Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capitulo 100

Eu já sabia que ia acabar assim, mas você valia o risco..

Que? Não to te ouvindo doido! — dizia falando ao celular tentando escutar o Hans.

Era sábado à noite, não tinha pretenção de sair.. mas hoje já to mais aliviada por ter conseguido terminar todos os meus trabalhos, e ele decidiu me ligar.

— Escuta! Eu chamei o Vicente, ele disse que vai com a irmã dele também.. tá ouvindo?
— Ah to sim, tudo bem né.. mas onde cê tá?
— Em frente a Garden, corre pra cá.
— Mas ainda não tá cedo Hans?
— O trânsito pra cá tá horrível, decidi vir mais cedo.. to bebendo alguns drinks aqui. Não tem ninguém quase, mas a música já tá estourando..
—Ok, vou por uma roupa e já chego aí.
— To te esperando.

Encerramos a ligação rapidamente.

Eu fiquei meio mal por não poder ir com o Lipe pra esse chá, por mais que eu insisti em dizer que não.. meu medo é esse filho ser mesmo dele e eu ter que conviver com a presença Cecília pra todo sempre.

Não quero ficar em casa vendo os stories de todo mundo que estava lá, aparentemente ela convidou a UFRJ inteira, mesmo não tendo tantos amigos.

Fiquei com um puta aperto no peito, ter pré crises de ansiedade é algo que eu já tinha superado faz tempo, e não é possível que eu esteja tendo isso de novo.

Ouvi algumas batidas na porta do meu quarto.

— Abre aqui amiga!— reconheci a voz da Gabi.

— Entra aí. — anunciei alto.

Ela me olhou deitada de bruços na cama e se deitou junto a mim, me dando um abraço de lado.

— Vim jantar com o Guto aqui. E aí, tá tudo bem?

— Mais ou menos. Hoje é o chá de bebê da Cecília.. e ela deixou bem claro que não queria me ver por lá.

— Ela não vai parar nunca? Mas e o Felipe? Ele tá lá também?

— Óbvio né Gabi, to me sentindo excluída.. não sei explicar. É como se eu não fizesse parte da vida dele, sei que é loucura pensar assim. Mas porra, se ela tá me privando disso.. imagina o que vai fazer depois?

— Vocês não devem aceitar isso, de forma alguma. E quem é ela pra te impedir de algo?

— A mãe do filho dele? — arqueei as sobrancelhas.

— E então já fez o tal teste?

— Não, ele ainda não pediu pra fazer. Mas disse que hoje iria tentar conversar com ela.

— Justo lá na festa?

— É, acho pouco provável dar certo. — encarei a tela do celular com um ar pensativo.

— Eu acho que ficar aqui só vai te fazer ficar mais deprimida ainda, não quer.. dar uma voltinha pelo condomínio? — colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha carinhosamente.

— Eu sei. Mas o Hans me chamou pra sair, tinha acabado de me ligar.

— Não que ir? Acho que tá precisando espairecer um pouco, faz bem às vezes.

— É, essa semana foi bem exaustiva. Mas não sei se to com ânimo pra uma balada. — resmunguei.

— Vem, eu te ajudo a escolher uma roupa. — puxou meus braços me fazendo levantar da cama.

— Ontem eu tirei foto com uma roupa maneira lá na agência, e acho que até trouxe pra casa. — olhei em volta procurando pela sacola.

— Deixa eu ver..

Assim que eu mostrei, Gabriela surtou, e até pediu pra mostrar a foto que havia tirado ontem com ela.

— Você tem que ir com essa roupa, sério.. eu amei!

— Tem certeza?

— Sim, tá perfeita. Aproveita e posta essa foto que tirou ontem, ficou muito gata. — falou sorridente.

Analisei por uns minutos e postei no Insta a pedidos dela, não costumava sair com roupas assim, mas sei lá, essa até que ficou boa.

@stellamuniz

Foto de ontem, mas a roupa é de agora 📢♣️

(...)

Ao olhar a foto que Stella tinha postado, fiquei meio receoso.. ela não tinha me dado certeza que iria sair, e hoje percebi que ficou meio calada e pensativa no meio disso tudo. Até tentei mandar mensagens, mas ela não estava on-line no momento.

Odeio sentir ciúmes praticamente por causa de uma foto, sei que não to com a razão. Mas queria que ela falasse comigo, só pra ter certeza que tá tudo bem.

Eu também to com o coração apertado, fui buscar os meus pais pra irem lá no chá também. Meu irmão ia com Chiara em outro carro atrás de nós, e o local era um pouco longe, então ele não conhecia o caminho.

— Tá me ouvindo Felipe? — meu pai exclamou alto cortando os meus pensamentos.

— Oi pai, to sim.

— Para de olhar no celular enquanto dirige. Presta atenção no trânsito!— me repreendeu e eu assenti.

— Tá tudo bem meu filho? To te sentindo tão tenso hoje. — minha mãe indagou colocando as mãos no meu ombro.

— To um pouco sim, mas acho que é normal né? — tentei me esquivar das suas perguntas.

(...)

Ao chegarmos, notei vários carros em frente ao local.

Tinha um pessoal desconhecido chegando, e eu mal fazia ideia de quem eram. Cecília deve ter chamado meio mundo, ela adorava fazer festas pra quem não conhecia direito, apenas pra se aparecer.

Entramos no salão de festas e vi uma imensidão de coisas azuis, praticamente toda a decoração é azul.

— Ei, boa noite! Que bom que vieram! — Cecília veio nos recepcionar com um sorriso no rosto.

Cumprimentou meus pais e logo em seguida o meu irmão com a Chiara e as crianças que estavam atrás de nós. E eles foram procurar alguma mesa vaga pra se sentarem.

— Cê tá lindo hoje.. se o Artur puxar você, to feita na vida..— resmungou perto de mim.

— Valeu, cê também tá. — respondi sem emoção e apenas por pura educação. Aquela sua pose de boa samaritana não me descia.

— Ah! Então aqui está vocês! — uma senhora que deveria ser da família dela se aproximou.

— Oi titia, que bom te ver! — a abraçou rápido.

— E aí papais, como tá o coração na reta final?

— A gente tá mega ansioso né Lipe? Não vejo a hora!

Apenas abri um sorriso de canto, não conseguia nem esboçar um riso sincero. Parece que tudo em mim tá travado, não sei fingir emoções, sou péssimo nisso.

Após a mulher se distanciar, Cecília me olhou séria.

— O que foi? Dá pra ser um pouco mais simpático? — falou por entre os dentes.

— Cecília.. cá entre nós, esse filho não é meu, né? — sussurrei perto do seu ouvido, tentando disfarçar o que estávamos falando.

Tentei jogar um verde só pra vê no que dava, e ela percebeu que não estava tudo bem.

Percebi seu corpo se tencionar.

— Quê? O que tá falando? Tá bravo só porque eu não deixei sua namoradinha vir? — respondeu baixo com um sorriso falso no rosto.

— Eu sinto que não é meu Cecília, é involuntário. Por que ficou tão tensa?

— N-não fiquei tensa. Que merda você tá insinuado?

— Esse filho é meu mesmo? Não mente pra mim.. eu jamais mentiria pra você.

— É claro que é seu, a gente ia se casar, se lembra? Não me faça perder a cabeça aqui Felipe, por favor.

— Só me diz a verdade, é só isso que eu te peço. Não sei explicar, mas tenho a sensação que não é.

— Teve a sensação que eu ia ficar doente também? — falou com ironia — Faça-me o favor.. nem tudo é do jeito que esperávamos. Sinto muito.

— Cê tá mentindo, eu sei disso. — falei com a plena certeza.

— Não estou, eu sei que tá fazendo esse showzinho por causa da Stella.. lamento ela não poder vir, mas não acho que ela se comportaria civilizadamente.

— Você é louca.. eu não acredito que tá fazendo isso só pra se sobressair..

— Venham os dois tirar fotos! — uma voz feminina nos interrompeu e nós olhamos rápido. Devia ser a fotógrafa.

— Vamos lá papai, estão nos chamando. — sorriu cinicamente.

— Essa conversa não acabou. — passei na sua frente e ela apenas me ignorou.

A Garden está lotada, quase não achei Hans no meio daquela multidão. Ele tá meio alterado e soltou um grito estridente ao me ver aproximar.

— Ah! Não acredito que veio! — me abraçou forte.

— Você me convenceu.

— Amiga! — Vicente veio me cumprimentar todo alegre com um copo nas mãos.

— E aí Vicen, ah.. oi Martina. — sorri fraco ao notar a sua presença.

— E aí, adorei a sua roupa! — disse simpática.

— Jura? To me sentindo meio pelada com esse body aqui.. — soltei um riso e ela me acompanhou.

— Veio sozinha?

— Vim, Hans insistiu e acabei cedendo.

— Eu quase não vim, mas o Vicente discutiu com o Marco e quis vir.

— Sério? Caramba..

— Estão falando do Marquito? — ele nos ouviu e se aproximou apoiando os cotovelos nos meus ombros.

— Vocês brigaram?

— Não foi nada demais, ele só me irritou e decidi vir aqui tomar umas pra desestressar.

— Também to nessa amigo.

— Felipe não quis vir também? — questionou.

— Não, na verdade ele já tinha outro compromisso.

— Ele é louco de te deixar vir sozinha e gata desse jeito.. — Martina brincou e eu ri.

— Ele se fodeu, so sorry.. — Vicen gargalhou.

A música tocava alto no fundo (mídia), Hans bebia vários shots junto ao Vicente.

E eu e Martina apenas ficamos olhando de longe, ela bebia cerveja e disse que não costumava misturar as bebidas.

— Ei.. não vão beber não? — Hans chegou perto.

— Já to bebendo, só a Stella que ainda tá morna aí!

— Depois eu bebo algo, to tranquila..— indaguei.

— Não! Vem logo, vamos virar uns shots de tequila! — me arrastou e eu relutante o segui e Martina veio atrás da gente.

— Toma, vamos virar esse! — chegamos perto do bar e ele me entregou um copinho de vidro.

— Ela vai virar? Amo! Vamos Ste, você e boa nisso! — Vicen chegou por trás, visivelmente bêbado me encorajando.

— Coloca sal antes e limão antes. Vai te ajudar! — Martina exclamou.

Virei a primeira dose e aquele líquido amargo desceu rasgando na garganta. Fiz uma careta ao beber e eles riram.

— Caralho, isso é álcool puro! É mais fácil até beber gasolina do que beber isso.

— Esse é dos bons! Toma, bebe um pouco de gin pra refrescar. — Hans me deu um copo colorido e peguei tomando rápido a bebida para tirar aquele gosto de morte da minha boca.

(...)

Eu estava num teatro mal feito.

Sorria sem graça nenhuma e fingi estar feliz a noite toda, Cecília não tirava os olhos de mim. Eu sei que ela tá claramente com segundas intenções, mas eu desviava os olhares e não dava a mínima.

— Onde quer conversar? — se aproximou dando por vencida.

— Pode ser lá fora?

— Eu sei um lugar. Me segue. — indagou e eu a segui até as portas dos fundos da cozinha do salão.

Ela sentou numa cadeira de plástico e me olhou com o mesmo sorriso falso e irônico de sempre.

— Eu exijo um teste de paternidade. — nem hesitei em falar, aquilo já estava engasgado na garganta.

— Você tá brincado comigo, né? Me erra Felipe, não tenho tempo pra esses seus dramas.

— Qual o problema em fazer? Já que não tem medo, não devia temer.

— Pra comprovar o óbvio?

— É Cecília, e eu quero ter essa certeza. Mesmo que pra você seja "óbvio".

Ela soltou uma risada sarcástica.

— Não vou me sujeitar a essa humilhação. E quem mais seria o pai se não fosse você?

— Não sei, eu só quero ficar em paz. Você não tá me ajudando.

— Acha que eu te traí então?

— Provável, por quê pelas minhas contas você não estaria grávida de quase oito meses.. não tem lógica alguma.

— E desde quando você tem noção de gravidez? Vai me dizer que foi buscar no Google?

— Não se faça de sonsa, você sabe que não é coisa da minha cabeça.

— Eu sou médica Felipe, e eu conheço muito bem o meu corpo, obrigada pela preocupação.

— Vai continuar insistindo nisso?

— Eu preciso dar atenção aos convidados. Licença..

Antes que ela pudesse sair eu a impedi ficando na sua frente, ouvi ela bufar e me encarar seriamente.

— Se não quiser fazer, vou ter que contar pra todos que eu não sou o pai desse filho. Sinto muito.

— E quem acreditaria em você?

— Muita gente, eles não fazem ideia que tudo isso é uma farsa.. e eu faço questão de contar.

— Você tá me deixando irritada, justo hoje. Aqui não é ambiente pra discutirmos isso.

— Nunca é, você tá me evitando a semana toda.

— Felipe eu to doente, acha mesmo que vou ficar entrando nessas paranóias suas? Tenho mais coisa pra fazer.

— Cecília, eu quero esse teste. E não vou ficar em paz enquanto você não der essa certeza.

— Meu Deus.. tudo isso pra não ter que assumir um filho bastardo. — ela ficou com os olhos marejados.

— Como vou assumir um filho que não é meu? Eu só quero saber uma única coisa, porque tá dificultando?

— Quer saber? Eu vou fazer a merda desse teste de DNA, vou te provar que o Artur é mesmo seu filho, e ele vai ter que carregar seu sangue e seu sobrenome pra sempre. — suspirou.

— Eu vou te acompanhar, e nem pense em querer fraudar ou fazer algo ilegal.

— Eu trabalho na saúde, a última coisa que eu faria era algo ilegal.

— Pode ser na segunda?

— Por mim tanto faz.. — deu de ombros como se não temesse a nada e voltou a entrar pro salão.

Fiquei sozinho ali, e pensei em ligar pra Stella.. o seu celular chamou algumas vezes e caiu na caixa postal.

— Ah.. me atende porra.. — murmurei após tentar falar com ela inúmeras vezes. E não está tão tarde assim, é pouco provável que ela não veja as minhas ligações.

Sei que ela não deve tá contente comigo, mas queria ao menos poder tranquiliza-lá de que já estava quase tudo resolvido. Pelo menos eu acho que está.

— Filho, vem comer o bolo.. estão te esperando. — minha mãe apareceu me chamando e eu guardei o celular no bolso da calça e assenti fraco.

Algumas horas depois.

— Meu querido! Ela tá noiva! É comprometida, vaza! — Vicente me "defendia" de um cara que chegou em mim me chamando pra dançar.

Eu indicava com a mão mostrando o anel pro cara, que só balançou a cabeça negativamente.

— Que maluco sem noção..— murmurei tomando um gole a mais da minha bebida.

— Só hoje já foram quatro, haja paciência.

Minha visão já estava meio turva, e a minha voz um pouco embargada. Fiquei animada com os funks e a Martina até dançou comigo lá no meio da pista, meu celular havia acabado bateria e fiquei sem um sinal do Felipe o tempo inteiro, aquilo me deixava aflita.

— Ei.. vamos comigo no banheiro? Acho que quero fazer xixi.. — pedi pra ela, que só assentiu e fomos à procura de um toalete.

Ao acharmos o banheiro, avistei uma cabine vazia e entrei desabotoando a roupa rápido e me sentando no vaso.

Martina ficou do lado de fora me esperando.

Assim que me levantei, senti outra tontura.. só que dessa vez mais forte ainda, tentei ficar em pé.. mas antes mesmo de me dar conta, me virei pro vaso e abaixei a cabeça vomitando desesperadamente.

— Stella! Tá tudo bem? — ouvi a sua voz ecoar.

Apenas abri a porta e ela se aproximou.

— Meu Deus.. o que aconteceu? — segurou os meus cabelos —Eu te disse que misturar bebidas nunca faz bem..

Não conseguia responder, apenas extrair todo aquele vômito nojento que saia de dentro de mim. Até soei de tanto fazer esforço involuntário.

— Caralho, você tá pálida! — pegou na minha testa e tentou medir a temperatura.

— Essa tequila não me fez bem.. — disse rouca.

— Vem, te ajudo a levantar. — pegou no meu braço e me guiou até a pia.

Lavei o rosto e a boca, me encarei no espelho e notei que não conseguia enxergar direito o meu reflexo.

Ao sairmos, comprei uma água e tentei me acalmar sentando num sofás que tinham por perto. Martina foi chamar os meninos e avisa-los que eu não estava passando bem.

Fiquei mais calma e já me sentia um pouco melhor.

— Ei, tá tudo bem moça? — a voz de um homem se aproximou e eu o olhei rápido.

— Tá sim, e nem tenta que eu to noiva..— respondi já prevendo o que ele iria dizer.

— Foi mal, vi que você não tá passando muito bem.. quer uma balinha pra tirar o gosto ruim da boca? — me ofereceu uma balinha doce.

— Ajuda a tirar a anciã e o enjoou?

— Sim, é de hortelã.. ótima pra ressaca!— sorriu.

Nem conseguia prestar atenção no seu rosto. Só sei que peguei a balinha e abri a colocando na boca sem pensar duas vezes. O homem desapareceu de novo e não o vi mais.

Após uns minutos, comecei a ver tudo girar e umas paradas bizarras acontecerem. O teto se derreteu e   o chão ficou parecendo que estava alagado por uma água vermelha.

Meus olhos se arregalaram e fiquei bem apavorada. E quando olhei Martina se aproximar, vi que ela se parecia um duende e tinha umas orelhas enormes.

— Martina! Sua orelha.. que bizarro! — comecei a tocar na sua orelha e ela só sabia rir.

— Que foi? Cê tá bem? O que tem minha orelha?

— Eu acho que to bem.. to muito bem.. — soltei uma risada frouxa.

— Eu avisei os meninos, quer ir lá comigo? Lá deve ter alguns banquinhos também.

— Vamos.. mas cuidado com o chão.. — olhei pra baixo e aquela água estranha parecia aumentar.

— Você é maluca.. vem.. — passou os braços por trás de mim.

Continua..

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro