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A FUGA

E N ZO    T E I X E I R A

A contragosto eu fui com Melissa para o laboratório, praticamente obrigado. Eu sinceramente não via motivos para estar ali com Melissa, eu entendia absolutamente 0 sobre computadores.

Melissa estava ligando um computador enquanto eu esvaziava a mochila da vítima. Encontrei vários objetos pessoais dela, o notebook, uma carteira, livros didáticos, mas o celular não estava lá.


— O celular não está aqui... — disse verificando a informação nos bolsos pequenos e encontrando diversos papéis de balas, mas nada de celular. — É, ele não está aqui.


— Esses computadores são terríveis. Completamente obsoletos, quem consegue usar uma coisa dessas? — reclamou ao terminar de ligar um.


— São só para estudar, Melissa. Ninguém precisa de um computador todo equipado, nem todo mundo é um prodígio forense.

— Olha só quem tem senso de humor. — Melissa estava abrindo a própria mochila, ela tirava alguns equipamentos de lá. — Liga o notebook.


— Sem luvas? — perguntei encarando.


— O que vai nos dar pistas é o que está dentro do notebook. — disse com um sorriso ao instalar os equipamentos no computador da faculdade.


Cliquei no botão para iniciar o notebook e logo ele abriu na área de trabalho da Ana Clara. O plano de fundo era uma foto dela com os três amigos mais íntimos.
Ana Clara estava com um enorme e bonito sorriso no rosto. Transbordando vida e alegria através de uma simples foto de área de trabalho.
Eu suspirei, sentindo o clima pesar ao lembrar que a Ana estava morta a apenas um andar acima de nós. Girei o notebook em direção a cientista forense, deixando ela fazer o que sabe, sua magia de logar em contas de terceiros.

Ela puxou o aparelho para si, conectou aquele pendrive mágico, digitou algumas vezes, moveu o touch no notebook, com uma seriedade que vi poucas vezes, por fim ajeitou seus óculos redondos que escorregaram pelo seu nariz, e me girou o notebook para mim.

A tela estava aberta no navegador e na página do Facebook, com uma janela do bate papo com um perfil excluído e mensagens no inbox.


— Esse é o Stalker. Provavelmente excluiu o perfil pelo celular há poucas horas. Ele precisou logar na conta para excluir, então quem sabe eu consiga rastrear o celular dele. — disse Melissa plugando um cabo no notebook e outro no computador criando uma conexão entre os dois — Lê a conversa, procura endereço, fotos ou qualquer outra coisa que sirva contra esse desgraçado.

Puxei uma cadeira e maximizei a janela, a primeira coisa que fiz foi uma busca no histórico de imagens. Melissa estava concentrada digitando no computador ao mesmo tempo que falava ao celular com alguém, mas eu já deixei de prestar atenção nela me concentrando no meu trabalho.

Ana Clara enviava várias fotos, falando sobre o que estava fazendo no momento, porém não era recíproco. O Stalker não mandava fotos sobre o que estava fazendo para ela. Voltei para a conversa e comecei a ler.


Pedro Henrique: Oi, sei que não me conhece, mas te vi no grupo e resolvi te adicionar. Se tiver algum problema pode excluir, eu vou entender.


Ana Clara: Que isso, tudo bem. Qual grupo me achou?

Pedro Henrique: Direito, da UERJ.

Ana Clara: SÉRIO? Eu estudo na do maracanã.

Pedro Henrique: Verdade? Nossa que coincidência, eu também sou de lá!

Ana Clara: Você é de qual período?

Pedro Henrique: Terceiro, e você?

Ana Clara: Eu estou no oitavo período.

Pedro Henrique: Que beleza! Já pode me passar umas colas rs

Ana Clara: kkkkkkkkkkkkkk, claro. Mas vou cobrar :p

Pedro Henrique: Olha só, nós estudantes de direito pedindo cola e cobrando. Culpa do governo atual.

Ana Clara: KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK. Verdade, o Brasil só está assim por causa dos políticos... E isso afeta nós, reles estudantes.

Pedro Henrique: Concordo plenamente rs. Somos sempre o lado mais fraco da força.

Ana Clara: kkkk. Estou te stalkeando calma ai. Rs

Pedro Henrique: Não me responsabilizo por gritos histéricos ou paixonite aguda.

Ana Clara: HAHAHA. Que convencido, deixo só porque é bonitinho.

Pedro Henrique: Bonitinho? Não é isso que minha mãe diz rs

Ana Clara: Mães precisam elogiar os filhos né kkkkk, mas até que você não é tão fraco de beleza não :p

Pedro Henrique: Ah não, deixa eu ver as fotos da rainha da beleza então rs

Ana Clara: Pega o babador antes, por que modéstia parte eu pareço um pouco com a Paola Oliveira, sqn

Pedro Henrique: Desculpa, Miss.

Ana Clara: KKKKK, tá desculpado.


— Que desgraçado, primeiro chega como quem não quer nada. Ganhando a confiança das vítimas... E consegue atrair com esse papo furado... — eu estava indignado com toda essa situação — É difícil de identificar um assassino assim.


— É uma das características de um psicopata. Alguns deles possuem muita lábia e poder de sedução capazes de manipular as pessoas que os rodeiam com extrema facilidade. — Melissa começou sem desgrudar os olhos do computador — É muito difícil identificar um psicopata... Eles são manipuladores natos, dissimulam sentimentos... — Ela se virou na minha direção ajeitando os óculos que estava escorregando pelo seu nariz novamente. — O celular dele está ligado e ele está em um raio de uns 100 metros e aumentando. Ele está saindo da faculdade e está em movimento! — disse alarmada.

Eu saltei da cadeira, correndo até a mesa em busca do meu celular e liguei para Rodolfo.


— Ele está escapando! — quase gritei ao telefone.


— O que?


— A Melissa conseguiu rastrear o celular do Stalker — respondi rapidamente — Parece que ele conseguiu sair da faculdade.Temos que nos apressar!

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C A S S I E    A N D R A D E

Assim que o Enzo e a Melissa sumiram do meu campo de visão, eu me apressei em descer as escadas correndo, pulando de dois em dois degraus. Eu queria falar com Edgar imediatamente, mas também estava com medo ao mesmo tempo.

Será que eu estava me relacionando com o serial killer que meu pai está caçando avidamente durante os últimos dias?
Eu estava ofegante e esbaforida, mas consegui voltar ao mesmo lugar que deixei Edgar me esperando, mas ele não estava mais lá.

Recuperando o fôlego, comecei a tatuar meus bolsos em busca do meu celular, procurei seu número entre meus contatos e liguei, mas ele não atendia.
Bufei irritada ao ouvir a gravação pedindo para deixar um recado e desliguei.
Já eram 2h30 da manhã, e daqui a pouco eu tinha que ir para o cemitério violar um caixão Só de lembrar, isso já me dava arrepios... Estava ficando sem tempo e sem saber o que fazer. Minha vida estava ficando pior do que um filme de terror. Um crush, possível assassino em série, e eu estava indo violar um caixão na madrugada com minha madrasta. Saudades dos meus pequenos problemas de ensino médio.

Suspirei caminhando de um lado para o outro, tentando ligar novamente para Edgar, pois ele estava me devendo uma bela explicação, mas a ligação caiu na caixa de mensagem, de novo.

— Edgar, onde você está? É sério que você me largou sozinha na faculdade, com a ameaça de um serial killer a solta que corta a garganta de garotas? Preciso falar com você... — suspirando enviando a mensagem.
Essa era a primeira mensagem na vida que deixava uma mensagem gravada para alguém. Isso é tão coisa de ficção. Espero que ele escute, era uma singela mensagem de choque de realidade, com o meu melhor toque de sutileza. Vamos ver como ele vai reagir ao ouvir essas palavras de mim.

Será que era por isso que ele estava fazendo aquelas perguntas, sobre essa minha perseguição ao assassino em série? Estava com medo que eu descobrisse algo que levasse até a ele? Será que foi por isso que fugiu?


Será que eu precisava mesmo falar com ele? Mesmo depois de tudo que eu ouvi hoje? E o que eu iria dizer pra ele?
Edgar, você é o serial killer que meu pai está caçando? E o que ele responderia? Que não, óbvio. Mas e se Enzo e meu pai estiverem certos e a resposta for sim? E se eu estiver certa e a resposta for não? Balancei a minha cabeça. Tantos e se podem enlouquecer qualquer um.

O fato é que eu não me conformo. Não posso ter sido enganada tão facilmente assim. Edgar não é nenhum dissimulado que mata garotas a sangue frio e minutos depois encontra comigo, me abraçando daquele jeito. Não o Edgar que eu conheço. Preciso ir a fundo nessa história e descobrir a verdade por mim mesma. Enzo e meu pai não podem estar certos, eu não posso sair dessa história como a filha a boba apaixonada, mais uma que foi enganada e que não enxergou o assassino em série em na sua frente

Uma pequena confusão me chamou a atenção me tirando dos meus pensamentos.
Um burburinho começou em volta de um grupo de três policiais, que estava com os rostos e olhos vermelhos, sendo socorridos pelos outros colegas.

— Eu disse que ninguém poderia sair! — era a voz do meu pai, claramente alterado com os policiais militares que estavam fazendo a guarda — Será que é tão difícil bloquear uma porta? — ele viu o rosto dos policiais completamente vermelhos, que mal enxergavam por causa do ataque.

Um quarto agente militar foi explicando a situação, que segundo ele foi narrada pelos seus colegas, os três estava de costas para o interior da faculdade, conversando e fazendo a guarda, sem deixar que ninguém entrasse ou deixasse o recinto, quando uma voz masculina chamou a atenção deles e tacou o spray de pimenta sem dó, até esvaziar o frasco que foi deixando no chão, e sem dar qualquer possibilidade dos policiais reagiram contra ele e fugiu.


Eu ainda podia sentir o forte cheiro de spray de pimenta ainda pairando no ar, o que significa que aconteceu há poucos minutos, fui logo protegendo o meu nariz, com a camisa e continuei de longe prestando atenção na conversa.
Resumindo, os três policiais foram atacados com spray bem no rosto pelo assassino, que fugiu pelos fundos ao se livrar dos policiais.
Sem perder mais tempo meu pai deixou a faculdade às pressas, tentando alcançar o assassino em série.

— Então ele escapou de novo... — disse para mim mesma, encostando em uma pilastra qualquer, tentando assimilar tudo — E o Edgar sumiu... Ah Cassie, quando você arruma um cara legal, ele é suspeito de ser um serial killer — amarrei o meu cabelo novamente em um coque, peguei o distintivo e o prendi no cinto — Com a sorte que tenho quem sabe eu sou assaltada ainda hoje e levo um tiro, para fechar esse dia com chave de ouro.

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