02. insomniatic
nota: gente primeiramente me desculpem pq no final do capítulo anterior eu não mandei um "beijo se cuidem" de sempre e fiquei chateada comigo mesma 😭 desculpem!! Eu amo vocês demais
Esse capítulo é meio que ao mesmo tempo do anterior mas do ponto de vista da Cat! 😍❤️
Não esqueçam de ler as notas finais okay?
Boa leitura!
...
Vamos mudar um pouco a perspectiva da história. Adora é muito certinha e sentimental.
Catra preferiu chegar cedo na universidade para evitar aglomerações. Odiava gente. Pessoas no geral. Principalmente se ficassem encostando nela.
Abriu a porta do quarto 334 e tinha tudo para ela por enquanto. Soube apenas que sua colega seria "Entrapta", então tudo bem. No ano anterior sua colega a detestava e ambas mal se falavam — em parte porque Catra não era de puxar conversa, e outra porque ela não ia muito ao próprio quarto.
Apoiou o violão na parede. Guardou algumas coisas, mas logo ficou com preguiça. Estava muito cedo da manhã e ela não funcionava antes das onze horas.
Sendo assim jogou a mala na cama e pegou a guitarra. Era uma Fender. Seu bem mais precioso.
Encostou a cabeça na parede e passou a mão pelas cordas. Minutos atrás estava num táxi. Sua tia estava muito ocupada para acompanhá-la e Catra também não queria incomodar.
Murmurou uma melodia que costumava cantar com a mãe. Ir para a universidade não era o lugar que ela mais amava, mas não era como se Catra tivesse um lugar melhor para ir. Ela vivia um dia de cada vez onde quer que fosse.
O celular vibrou no bolso. Era uma mensagem de Scorpia, avisando que já havia chegado no campus. Catra respondeu que logo iria encontrá-la.
Ela passou as mãos pelo rosto para afastar o cansaço. Como estava cansada. De tudo. Não queria estudar, não queria conversar com ninguém. Os dias pareciam longos demais.
A única coisa que Catra queria fazer e sabia era música.
...
— Valei-me Deus — Catra disse e pôs a mão no peito quando viu o dormitório de Scorpia.
Era como ver uma série de tv. O lado de Scorpia era decorado com pôsteres de filmes e de bandas, tudo em um tom preto e vermelho. Mas o outro canto do quarto era como voltar aos anos 70 cheio de símbolos de paz e amor, flores, pinturas aquarela...
— Oi, eu sou a Perfuma! — a garota loira disse. Tinha várias sardas pelo rosto, era magrinha e alta.
— Catra — ela acenou com a cabeça e cruzou os braços, apoiando-se na parede. Seus olhos não desviavam da diferença da decoração do quarto. — Vocês precisam de ajuda?
— Na verdade sim, mas você não tem que arrumar o seu? — Scorpia perguntou.
— Preguiça.
Scorpia deu um sorrisinho e Catra ajudou a amiga com as coisas. Perfuma ficou em seu lado e ouvia música nos fones. Enquanto ela estava de costas, Catra apontou para ela com a cabeça.
— Ela é meio animadinha né?
Scorpia olhou para Perfuma de relance e sorriu.
— Parece ser gente boa.
Catra riu rouca.
— Eu sei o seu tipo — ergueu uma sobrancelha e Scorpia corou. — Ela é tipo você por dentro e por fora. Você tem essa aparência de fortona, brava, mas é só um bolinho de arroz por dentro.
— Olha só quem fala! — Scorpia cutucou Catra na barriga.
As duas começaram uma briga falsa com risadinhas. Perfuma estava em outro planeta e nem notou.
Catra e Scorpia se conheceram com dezessete anos no ensino médio. Depois que sua mãe morreu, Catra mudou-se para a cidade para morar com a tia. Ela não tinha ninguém. Entrou para o clube de música para tentar se enturmar um pouco, então lá conheceu Scorpia — tocava percussão, bateria e qualquer outra coisa que pudesse se libertar um pouco.
Depois que Catra passou pelo luto, Scorpia foi a melhor parte da vida. Elas conversavam sobre tudo, ou não. Para ser amigo não é preciso conversar, talvez só a presença já baste. Scorpia sabia ser carinhosa e também dava espaço.
Então começaram a compartilhar os mesmos gostos de música. Com o tempo isso virou rotina: Catra ia para a casa de Scorpia, as duas tocavam: ela cantava e tocava violão, e Scorpia a bateria. Foi só um passatempo.
O celular de Catra vibrou de novo. Ela atendeu a chamada.
— Já chegou, lagartixa?
Ela ouviu uma gargalhada do outro lado. Scorpia ficou atenta.
— Me chama assim de novo e seu apelido pra sempre vira "gata selvagem" — Double Trouble retrucou. Catra conteve um sorriso. — Cheguei na fraternidade. Tá com a Scorpia?
— Acabamos de arrumar o quarto — ela visou o lugar. Estava tudo certo, desde as roupas até às paredes.
— Ok, então eu procuro a Lonnie e a gente se encontra no auditório mais tarde.
— Ok — Catra guardou o celular no bolso e sorriu abertamente para Scorpia. — Elu chegou. Tá a fim andar por aí e ensaiar depois do almoço?
Catra amava ensaiar com a banda. Se pudesse era só o que faria para sempre.
Scorpia concordou e as duas saíram do quarto, mas antes de fechar a porta, elas olharam para Perfuma. A garota acendia pelo menos cinco incensos.
— Hmm a gente tá saindo pra almoçar — Scorpia disse e Perfuma tirou os fones. — Se você quiser vir...
— Essa menina é meio maluca. Tá doida? — Catra sussurrou e Scorpia pisou em seu pé.
— Na verdade eu estou bem. Vou meditar um pouco aqui e afastar as energias negativas.
As duas não responderam. Perfuma já estendia um tapete no chão para meditar se sentava em posição de meditação.
Elas fecharam a porta e caminharam em silêncio por cinco minutos até uma lâmpada acender acima da cabeça de Catra.
— Será que ela vende?
— Catra!
— Você pensou a mesma coisa!
Ambas riram e saíram para almoçar.
Catra não precisava comprar qualquer droga de Perfuma. Ela já tinha outra pessoa com quem conseguia.
...
A Ohio nasceu quando Scorpia e Catra precisavam de dinheiro, e o único jeito de isso acontecer era tocando em algum lugar, mas elas precisavam de mais pessoas.
Lonnie por acaso foi colega de quarto de Scorpia no primeiro semestre, e as duas se deram bem logo de cara. Lonnie sempre foi do tipo determinada e focada nos objetivos, além de engraçada quando a conheciam melhor. Ela e Scorpia se gostaram quase que imediatamente, então quando ambas conversaram sobre a banda, a garota topou.
Já com Double Trouble foi diferente. Elu entrou direto em uma fraternidade e demorou a conhecer Catra. Ambos estudaram na mesma sala de aula, e um dia quando elu carregava o baixo, Catra correu para conversar.
Encarou ê jovem magre e alte, cabelos loiros e lisos que iam até os ombros. Tinha o rosto bem bonito.
O diálogo foi mais ou menos assim:
— Tá a fim de tocar numa banda?
— Depende. Vai envolver dinheiro?
— Provavelmente.
— É clássica ou de jazz?
Catra fez uma careta.
— Não!
— Ainda bem — respirou aliviade. — Eu topo.
E estão juntos desde então.
Em parte seus gostos não batiam. Precisavam de um pouco de conversa, virarem amigos, e em uma noite no dormitório de Double Trouble resolveu qualquer conflito que tivessem (e muita cerveja e maconha também).
Conseguiram reservar o auditório três vezes por semana em um horário livre para todos e logo começaram a ensaiar. Iam desde o rock antigo até músicas mais lentas, algumas até pop rock para aliviar o clima.
Catra e Scorpia entraram no auditório já escutando o som do baixo de DT. Elu fazia aquilo sem olhar, como se uma força guiasse seus dedos.
— Já vou avisando que deixei minha guitarra no quarto — Catra disse subindo no palco. Ela cumprimentou Lonnie e DT com toques na mão. Era bom vê-los de novo.
— Ligaram pra mim de um bar fora do campus — Lonnie disse arrumando o cabelo trançado. Já estava com a guitarra (do tipo para solos. Catra usava a de base). — Querem que a gente faça um show semana que vem.
— Legal. Então a gente usa a setlist de sempre? — Scorpia perguntava enquanto corria para pegar os pratos da bateria.
DT bateu palminhas.
— É minha favorita.
— Sim, então acho melhor a gente ensaiar um pouquinho — Catra falava testando o microfone. Ela sorria animada. DT foi ajustar o som. Ela cantarolou a mesma melodia de mais cedo.
Toda vez que Catra cantava assim, como se não fosse nada demais, eram pequenas partes boas do dia da banda. Ela sempre foi assim desde criança — apaixonada pela música — e quando cresceu tornou-se parte do seu dia, um hábito. Os outros a observavam como se Catra fosse um anjo.
Algumas pessoas tinham técnica que desenvolviam com o tempo. Outras nasciam com talento. Catra tinha as duas coisas.
Ela e a mãe eram apegadas com a música. Catra cantava e logo aprendeu violão, piano e guitarra, mas preferia o último.
Antes de ficar à postos, Catra olhou ao redor. DT tinha levado uma caixa de cerveja. Ela correu para pegar uma garrafa para si, e virou o conteúdo quase que de uma vez só. Precisava daquilo tanto quanto precisava de ar.
— Ainda tá muito cedo pra beber — Scorpia disse. Catra limpou a boca.
— Vai ser só um pouquinho.
Ambas sabiam que ela estava mentindo.
Quando todos estavam prontos, Catra arrumou o cabelo para trás, ainda com a cerveja na mão, e bateu os pés no ritmo que Scorpia tocava e Lonnie e Double Trouble entravam. Ela pôde cantar.
Era uma música nova, ritmo mais pesado mas que não exigia tanto esforço — diferente da melodia de mais cedo, porque que Catra costumava cantarolar ao pensar na mãe ela nunca ousara cantar de verdade.
Rolled over from last night's dreams (rolado dos sonhos da noite passada)
Happiness isn't from a... (felicidade não é de um...)
Drink me up in your thoughts (beba-me em seus pensamentos)
Just like I do with you (assim como eu faço com você)
Are you that thirsty too? (Você também está com sede?)
Catra não ligava se a letra não fazia tanto sentido. Ela gostava de cantar, sentir a bateria misturada ao baixo fazendo um som grave que ecoava por todo o corpo e fazia o auditório tremer, e a guitarra de Lonnie com seus solos incríveis. Catra se sentia viva.
Whoa, I am erratic (whoa, eu sou irregular)
Can't break the habit (não pode quebrar o hábito)
My current status (meu status atual)
To you I'm insomniatic (para você eu sou insone)
Catra costumava fechar os olhos ao cantar. Ficava imersa na letra, no sentimento, e principalmente porque podia esquecer tudo.
Ela esquecia da dor.
A sua mãe, sua tia que era boa, mas cuidava dela só por obrigação, de estudar para agradá-la, de que precisava estar desligada do mundo e gostava quando bebia ou se drogava.
Catra cantava lembrando da praia em seus sonhos.
Era sempre tão calmo, talvez a melhor parte do dia era quando dormia e podia se permitir vagar nesse mundo litorâneo.
Não sabia quem era sua alma gêmea e nem queria saber. Aquela marca no ombro que parecia um coração perdeu significado. Não queria alguém na sua vida que estivesse com ela por obrigação.
Mesmo assim era grata por algumas horas de paz.
...
Aquela sala cheirava à merda e mais alguma coisa que o olfato de Catra não decifrava. Melhor nem saber mesmo.
— Mas que porra você deixou esse lugar, hein, Hordak.
A sala da transmissão de rádio ficava na área audiovisual da universidade. Um lugarzinho escuro e cheio de prateleiras com discos e cds empilhados de qualquer jeito e com muita poeira.
Hordak pegou um disco "Rumors" e colocou sobre uma pilha. Catra espirrou — um espirro muito fofo — e jurou ter visto uma caveira em forma de poeira subir.
— Por isso você vai cuidar desse lugar pra mim — ele disse indicando todo o local com a mão. — Vem, vou te mostrar como funcionam os equipamentos.
Catra fungou e o seguiu, com braços cruzados, atenta a qualquer coisa. Hordak não era lá sua pessoa favorita.
Ele era um ano mais velho que ela, e acabou conhecendo-a quando Catra precisava urgentemente de "pó". Ela estava tão perdida e desesperada que ele entregou de graça, mas depois disso nunca a deixou em paz.
Catra poderia parar de quisesse, mas simplesmente não conseguia.
Ela ouviu e observou as instruções dele com o som e transmissão. A rádio funcionava o dia todo e Hordak ficava no período da tarde, mas agora estava mais ocupado em outros negócios. Ele tinha a cara de quem não dormia há uma semana, olhos vermelhos, pele pálida e cabelo oleoso, mais forte do que seus músculos aparentavam e uma risada assustadora.
Catra não entendia como garotas conseguiam gostar dele.
— Entendeu?
— Eu consigo dar conta — Catra deu de ombros. Estava fazendo aquele serviço para ele, mas se era só pra ficar ali sentada a noite inteira tudo bem. Melhor que sair por aí e arriscar a vida.
Ah, ela lembrava das brigas de madrugada com um bando de adolescentes viciados que já teve na vida. Ganhou a maioria, mas ainda levou machucados.
— Você tá horrível — Hordak disse. — O hálito tá cheirando a álcool. Desde quando anda bebendo?
Cedo.
— Não é da sua conta.
— Caramba. E sua aparência também não é a das melhores — Hordak estava provocando. Sabia que ela tinha o temperamento forte. — Se continuar bebendo vai passar mal. Tá tentando morrer?
Catra recuou um passo, encarando-o com ódio.
— Isso não é da sua conta — repetiu, dessa vez com mais dor na voz.
Hordak já viu Catra suficiente para saber o quão acabada ela estava por dentro. Se mostrava frágil quando bebia, a parte mais depressiva e dolorida.
(Mas é melhor deixar esse assunto para depois).
Catra se aproximou dele suficiente para bater em seu peito com o dedo indicador.
— O trato é: eu trabalho pra você vendendo o que precisa e fico aqui na rádio. Em troca você me fornece o que eu quiser e ainda arruma contatos pra banda tocar.
Hordak deu um sorriso malicioso e assustador. Catra quase recuou de novo, mas não podia se mostrar fraca
— Tudo bem então. Mas você faz o que eu mando, entendido? — ele passou a mão no rosto dela de leve. — Ou eu acabo com você.
Catra se segurou para não dar um soco no meio da fuça de Hordak.
— Arruma esses discos, coloca umas músicas na fila pra tocar de madrugada e depois tranca — Hordak mandou e voltou ao tom normal de voz como se nada tivesse acontecido.
Catra estendeu a mão.
— Chaves.
Ele tirou-as do bolso e entregou a ela. Catra girou o chaveiro no dedo.
Hordak saiu da sala de som, mas antes de ir, Catra disse:
— Ah, Hordak — ele se virou. — Se tentar me ferrar eu dou um jeito de acabar com você. Vou chutar o seu pau tão forte que vai sair pela boca.
Ele riu.
— Tchau, gatinha.
Catra mostrou o dedo do meio e observou Hordak sair. Ela estava finalmente sozinha. Um pouco de silêncio finalmente.
Ela podia fazer aquilo algumas noites. O lugar era péssimo, mas ela não seria incomodada. E tinha música.
Trancou-se ali dentro primeiro para evitar que qualquer pessoa entrasse. Vagou por entre as estantes em busca de um banheiro ou se tinha comida, e encontrou um pequeno frigobar dentro da sala de som logo embaixo da mesa.
— Isso vai ser divertido — tinha tudo o que ela precisava para se divertir: bebida.
Catra abriu a primeira garrafa e bebeu direto. Começou a organizar as músicas que tocariam durante o resto da noite e madrugada — não que muita gente fosse escutar. A maioria das pessoas estava em festas de boas-vindas.
Então passou a noite ali se divertindo. Começou a dançar sozinha e desajeitada, olhou os discos, mexeu um pouco no celular, e quando já estava enjoada o suficiente deu uma pausa e sentou na cadeira.
Não tinha ideia de que horas eram.
Pensou em Hordak e suas ameaças. Ele não tava brincando. Isso fez um arrepio percorrer sua coluna.
Catra se obrigou a fechar os olhos e fugir para seu lugar seguro: os sonhos.
Ela sonhou com a praia. Como se estivesse em pé observando o mar logo de manhã cedo. Era só isso. A coisa mais calma que poderia acontecer em meio a tanto caos.
Quando a mãe de Catra morreu, ela não conseguiu dormir de uma vez. Ficou chorando até não aguentar mais, e em seu sonho viu a praia, sentiu dor, como se a sua alma gêmea estivesse sofrendo exatamente como ela.
Por um momento naquela época, Catra soube que não estava sozinha porque alguém sabia exatamente o que ela sentia.
...
O celular tocou bem em cima da mesa e fez um barulho enorme. Catra acordou caindo da cadeira.
— MERDA!
Nunca sentiu tanta dor na coluna.
Passou a noite toda na rádio e ainda está a enjoada. Precisava tomar um banho e ir para a aula qualquer que fosse.
Ela foi até o alojamento, ainda xingando si mesma. Passou por dezenas de garotas apressadas até chegar ao corredor.
Estava cansada, de ressaca, puta da vida, e tudo mais.
Viu um vulto de uma garota loira esbarrando nela ombro com ombro. Na mesma hora foi como se ela tivesse levado um choque. Catra até ficou mais acordada. Ela nunca sentiu aquilo antes. Nunca. E não foi um choquinho estático comum. Foi mais.
— Desculpe — a garota disse.
— Foda-se — respondeu grossa. Foi a única coisa que conseguiu pensar? Sério?
Catra seguiu pelo corredor até entrar no quarto e fechar a porta atrás de si com um baque. Ficou tão assustada que não teve coragem de olhar a menina nos olhos. Pelo menos conseguiu fingir que não foi nada demais.
Quando duas pessoas são feitas uma para a outra, de alguma forma o destino dá um jeito de fazê-las se encontrarem.
...
Mais tarde naquele dia Catra voltou para o quarto com o dedo cortado. Não era nada demais, mas o corte ardia.
— Oi — ela disse quando percebeu sua colega de quarto. Uma garota de cabelo roxo comprido digitando no notebook.
— Oi! Catra né? Você anda sumida.
— Muita coisa pra fazer... — ela era péssima em iniciar conversas. — Você tem algum curativo por aqui?
— Acho que sim — Entrapta começou a procurar em uma bolsa com suas coisas de higiene. Por sorte tinha um band-aid. — Deixa que eu coloco.
Catra não protestou e estendeu o dedo.
Entrapta ergueu uma sobrancelha.
— Tá limpo?
— Sério que você quer saber disso?
Entrapta colocou o curativo mesmo assim.
Catra lembrava bem da loirinha na aula, ela até deixou para trás um origami em forma de gato — que Catra pegou e guardou no bolso.
Devia ser a mesma do corredor. Ela era bonita.
Não parecia nada como imaginava sua alma gêmea. A garota parecia muito certinha.
— Você já encontrou a outra pessoa? — Catra perguntou. Entrapta sorriu e deu de ombros.
— Não. E nem sei se quero. Minha prioridade é outra coisa.
Catra sentou na cama e Entrapta voltou a cadeira, ainda interessada na conversa.
— Eu senti uma coisa hoje mais cedo.
Os olhos de Entrapta brilharam.
— Já li relatos de pessoas que sentiram exatamente quando a alma gêmea aparecia. Podia ser um completo estranho, amigo, parente... isso é tão interessante!
Catra se encolheu na cama e abraçou as pernas.
A outra garota fez força com o pé e a cadeira rolou até mais próxima de Catra.
— Posso te perguntar onde fica a sua marca? — Entrapta disse.
Catra ergueu a sobrancelha.
— Você vai procurar se eu não contar?
— Talvez.
Catra fez uma pausa.
— Dentro da minha bunda.
As duas sorriram. Entrapta era legal e Catra podia conviver com ela.
...
Caras vocês são tudo, na moral
MUITO OBRIGADA POR 1K NA FIC JÁ A ESSA ALTURA EU TO PASSADA CHOCADA 😭❤️❤️❤️❤️ vocês são perfeites demais
Gostaram desse capítulo? Eu sou muito apaixonada na Cat nessa fic e qualquer dia vou desenhar ela pra mostrar pra vocês (quem sabe em comemoração aos 2K?)
A música que a banda ensaia é a mesma do título do capítulo ("insomniatic") cantada por Aly & AJ (a AJ é dubladora da Catra no desenho então é tipo LITERALMENTE ELA CANTANDO AAAAAA EU AMO) é boa pra caralho galera, podem escutar e voltar no cap pra sentir a emoção da letra
E a música que a Cat tá cantarolando no início, no dormitório, (a melodia) se chama "Slow Burn" e vai aparecer MUITO nessa fic.
Todas as músicas que eu citar estão na playlist do Spotify então surtem comigo 😔✊
Curiosidade: alguém pelo amor de deus me ajuda porque eu só consigo imaginar o Hordak como o Mário do tik tok KKKKKKKKKKKLL SÉRIO PQ MINHA CABEÇA FAZ ISSO???????
Curiosidade 2: pra banda eu me inspirei em Aly & AJ, algumas músicas de The Aces, performances dê King Princess e da Hayley Williams de Paramore
Ah e obs: SIM, vão ter algumas coisas com drogas e muito da questão do luto, mas isso vou abordar melhor em outros capítulos ok? Cuidado ao lerem. Qualquer coisa muito forte eu aviso, não se preocupem ❤️
ÚLTIMO AVISO IMPORTANTE: decidi que as postagens vão ser dias de segunda-feira e sexta-feira. Fiquem ligados no meu quadro de mensagens tmb qualquer coisa que eu avisar viu?
Acho que por enquanto é só isso. Fiquem com essa fanart que minha amiga Kat mandou e eu desmaiei de amor:
Beijos! 💞💞 Se cuidem!
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro