》Capítulo 21《
》FLORA《
Estou completamente entregue ao momento. Estou beijando o cara no qual arremessei uma xícara de café a um mês. Bom, ele que me beijou, e eu não consigo parar. Mas por que? Não faço a mínima. Seus braços fortes me seguraram na hora da queda e permanecem firmes em volta de mim enquanto seus lábios passeiam pelos meus me fazendo sentir algo que não sei explicar, algo familiar.
Não consigo pensar no que estou fazendo. Não consigo afasta-lo. Meu corpo não obedece.
Seus braços largam minha cintura e seu beijo perde a intensidade de uma hora para outra. Ele se afasta e se encosta no carro com os lábios rosados. Sua reação é indecifrável. Parece assustado e perdido ao mesmo tempo. Já eu, bom, fico parada olhando aquele par de olhos claros até ele desviar o olhar para alguma outra coisa e quebrar o silêncio.
- Isso não podia ter acontecido - Parece atordoado, e dá a volta no carro correndo sem se quer olhar para mim- Desculpa.
- Espera! -Grito, preciso pegar meu celular que ficou no carro.
- Não! Isso não pode acontecer -Ele grita isso alto e forte.
Não?!
- Foi você que me beijou - Grito de volta.
Ele abre a porta do motorista e antes de entrar joga para mim:
- Você não é garota para mim, Flora!
O que?
- Você é um idiota -Não consigo evitar o desapontamento. Esse cara que acabou de entrar no carro e partir não é o Pedro que fala comigo todas as noites. Nunca será!
Por que esse cara age assim? Eu não o compreendo. Ele me beija e sai correndo como se eu fosse um bicho perigoso. Não foi eu quem beijou primeiro.
Subo as escadas ainda com o coração acelerado e não sinto quando lágrimas quentes começam a cair. Por que não parei o Beijo daquele idiota? Eu o odeio, disso tenho certeza. Passo pela sala torcendo para que ninguém me veja. Sorte que meus pais ainda estão trabalhando a essa hora. Não sei onde está Débora. Vou direto para o banheiro. Tiro minha roupa e deixo a água quente do chuveiro enganar de que não estou chorando, de que estou com raiva do Pedro e que o líquido no meu rosto é apenas água.
Não sei por quanto tempo fico ali, pensando em como aquilo foi acontecer e por qual motivo continuei. Não sei explicar mas, senti algo familiar antes dele sair correndo de mim. Por que me sinto assim? Um aperto tomou meu peito assim que nossos lábios se tocaram. Eu não entendo.
* * *
O que Flora não entende é que isso é o amor que chegou mais uma vez com toda a força. É tão intenso que parece uma dor dilacerante para os dois. Como uma mão forte esmagando seus corações. A morena fica de olhos fechados em baixo da água quente esperando por quase meia hora esse sentimento desconhecido ir embora. Sem sucesso. Deita em sua cama e fica olhando o céu estrelado. Uma sensação ruim toma o pequeno corpo da morena de cabelos molhados.
Pedro tenta arrancar da mente as lembranças de Lilian que o tomaram a cabeça em meio ao beijo com Flora. Não consegue controlar os sentimentos que transbordam como lágrimas por seu rosto enquanto dirige sem rumo. Como pode alguém sentir uma vontade enorme de ficar perto de uma pessoa, mas assim que a toca sua mente manda seu corpo se afastar?
- Por favor Deus, me ajuda! - Diz com voz embargada. Ele até ajudaria mas, você tem que passar por isso. Não tem escolha.
Seus pensamentos voltam para o passado novamente, misturado com as lembranças vem o sorriso de Flora, o momento do Beijo e o toque de Lilian, seus olhos embaçam o fazendo perder o controle do carro fosco, só consegue ver com nitidez o farol vindo em sua direção por fração de segundos ates do estrondo. Depois, a escuridão toma a sua visão e a mente. Está livre das lembranças. Talvez por momentos, talvez não...
Flora não está com disposição para ir a faculdade. Ficar em casa, deitada na cama até a hora que o sono bater é o que resta para a noite. Seus pais devem estar chegando. Debora pelo visto saiu, não escuta o som da TV e nem cheiro de comida. Fica dispersa observando a noite recém chegada pela janela de grades do quarto. O telefone toca lá na sala. Três toques e a morena corre atender.
- Alô?
- Alô, é da residência de Pedro Apolo Medeiros? -pergunta uma voz grave embalada com o som de sirenes ao fundo. Ambulância.
- O que? Não, aqui não é a casa dele não moço -Responde confusa.
- Você o conhece? Ele sofreu um acidente encontramos dois celulares, o que estava com ele está destroçado. E esse estava preso entre as almofadas do banco. Este número está com o nome "casa".
************************
#Vem1K❤
AMO VOCÊS, ESPERO QUE ESTEJAM GOSTANDO.
Kisses, Maria ✴
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro