Capitulo 13
— Ta frio demais.. — Stella resmungou esfregando suas duas mãos uma nas outras.
— Quer outra blusa?— perguntei e ela negou rápido.
— Não precisa, eu sou muito friorenta mesmo.. — ela soltou um riso fraco.
— Agora me responde, porquê é tão marrenta assim hein? — virei pra ela que estava sentada na beirada da cama.
Ela me encarou com aqueles olhos azuis cor do mar e sorriu sem mostrar os dentes.
— Me responde você, porque é tão curioso assim ? — retribuiu a pergunta.
— Não sou curioso, é que sei lá.. as vezes da vontade de te cuidar e você não deixa, sempre recua..— falei sem jeito e me sentei ao seu lado.
— Acredito que há dois tipos de pessoas no mundo, as românticas e as realistas..— me encarou enquanto eu prestava atenção em cada palavra que saia da sua boca — O realista só vê aquele rosto e segue sua vida, como quem vê qualquer outro rosto bonito.. mas a romântica se convence que Deus o colocou na terra para estar com aquela pessoa..
— Você parece ser bem decidia quanto a isso.. né? Eu sempre soube que você é o tipo de pessoa realista— sorri de lado e ela assentiu sorrindo também.
— Evite o amor a todo custo, esse é meu lema desde então..— disse autoritária e eu ri baixo. — Que foi ? — me olhou de volta.
— O amor te torna estúpido né?— falei pensativo.
— Eu prefiro não sentir nada, é melhor e mais fácil. — disse com desdém e eu assenti fraco.
Ás vezes não entendo meus pensamentos, e também não entendia os pensamentos da Stella, e ela parece ser tão decidia nos seus discursos.
Mas algo eu tenho certeza, o amor claramente nos tornaria estupidos, eu tenho muitos defeitos e sei que sou um caos, não me imagino me envolvendo novamente, isso não passa pela minha cabeça.
Mas porra.. estou começando a ficar confuso depois que conheci ela melhor, e eu tenho que tirar isso da minha mente o mais rápido possível, se não eu estou fodido pra cacete.
O silêncio reinou no ambiente, eu odeio silêncios, odeio ficar sem fala perto de alguém, odeio não ter assunto o suficiente, nunca tive problemas com isso e justo agora estou tendo.
Felipe deitou metade de seu corpo na cama e ficou encarando o teto, e me deitei ao seu lado sem dizer nada.
— Gosta de ficar em silêncio? — perguntei olhando de lado.
— Ouvir o silêncio como resposta, pode ser um grito por tudo que você não disse.. — falou ainda olhando pro teto, e eu mais uma vez fiquei sem reação diante da sua fala.
Me xinguei mentalmente por não ter fala alguma de novo.
E tudo já está bem propício para nós nos beijarmos novamente, porém Felipe não moveu um dedo pra isso e sequer fez menção de se aproximar.
— Lipe, acho que é melhor eu ir..— me levantei e ajeitei o meu cabelo com os dedos.
— Tudo bem, posso te levar ou prefere pedir uber?— se levantou e arqueou as sobrancelhas.
Ele fica muito gato quando faz isso, mas ele nunca saberá disso, tenho que parar de pensar tanto nele.
— Me leva se puder, eu esqueci o cartão em casa..— exclamei e ele assentiu tateando o bolso a procura da chave do seu carro.
— Também preciso ir pra casa..
Descemos as escadas e todos estavam assistindo TV e rindo de algo, sua mãe me olhou gentilmente e se levantou para se despedir de mim.
— Oh minha querida, volte sempre que quiser viu?— ela me abraçou apertado e eu retribui.
— Até mais, eu volto sim..— sorri e me despedi do resto do pessoal.
Fomos para seu carro e ele deu partida, colocou uma música qualquer no rádio e eu encostei a cabeça no vidro olhando a paisagem.
Ele seguiu firme olhando para o volante.
Chegamos na minha casa e eu tirei o cinto devagar. E ele observava os meus movimentos atentamente.
— Obrigada, ah já ia me esquecendo da sua blusa.. — fiz menção de tirá-la e ele me interrompeu.
— Pode ficar, ficou bom em você.
— Mesmo? — o encarei e ele assentiu — Obrigado de novo, nossa quantos obrigados falei hoje ?
Ele soltou uma risada nasal.
— Até mais.. — se aproximou e eu senti que ele ia me beijar e não recuei, porém fui enganada.
E só colou os seus lábios nas minhas bochechas com um beijo estalado, me deixando arrepiada.
— Até mais..— sussurrei agradecida e desci fechando a porta com cuidado, e entrei no condomínio sob os olhares dele.
Assim que observei Stella entrar em casa meu celular tocou, vi no visor que era Lucca e atendi rápido.
— Fala tu
— Eaí Lipe, suave ?
— Eu to, qual foi ?
— Ta rolando uma social na casa das meninas da facul, Amanda Lopes, sabe quem é?
— Uma que faz arquitetura?
— Sim.. ela nos chamou aqui, partiu?
— Já é, quer que eu passe aí?
— Passa irmão.
Concordei e encerrei a chamada, dei a volta e fui em direção à casa dele, cheguei e buzinei duas vezes, ele logo veio em minha direção e entrou no carro.
Me passou o endereço e seguimos, o seu prédio era perto da praia, havia alguns carros na frente e umas meninas na portaria. Nós nos aproximamos e elas nos olharam maliciosas, ignoramos e subimos direto pro apartamento.
Amanda Lopes nos recepcionou com uma garrafa de Budweiser na mão, usava um decote apertado e uma minissaia jeans, seus peitos quase saiam pra fora da roupa, os cabelos negros até a cintura deixavam ela sexy pra caralho. Não me lembrava que era tão gata.
— Vem, entrem!— ordenou e entramos atrás dela, o local parecida um harém, meninas beijando outras e alguns rapazes no meio delas.
Lucca me olhou entusiasmado e eu neguei fraco com a cabeça.
— Estamos em uma orgia, tem noção que isso é meu sonho? — ele falou sorrindo e analisando o local.
— Vou pegar algo pra beber.. — disse e ele assentiu indo se enturmar com a mulherada.
Fui até a cozinha, que por sinal está cheia de bebidas no chão e na bancada, abri a geladeira e peguei uma latinha de cerveja e dei um gole generoso.
— Pode me dar um pouco? — Amanda brotou na cozinha com uma voz sensual e embargada.
Eu estendi a latinha e ela bebeu ainda olhando pra mim, deixando cair uns pingos por entre seus seios.
— Ah droga, vou ter que trocar.. vem comigo ? — me puxou pelas mãos e eu nem tive resposta.
Chegamos em um quarto escuro que tinha no fim do corredor.
Ela tirou rápido o seu decote e encostou em mim, segurou na minha nuca e selou nossos lábios com um beijo molhado, arrumei minha latinha em uma cômoda e segurei em sua cintura intensificando o beijo.
Ela se afastou bruscamente e tirou a minha camiseta depositando uns beijos em meu peitoral até chegar na minha entrada, e abaixou minhas calças e minha cueca, abocanhou meu membro com muita vontade.
Ela chupou e acariciou com as duas mãos, parecia uma atriz pornô, colocou de uma vez na boca e eu soltei um gemido abafado, segurei em seu cabelo e impulsionei a sua cabeça.
Pegou seus peitos e roçou em mim devagar, puxei ela com força pra cima e beijei sedento sua boca, segurei em seus punhos e a deitei na cama ficando por cima, me abaixei e beijei os seus seios enquanto ela gemia alto.
Cheguei ao seu sexo e arranquei a sua saia e sua calcinha, segurei meu membro e tateei o bolso da calça procurando camisinha, após arrumar, com cautela me encaixei dentro dela, que se contorceu toda manhosa.
Fodemos com força e eu me inclinei beijando seu pescoço enquanto ela arranjava minhas costas com suas unhas afiadas, o tesão tinha tomado conta do meu corpo.
Segurava com força o seu peito enquanto penetrava, ela respirava ofegante quase que pedindo arrego.
— Vai gostoso, me fode vai..— falou com a voz rouca e sensual.
— Stella eu vou goz... — falei com os olhos fechados
— Que ? Tá maluco?— ela disse me tirando do transe e eu arregalei os olhos.
Não sei porque diabos meu pau parou de latejar e eu tirei rápido, ela me encarou confusa se sentando na cama ainda com as pernas abertas, tentei reanimar mas não deu certo.
Que porra estava acontecendo? Porque falei aquele maldito nome?
— Broxou gatinho? — falou com ironia e eu bufei.
— Não, vem aqui vem..— tentei me encaixar de novo mas ela nem se moveu.
— Tem certeza que tem algo dentro de mim ? Que desgraça, tu broxou cara, e ainda broxou por pensar em outra..— ela se afastou e eu gelei.
Isso só pode ser brincadeira , não tá acontecendo comigo! Merda, merda, merda, eu não posso ter broxado, eu nunca broxo.
Talvez eu não esteja bêbado o suficiente.
— Ah isso é patético, da licença! — ela pegou suas roupas e vestiu rápido, eu fiquei parado sem falar nada enquanto ela saiu batendo com força a porta.
Me sentei na cama e queria me dar um soco, passei as mãos no rosto e num impulso dei um murro no colchão, que porra eu fiz agora, eu estava puto por não ter transado e mais puto ainda por essa guria filha da mãe estar na minha mente sem eu querer.
Caralho pra que eu fui te conhecer..
(...)
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