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VIII

Substituindo armas e mísseis, haviam fogos de artifícios que formavam formas e símbolos no céu ao explodirem em milhares de cores. As ruas estavam cheias de norinianos felizes. Em volta de uma fogueira na praça da cidade, Gahro e Qui-va dançavam junto aos outros. Uma dança típica do povo Nor. As duas luas que circulavam o planeta Wongor brilhavam junto aos fogos de artifício que explodiam no céu escuro. Uma noite perfeita.

Sentado na margem do rio estava o príncipe dourado, sentindo a correnteza do rio molhar seus pés cobertos por suas botas metálicas. As asas de sua armadura não estavam mais à vista; longe de combate, elas eram recolhidas,como se fosse nanotecnologia, porém através de magia estelar.

Um garotinho noriniano estava ao seu lado. Ele encostava nas plantas mortas na margem do rio. Lá de trás, uma voz feminina o chamou:

— Lutt, venha para cá já, é muito perigoso brincar no rio de noite!

— Eu já vou mamãe — ele revirou os olhos enquanto continuava a mexer nas plantas murchas. — Porque mães são tão chatas?

Ele bufou. Ao notar a presença de Mazu, o garoto o questionou:

— Elas já não deveriam estar grandes? Agora temos água de novo  — o garoto indagou, referindo-se às plantas.

Mazu direcionou seu olhar ao garoto noriniano e sorriu.

— Além da água, também é preciso tempo — o príncipe respondeu.

— Isso vai demorar à beça. Mamãe dizia que este rio era recheado de plantas que o deixavam maravilhoso.

— Posso lhe contar um segredo?

O garoto olhava o estelar com extrema curiosidade.

— Com um toque mágico, eu posso acelerar o processo.

— Dúvido! — O pequeno noriniano exclamou.

Mazu encostou a ponta de seu dedo mindinho em uma das plantas murchas próxima de onde ele estava sentado. Um pequeno resquício de estímulo que foi liberado de seu dedo alcançou a planta e devolveu toda a cor e beleza que ela tivera antes; o mesmo aconteceu com as outras plantas e flores na margem do rio, todas floresceram e cresceram. Crianças e adultos norinianos se aproximaram da margem do rio, impressionados.

— Isso é obra dos deuses! — Gritou um velho noriniano.

O príncipe levou seu dedo até os lábios e fez shhh para o garotinho noriniano, que sorriu em resposta.

— Onde aprendeu a fazer isso?

— Mamãe me ensinou — Mazu o respondeu, orgulhoso.

O garoto arrancou uma flor da margem do rio e retornou até sua mãe, entregando para ela a bela flor azulada.

Stellae… Mazu sentia tanta falta de sua mãe. Seu cheiro, voz e acolhimento. Longe dela, ele se sentia como um filhote desprotegido. Não tanto quanto antes, afinal agora ele era um príncipe guerreiro. Mas ainda sim, queria ela por perto. Queria sua proteção. Quando Mazu descera da muralha e fora recebido por vários norinianos agradecidos, ele avistou irmãos e pais. Aqueles sorrisos o fizera sentir falta de Mellak, seu irmão mais querido. Naquela noite de comemoração, Mazu até mesmo sentiu falta de Dakris.

Ele olhou para as estrelas e tentou imaginar seu caminho de volta para casa entre as estrelas. Também relembrou-se do grande erro que o fizera fugir de seu lar. Ele perguntava a si mesmo se caso retornasse, ele seria perdoado. E do que isso adiantaria, afinal? Sendo perdoado ou não, Mazu continuaria se sentindo culpado. Ele feriu alguém que ele mais amava.

Mazu suspirou.

Do outro lado do rio, a comemoração continuava. Entre a multidão de norinianos, Mazu reconheceu um deles: o garoto que implorara pela vida da irmã. Ele estava abraçado a sua irmã, sorridente, enquanto dançavam ao som de uma canção lenta e feliz. Acima de um palco, uma noriniana preenchia a noite com sua doce voz. A letra falava sobre amor, liberdade e estrelas.

Além do peso na consciência, Mazu sentia-se perdido em sua própria história. Não conhecia a extensão de seus poderes, nem mesmo o motivo de uma organização sombria estar o caçando. Mas toda essa louca aventura resultou nisso: em canções felizes e corações agradecidos. Valeu a pena, pensou Mazu.

Mazu deixou a margem do rio e se juntou à multidão de pessoas dançantes. Qui-va se aproximou de Mazu, sorridente e com um copo de gim na mão.

— Vai um pouquinho? — Ela ofereceu.

— Não, obrigado, Eu não bebo — Mazu sorriu.

Qui-va olhou em volta, impressionada com toda a comemoração e festividade nunca antes vista na cidade de Wongor.

— Fazia tempo que nós, da raça Nor, não comemoramos desta maneira. Vai ser um momento que ficará marcado na história de nosso povo. E tudo isso por causa de você.

— Por causa de nós — Mazu enfatizou. — Agradeço pelas suas palavras hoje cedo. Hoje eu fiz minha escolha.

Qui-va pousou a mão no ombro de Mazu em solidariedade e sorriu, orgulhosa.

— Você viu o Alpha? — Mazu indagou.

Qui-va arqueou as sobrancelhas.

— Você e ele são um mistério — ela deu uma risada abafada. — Ele está no deserto.

— Obrigado.

O príncipe se despediu de Qui-va e caminhou até o fim da cidade, onde as construções acabavam e davam espaço para o extenso e silencioso deserto. A Shadow-989 estava acima de um monte de areia. A rampa da nave estava abaixada, e sentado nos degraus dela estava o agente. Ele admirava o infinito céu estrelado. Havia tirado sua jaqueta tática, ficando apenas com sua camiseta escura. A brisa gelada balançava os fios de cabelo escuro de Alpha.

— Está curtindo muito a festa? — Mazu subiu o monte de areia e se sentou ao lado de Alpha na rampa da Shadow-989.

— Um pouco — ele virou um copo de gim na boca. — Afim? — Ele ofereceu o copo para Mazu.

Mazu negou.

— Não faz parte da lei real um príncipe beber álcool?

— Passa o copo para cá.

Alpha entregou o copo na mão do príncipe.

— Isso é… bom — Mazu comentou ao experimentar a bebida.

Entregou o copo nas mãos do agente.

— De onde eu venho, não há estrelas no céu. Apenas a escuridão — Mazu abraçou os próprios joelhos enquanto observava as estrelas.

— Uma terra de estelares sem estrelas no céu, que estranho — Alpha bebeu mais um gole de gim.

— É o preço de ser uma raça exilada do universo. Você gostaria da escuridão de Volair-C.

— Não exatamente — Alpha ofereceu mais um gole para o príncipe.

— Quer me embebedar? — Mazu riu e pegou o copo, virando mais um copo de gim em sua boca.

Os dois permaneceram em silêncio por alguns minutos. O único ruído era o sopro da brisa desértica.

— Gosto das estrelas — Alpha falou.

— Porque? — Mazu devolveu o copo para o agente.

— Não sei se são sonhos ou fragmentos de memória, mas em certas noites minha mente visualiza algo familiar para mim: um bebê deitado em uma cesta cheia de lençóis brancos. Ele sempre está próximo de uma janela. Quando tenho este tipo de sonho, por algum motivo sinto a solidão dessa criança perdida. Mesmo sendo um recém-nascido, ele sabe que está à deriva pelo espaço. Também sabe que não está perdido, porque toda vez que ele observa através da janela, esse bebê sente que as estrelas estão o guiando.

Agora, Mazu observava Alpha com atenção.

— Por isso gosto de voar. Mesmo a milhares de anos-luz de distância, sinto que as estrelas me guiam. E em toda viagem, gosto de apreciá-las, admirar a beleza contida em cada ponto brilhante no vácuo. Eu prefiro o brilho ofuscante de uma estrela no céu do que a escuridão. Há escuridão o suficiente dentro de mim.

— Em minha cultura, Lux, Yebek e Tenebris criaram os astros espaciais e os seres vivos. Talvez haja resquícios de estrelas em cada ser vivo existente. Então pode ter certeza que não há apenas escuridão aí dentro — Mazu cutucou com seu dedo mindinho o peito de Alpha.

Alpha contornou suas mãos nas de Mazu, sentindo todo o calor que a pele do estelar emanava.

— Você está gelado.

— Estou acostumado — Alpha falou.

— Não deveria.

O príncipe encostou a cabeça no ombro de Alpha, compartilhando o calor de seu corpo com ele. Não demorou para o corpo de Alpha ficar aquecido e se livrar do frio congelante da noite no deserto. As mãos de Alpha e Mazu continuaram entrelaçadas uma na outra. Quem avistasse os dois a longa distância, enxergaria um ponto dourado brilhante junto a um ponto de infinita escuridão.

Naquela noite, o sol e a meia-noite se encontraram.


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