》Capítulo 1《
》FLORA《
— Prazer Pedro — Ergo a mão para o cara a minha frente, que por sinal não se dá o trabalho de aperta-la, apenas me lança um olhar sério e amargo ao dizer:
—Porque acha que pode falar comigo?
—Por que tenho educação?—Ergo as sobrancelhas.
Definitivamente, dar respostas malcriadas é mais forte do que eu. Sinto que já posso dar adeus ao emprego.
— Esse emprego não será seu — Se vira para o pai, que está o observando como se tivesse algo errado e passa umas fotos em uma câmera digital super moderna — Já pode ir embora.
— Quem decide isso sou eu Pedro —Sr. Apolo o repreende.
— Você só pode estar de brincadeira, Pai — Aponta para mim sem nem olhar — Olha para ela, ela nem tem porte para ser secretaria da Apolo.
— Chega Pedro! Essa moça fez curso de secretariado aqui mesmo, Na Apolo, é completamente qualificada para o cargo.
—Eu fiz dois anos de curso aqui! —Digo tentando segurar a raiva que já me subia goela a cima.
_ Sim, senhorita. Sua notas são excelen...
— Você não me entendeu, pai — Pedro interrompe sem cerimônia, e sem um pingo de educação —olha pra ela, tem altura e corpo de uma criança magricela.
—O que? - não sou capaz de segurar a raiva, adeus emprego! — Eu não te conheço e não te dou o direito de falar comigo assim!
— Você não tem que me dar direito nenhum dentro da Apolo, Eu falo o que eu quiser. — Cospe arrogância.
Olho para uma xícara de café que estava ali desde que entrei, e quando vejo, já a joguei em Pedro.
— Sua louca! — Ele se levanta e passa as mãos no rosto —Olha o que você fez!
—Isso é o que se ganha por me ofender— Vou até a porta pisando fundo — Não fico aqui nem mais um segundo!
Quem esse cara pensa que é? Só porque tem dinheiro acha que pode ofender as pessoas?. Talvez se eu fosse uma loira alta e gostosa ele me aceitasse nessa merda de empresa.
Quando saio da Apolo, está caindo um temporal, e agora? Saio assim mesmo, eu que não vou ficar aqui nesse poço de arrogância. Corro até o ponto de ônibus, depois de longos vinte minutos consigo ver meu ônibus, dou sinal e... Ele passa direto me dando um banho de lama e óleo do asfalto.
— Eu não acredito nisso - abro minha bolsa de couro vagabundo que na verdade é plástico. Felizmente não molhou meu celular nem meus documentos, já minha blusa branca...—Era só o que faltava— resmungo.
Devo estar horrível, ensopada de lama, com a maquiagem escorrendo, o cabelo grudando na cara, e pra completar, desempregada. Linda!
Outro ônibus vem, dou sinal junto com uma mulher com uma criança pequena, a deixo passar na minha frente.
— Mamãe, mamãe...— O menininho puxa a roupa da mãe e olha para mim
Aaaah é uma criança tão linda, só carinho infantil para salvar a minha noite hoje.
— O que foi Bernardo? - pergunta a mãe, dou um sorriso a criança linda.
— Tem uma bruxa atrás de você, mamãe— Aponta para mim. Eu disse criança linda? Me enganei. Fecho a cara e subo no ônibus.
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