I. Chaos, noise and confusion
16 de Dezembro de 2012
Nem haviam começado as festas e a residência Black-Lupin já se encontrava uma bagunça.
Com o início das férias de fim de ano de Hogwarts, Remus e Sirius estavam instalados em sua isolada casa no País de Gales completamente decorada com dois jovens estudantes bruxos desfazendo tal decoração com seus feitiços, ignorando completamente as leis contra uso de magia por menores. Eles nunca respeitaram tal lei com os mais velhos e não o fariam com os caçulas, mas também prezavam pela organização de seu lar.
Ao menos, Remus gostava bastante de uma casa bem cuidada e organizada.
A grande árvore de Natal estava disposta próxima à lareira, rodeada de caixas de presentes aos seus pés e decorada com bolinhas vermelhas, douradas e prateadas brilhantes, miniaturas de vassouras, caldeirões e bruxos e luzes pisca-pisca trouxas. Bem no topo brilhavam e flutuavam incríveis e majestosas estrelas, cada uma representando cada membro da família.
Dez meias decoravam a lareira junto às fotos de família, além de mais luzes. Sirius fez questão de colocar vários daqueles pisca-pisca trouxas na decoração, para a casa estar sempre iluminada e brilhante. Ele, certamente, sempre era um dos mais entusiasmados com o Natal.
Deveria haver uma guirlanda logo acima da lareira, mas ela agora queimava no fogo aceso. O tapera macio e felpudo logo a frente estava lotado de almofadas que deveriam estar no sofá e nas poltronas e sujo de migalhas de biscoito e leite derramado de dois copos caídos, um deles estilhaçado. E uma das queridas minhas cheias de luzes de Sirius estava quebrada e fora do lugar.
Remus havia limpado e organizado o local há pouco mais de quinze minutos.
— James! — ele exclamou.
O garoto na sala pulou de susto. Segurava a varinha em sua mão, vestido no suéter vermelho que ganhara no Natal passado e com os pés descalços sobre a bagunça, os cabelos escuros maiores que o de costume parecendo ter passado por um furacão, os cachos num belo caos.
Seguiu-se alguns segundos de silêncio com o garoto congelado no lugar, observando Remus pousar ambas as mãos na cintura com uma expressão irritada e cansada no rosto. Pego em flagrante, parecia pensar numa boa desculpa. Ao sair de seu estado de surpresa, apontou diretamente para a poltrona à sua esquerda.
— Foi o Teddy quem começou o duelo — acusou.
O menino de cabelos azuis surgiu por trás da poltrona, onde estava escondido, apontando de volta para o irmão.
— Não, pai! Foi o Jamie — retrucou.
— Não importa quem começou. Eu já avisei a vocês — Remus começou a falar num tom repreensivo. — Sem duelos dentro de casa. Usem o jardim ou o quintal.
— Está nevando — James disse.
— Conhecem as regras para magia dentro de casa. Esperem até amanhã de manhã.
— Tudo bem — disseram juntos, bufando.
— Arrumem tudo enquanto preparo o jantar.
— Vai ter sobremesa? — Teddy perguntou esperançoso.
— Irei pensar quanto a isso.
Remus deixou o cômodo, e os garotos rapidamente sacudiram suas varinhas para organizar tudo o mais rápido possível. Limparam a sujeira, colocaram as luzes e almofadas de volta no lugar. Enquanto Teddy prendia a guirlanda acima da lareira, James apontou a varinha para o copo quebrado.
— Reparo.
Os cacos de vidro se uniram de volta à forma de um copo, o qual foi colocado sobre a mesa de centro junto ao outro.
Sirius chegou ao cômodo no exato minuto em que terminaram, saído do escritório com uma carta em mãos. Os dois irmãos sorriram inocentes para o pai, escondendo as varinhas às suas costas.
— Viram o Polaris? — perguntou.
— No poleiro do meu quarto — James respondeu e fez um alto assobio ritmado. Logo uma coruja de penas incrivelmente brancas chegou voando do segundo andar e pousou em seu ombro. — Já estou tão bom nisso quanto o Canis.
— Podemos ter sobremesa hoje, papai? — Teddy perguntou, fazendo um biquinho fofo.
— Claro! — Sirius sorriu largo para o filho e deixou um beijo sobre os cabelos azuis. Ele pegou a coruja e seguiu até a janela, voltando após ver a ave voar pela noite com a carta.
Sirius acomodou-se no sofá e os garotos sentantam-se no chão convocando um baralho de snap explosivo. Eles acabaram chamando o pai para jogar também e ficaram os três juntos ali, enquanto Remus trabalhava na cozinha.
Estavam bastante entretidos com o jogo, quando o som de um estalo ecoou pela sala de estar e três homens aparataram próximo a porta.
Dois deles eram perfeitas cópias mais jovens de Sirius, ambos com os rostos marcados por cicatrizes — lembranças da Segunda Guerra Bruxa. O da esquerda tinha o rosto um pouco sujo de fuligem e vestia um colete preto, luvas de couro de dragão da mesma cor e botas enlameadas. O outro, idêntico a ele, trajava uma capa preta sobre as roupas de frio de cor preto e verde, as botas igualmente sujas de lama, mas de resto mais limpo que o irmão gêmeo.
O terceiro também usava uma capa preta, a qual logo retirou suspirando. Seus olhos verdes transbordavam exaustão por trás dos óculos, com uma enorme cicatriz lhe cortando o rosto fora uma em forma de raio na testa.
James e Teddy rapidamente ficaram de pé e correram até eles com enormes sorrisos no rosto.
— Canis! Theo!
— Como estão os meus irmãozinhos? — Canopus cumprimentou-os sorrindo e abraçando James, enquanto o irmão abraçava Teddy. Então os garotos trocaram de lugar no abraço. — Cuidado, eu acabei de sair de um ninho de uma mamãe dragão furiosa.
— Legal! — os dois garotos exclamaram.
— Se divertindo muito em Hogwarts? — Therion perguntou.
— Cumpri sete detenções esse mês antes das férias — disse James, ganhando um sorriso orgulhoso dos irmãos mais velhos. — Dezoito durante o semestre.
— Prof. Slughorn disse que sou o melhor aluno do segundo ano de Poções que ele já viu — gabou-se Teddy. — Sou o membro mais jovem do Clube do Slugue.
— Esse é o meu garoto! — Therion disse, exibindo mais um largo sorriso orgulhoso e bagunçando os fios coloridos.
— Eu não vou ganhar um abraço também?
Os dois garotos voltaram-se para o cunhado, que abria os braços com as sobrancelhas erguidas. Apenas Teddy abraçou-o fortemente.
— Você não foi ao meu primeiro jogo. — James cruzou os braços emburrado.
— Eu te disse naquela carta que tive imprevistos no trabalho no dia do jogo.
— Você prometeu, Harry!
— Eu prometo que vou a todos os próximos jogos desse ano, se minha agenda estiver livre.
O garoto continuou emburrado.
— Se não estiver muito enferrujado depois desses meses sem aulas com seu irmão, que tal ver qual será seu presente de Natal?
Harry desarmou suas barreiras mentais, encarando o jovem cunhado. James se concentrou, a expressão irritada suavizando e dando lugar a um grande sorriso para o marido de seu irmão mais velho. Ele então pulou em seus braços.
— Ele tem tentado bastante ver o que eu e Remus compramos. Com certeza não está nem um pouco enferrujado — Sirius comentou, levantando-se.
— E eu não posso mais parar de usar oclumência porque você me deu dois irmãos legilimentes. Muito obrigado, pai — Canopus resmungou sarcástico, mas riu baixo.
— Você com certeza é o melhor oclumente da família e o que melhor sabe fazer um feitiço com as próprias mãos, Canis.
— Eu sei.
Canopus sorriu convencido, retirando suas luvas. Ele então caminhou rapidamente até o pai e o abraçou com bastante força, pois já haviam se passado vários meses desde a última vez que se viram. Sirius retribuiu na mesma intensidade, não se importando com o leve cheiro de queimado e as roupas sujas do filho.
Receber abraços quentes e carinhosos dos filhos era uma das coisas que mais amava.
— Sentimos sua falta.
— Também senti, pai. — Canis se desfez do abraço e sorriu para Sirius. — E papai? Onde está?
— Na cozinha. MOONY, TEMOS VISITAS! — Sirius chamou o marido e foi cumprimentar o outro filho e o afilhado.
Remus saiu da cozinha confuso, pois não aguardava nenhuma visita. Ao ver os filhos mais velhos e Harry na sala, exibiu um enorme sorriso e rapidamente abraçou Canis, quem não via a mais tempo. Com seu trabalho e do Sirius em Hogwarts e Canopus agora sendo um magizoologista tão famoso e requisitado pelo mundo, visitas frequentes são mais difíceis.
Admirou o rosto do filho, fazendo um leve carinho em seus cabelos.
— Está deixando a barba crescer? — riu.
— Me deixa bem mais charmoso — disse com um sorriso ladino.
— E Draco e as crianças?
— Estão bem, em casa, descansando. Temos estado muito ocupados.
Remus logo seguiu para abraçar a Therion fortemente, perguntando pelos netos outa vez, enquanto Harry seguia para o padrinho. Os gêmeos, como sempre, continuavam extremamente parecidos com Sirius quando tinha a idade deles, e Harry a cara do pai.
— As crianças estão ótimas. Deixamos com Draco — Therion disse. — Decidimos vir pessoalmente, estava sentindo falta de vocês.
Canopus jogou-se exausto no sofá, assim como o cunhado. Sirius sentou-se na poltrona, enquanto os mais novos voltavam a jogar com as cartas. Therion logo sentou-se no braço do sofá, ao lado do marido, que imediatamente abraçou sua cintura.
— Estou com saudades dos meus netos — Sirius resmungou.
— Vão ficar para jantar? — Remus perguntou.
— Não, seremos rápidos. Só precisamos conversar com vocês. Mas aceito um café, estou precisando de um pouco de cafeína — Canopus disse enquanto esticava os pés para apoiá-los na mesa de centro.
— Tudo bem, vou trazer — concordou e riu. — E tire suas botas sujas da mesa!
Canopus obedeceu, mas assim que Remus seguiu para a cozinha, ele tornou a apoiar os pés no móvel.
— Qual a razão da visita surpresa? Pensei que viriam depois com as crianças para o Natal — Sirius indagou.
— É justamente sobre nossos bebês que precisamos conversar.
— Eu vou viajar para a Austrália amanhã à noite. É um evento importante de pocionistas que preciso ir, sou um dos convidados de honra. E Harry e eu decidimos ficar o resto da semana por lá para aproveitar um pouco.
— As crianças poderiam ficar aqui com vocês até o Natal? — Harry pediu.
— Ouviu a parte em que falei que estou com saudades dos meus netos? — Sirius indagou. — Na verdade, adoraria que já tivessem trazido hoje.
Os gêmeos riram junto de Harry.
— Também vim fazer esse pedido, pai — Canopus falou. — Irei fazer mais uma viagem e Draco virá também.
— Ele sempre vai com você. — Harry revira os olhos. — E você implicava comigo e com Therion em Hogwarts.
— Vocês eram melosos demais o dia inteiro e não se largavam nunca.
— Que tal voltarmos ao sexto ano, então, quando você era uma sombra do Draco?
— Se bem me lembro, Harry, a sombra dele no sexto ano era você.
— Só queria verificar minhas suspeitas.
— Quase matando ele.
— E já resolvemos isso com você quase me matando depois e me deixando dois dias na ala hospitalar.
— Ainda não me arrependo — afirmou Canopus com um sorriso satisfeito no rosto. Voltou os olhos para Sirius. — Enfim, pai… Não é bem um pedido. Só estou comunicando que amanhã trarei Scorpius e Adhara com suas malas para ficarem até o ano novo, mas devo voltar a tempo para o jantar no Natal e ficar aqui o resto da semana.
— Claro, vai ser ótimo!
Remus retornou com o café do filho mais velho. Sentou-se no braço da poltrona onde Sirius estava e sacou sua varinha, afastando bruscamente a mesa onde estavam os pés de Canis.
— Au! Papai, eu estou exausto!
— Beba seu café.
Ele resmungou baixinho, mas não contrariou, bebendo um grande gole de café.
— Remmy, as crianças vão ficar conosco até o Natal! — anunciou Sirius com um sorriso brilhante.
— Vai ser ótimo! Faz muito tempo que não temos a família toda reunida durante a semana de Natal.
— Serão só as crianças mesmo — Therion disse.
— Ainda precisam de mim para cuidar dos dragões na Romênia e Draco virá comigo.
— E eu vou acompanhar Therion na viagem — Harry disse. — Podem mesmo ficar com as crianças até o Natal?
— Eu consigo passar uma semana sozinho com meus netos! — Sirius exclamou. — As crianças vão ficar bem, não se preocupem.
— Pai, seremos sete contando com os pirralhos — James falou. — Não vão precisar se preocupar comigo, claro, mas bem acho que é um pouco forte. Eles vão destruir a casa.
— Não fale assim dos seus sobrinhos — Harry disse.
— No meu quarto eles não ficam de novo. Eles destruíram tudo na última vez.
— Eles vão ficar nos quartos de hóspedes dos seus irmãos — Remus tranquilizou-o. — Pelo menos até eles voltarem.
— Vai ficar tudo bem. Amo todos os meus netos, não importa quantos venham. — Sirius disse. — Sempre podemos arranjar espaço.
— Já são cinco, amor. Acho que agora não virá mais nenhum.
— Eu sinto que um dia virá o sexto.
— Mamãe que era boa em adivinhações, pai — Canopus comentou e riu baixo, sorrindo de canto. — Não confie tanto em seus instintos.
— Veremos isso mais tarde, Canis — Sirius disse com um sorriso desafiador.
Canopus comprimiu os lábios e conteve mais um sorriso, bebendo os últimos goles de café logo em seguida e desviando o olhar.
— Eu amo ver a casa cheia com a minha família. Quanto mais netinhos para mim, melhor!
— Desculpa, pai, mas se quer mais netos, peça ao Canis. Depois das gêmeas, o crescimento da família Black-Potter está oficialmente encerrado — Therion falou e olhou para o irmão.
— Você e Harry que têm três. O que custa mais um?
Therion arqueou a sobrancelha para o irmão gêmeo, sendo acompanhado pelo marido. Canopus apenas sorriu divertido.
— Podem aproveitar bem a viagem planejando isso.
— Vamos aproveitar sim, mas será o nosso merecido descanso — Harry disse. — Criar três crianças não é fácil, não é, Canis?
— Acho que já vou indo. Obrigado pelo café, papai.
— Vocês mal chegaram — Teddy lamentou com um biquinho triste.
— No Natal nós voltamos e vamos todos fazer uma guerra de neve no jardim — Therion disse ao irmãozinho.
— Tenho um belo marido me aguardando ansioso em casa para o jantar, mas se Therion e Harry quiserem ficar, garanto que suas crianças serão bem alimentadas.
— Temos que arrumar as malas deles — Harry disse. — E não quero meus filhos se machucando com alguma das suas criaturas.
— Minhas criaturas não machucam ninguém!
— Seu marido com certeza é mortal — zombou rindo apontando para a grande cicatriz em seu rosto fora a de raio.
Canopus fechou a mão em punho, e Harry parou de rir. Ele tentou falar e até gritar, mas a voz não saía de jeito algum.
— Bem melhor.
— Canis, devolva a voz do meu marido.
Ele abriu a mão, e Harry imediatamente o xingou de todos os nomes possíveis.
— Sem xingar na frente das crianças! — Remus falou.
— Vocês fazem isso o tempo todo — James retrucou.
— As vezes nem parece que vocês já têm mais de 30 anos.
— Ele que começou.
— Nós ainda mantemos nosso espírito, jovem. — Therion sorriu. — Agora, realmente precisamos ir, mas amanhã traremos as crianças.
Todos ficaram de pé e se despediram. Remus suspirou quando viu os três desaparatarem e olhou para o marido, que parecia bastante revigorado e feliz.
— Não está animado, Moony? Vamos ter uma semana inteira com nossos netos.
— Estou, amor — Remus riu baixo e beijou o rosto dele. — Só estou me preparando mentalmente para o caos que ficará a casa faltando pouco mais de uma semana para a lua cheia.
— Os meninos já terão voltado. Vamos poder passar a lua cheia todos juntos.
— Falando em passar a lua cheia em conjunto... — James começou a falar.
— Nada de se tornar animago ilegalmente antes da maioridade, James. Já conversamos sobre isso.
O garoto bufou e cruzou os braços.
***
No dia seguinte, James e Teddy haviam acabado de se sentar a mesa de café da manhã ainda de pijama quando ouviram o som de passos correndo apressados em direção a sala de jantar.
— VOVÔ!
Três crianças adentraram o cômodo correndo na direção de Sirius e Remus. Os dois homens foram felizes e se abaixaram apara abraçá-los com força. Harry e Therion pararam a porta, ambos trajando longas capas sujas de neve e segurando um malão cada, semelhantes aos que usavam na época de Hogwarts.
James e Teddy cumprimentaram os sobrinhos, que rapidamente voltaram para serem paparicados pelos avôs.
O garoto mais velho subiu em uma das cadeiras de frente para os tios e ficou de joelhos, pegando um sanduíche na mesa e começando a comer. Os cachos escuros escapavam da touca vermelha e alguns caíam sobre o rosto salpicado de algumas sardas no nariz, os olhos bicolores — um verde e outro acinzentado — transbordando energia.
As duas garotinhas estavam no colo dos avôs, ambas tão idênticas quanto Canopus e Therion eram um ao outro. Os fios ruivos estavam um pouco salpicados de neve, que Sirius e Remus logo limparam antes de encher seus rostinhos de beijos. Elas riram, mas logo estavam resmungando para voltar ao chão e foram colocadas sentadas em duas cadeiras ao lado do irmão mais velho, onde pareciam ainda menores do que já eram.
— Eu e vovô Sirius fizemos um café da manhã especial só para vocês — Remus disse, já servindo chocolate quente em canecas de plástico para os netos.
— Albus já viu — Harry comentou rindo.
— Sentem-se também — Sirius pediu.
— Vamos comer no hotel quando chegarmos. Nossa chave de portal vai sair em alguns minutos, só viemos trazer as crianças — Therion disse. — Obrigado mesmo por ficarem com eles.
— Sempre temos tempo para cuidar dos nossos netos. Aproveitem bem a viagem.
— Comportem-se e obedeçam seus avôs, ouviram? — Harry pediu aos filhos. Todos eles assentiram com a cabeça.
— E seus tios também — James completou.
— Eles estavam ansiosos para ficar com os titios e ouvirem sobre Hogwarts também — Therion disse chegando por trás do irmão e bagunçando seus cabelos. — Seja legal com seus sobrinhos.
— Quando não sou legal?
— Posso fazer uma lista em ordem alfabética ou cronológica, se quiser — Teddy implicou.
— Cala a boca, Teddy.
— Isso vai para a lista.
Therion riu e abraçou os dois irmãos com força, beijando seus rostos e ouvindo resmungos por isso.
— Quando voltarmos, jogamos uma partida de quadribol no quintal — Harry disse aos jovens cunhados.
— Vou mostrar que sou um apanhador ainda melhor que você.
— Pode tentar, Jamie. Vá treinando.
— Esqueci de entregar isso ao Canis ontem. Podem dar a ele quando chegar? Temos que ir logo para não perder a chave de portal — Therion disse entregando um grande frasco enrolhado com uma poção para Sirius.
— Claro.
— E papai, aqui está suas poções para a lua cheia. O tratamento está seguindo bem? — Entregou uma caixa a Remus.
— O cansaço e as dores da transformação estão diminuindo — Remus disse.
— Isso é bom! Sem grandes efeitos colaterais?
— Papai vomitou de manhã depois da última lua cheia — Teddy falou.
— Tenho que cuidar da parte dos enjôos na fórmula, mas já tivemos um grande progresso.
— Amor, faltam cinco minutos — Harry avisou batendo o indicador em seu relógio. — Albus, cuide bem das suas irmãs.
— Pode deixar, papai — disse o garoto com a boca cheia após uma mordida em seu sanduíche.
Harry beijou a testa do filho e das duas caçulas. Therion despediu-se dos filhos também, dos pais e os irmãos.
— Daqui a pouco seus primos estão chegando. Fiquem bem!
— Tchau, papais! — As gêmeas disseram juntas e acenaram.
— Tchau! — Albus disse.
— Vamos ligar para saber como estão — Harry avisou.
— Aproveitem e divirtam-se — Remus disse.
Harry segurou a mão do marido e agarrou a alça do malão. Logo os dois deram um passo e giraram, sumindo dali com um estalo.
Menos de dois minutos depois, Canopus chegou carregando sua maleta.
— Bom dia!
— Bom dia, Canis! Onde estão as crianças? — Sirius perguntou.
— Eles adoram viajar na maleta.
Ele colocou a maleta no chão e a abriu. Logo duas crianças saltaram dali e correram para Remus e Sirius, tão rápido que quase não puderam perceber.
— VOVÔ SIRIUS! — gritou a garotinha e pulou para os braços do avô, que rapidamente a pegou no colo.
— Oi, minha estrelinha! — Sirius riu alegre e começou a rodar, ouvindo as risadas altas e alegres da neta mais velha. Ele logo beijou seu rosto, e ela o abraçou forte, também deixando um beijo em sua bochecha. — Você cresceu!
— VOVÔ REMUS! — O garotinho correu para Remus e pulou sobre ele.
— Seus pais estão colocando fermento na comida de vocês? — Remus disse enquanto era abraçado fortemente pelo neto. Ele acariciou os cabelos platinados do garoto, que olhou-o rindo.
— Já estou maior que a Adhara!
— Vamos poder voar de vassoura no quintal? — Adhara perguntou quando Sirius a colocou no chão.
— Claro! Temos que treinar nossa futura artilheira da Grifinória, hm?
— Minha filha com certeza não será da Grifinória, Sirius — Draco resmungou, aparecendo apenas metade do corpo saindo da maleta. — Bom dia, Remus! — Sorriu para o sogro.
— Oi, Draco!
— Canis, você já viu seus pais ontem. É o seu turno, estou cansado. Desce aqui.
— Já volto! — Canopus falou e pulou para dentro da maleta assim que Draco saiu.
Draco apressou-se e abraçou Remus, que retribuiu de imediato com um grande sorriso.
— Como você está? — Remus perguntou afastando-se do genro e segurando seus ombros.
— Bem, só muito cansado.
As olheiras eram perceptíveis sob os olhos claros dele. A pele parecia ainda mais pálida que o normal, as grandes cicatrizes que cortavam seu rosto mais destacadas.
— Por quê?
— Não se preocupe, nada demais. Vou dormir quando chegarmos a Romênia.
— Não vai querer ficar com as crianças aqui?
— Se eu não acompanhar o Canis na viagem, ele volta com cinco dragões adultos na maleta e possivelmente infectado com veneno de alguma criatura ainda não catalogada.
Remus riu, sabendo que não era de todo uma mentira. Canopus seria perfeitamente capaz disso. Ele era realmente apaixonado por criaturas mágicas, assim como seu grande ídolo que inspirou a ideia da maleta que ganhou de presente de Sirius no Natal quando tinha 16 anos.
— Quando vocês voltarem, não vou deixar saírem daqui até ano que vem.
— Vamos adorar passar as festas aqui. Tentaremos ficar mais por perto.
— Isso é bom. Não aguento ficar tanto tempo longe dos meus netos — Sirius disse abraçado a Scorpius, enquanto Adhara agarrava Remus.
— Temos um surpresinha para o Natal.
— O que é?!
— Não vai ser surpresa se contarmos — Draco riu. — Crianças, lembrem-se. — Ele levou o indicador aos lábios, pedindo silêncio e segredo.
— Sabe que ninguém pode guardar segredo de mim, não sabe? — James perguntou.
— Eu sei, mas Canis já comprou a recompensa pelo seu silêncio.
— Amo vocês! — Ele sorriu.
— O que precisa de tanto segredo assim? — Remus indagou.
— Vão ter que esperar o Natal.
Remus e Sirius suspiraram, os dois ardendo em curiosidade.
— Temos que ir. Logo voltamos para passar a semana aqui. Tchau, Teddy! — Draco bagunçou os cabelos do garoto.
— Tchau, Draco! Quero um presente da Romênia no Natal.
— Vou falar com seu irmão sobre isso.
Canopus saiu da maleta lentamente para se despedir dos filhos, trazendo dois petauros de açúcar que voaram para os ombros deles. Ele e Draco abraçaram seus gêmeos.
— Amo vocês — Draco falou abraçado aos filhos e beijou a pontinha do nariz de cada um.
— Também te amamos, papai — disseram juntos.
— Vamos falar com vocês hoje a noite na hora de dormir, hm? Fiquem atentos ao espelho — Canis falou e beijou as festas deles. — Divirtam-se!
Canopus voltou para a maleta e Draco a fechou, logo a pegando.
— Até o Natal!
— Até!
Então ele logo desaparatou.
— Vamos todos comer, então! — Sirius disse, e logo levou os netos para junto dos primos. — Quem quer brincar no quintal depois e fazer uma guerra de bola de neve?
— EU! — As cinco crianças gritaram junto a James e Teddy, que também ergueram as mãos.
E então, a residência Black-Lupin entrou em um caos ainda maior com todas as crianças falando alto e rindo.
Caos, barulho e confusão resumiriam aquela semana. Contudo... Remus e Sirius já estavam habituados a caos, barulho e confusão.
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Olá, meus amores!
FELIZ NATAL!
Sejam bem vindos ao especial de Natal do Legacyverse! Será uma história bem leve e divertida para aproveitarmos o feriado com os Wolfstar sendo pais e vovôs!
Tentarei não dar muitos spoilers do futuro de Legacy, mas ainda espero que aproveitem a história. E o maior já foi dado: Wolfstar teve mais dois filhinhos e dessa vez Sirius teve a chance de ver eles crescerem 🥺🥺
Talvez tenha pequenas pistas, então aproveitem!
Quem está no grupo do wpp já sabe qual é a supresa de stardragon, mas quem não está... Suspeitas? 👀
Não esqueçam de comentar bastante! Espero que gostem dessa pequena história.
Muito em breve postarei mais um capítulo com as crianças fazendo muita bagunça na casa dos vovôs!
Até a próxima!
Beijinhos,
Bye bye 😘👋
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