumentos — Scorpia observou o semblante de Catra e sorriu maliciosa. — Ei, ela vai vir.

— Eu sei! — Catra respondeu se defendendo e Scorpia deu risada. Ela terminou o copo e levantou do banco. — Vem, precisamos repassar as coisas.

— Sei...

Scorpia não foi contra e seguiu-a.

Catra estava com o cabelo mais arrumado que o normal, mas com o "bagunçado" charmoso de sempre. Alguns brincos a mais, maquiagem escura com um certo glitter até, coturnos, calça cargo, jaqueta de couro de costume e uma blusa por baixo que mais parecia um sutiã.

E usava tudo com orgulho como se estivesse indo para uma batalha. Ela andava confiante, semblante sério, olhando para frente...

Como se ela soubesse que seria uma estrela. Que era diferente dos outros.

Scorpia respirou fundo e caminhou ao lado dela. Catra deu um sorrisinho e entrelaçou seus braços.

Scorpia não sabia se a amiga tinha noção da sua aura diferente e que se destacava por isso. Talvez não. Mesmo assim Catra estava sempre puxando Scorpia para seu lado. Elas eram uma dupla.

Ambas foram para trás do palco numa salinha para os músicos. Lonnie e Double Trouble afinavam os instrumentos enquanto os namorados de Lonnie — Rogelio e Kyle — esperavam conversando para montar tudo. Eles eram fortes (pelo menos o Rogelio sim) e em todos os shows estavam por perto.

— Como é que tá lá fora? — Lonnie perguntou animada.

— Casa cheia — Scorpia respondeu e as duas trocaram um high-five.

Catra sentou no sofá ao lado de Kyle e fechou os olhos. Precisava se acalmar mais. Geralmente antes dos shows era normal sentir-se com frio na barriga, e o álcool até ajudava, mas não naquela noite.

— Você tá legal, Cat? — Kyle perguntou doce. Ele era um amorzinho de pessoa, mas Catra não admitiria isso em voz alta.

— Tô — (mentira).

— A alma gêmea dela vai assistir o show — DT disse. Catra abriu os olhos só para lançar um olhar assassino para elu.

— Isso é tão legal! — Kyle disse animado. Catra olhou para ele. — Ela sabe que vocês são ligadas?

— Não tenho certeza — para sua surpresa, ela disse isso com pesar. — Mas eu sei. Vi a marca igualzinha a minha, e senti uma coisa quando a gente se tocou...

— Como um choque que passava por todo o corpo — Lonnie completou e ela assentiu. — É, sabemos como foi.

Lonnie, Kyle e Rogelio tinham a mesma marca no bíceps. Pareciam duas asas de morcego, mas ninguém sabia ao certo o que era.

— É raro ter uma idêntica, mas não impossível — Kyle disse enquanto ligava uma câmera. Ele filmava as apresentações e ainda fazia o curso de fotografia e cinema em Bright Moon. Rogelio assentiu.

— Se eu não conhecesse vocês antes acho que pensaria que é loucura — Catra falou e passou a mão no ombro.

— Tenho certeza que ela vai aparecer — Lonnie continuou. — E mesmo que vocês não pareçam certas uma para a outra agora, um dia vão.

— O destino nunca erra — DT afirmou.

Catra revirou os olhos. Estava de saco cheio do destino. Ele era bom, mas cruel também.

...

— Até que eu conheço essa música — Glimmer disse quando todos entraram no local. Claro que ela conhecia, era uma música dos Rolling Stones. Ela parou Adora, que andava na sua frente, e sussurrou — espera, o Bow trouxe o Hawk por quê?

As duas olharam para eles conversando.

— Quando o Bow tava se arrumando o Hawk logo perguntou aonde ele ia, então já foi se oferecendo — Adora disse entredentes. — Agora chegamos vinte minutos atrasados.

— Mas o show da Ohio nem começou ainda. Relaxa.

A dupla no palco terminou sua última música e se despediram. Todos aplaudiram e esperaram. Adora ficou até um pouco nervosa, do tipo borboletas no estômago.

— Olá, colegas de corredor! — uma vozinha ao lado delas. Era Entrapta. As garotas quase tomaram um susto. — Vieram assistir a banda também?

— Sim — Adora sorriu. Nesse momento Bow e Hawk chegaram. — Pessoal, essa é Entrapta.

Entrapta cumprimentou todos com apertos de mão agitados e um sorriso no rosto. Adora até ficou mais feliz com a presença contagiante dela.

— Aquela ali é a Perfuma — ela apontou para uma garota de cabelos loiros cacheados. — EI, PERFUMA! Ela tá me ensinando a meditar, sabe, relaxar um pouco... VEM AQUI!

Ela chegou sorrindo tímida. Era muito fofa. Estava num vestido rosa e faixa no cabelo. Todos se cumprimentaram rapidamente.

Adora apontou para uma mesa livre onde todos poderiam ficar. O grupo todo foi até lá e todos descobriram que tinham algo em comum por conhecer alguém da banda — menos Glimmer, Hawk e Bow. Eles eram intrusos mesmo.

— Espera, Adora, você vai soltar esse cabelo! — Bow apontou para ela. Estava preso no típico rabo de cavalo. Ela negou. — Gata, a gente tá num show!

— Você deve ficar linda — Perfuma disse doce e todos concordaram. Adora ficou vermelha. — Mas é só uma sugestão.

Adora lembrou de Mara e Hope que sempre falavam de seu cabelo ser bonito. Ela podia arriscar um pouco. Tirou o elástico e soltou. O cabelo ia até um pouco embaixo dos ombros. Os amigos aplaudiram.

Glimmer tocou a mão de Adora em apoio. Bow foi arrumando um pouco o cabelo da amiga e sorrindo.

Enquanto esperavam a banda subir ao palco, Entrapta tirou fotos de todos. Adora se sentiu mais acolhida e segura com eles. Eram boas pessoas.

Como não estavam tão longe do palco, quando a Ohio subiu para arrumar os instrumentos, Adora cruzou um olhar com Catra, que piscou para ela com um sorriso e fez a loira corar.

Não demorou muito até eles ficarem a postos. As pessoas foram para mais perto do palco, e o lugar estava cheio. As luzes se apagaram deixando mais iluminação no palco.

— Oi, pessoal — Catra disse ao microfone. A plateia já devia conhecer a banda ou estavam muito animados, porque responderam comemorando. — Eu sou a Catra. Aquela é Lonnie, na guitarra, DT no baixo, e Scorpia na bateria — ela foi apontando para cada um enquanto aplaudiram. — Nós somos Ohio! Espero que gostem.

Os amigos de Adora se juntaram aos aplausos.

Scorpia fez a contagem. Lonnie começou com a guitarra e logo batidas da bateria ecoaram pelo espaço com o baixo de Double Trouble. O peito de Adora vibrou com o som.

Era "Misery Business", e todo mundo que conhecia a música se empolgou quando Catra fez sua introdução na guitarra e começou a cantar com Lonnie.

Adora já escutou-a uma vez na lavanderia, mas ela estava murmurando apenas. Ver e ouvir Catra ao vivo foi como entrar em outro mundo — o mundo dela.

Catra cantava muito bem. Adora não sabia se se sentia daquele jeito porque era sua primeira vez num show ou se era a energia que Catra passava. De alguma forma sua voz fluía e hipnotizava Adora. Ela sentiu sua marca esquentar no ombro toda vez que a garota atingia notas mais altas, agarrava o microfone e fechava os olhos.

— Eles são muito bons — Hawk falou de olhos arregalados. Bow dançava e cantava ao lado dele com voz de algum animal sendo atropelado.

— Scorpia é tão talentosa! — Perfuma disse orgulhosa. Ela estava tão animada quanto Entrapta.

Seis músicas depois — que Adora conhecia por ter escutado uma vez ou outra — Catra bebeu água numa garrafinha que tinha no palco. O público estava animado, e ela sorria.

Adora só pensava se Catra estava sóbria. Ela já viu a garota bem acabada no corredor outro dia, então se preocupou com isso. Mas Catra não parecia nada cansada. Longe disso. Era a pessoa mais empolgada dali.

Quando Catra estava no palco era como se fosse sua casa, seu local seguro. Quem a conhecia sabia que ela não era de sorrir muito, mas no palco parecia outra pessoa.

Adora sorriu sozinha pensando nisso.

— Ok, agora vamos tocar uma música especial — Catra disse ao microfone.

— Vocês estão prontos pra mais rock? — Lonnie disse alto. Todo mundo comemorou.

Adora arrumou a postura na cadeira. Entrapta começou a filmar.

Catra tirou a jaqueta e entregou para Rogelio. Ela pegou a guitarra e começou a tocar.

Glimmer cobriu a boca com a mão. Ninguém entendeu o motivo, mas Adora sim, porque estava tão atônita quanto a amiga.

A blusa de Catra não escondia o ombro.

Adora viu a marca idêntica.

Ela teve que se segurar na cadeira para não cair.

Catra cantava de olhos fechados. A música começou lenta, só com ela tocando na sua guitarra, algo bem leve. Adora ficou com olhos focados nela procurando qualquer sinal de provocação, mas Catra estava simplesmente em outro mundo.

How's it been in Ohio, babe? (Como tem sido em Ohio, querida?)

Do you think about me when you're going home? (Você pensa em mim quando vai para casa?)

Adora engoliu seco. Catra abriu os olhos por um segundo e olhou para ela.

So what's good? Is it me or is it you? (Então qual é a sua? O problema sou eu ou você?)

Lonnie acompanhou Catra na guitarra. Ela cantava para Adora, mas depois desviou os olhos. Adora nunca se sentiu tão nervosa na vida. Olhava para os olhos de Catra, a blusa que não escondia quase nada, a marca, a guitarra, a voz aveludada que entrava nos ouvidos como um beijo carinhoso e agressivo ao mesmo tempo...

'Cause when I think about it, oh, you're all I wanna do (porque quando eu penso sobre isso, oh, você é tudo o que eu quero fazer...)

So what's good? Is it me or is it you? (Então qual é a sua? O problema sou eu ou você?)

Adora pensou que a música continuaria, mas Catra fez o último movimento na guitarra e Lonnie continuou. Catra ligou o amplificador ao mesmo tempo que Scorpia tocou na bateria. O salão inteiro explodiu em excitação e música.

Catra tocou sozinha dessa vez, DT acompanhou. O público gritava animado. Aquilo era rock de verdade saindo do palco e entrando na alma de todos. A Ohio tocou ao mesmo tempo, todos loucos, e Catra mais ainda ao microfone, cantando e gritando rouca.

Call here and I'll show you what I like about it (venha aqui e eu te mostro o que gosto sobre isso)

I don't know what's best for me, babe (eu não sei o que é melhor para mim, querida)

But come here and I'll show what you like about it (mas venha aqui e eu te mostro o que gosto)

Adora não sabia se olhava para a marca no ombro de Catra, para todo o seu corpo, ou se simplesmente se escondia. Era incrível. Eles eram incríveis.

Todos na mesa começaram a aplaudir. Até Glimmer que antes estava em choque estava pulando. Adora não saía do lugar. Estava estática.

Catra dançava enquanto tocava, jogando a cabeça e um lado para o outro, sorrindo. Era o momento de liberdade. E ela colocava sentimento na canção. A música crescia mais e mais.

Parecia que o local ia desabar.

Então o problema sou eu ou você? — ela continuou. A música teve a impressão de diminuir o ritmo, mas então voltou. Adora não parava de olhar. A banda estava toda empolgada.

Catra cantava de olhos fechados, a voz rouca e profunda, e era como se estivesse fazendo melhor sexo de sua vida.

Adora ficou de boca aberta.

Todos estavam hipnotizados.

Então o ritmo diminuiu. Catra cantou um pouco mais, e Lonnie tocava os acordes lentamente.

A música encerrou e Catra respirou fundo. Todos precisaram recobrar o fôlego.

O público aplaudiu. Adora acompanhou também em palmas curtas.

A Ohio avisou que fariam uma pausa e saíram do palco. Adora levantou da cadeira tremendo e foi seguida por Glimmer. Ela foi até o bar pedir alguma coisa.

— Agora eu tenho certeza — Adora disse. Glimmer acariciou a amiga nas costas. — O que eu faço?

Glimmer balançou a cabeça em negação.

— Não tenho ideia. Mas aquilo foi incrível.

Adora respirou fundo. Queria que Catra aparecesse ao lado dela para ambas conversarem e resolverem tudo como nos filmes adolescentes, mas a vocalista não foi vista até o intervalo terminar.

Adora precisou de alguns copos de cerveja para passar por todo o show.

Quando a banda subiu de volta ao palco e tocou "If You're Too Shy (Let me Know)", todo mundo dançou e cantou junto. Era uma música mais leve. Adora dançou com Bow e Perfuma, mas nada que pudesse fazer a impedia de ficar apreensiva pela marca.

...

Por volta das quatro da manhã, Adora, Bow, Glimmer e Hawk voltaram para o campus, todos um pouco bêbados e sonolentos. Decidiram ficar na casa de show mesmo depois da Ohio se apresentar. Perfuma e Entrapta seguiram a banda.

Adora preferiu evitar falar com eles naquela noite. Ela tinha muito o que pensar (e não pensar).

Hawk e Bow foram para o dormitório e se despediram das meninas com beijos nas bochechas.

E quando elas chegaram no prédio, do lado de fora Catra estava em parada com as costas apoiadas num poste e conversava raivosa com um garoto mais alto. Ela também tinha um copo enorme de raspadinha na mão.

As duas pararam e Catra e Hordak as visavam ainda bravos. Glimmer agarrou a mão de Adora com medo.

— A gente conversa amanhã — Catra disse a ele. Hordak cruzou os braços. Até Adora ficou com um pouco de medo. — Sai daqui, Hordak.

— Não foi culpa minha.

— Foda-se! Já falei que se alguma coisa acontecer comigo eu mesma vou atrás de você. O Prime que venha atrás se quiser o que precisa. E você que lute também — Catra empurrou ele de leve com a mão.

— Não adianta conversar contigo bêbada.

— Eu não tô bêbada! — Catra disse e arrotou de leve.

Hordak riu e arrumou o cabelo.

— O pior é que eu faço as coisas por você, te dou o que pede, mas ainda tento ajudar. Você que não quer minha ajuda.

Catra fez um bico e encarou o copo. Ele apenas deu um "boa noite" e saiu andando revirando os olhos. A garota fez o mesmo, teimosa como sempre.

Glimmer e Adora deram mais alguns passos e Catra se deu conta dos passos delas, um pouco envergonhada.

— Oi, gente.

Glimmer soltou a mão de Adora e acenou com a cabeça para Catra, e saiu andando na direção do quarto, deixando as garotas sozinhas.

Adora se aproximou com as mãos nos bolsos. Estava frio. Catra tomou um pouco da raspadinha pelo canudo de metal e sorriu.

— Hey, Adora. Quer experimentar?

— Isso aí tem álcool?

Catra franziu a testa e olhou o copo por dentro.

— Não. É de morango.

— Eu já tô meio enjoada, mas obrigada — Adora deu de ombros. — O show foi muito bom mesmo.

— Valeu. Foi legal você ter ido.

Adora acenou com a cabeça e Catra continuou tomando a raspadinha. Ela deve ter comprado num mercadinho ali perto depois da apresentação.

Adora chegou mais perto de Catra, ficando pelo menos a dois metros de distância dela, e aqueceu as mãos nos bolsos. Estava um vento frio que balançava seus fios loiros e os deixava na frente do rosto.

— Desde quando você sabe? — Adora perguntou com cautela. — Você já tinha certeza?

Catra ficou em silêncio por um minuto. Sabia exatamente do que estava falando e nem precisava estar sóbria para entender.

— Desde a lavanderia — Catra suspirou. Estava meio chapada também. — E naquele dia no corredor quando a gente se esbarrou...

Adora mudou o peso de um pé para o outro.

Então abaixou a gola da blusa para mostrar o ombro, nervosa por alguém ter que olhar algo tão íntimo.

Catra encarou sua pele. A marca com aquelas linhas e pontos formando uma espécie de coração sempre a intrigou. Ninguém tinha algo como aquilo. Catra nem imaginava que as duas eram idênticas. Bem ali ela viu com mais clareza.

— Eu só queria ter certeza — Adora disse baixo. Catra umedeceu os lábios. Ela subiu a camiseta de volta. — Nós somos almas gêmeas.

— Isso é impossível. Nós não temos nada em comum — Catra falou negando e até rindo um pouco.

Adora cruzou os braços. Sabia muito bem disso. Pensou que as duas podiam se dar bem, mas claramente tinha muita merda ali no meio. Pelo menos ela estava tentando dar um passo.

— Se sabia então por quê não me contou? — Adora perguntou com mais calma. Catra grunhiu e olhou em volta. O campus estava totalmente vazio.

— Porque eu estava assustada, tá bom? Ainda estou.

Adora e Catra olharam uma a outra nos olhos. De novo um sentimento bom e estranho de pertencimento.

Catra logo afastou aquilo. Não estava pronta para mais um drama na sua vida.

— Isso é um erro — Catra sussurrou sem fôlego. Era difícil ter que dizer aquilo para os olhos azul zima de Adora.

— Destino não comete erros.

Catra riu sarcástica.

— O destino é uma vadia.

Adora se encolheu. Catra tirou o canudo de metal, amassou o copo de leve e apontou para ela.

— Não podemos fazer nada pra mudar isso. Acho que o melhor que você pode fazer é ficar longe de mim. Não me siga.

Adora estalou a língua e arrumou o cabelo para trás. Catra teve que se controlar para não olhar com desejo. Adora era muito, muito bonita.

— Você é uma bagunça.

Catra bufou e chegou mais perto da Adora de modo que as pontas de seus tênis encostaram.

— E daí? Se eu sou desse jeito tem um motivo.

Adora ergueu uma sobrancelha. O hálito das duas estava com cheiro de álcool, mas pelo menos o de Catra ainda tinha morango.

— Mas não significa que você não possa parar!

— Eu não posso! É mais complicado do que parece.

Catra sabia muito bem do que ela estava falando. Adora não era inocente. Sabia que Catra já andava fazendo coisas erradas por anos. Ela sentia Catra. Sentiu durante sua vida inteira.

— Por que isso é tão importante pra você? Deve estar decepcionada comigo — Catra respondeu. Adora ficou inexpressiva. — Esperava arco-íris, passarinhos cantando e toda essa merda de final feliz? Isso é a vida real!

— Idiota. Você tá tentando desviar do assunto! — Adora falou tão alto que Catra recuou. Não acreditava que estavam brigando bem ali. — Isso é importante porque eu me importo com você e com a gente! Não tô nem aí se a gente não tem nada em comum. Se você se machucar eu me machuco também! Só quero te ajudar porque você claramente não parece bem.

Era tudo verdade.

— Você também não é perfeita — Catra rebateu — e nem por isso eu te julgo ou tento mudar isso.

Catra não acreditava que Adora se importava com ela tanto assim. Ninguém se importava daquele jeito com alguém que acabava de conhecer.

Mas elas eram diferentes.

E, de certa forma, já se conheciam. Elas eram uma só.

Catra pensava que podia gostar de Adora. Mas não podia. Não agora. Talvez algum dia.

Adora se importava com Catra quando nem ela mesma conseguia.

— Tchau, Cat — Adora disse e entrou no dormitório. Não valia a pena discutir.

Catra escondeu o rosto e gritou frustrada. Precisava pensar sóbria e entender o que estava sentindo. Era muito, muito a se pensar, superar e entender. Ela não queria nada daquilo.

Ela mordeu o lábio e jogou o copo de plástico no lixo. Podia sentir que Adora não desistiria tão fácil mesmo depois daquilo tudo.


...


kkkkkkkk eu sou muito má fala sério

não fiquem braves comigo por favor gente, isso aqui foi necessário! nosso momento catradora vai chegar.

eu queria que a ohio existisse poxa que ódio. mas pelo menos o show foi tudooo kkkk vcs gostaram do capítulo de hoje??

Kyle e Rogelio apareceram e eu só sei ficar soft🤧💖

relaxem que eu também vou aos poucos mostrando o que tá rolando com a adora, os vários problemas da catra, etc. calma que tudo tem seu tempo e vocês vão ter bastante lágrimas pra derramar também irraaa

perguntinha: se vc estivesse nesse mundo, qual seria a marca que te representaria? tipo, a que a sua alma gêmea teria?

pra mim eu seria representada com algo a ver com livros, coisinhas vintage, etc 🌸📖🦋✨

ah e eu não consegui fazer o desenho porque tava super ocupada estudando e minha mão tá com uma dor horrível e pra desenhar seria um inferno :) fica pra próxima

mas por sorte a Eduarda fez mais DUAS FANARTS da Catra e eu tô simplesmente boiola. É isso. O talento é uma coisa maravilhosa gente. Vejam isso:


o Twitter dela é @Eduarda24080684 e podem pedir desenhos que ela faz! Simplesmente perfeitos 💖

não sei mais o que escrever. como que vcs tão? vamo conversar gente eu adoro interagir e saber o que vocês tão achando e teorizando <3

é isso aí gente. até sexta-feira (vai passar rapidinho vcs vão ver) e não esqueçam de deixar o like (voto) 🥰🤩

amo vocês! se cuidem!!💜

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