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Capítulo 1

Olhei no relógio em meu pulso pela centésima vez naquele dia. Sim, estava ansioso e sim, podia ser até um pouco de exagero. Tentava me controlar e devia ter tomado umas cinco xícaras de chá de camomila.

Suspirei alto e passei as mãos pelos cabelos. Minha mãe dizia que eu ficava ainda mais parecido com meu pai quando fazia isso. Mas essa não era a única coisa que tinha herdado dele, ainda havia o verde dos meus olhos, que eram um pouco mais escuros do que os seus, mas mínima coisa. Além do nome que carregava e assinava com muito orgulho, Alexander Junior Thompson.

Ser um príncipe não era fácil e admirava muito meus pais e avós por conseguirem levar tudo isso com tanta desenvoltura. Minha avó foi uma das rainhas mais amadas e minha mãe não ficava longe disso. Toda vez que íamos até o centro da província várias pessoas paravam para nos cumprimentar e conversar. Internamente torcia para que no futuro eu fosse tão bom quanto eles.

Desde pequeno ouvia a história de como meus pais se conheceram. Meu pai dizia que tinha se apaixonado no momento em que viu minha mãe pela primeira vez. Eles tinham se esbarado no centro da província, mas ela não sabia quem ele era e não foi nada gentil. Minha mãe era durona e como dizia meu pai, bem teimosa, mas havia outro lado seu que nós que éramos família conhecíamos, o lado cuidadoso, carinhoso, amoroso e protetor.

Ouvi uma batida sutil na porta do quarto e em seguida o sorriso gentil de minha mãe. Ela entrou no quarto e fechou a porta atrás de si, vindo sentar ao meu lado.

— Ela vai chegar logo! — Tranquilizou-me.

Franzi um pouco a testa e fiz uma careta ao perceber que não estava sendo nada discreto. Se é que algum dia já fui.

— Está tão na cara assim que estou esperando? — Questionei suspirando baixo.

Minha mãe deu uma risada baixa e segurou minha mão, apertando gentilmente em forma de conforto.

— Conheço você filho, — Afirmou encarando meus olhos — Acha mesmo que não perceberia?

— Eu amo a senhora. — Declarei beijando sua testa.

— Amo você filho! — Sorriu.

Ouvi uma pequena batida na porta e em seguida a voz de Verônica. Autorizei que entrasse e vi seu sorriso de desculpas por nos interromper. Ela era assessora da minha mãe, praticamente seu braço direito. Ajudou muito durante a adaptação dela como princesa e rainha.

— Majestade, preciso da senhora no salão de festas. — Verônica avisou segurando sua agenda roxa nas mãos — Só pequenos ajustes. — Explicou sorrindo levemente.

Ouvi o suspiro baixo dela e foi minha vez de apertar suas mãos para reconforta-la. Ela beijou minha bochecha e levantou, seguindo até a porta.

— Vai dar tudo certo. — Afirmou piscando discretamente.

Quando estava sozinho novamente sai à varanda do quarto. Olhei o jardim e observei os pássaros que pulavam de galho em galho nas árvores. O dia estava ensolarado e a temperatura agradável. Estávamos entrando no verão, então ainda não tivemos dias de calor insuportável, o que agradecia mentalmente.

Ouvi um barulho estranho alto e meu coração acelerou assim que identifiquei o motor de carro. Eram eles. Só podia ser. Vi dois guardas passando em direção à frente do palácio, provavelmente para ajudar com as malas.

Já podia sentir a adrenalina e ansiedade percorrerem minhas veias. Respirei fundo algumas vezes e voltei ao quarto.

O palácio estava cheio. Haviam reis de várias províncias e seus assessores, além de alguns senhores de negócios. Isso porque estávamos dando uma grande festa para comemorarmos o aniversário do meu avô.

Voltei ao quarto e segui ao banheiro. Já estava na hora de começar a me arrumar. Pontualidade era uma das coisas que minha mãe sempre nos cobrava. Então tomei um banho rápido e vesti as roupas sociais que ela nos obrigava a usar em todas as ocasiões mais formais. Fiz uma careta ao ajustar a gravata borboleta e encarei meu reflexo no espelho. Eu estava parecendo um pinguim. Que ótimo!

Ajeitei os cabelos passando um pouco de gel. Quando era pequeno a minha mãe costumava puxar meu cabelo para trás. Lembro que quando tive idade suficiente, tomei a iniciativa de dizer a ela que aquilo era feio e não queria mais.

Peguei meu relógio na cômoda ao lado da cama, notando que estava na hora de descer. Então sai do quarto e segui sem pressa pelo corredor. Não que estivesse adiando minha chegada ao salão de festas, ok, pode ser que estivesse fazendo isso, mas era só até conseguir fazer meu coração parar de acelerar e querer quase sair do peito a cada batida.

Vi a luz do quarto de Livia ligada e o barulho de movimentação. Minha irmã conseguia deixar suas duas criadas loucas. Sim, ela tinha duas, isso porque era um furacão, como dizia minha mãe. Já o de John estava silencioso, mas a luz também estava ligada. Devia estar lendo, só para variar.

Cheguei ao topo da escada e respirei fundo antes de começar a descer. Quando já estava no primeiro andar vi algumas criadas passando com bandejas. Cumprimentei-as com um aceno de cabeça e um sorriso de canto. Meus pais sempre priorizavam o respeito em nossa criação. Eles diziam que não era pelo fato de sermos da realeza e termos certas regalias e privilégios que éramos melhores que os outros.

— Alteza. — Um dos guardas que estava na porta do salão cumprimentou.

— Como vai? — Dei um pequeno sorriso.

Ele respondeu com um aceno positivo de cabeça e abriu a porta dando passagem.

Entrei no salão já bem movimentado e felizmente reconheci a maioria dos rostos das pessoas dali. Afinal estava com dezessete anos e daqui a algum tempo teria que começar a assumir algumas responsabilidades sobre a província, para no futuro substituir meu pai. Não que pensasse nisso, até porque ele estava em perfeita forma e ainda tinha plenas condições de comandar Thompson.

Acenei a um dos reis enquanto entrava mais no salão. Vi minha mãe mais ao lado esquerdo. Ela conversava com tia Amanda e Verônica. Um pouco mais longe, mas não muito, vi meu pai dando risada junto com tio Jason e tio Victor. Era sempre assim quando eles estavam juntos, minhas tias e minha mãe costumavam chamá-los de meninões, porque sempre estavam fazendo uma piadinha ou brincadeira.

— Alex. — Ouvi alguém chamando e virei encontrando com Sophie, filha de apenas quatro anos do tio Victor e tia Amanda.

Me abaixei sorrindo e toquei seu nariz com a ponta do dedo indicador, fazendo com que Sophie desse uma risada baixa e angelical.

— O que a senhorita está fazendo aqui? — Questionei.

— Quero minha mamãe. — Confessou com um bico adorável.

Dei risada enquanto a pegava no colo. Segui em direção as três mulheres que conversavam baixo, como se estivessem contando segredos.

— Com licença, — Chamei a atenção delas que imediatamente se viraram em nossa direção — Achei uma princesa perdida por aí e ela está procurando a mamãe dela.

Tia Amanda fez uma cara de surpresa e pegou Sophie no colo.

— Obrigada querido, — Sorriu agradecida — Filha, onde está Molly?

Molly era a cuidadora de Sophie. Olhei ao redor procurando por ela, mas não a achei.

— Eu perdei ela... — Sophie explicou com seu jeito fofo de falar errado.

— Vamos acha-la então, — Comentou beijando a bochecha da filha — Já volto meninas. — Avisou e minha mãe e Verônica concordaram.

Ainda olhava as duas se afastarem quando senti uma mão delicada sobre meu ombro. Virei encontrando com o sorriso gentil da minha mãe.

— Tudo bem, querido? — Questionou.

— Tudo sim. — Sorri tranquilizando-a.

Notei seu sorriso aumentar consideravelmente e os olhos se fixarem em algo atrás de mim. Virei devagar e assim que a encontrei senti como se o chão fugisse debaixo dos meus pés.

Era ela. Estava parada a alguns poucos metros de distância e nos olhava sorrindo, na verdade, me olhava sorrindo.

— Vai lá! — Ouvi o sussurro de minha mãe incentivando.

Saindo do estado de congelamento e estupor, comecei a andar em sua direção. Conforme ia me aproximando notei seus olhos castanhos, que para todos poderiam parecer comuns, mas que para mim eram especiais, assim como ela.

— Oi. — Sussurrou e percebi que estava parado a sua frente, apenas encarando-a.

— Oi. — Dei um sorriso meio constrangido e pigarrei baixo — Você está muito bonita! — Elogiei.

Vi o sorriso de Jasmine aumentar um pouco e talvez inconscientemente ela alisar seu vestido lilás.

— Obrigada. — Agradeceu me olhando dos pés à cabeça — Você está ótimo!

— Não, — Neguei fazendo uma careta — Estou parecendo um pinguim, não tem como isso ser ótimo. — Expliquei fazendo ela dar uma risada mais alta.

— Pinguins são fofos! — Deu de ombros.

— Então sou fofo? — Pisquei sorrindo de canto.

Jasmine empurrou meu ombro enquanto revirava os olhos em desdém.

— Vem! — Chamei segurando sua mão.

Seguimos juntos para fora do salão. Sabia que o bolo só seria cortado mais tarde, então ainda tínhamos algum tempo.

Ainda de mãos dadas nós seguimos até a entrada do palácio. Descemos os degraus da frente e continuamos pelo jardim. Assim que Jasmine reconheceu onde estávamos indo vi um pequeno sorriso surgir em seu rosto.

Cinco minutos depois nós estávamos em frente ao chalé dos meus pais. Nos sentamos no degrau da entrada e encaramos o pequeno riacho que corria logo a nossa frente.

Quando éramos pequenos costumávamos brincar muito aqui. Jasmine e seus pais nos visitavam regularmente, porque tia Alisson era a melhor amiga da minha mãe e para ajudar meu pai tinha negócios com sua província. Isso fez com que crescêssemos juntos e fossemos amigos desde sempre. Jasmine era alguns meses mais velha do que eu, mas nada gritante demais.

— Nós vamos ficar apenas três dias dessa vez. — Jasmine quebrou o silêncio fazendo com que a olhasse.

— Só? — Questionei surpreso.

Três dias era pouco tempo. Geralmente eles ficavam uma semana ou as vezes até mais.

— Meu pai tem alguns assuntos para resolver. — Deu de ombros e voltou a olhar para a água que corria a nossa frente.

Continuei a encarando, analisando seu perfil. O nariz meio arrebitado e o cabelo ondulado. Reparei nos seus lábios cobertos pelo batom rosa claro e em como o peito subia e descia com sua respiração ritmada.

Nesse momento me senti burro por não ter percebido o quanto gostava dela bem antes. Tive que ouvi-la confessar em sua última visita que um dos príncipes de uma província ao sul disse estar apaixonado e que quase a beijou, para então finalmente perceber e assumir isso. Sim, eu disse quase, porque segundo Jasmine ela tinha o empurrado e avisado que não era reciproco. O que para mim foi um grande alivio.

Foi aí que me peguei pensando em porque senti esse alivio ao saber que ela tinha o rejeitado. Porque isso importava tanto? Porque meu peito apertava com a possibilidade de Jasmine gostar de alguém? Então uma noite depois de Jasmine e seus pais já terem partido, depois de passar o dia pensando nisso, foi que finalmente me toquei do óbvio: Eu gostava dela! E não era um gostar de amigo, o que sempre fomos, gostava de Jasmine de verdade, como um homem gosta de uma mulher.

Acho que depois disso foi a pior parte, afinal ela já tinha ido e não sabia quando nos visitaria novamente. Quando teria chance de vê-la e dizer o que sentia, então passei dias e semanas pensando e planejando como faria isso sem assusta-la. Éramos amigos de infância e tinha a possibilidade de Jasmine só me ver desse modo. O que seria bem trágico, confesso.

Então quando soube da festa de aniversário do vovô achei minha chance de ouro. Abriria o coração e diria a Jasmine que estava apaixonado. Meus planos eram lindos, mas com sua notícia sobre o pouco tempo no palácio não podia ficar adiando por muito tempo. Tinha que ser agora.

— Alex, — Ouvi meu nome ser chamado e pisquei algumas vezes voltando de meus devaneios — Tudo bem? — Questionou meio preocupada.

— Não, quer dizer, sim. — Me embaralhei um pouco e vi suas delicadas sobrancelhas se unirem em confusão.

Respirei fundo e virei de lado, ficando de frente para ela. Jasmine fez o mesmo e nos encaramos em silêncio. Vi certa expectativa em seus olhos e torci para que fosse a mesma que a minha. Segurei suas mãos e percebi que estavam um pouco geladas.

— Somos amigos a muito tempo, — Comecei e Jasmine assentiu concordando — Possivelmente depois da minha mãe, você é a pessoa em quem mais confio. — Confessei vendo um pequeno sorriso surgir em seus lábios.

— Isso é reciproco. — Afirmou apertando um pouco mais minhas mãos.

— Sinceramente não sei dizer quando isso aconteceu, acho que aos poucos, — Dei de ombros — Mas também sinceramente não faz diferença, não mais... — Neguei com a cabeça e vi sua testa franzir enquanto absorvia minhas palavras — Digo isso porque mesmo que quisesse acho que não conseguiria mudar agora, não conseguiria simplesmente fazer com que meu coração esquecesse o que estou sentindo. — Suspirei baixo.

— Alex... — Sussurrou.

— Quero dizer que estou apaixonado por você! — Confessei vendo seus olhos se arregalarem um pouco — E mesmo que não corresponda está tudo bem, porque vou continuar gostando de você e acima de tudo lhe respeitando. — Acrescentei rapidamente, afinal não queria que ela se sentisse na obrigação de dizer que era reciproco.

Jasmine continuou em silêncio por alguns poucos minutos, apenas me olhando. Nossas mãos inda estavam unidas e podia sentir as suas meio tremulas. Será que tinha arruinado tudo? Senti uma pontada no peito.

— Tudo bem, você não precisa me dizer nada. — A tranquilizei quebrando o silêncio antes que eu começasse a enlouquecer.

— Não! — Negou rapidamente e apertou minhas mãos com um pouco mais de força — Só me pegou de surpresa. — Comentou suspirando baixo — Eu... — Respirou fundo e encarou meus olhos — Também sou apaixonada por você Alex. — Confessou e senti como se tivessem centenas de borboletas no meu estomago, que resolveram levantar voo agora — Já faz tempo, mas não tinha coragem de dizer nada. — Deu de ombros — Você nunca demonstrou gostar de mim de outra forma que não fosse pela amizade.

— Porque sou um burro! — Expliquei fazendo com ela desse uma risada baixa.

— Não, você não é burro, — Negou sorrindo — É um pinguim... Um lindo pinguim.

Fiz uma careta que apenas contribuiu para que Jasmine desse uma gargalhada alta e acabei dando risada junto, como o belo idiota que sou.

— Então, — Pigarreei baixo — Agora que sabemos que gosto de você e que é reciproco... — Deixei a frase no ar, pois não sabia como continuar.

Jasmine sorriu mais enquanto se inclinava para frente encurtando nossa distância. Entendi sua intenção e me inclinei também. Nossos narizes estavam quase se tocando e podia sentir seu perfume.

Soltei uma das suas mãos e coloquei seus cabelos para trás dos ombros. Aproveitei para subi-la pelo seu pescoço e segurar sua nuca. Meus olhos foram para seus lábios e nunca algo me pareceu tão convidativo.

— Eu nunca... — Sussurrou e entendi o que ela quis dizer.

— Eu também. — Confessei.

Nunca tinha beijado alguém antes. Sim, tenho dezessete anos e nunca beijei. Isso porque sempre quis que fosse com alguém especial, e agora seria.

Sempre vi o amor nítido que meus pais tinham um pelo outro, meus avós que eram um casal lindo, meus tios que claramente se amavam, então não tinha como querer menos do que isso. Queria um amor como o deles. Que me arrebatasse e por incrível que pareça tinha completa certeza de que tinha achado.

Devagar me inclinei mais para frente e finalmente colei nossos lábios. Assim que senti a macies da sua boca foi impossível não suspirar de contentamento. Nosso beijo era tímido e até meio receoso, mas quando Jasmine suspirou e senti o gosto do seu hálito não consegui me conter. Pedi passagem em sua boca com minha língua e aprofundei o beijo.

Nos beijamos com calma. Um aprendendo com o outro, construindo um ritmo e sincronia só nosso. Suas mãos estavam apoiadas no meu peito e a minha outra segurava sua cintura gentilmente.

Quando enfim nos separamos notei que Jasmine estava de olhos fechados. Ouvi seu suspiro baixo e acariciei seu rosto.

— Não vai abrir os olhos? — Questionei.

— Não quero acordar. — Brincou me fazendo dar risada.

Quando Jasmine finalmente os abriu fitou os meus com intensidade. Suas bochechas estavam mais coradas do que o normal e os lábios um pouco inchados.

— Então nós estamos juntos? — Perguntou esperançosa.

— Estamos muito juntos! — Afirmei sorrindo.

Jasmine assentiu concordando enquanto me dava um selinho rádio. Obviamente já queria beija-la novamente, mas sabia que tínhamos que voltar para o palácio e a festa. Ela tinha dito que ficaria apenas três dias em Thompson, mas agora sabia que era tempo suficiente para eu poder fazer tudo que tinha em mente, e isso envolvia um anel de compromisso e nossas famílias.

— Temos que voltar. — Avisei enquanto levantava e estendia minha mão a ela.

— Já? Achei que podíamos ficar mais um pouco aqui... Juntos. — Confessou aceitando minha mão.

— Nós podemos, mas é que preciso fazer uma coisa. — Dei de ombros.

— Uma coisa? — Franziu a testa.

— Sim. — Concordei abrindo um enorme sorriso — Pedir sua mão ao seu pai.

Vi sua boca se abrir em um 'O' perfeito e não contive uma risada.

Eu estava decidido. Jasmine seria minha... Para sempre.



Para quem está curioso sobre como imagino Jasmine e Alex Junior, vou deixar a imagem no inicio do capitulo.

Lembrando que a imaginação é livre e não são obrigados a nada ;)

XOXO <3

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