》capítulo 33《
Oiii, sei que estou sumida e que mereço uma voadora no meio da cara por isso, mas me desculpem -é tudo culpa do meu bloqueio- MAS EU VOLTEEEEI. E para o capítulo de hoje deixarei junto a ele esse vídeo ai em cima com a tradução da música HOME da maravilhosa Gabrielle Aplin e acreditem, parece que foi feita pare este capítulo. Para quem não puder assistir o vídeo, deixarei a tradução da música no fim do capítulo. BOA LEITURAAAAA e me fale o que achou.♥
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》FLORA《
O carro para em frente a um enorme portão preto com uma placa escrita "Condomínio Vila Bela" com letras douradas. Acho engraçado, um condomínio que se chama vila. Sem dúvidas deve ser um lugar extremamente luxuoso com casas futuristas e tudo. Olho por cima do portão e o máximo que consigo ver são aglomerados de folhas de árvores esvoaçando no vento da tarde, nenhum sinal de construção a vista além dos muros.
Observo Pedro entre mim e Laura enquanto o portão não abre. Vez ou outra tira e põe a touca que está usando para esconder o tufo de cabelo que falta em sua cabeça devido a retirada do coágulo. Adotou o acessório de uma maneira que faz qualquer um pensar que ele usa aquilo desde sempre. Quase posso sentir seu nervosismo. Bate as pontas dos pés incessantemente no chão do carro. Fico o observando, está tão perdido em seus pensamentos que nem me percebe. É tão estranho o modo como as coisas acontecem, tudo muda em questão de segundos. Hoje você está de um jeito e amanhã de outro. Quem diria que eu, Flora Aguiar, estaria hoje em um carro, dando apoio e entregue ao cara em que arremessou uma xícara de café? Se me falassem isso naquele dia eu provavelmente arremessaria uma xícara de café na cara da pessoa também.
Em um ato quase que por impulso pego a mão inquieta de Pedro quando escutamos o barulho do portão sendo destrancado.
- Vai dar tudo certo. - Sussurro chegando perto de seu ouvido. Ele me dá um sorriso em resposta e entrelaça nossos dedos, Levanta e beija de forma doce minha mão e a mantém junto a sua em seu colo.
O portão abre automaticamente indo para a esquerda mostrando uma rua asfaltada bem no meio do que mais me parece um parque americano do que um condomínio no Brasil. Sinto o aperto em minha mão aumentar. Pedro observa sua frente apreensivo.
Seguimos rua a cima e logo vejo casas grandes, porém simples. Cada uma com uma cor diferente. Percebi também que nenhuma delas é grudada na outra, há um espaço que com certeza caberiam quatro carros enfileirados entre elas facilmente. São belíssimas, fico encantada com suas cores. A maioria são de dois andares. Depois de mais ou menos uns seis minutos seguindo reto na rua avistamos em seu fim uma enorme casa branca. Dois andares de puro charme e elegância. Parece uma pintura.
- Essa é a casa em que crescemos, Pedro. - Laura passa o braço por cima do ombro do irmão que apenas sorri sem tirar os olhos da grande construção branca.
- Que casa mais linda... - Penso alto o bastante para todos escutarem quando descemos do carro bem em frente a ela. Nem me dou conta de que ainda estou de mãos dadas com Pedro.
- Realmente... é linda. -Ele parece tão embriagado com a construção quanto eu.
- É a casa mais antiga deste condomínio. -Sr. Apolo conta com as mãos nos bolsos enquanto admira também logo atrás de nós. - Era de meus pais, eles que a construíram pouco a pouco, Convenceram pessoas a virem morar aqui e aos poucos foi se tornando uma vila. É um terreno bem grande e há mais casas do que vocês possam imaginar.
- Por que se chama condomínio agora? Isso tudo é seu? - Pedro pergunta e dá um leve aperto em minha mão. Acho a descrição da família Medeiros um exemplo a ser seguido. Eles não questionam meu envolvimento com Pedro. Não se intrometem. Não posso dizer o mesmo da minha família. Sempre que chego em casa Débora e minha mãe me bombardeiam com perguntas intrometidas sem dó nem piedade. Meu pai apenas observa de longe, me dando espaço para respirar.
- Virou condomínio quando sua mãe apareceu em minha vida... - o senhor encara os pés e sorri delicadamente acredito eu que se lembrando da esposa. Ele nos contou um dia desses que ela havia falecido, mas não disse a causa. Pedro passou esse dia triste, e nem se quer tinha uma lembrança da mãe. - Marise era uma mulher muito moderna. Nos conhecemos assim que voltou de Paris. Uma jovem cheia de vida e com boas idéias transbordando pelos poros. Nos apaixonamos e ela revolucionou minha vida. Deu a cara dela para a Vila Bela, a transformou em um arco-íris de cores alegres e a chamou de condomínio. Quando meus pais faleceram ela quis pintar nossa casa de branco, disse que a matriz da vila tinha que representar a pureza dos verdadeiros donos. Mantive a cor branca porque agora representa tambem a sua pureza.
Os olhos de Sr. Apolo marejam e quando percebo, Pedro já soltou a minha mão e abraçou o pai junto com Laura. Um elo de emoção bem a minha frente. Sinto minhas lágrimas correndo também, ando tão emotiva.
- Você não pode ficar de fora, vem aqui. - Pedro ergue o braço no ar e sorri para mim junto a sua família. Sei que não pertenço aquele momento mas sinto algo muito forte que me puxa em direção aquele abraço.
- Vem Flora! - Laura grita e eu acabo correndo para aquele abraço. Ficamos em um amontoado de sentimentos por alguns segundos e logo nos separamos, todos com olhos inchados. - Acho melhor entrarmos logo em casa - Laura ri e pega um bolo de chaves indo em direção a porta. Passamos por uma cerca pequenina que dá volta na casa -Ou pelo menos, olhando daqui, é o que parece- subimos três pequenos degraus e esperamos Laura abrir a porta. Sinto a mão suada de Pedro se agarra a minha. Está tenso e eu não tenho como acalma-lo. Suas lembranças foram tiradas, escondidas e estão difíceis de serem encontradas por ele. Quero ajuda-lo a resgata-las, mesmo que ele volte a não me olhar nos olhos, a fugir, a não me perceber. Seria muito egoismo da minha parte se não quisesse isso. Ele não esqueceu apenas que tinha algo contra mim -acho eu-. ele esqueceu quem ele era, esqueceu de tudo e eu não posso achar bom isso.
- Essa é nossa casa, Pedro. - Laura escancara a porta bem a nossa frente. Uma sala enorme e impecavelmente bela se mostra. Pedro solta minha mão e adentra a casa, dou alguns passos para dentro e o observo passando as mãos nos móveis delicadamente como se fossem se quebrar caso houvesse mais contato, como se não os pertencesse. Seu rosto está inexpressivo.
Será que conseguiu se lembrar de alguma coisa?
Algum sentimento? Não sei.
Sr. Apolo e Laura estão abraçados seguindo Pedro com olhos esperançosos logo a minha frente. Dou mais uma olhada em volta e logo me volto novamente para o homem de íris cor de esmeralda. Ele pega um porta - retrato em uma mesinha preta fosca do lado de um sofá grande, creme e aparentemente fofo. Pedro observa a foto tão perdidamente que me parte o coração, sinto vontade de correr até ele e abraça-lo, protege-lo, impedir que sinta qualquer coisa que não seja positivo.
- É ela? - Seus olhos verdes e marejados se voltam para as pessoas a minha frente.
- Sim, ela não é idêntica à Laura? - senhor Apolo responde o filho.
- É sim... - Pedro sorri e recoloca o porta retrato no lugar. Laura por sua vez não sorri, pelo contrário, seu rosto se contorce um pouco, isso está muito frequente e só aumenta minhas suspeitas.
- Vou ao banheiro... - Engole e tenta disfarçar- Pai, vai mostrando o quarto de Pedro para eles. - E sai andando a passos rápidos e ágeis.
- Podem ir, eu espero aqui. - digo.
- Nem pensar - Quando vejo, Pedro já está ao meu lado entrelaçando nossos dedos- Não percebeu ainda que te quero aqui comigo em todos os momentos?
- Pois é, não percebeu ainda senhorita? - Sr. Apolo diz divertido.
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TRADUÇÃO DA MÚSICA "HOME"
Lar
Sou uma fênix na água
Um peixe que aprendeu a voar
E sempre fui uma filha
Mas as penas são feitas para voar
Então estou desejando, desejando ainda mais
Que a animação venha
É só que eu preferiria estar causando o caos
A deitar-me sobre a ponta afiada desta faca
Com cada pequeno desastre
Deixarei as águas se acalmarem
Leve-me a algum lugar real
Porque dizem que lar é onde o coração se grava em pedra
É onde você vai quando está sozinho
É onde você vai para descansar seus ossos
Não é só onde você encosta sua cabeça
Não é só onde você faz a sua cama
Contanto que estejamos juntos, importa aonde vamos?
Lar
Lar
Então, quando eu estiver pronta para ser mais confiante
E meus cortes se tiverem curado com o tempo
O conforto se pousará sobre o meu ombro
E enterrarei o meu futuro para trás
Vou sempre manter você comigo
Você estará sempre na minha mente
Mas há um brilho nas sombras
Nunca saberei a menos que eu tente
Com cada pequeno desastre
Deixarei as águas se acalmarem
Leve-me a algum lugar real
Porque dizem que lar é onde o coração se grava em pedra
É onde você vai quando está sozinho
É onde você vai para descansar seus ossos
Não é só onde você encosta sua cabeça
Não é só onde você faz a sua cama
Contanto que estejamos juntos, importa aonde vamos?
Lar, lar
Lar, lar
Porque dizem que lar é onde o coração se grava em pedra
É onde você vai quando está sozinho
É onde você vai para descansar seus ossos
Não é só onde você encosta sua cabeça
Não é só onde você faz a sua camaCorrigir
Contanto que estejamos juntos, importa aonde vamos?
Lar, lar
Lar, lar
KISSES, Maria ♥
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