Capítulo 11 - O Preço da Falha
CORUSCANT
- Para onde você planeja ir? - Perguntou Lor para Cutt.
- Eu pensava em pagar alguns piratas espaciais para me levar para a Orla Exterior. - Disse Cutt. - Mas eu conheço o Império, a essa altura sua casa deve estar sendo vigiada, e eles vão ficar de olho em você. Você poderia servir como isca, vá até algum lugar, eles te seguirão, e eu saio no processo. Você não tem nada a ver com isso, não quero te complicar mais.
- Não. - Disse Lor. - Eu também quero ir. Nunca gostei do Império, eu era leal à Ordem Jedi, eles só não me mataram por causa dos meus conhecimentos e por que eu nunca fui de fato um jedi, era só um especialista dos Arquivos. Mas eu não quero mais servir ao Império.
- Tudo bem, o que você tem em mente, então? - Perguntou Cutt.
- Pedir ajuda à Aliança Rebelde. - Respondeu San Tekka.
- Não! Eu nunca vou me aliar à Escória Rebelde! Se eu ainda fosse general iria te matar por dizer isso! - Disse Cutt, nervoso.
San Tekka revirou os olhos. Ele havia esquecido que apesar de tudo, Cutt ainda era um imperial.
- Você não tem muita escolha.
- Tenho sim, os piratas!
- E o que você vai fazer depois disso? Se isolar do mundo?
- Não sei, talvez recrutar meu próprio time, agir por conta própria, fazer o que eu quiser da forma que quiser.
- Ok, faça o que você queira. Eu vou ir para Jakku, eles vão me seguir, e vai ser a sua chance de sair.
- Por que Jakku? Você sabe que o Império deve estar fazendo um bloqueio, não é? - Cutt conhecia as mentes imperiais e como funcionavam.
- Sim. Mas Jakku é o planeta mais distante que consigo pensar, e está perto dos domínios da Aliança. Eles podem mandar uma nave infiltrada para me resgatar. E para garantir que a Aliança vão se importar em me resgatar, vou oferecer os meus preciosos.
Cutt demorou um pouco para perceber.
- Os holocrons jedi? Duvido. Você nunca abre mão deles.
- É um preço que vou pagar para me libertar do Império. - Falou Lor, sério.
- Ok. Boa sorte pra você.
- Digo o mesmo, amigo.
Então eles já começaram os preparativos.
EM ALGUMA SALA SOMBRIA DO COMPLEXO IMPERIAL
- Meu mestre. - Disse Pergen Ren, se ajoelhando, nervoso. - O general Cutt... Ele escapou.
Sayo se levantou, lentamente. Sua máscara mecânia dava um ar robótico à sua respiração. É lógico que aquilo era intencional, para se parecer com Darth Vader, e ele realmente lembrava a Pergen, com um calafrio, o lorde dos sith, seu antigo mestre.
- Como? - Perguntou Sayo.
- Ele se encontrou conosco a caminho da sala imperial, e usou uma bomba de fumaça para nos confundir, depois saltou pela janela...
Sayo ativou seu sabre de luz, furioso, e colocou ao lado da garganta de Pergen.
- BOMBA DE FUMAÇA? FUMAÇA NÃO ILUDE OS SENTIMENTOS DE UM CAVALEIRO DE REN!
- Eu... Eu não es-estava focado na hora...
- VOCÊ SEMPRE DEVE ESTAR FOCADO. - Ele suspirou, aparentemente se acalmando, mas sua voz adquiriu um tom frio. - Por que eu não deveria me livrar de você agora, Pergen Ren?
- Por... Por que eu sei para onde ele deve ter ido. Lor San Tekka. O antigo especialista dos Arquivos Jedi, e agora especialista dos Arquivos Imperiais. A casa de San Tekka estava sendo vigiada e ele saiu há pouco tempo, parece estar indo ao espaçoporto. Os outros Cavaleiros estão seguindo ele.
- Hmmm... - Falou Sayo, um pouco satisfeito, pensou Pergen com esperança. - Muito bem. Mantenham o olhar em Lor San Tekka. Achem Cutt. Não deixem ele sair do sistema, sigam ele até onde ele for, porém não interfiram por enquanto, vamos ver até onde ele vai ir. - Ele fechou os olhos. - Skywalker estará lá. Poderemos fisgar dois peixes de uma só vez. Eu quero eles vivos.
- Sim, meu mestre. - Disse Pergen, aliviado por seu mestre ter sido clemente. Ele começou a se levantar, quando Sayo falou:
- Porém você falhou. E quando um Cavaleiro de Ren falha na missão, deve ter uma punição.
Pergen se ajoelhou de novo, com suor escorrendo pela testa, tremendo.
Sayo se aproximou dele
- Estenda sua mão esquerda. - Falou Sayo, lenta e friamente.
Pergen hesitou, mas estendeu a mão, trêmula.
- Isso é uma lembrança. Para que você não falhe novamente. - Disse erguendo o sabre de luz.
O sabre de luz desceu.
ESPAÇOPORTO IMPERIAL
San Tekka caminhava com um capuz sob a cabeça, mas sabia que estava sendo seguido. Ele chegou até a nave de um piloto corelliano.
- Preciso de uma nave rápida para me levar até Jakku. E também que tenha um dispositivo de camuflagem.
O corelliano riu.
- Complicações imperiais?
- Digamos que sim. E eu estou sob vigília neste exato momento, e quem está me vigiando é bom. Eu quero que você despiste eles. Só depois seguiremos para Jakku.
Enquanto isso, ao longe, dois cavaleiros de Ren observavam atentamente.
- Tem a identificação do piloto, garoto? - Perguntou Heake Ren para Hanval. O mais experiente e o mais novo dos cavaleiros de Ren, trabalhando juntos.
Hanval sorriu. - Temos, sim. Thomas Grand, corelliano, já foi preso pelo Império por roubo, falsificação, utilizar dispositivo de camuflagem sem permissão, contrabando, venda de drogas ilegais, apropriação inapropriada de veículo imperial, precisa continuar falando? Por que a gente simplesmente não explode essa nave?
- Queremos San Tekka vivo, e não morto. E não sabemos se Cutt está lá dentrou ou não, não sabemos nem se San Tekka está fugindo ou só tirando umas férias.
- Além disso. - Disse Pergen Ren, se aproximando dos outros. - Temos novas ordens. Sayo diz que Skywalker estará lá, seja para onde for que Cutt vá.
Todos se animaram, pois eles tinham ódio de Skywalker. Segundo os rumores, era Skywalker, o próprio filho de Darth Vader, quem havia matado o pai e o Imperador. Além disso, ele era o inimigo imperial número 1.
- Então vamos segui-lo. - Falou Heake, e esperou que Lor e Thomas entrassem na nave, desconfiados, para atirar um pequeno dispositivo que se grudou ao casco da nave assim que se chocou.
- Ei, espera. Tem alguma coisa de errada com você. - Disse Hanval olhando para Pergen. - Tipo, um braço a menos, um cotoco a mais.
Pergen franziu a testa, com raiva.
- Esse foi o preço que eu paguei por falhar em minha missão. Me provoque de novo, Hanval, que você vai pagar o preço também.
Ele entrou em seu caça, irritado.
- Você pode tentar. - Disse Hanval, enquanto também seguia até seu caça que repousava em uma área especial para imperiais no espaçoporto.
O velho Heake fez o mesmo.
A nave de Thomas Grand decolou, seguida por três caças imperceptíveis em meio à todo o trânsito de Coruscant sob o céu da noite.
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