Depois de sair das dependências da Apolo, Flora vai direto para a faculdade. Sonha em ser jornalista investigativa. Já é bem tarde quando finalmente sai e pega o caminho da roça, digo, a condução para casa. Aaah o que foi? Nunca ouviu essa expressão? Esta me chamando de velho? Pois você está completamente certo. Definitivamente cuido do futuro da humanidade a muito e muito tempo. Alguns não acreditam, outros contam histórias doidas sobre mim, como a das Moiras. Já ouviu falar? Não? Bom, segundo a mitologia grega eu, O destino, era determinado por três irmãs (as Moiras) que tinham grande poder sobre os homens e Deuses. Não sei como, até porque essas mulheres aí são feias que chega a doer os olhos. Sério, uma derrota pior que a outra mas, não vem ao caso. Eu me determino sozinho, cuido de todos os futuros, inclusive, o seu.

  Tenho que dar uma pausa nisso de ficar falando de mim. É que não consigo não falar de algo tão belo. Enfim...

   Flora chega em casa exausta. Não fala com ninguém, simplesmente toma um banho e vai dormir. Já Pedro, chega em casa bem tarde depois da visita que fez a um orfanato a qual ajuda com doações. As crianças os amam, e adoram quando ele leva Eva, sua gata de estimação. Para na foto de uma menininha dormindo com Eva do lado. Quase pode sentir a calma e inocência infantil sair pela tela.

  — O que você tanto olha aí?— Sua linda e atrapalhada irmã mais velha Laura, senta na cama fofa atrás de Pedro.
   
  — Acho que existe uma porta para bater —Se vira para a irmã—E se eu estivesse pelado ?

  — É, realmente, eu não preciso ter essa visão, meus olhos sangram só de pensar— Faz careta.

—Muito engraçada -se levanta e senta na cama do lado da irmã— O que você quer ?

 — Só vim te entregar o e-mail e a ficha da garota —Ergue uma pasta— Tem certeza que quer fazer isso Pedro?

  Então moça, certeza, certeza, certezona ele não tem.

 —Tenho.

 Então tá!

 — Bom, você que sabe —Se levanta e antes de sair diz— Só acho que isso não vai te fazer bem—Sai e desliga a luz.

 O cara tira a camisa e se joga para trás na cama. Observa o céu estrelado desenhado no teto. Sempre gostou dele. Lembrava a mãe que nunca conheceu. Quando estava grávida de Pedro, ela pediu a um amigo que desenhasse um céu estrelado no quarto do bebê. A tinta das pequenas estrelinhas é néon, para que brilhassem no escuro.
 O quarto foi mudando durante o passar dos anos, mas Pedro fazia questão de deixar as estrelinhas lá. Sua mãe morreu no seu parto. Nunca pode conhece-la. As estrelinhas a representavam.

Eu sei que está pequeno gente, o calor que está fazendo aqui atrapalha minha criatividade. Derrete o cérebro sabe? Kkk.

Enfim, queria saber se gostariam que eu indicasse uma música para  cada capítulo, o que acham?

                    Atenciosamente, Maria.