Definitivamente passar a maior parte de seu dia junto de Pedro não é uma idéia muito boa para Flora. Ela já não o odeia mais, porém, nao sente confiança em quem não olha em seus olhos. Para ela Pedro é um cara com muito dinheiro e pouca mente. Talvez esse tempo a mais só com ele seja bom para a aproximação e conhecimento um do outro.
  São exatamente cinco para as seis da manhã quando o despertador do celular da pequena morena toca e vibra em cima da mesinha do computador ao lado da beliche das irmãs. Flora se levanta, vai ao banheiro, pensa na vida, come, se arruma e vai rumo ao trabalho. Enquanto está no ônibus, pensa em vários métodos de organização para não decepcionar Tomás. "Ele não merece ser decepcionado, é um cara legal e humilde. Não posso desapontar. Vou me organizar e dar o meu melhor"  pensa antes de se tocar que o ponto já estava quase passando. Desce e caminha calmamente até a empresa.
  Flora entra na sala de Tomás atrapalhando o falatório lá dentro.

  — ... isso não será bom para você e nem para a moça que está sendo usa... —Sr. Apolo ver flora entrando e se cala diante de Pedro e Laura.

  A morena fica com vergonhada, afinal entrou com tudo em uma sala em que a família dona da empresa, ou seja, seus patrões, discutiam algo aparentemente sério.

    — Ah, mil desculpas Sr. Apolo  eu...eu posso voltar outra hora —se vira para sair.

   — Não flora, pode ficar—Laura diz alto— Já acabamos mesmo, não é pai? Não é Pedro? 
 
   A família se olha e então Pedro quebra o silêncio.

  — É sim, temos muito trabalho para organizar hoje.

 — Pois bem, vou para a minha sala. Qualquer coisa me avisem —Sr. Apolo vai até a porta e antes e sair se vira para Flora- O que está achando senhorita?

  — Do que senhor?

 — De trabalhar aqui, da empresa...

  Os irmãos apenas os observam cabreiros e aparentemente preocupados.
 
 — Ah sim, então, é só meu terceiro dia, e por enquanto está tudo bem. Eu estou gostando.

— Fico feliz — o senhor de cabelos grisalhos e terno preto da um sorriso para a moça- Não se esqueça qualquer coisa fale comigo.

  — Pode deixar - Flora retribui o sorriso.

  — Agora deixe-me ir que tenho muitas coisas para resolver—Sai andando firme pelo corredor.

  Flora gosta daquele senhor tanto quanto gosta de Tomás. "Eles sim deveriam ser pai e filho" pensa.

  — Bom, acho que vocês tem algumas coisas para arrumar não é? Deixei eu me retirar também...— Laura se movimenta para sair.

 — O Tomás falou que você ia nos ajudar Laura...— Flora coloca sua bolsa em cima de sua mesa e se apóia nela.

  — Sim, eu vou ver DJ, comidas essas coisas, só que da minha sala—olha para Pedro e logo em seguida para a morena— É vocês vão decidir quais filiais irão fotografar amanhã.

  — Amanhã?  Vamos só eu e ele— aponta para Pedro.

— Amanhã sim —Laura e Pedro percebem o desconforto na voz de Flora.

— Olha Flora,  eu já pedi desculpas por como te tratei daquela vez, eu não sou nenhum bicho não. Não mordo, não precisa agir como se eu fosse um bandido perigoso — Ele a encara firme e por mais tempo antes das lembranças pipocarem em sua mente e então desviar o olhar.

 — Eu não disse isso, Pedro —arregala os olhos.

 — Foi o que pareceu. — respondi tentando equilibrar uma caneta preta na mesa de Tomás.

 — Gente, olha só, isso já passou, ficou para trás. Vocês estão aqui para trabalhar juntos, então por favor hajam como profissionais — a loira da sala coloca ordem. Quem disse que loiras não fazem isso? Quem foi? Mostre a cara para o tio destino aqui irmão!.

 — Desculpa Laura, mas não somos profissionais, como vamos fazer isso sozinhos

  Pedro observa calado apenas a irmã.

  — Estão aqui para aprender. E sem contar que vocês só vão tirar fotos e organiza-las por enquanto — diz pegando uma pasta preta—É também Pedro tem dois cursos de fotografia vão tirar de letra. Aqui toma, nessa pasta estão os endereços de todas as filiais da Apolo.

 Flora pega a pasta e Laura sai. Pronto! Esta só no abatedouro, digo, sala. Senta na mesa de Tomás e abre a pasta. Tira alguma das folhas e coloca em cima da mesa.

 — podemos começar por sei lá,  as mais perto —Pedro quebra o silêncio.

 — Por mim tudo bem...

 Pedro a olha distraída com a pasta e ergue a mão para pegar as filhas que Flora colocou sobre a mesa. Não chega a pega-las. Sua mão e a de Flora socam por frações de segundos antes de se afastarem no susto. Flora não viu a mão do loiro na hora em que ia pegar as folhas para guardar novamente.

  — Desculpa! - Dizem em uníssono.

  — Tudo bem - falam juntos outra vez.

 — Duas mão está muito suada... Esta se sentindo bem?

  Pedro a olha rapidamente e nervoso responde.

  — Sim, é...É só calor...

  — Nas mãos?  Mas o ar está liga...

 — Eu estou bem Flora, podemos continuar?! - corta a garota.

 
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Genteeee desculpe os erros. Não revisei alguns capítulos, inclusive esse. Relevem please!

    Amanhã tem mais ❤ amo vocês.

            Kisses, Maria ✴