• 🌧 || 06. mãos manchadas de tinta
LILI REINHART
Vejo a expressão chocada na cara de Cole. A maioria das pessoas também tinham essa reação, na cidade de Chillicothe, Ohio - onde moramos - um adolescente não ter a carteira de motorista era igual a você cometer um crime.
Minha mãe e meu pai se chocaram ao saber que não gostaria de fazer a minha carteira tão cedo assim.
Não me perguntem porque não quero tirar a carteira, só tenho esperado a 1 ano o momento certo.
— Isso é impossível! — Cole fala se levantando em minha frente. Seu corpo forte mas não musculoso chamava a atenção de algumas pessoas — em maioria as meninas —, e me sinto honrada de ter a atenção de tudo aquilo.
Cole Sprouse sempre fora o galãzinho da nossa escola.
De cabelos escuros, olhos claros e com seus 1,80m sempre chamou a atenção de todas as meninas, e até alguns meninos. O único do problema do nosso grandioso Sprouse era que o cara é galinha. Pega quem bem entende e não se importa de dar flores e ligar na manhã seguinte.
— Vou ensinar você a dirigir! — ele se aproximou e colocou as mãos em minhas coxas, fazendo nossos rostos terem uma aproximidade maior e calafrios percorrerem meu corpo inteiro.
— Cole, não posso dirigir sem habilitação, é errado... — olho em seus olhos. Percebia que enquanto falava seus olhos azuis esverdeados revezavam meus próprios olhos e minha boca. Cruzando as pernas e desviando a cabeça, adiciono. — E não tenho um carro.
— Use o meu! — ele exclama, gesticulando com as grandes mãos. — Vamos, Storm Girl...
Cutuca a minha barriga, fazendo-me ter crises de cosquinha.
— Certo, certo... chega.... — levanto as mãos em rendimento. Odiava ter este ponto fraco. Cócegas sempre foram algo que eu nunca gostei, é uma sensação estranha, como se eu não conseguisse me controlar. — Você pode me ajudar, mas não hoje.
— Isso! — vejo ele comemorar e se aproximar de mim. — Nos vemos amanhã?
— Sim... — concordo com a cabeça e fecho os olhos quando sinto seus lábios em minha bochecha.
— Tchau, Lili... — Cole pega sua mochila e vai em direção ao campo de futebol.
Sorrio sozinha e abaixo a cabeça, pegando meu caderno e fones começando a fazer um novo desenho.
***
Já em casa, de banho tomado e todas as tarefas em dia me deito em minha cama e observo ao meu redor.
Eram cinco da tarde, meus pais não estavam em casa o que significa paz e a casa inteira apenas para mim. Sempre tem isso nos filmes, certo? 'Seus pais saíram? Faça uma festa, aproveite!'. Queria poder pensar como todo adolescente sociável cheio de amigos. Claro, adoro ficar sozinha em casa mas as vezes me sinto meio solitária. A única amiga que tenho é Nessa e nem sempre ela pode me atender.
Largo o livro na cama, respirando fundo, odeio estar entediada. Me levanto e fico parada, olhando para meu quarto, vendo se algo pudesse, misteriosamente, aparecer e fazer-me interessar e tirar-me do tédio.
Nada.
Abro a porta de meu quarto, desço os poucos lances de escada e vou até o balcão da cozinha. Penso um pouco e resolvo fazer avocado toast, minha avó fazia para mim quando pequena.
Me animo com a ideia de ter algo para me distrair. Ligo a televisão colocando no canal de músicas, a categoria pop-indie aparece e eu me animo mais. Normalmente essa categoria demora pra aparecer.
Uma música qualquer enche meus ouvidos e eu começo a fazer o avocado toast.
Uns minutinhos mais tarde minha torrada estava pronta, aproveitei e fiz um iced latte que Nessa me ensinou. Sua irmã mais velha trabalha em um starbucks, na cidade onde faz faculdade e Vanessa sempre me conta todos os segredos que sua irmã à conta.
Quando subi para meu quarto afim de pegar um livro, vejo meu celular apitando. Estranho, as únicas pessoas que me procurariam agora seriam mamãe, Nessa ou meu pai.
Acho o livro que queria e pego meu celular, me assustando com o número desconhecido.
Me sento na mesa, comendo minha torrada, e desbloqueio o celular.
Número desconhecido:
Olá, Storm Girl.
Não ache que desisti da ideia do carro!
Número desconhecido:
Aliás, é o Cole, se não percebeu.
Lili:
Como conseguiu meu número?
Cole:
Você sabe que Vanessa faz clube de teatro, certo?
Lili:
Sim...
Cole:
Vanessa é amiga de Camila, uma amiga minha de longa data. Descobri que fazem teatro juntas! Pedi o telefone de Vanessa para Cami e Vanessa me passou o seu.
Lili:
Wow. Complexo
Cole:
Você é complicadinha, Storm Girl!
O que está fazendo?
Lili: Comendo.
Cole:
O que...?
Lili:
Avocado Toast!
Cole:
Ew, deve ser horrível
Lili:
É maravilhoso! Posso fazer um dia para você.
Cole:
Quem sabe...
Lili:
E você, o que está fazendo?
Cole:
Nada.
Lili:
Sabe que temos uma semana de provas no final do mês, não é?
Cole:
Foda-se a fórmula de Bhaskara!
Lili:
Hahahah. Quero ver se vai mandar sua nota baixa se foder também.
Cole:
Eu até estudaria se tivesse uma parceira...
Lili:
Tiera????
Cole:
Não, Tiera não. Alguém talvez com cabelos loiros e olhos verdes...
Lili:
A tiera.
Cole:
Esqueça esse nome! Existem outras pessoas de cabelos loiros, olhos verdes... com as mãos manchadas de tinta...
Lili:
Quer que eu te ajude a estudar?
Cole:
Sim :))))
Lili:
Oh Deus, Cole!
Cole:
Você vai gostar.
Mas então... me ajuda?
Lili:
Sim... só marcar o horário e dia.
Cole:
Obrigado Storm Girl!
Ann, agora tenho que ir, minha irmã está chamando.
Lili:
Você tem uma irmã?
Cole:
Sim, pode conhecer ela um dia. Até!
Lili:
Tchau, Cole.
Cole queria que eu o ajudasse a ajudar? Estranho.
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esse estudo aí rende boas
quero avisar vcs também que a relação do cole e lili vai se desenrolar muitoo rápido, mas nao estranhem ;)
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