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Capítulo 7 - Uma dose de vinho e rum

Depois de termos a nossa conversa interrompida, eu e Athos nos juntamos ao pessoal no balcão. Mentalmente, soltei um suspiro aliviado pelo rumo que a conversa entre eu e meu melhor amigo estava tomando.

— Finalmente poderemos beber! Quanta demora! — Heilee reclamava do outro lado do balcão, enquanto enchia as canecas com o bom e velho rum. Hawkins, o príncipe Klemaant e Athos conversavam animadamente entre si.

Assim que Heilee me serviu com uma daquelas maravilhas alcoólicas, eu somente tive tempo para admirar o recipiente indo para bem longe de mim ao passo que minha boca se abria em descrença.

— Não, não, senhorita. Por acaso se esqueceu da sua gentil promessa em me presentear com um copo desses? — o príncipe debochou das minhas palavras e saboreou o meu rum com um sorriso largo nos lábios.Oras, bastante atrevido, eu diria!

E por acaso ele não sabe que pode pegar quantos copos quiser como um convidado do Rumz essa noite?

De repente, como em um passe de mágica, foi pensando naquela pergunta silenciosa que uma ideia brilhante surgiu em minha cabeça. Era mais do que cero que eu viraria aquela batalha ao meu favor.

— Não, Sua Alteza, eu não me esqueci. — apoiei o rosto em uma das mãos e cheguei mais próxima a ele. — E o senhor pode ter todos os copos de rum e outras bebidas que quiser, se ganhar, é claro.

— Quer fazer uma aposta comigo? — riu tranquilamente, bebericando o líquido.

— Pois sim! Quem tomar mais copos de rum em menos tempo ganha, certo? — segura de mim mesma, estendi uma das mãos para ele.

— Aceito apenas com uma condição. — apontou para a garrafa de vinho que estava ao lado do príncipe Infante. — Como forma de justiça, os copos deverão ser intercalados com vinho real e rum pirata. O que me diz? — estendeu sua mão para mim com um sorriso pretensioso.

De fato, a sua condição era mais justa, já que piratas não tem muito acesso ao vinho e os membros da realeza de Spéir não costumam consumir álcoois comuns aos seus olhos, como o rum. Mas como uma boa bebedora, o que eu teria a perder ali?

— Temos um acordo. — apertei fortemente a sua mão, validando a nossa aposta.

Imediatamente, chamei Heilee — que servia como taberneira hoje — para separar dez canecas bem cheias para cada um de nós, sendo cinco de rum e cinco de vinho.

Assim que os preparativos estavam concluídos, troquei para o outro lado do balcão, ficando de frente para o meu estimado oponente. Ao lado, Hawkins, Athos, o príncipe Klemaant e alguns curiosos pareciam se divertir ao presenciarem o nosso espírito competitivo quase palpável.

— Se arrependerá por firmar uma aposta comigo, senhorita pirata. — o príncipe sussurrou para mim, convencido.

— Mesmo? Preciso ver para crer. — respondi à altura com meu ego inflado até os olhos.

Dada a permissão de Heilee para começarmos, pegamos a primeira caneca como um raio e logo já estávamos partindo para a próxima.

Ao observar o nível de concentração dele, surpreendi-me totalmente. Até que ele era bom para um príncipe, mas eu tinha que ganhar ou meu orgulho pirata não estaria satisfeito!

Sem saber quanto tempo eu levava para tomar uma caneca daquelas, fui virando uma por uma goela abaixo sem tirar meus olhos do príncipe, sempre tomando o cuidado de vigiá-lo.

Já na sétima caneca era visível o efeito das bebidas sob nós, mas em momento algum nem eu, nem o príncipe desistimos. Os gritos animados ao nosso redor serviam como um bom estimulante para continuarmos nos encarando com muita competitividade.

Ao dar um sorriso discreto para mim, seu ritmo aumentou ainda mais e eu não conseguia entender como ele aparentava estar melhor do que eu, ainda mais depois de quatro canecas de rum. Como aquilo era possível?

— Eu não lhe disse que ganharia? — assim que deu o último gole da última caneca de rum, batendo-a em cima do balcão, o príncipe me fitava alterado.

— Saiba que eu apenas lhe testei. Poderia ter bebido quantas canecas quisesse como convidado no Rumz, seu... — um soluço interrompeu a minha fala, mas ainda assim eu ria do seu disfarce bem controlado, escondendo um pouco a sua indignação.

— Uma bela travessura... pois saiba que ganharei em uma próxima também, não interessa o que propuser a mim.

Como raios um homem poderia ser tão convencido? Era herança de família?

— Para o seu conhecimento, eu... — antes que eu pudesse ter o gosto de ver a sua máscara debochada cair de vez, uma mão me puxou pelo abraço, arrastando-me até a área externa da cozinha.

Eu podia ver o rosto de Heilee levemente embaraçado próximo a mim, assim que ela me sentou em um banco.

— Eu tenho uma coisa urgente para lhe dizer e, pelo seu rosto, sei que ainda está sóbria o suficiente para entender o que digo. — minha amiga me entregou um copo de água e se sentou no banco ao lado do meu. Não era preciso vê-la para saber que estava com um sorriso cheio de intenções no rosto.

— E pelo jeito que fala, com certeza você arranjou uma diversão para essa noite, certo?

Era tão fácil lê-la que chegava a ser engraçado.

— Mas é claro, tirando o álcool e a música, existe algo relativamente bom para mim que não seja as conquistas e cortejos? — cutucou meu braço com seu cotovelo, olhando-me com aqueles olhos verdes maliciosos. Eu já imaginava o que ela estava pensando.

— Tudo bem, diga logo qual será o seu peixe da noite. — bebi um pouco da água, enquanto escondia o meu desinteresse em saber sobre suas tentativas de sempre arranjar um cortejo.

— Nunca pensei que corresponderia a um homem como ele, mas o príncipe Klemaant tem me lançado muitos olhares. — sorriu, maliciosa e empolgada.

— Certamente, mas como qualquer uma com olhos pode ver, ele parece um bom partido.

— Pois sim. — quando seus olhos tornaram a me fitar daquele jeito interesseiro dela, logo presumi que a situação viraria para o meu lado. — Mas e você, Saphira? Deveria tentar encontrar um cortejo hoje, porque, olhe bem, o bar está cheio de homens interessantes essa noite e o príncipe Isaac não é uma exceção.

Ao terminar de ouvir tamanho absurdo, fui obrigada a cuspir toda a água que tomava naquele momento e retornar ao meu estado mais sóbrio possível.

Santas águas, no que essa louca está a pensar?

— Heilee, por acaso bateu com cabeça em algum lugar? Da última vez que resolvi ter contato alguém foi um fiasco! E advinha de quem foi a culpa? — olhei com indignação para minha amiga, enquanto apontava-lhe um dedo.

— Mas foi você quem escolheu o Athos e não eu, sua imbecil. — cruzou os braços irritada, mas logo tornou a fazer piadinhas. — Considerando o ponto de vista estético, fora um ótimo erro.

Ela fala como se fosse memoravelmente bom ter doze anos e pedir, inocentemente, ao seu melhor amigo para que ele lhe mostre o que é beijar. E isso tudo porque a sua amiga já havia tido a experiência e disse que era fantástico, forçando-te a segui-la.

O que aconteceu? Bem, uma pobre menina de quatorze anos insistiu tanto com seu amigo que ele resolveu colocar a língua na boca dela para depois dizer que nunca mais poderíamos repetir aquilo, pois éramos melhores amigos. Uma experiência deveras traumática.

É isso mesmo, agora imagine só quando a sua melhor amiga lhe contou sobre livros que dizem que a experiência romântica era libertadora. Eu não sei o que é isso e não preciso saber! Já tenho tudo o que preciso para me sentir incrivelmente livre aqui no Litoral.

— De maneira alguma eu vou me aproximar daquele asqueroso. Ele é um príncipe e é o futuro rei de Spéir, além de que ele não me interessa e não quero ser mais uma logo nas mãos dele.

— Ah, Saphira, tem razão. Você é muito nova ainda para saber dos romances da vida. — Heilee deu um suspiro sonhador e parou à porta da cozinha. — Bem, vou-me em busca de minha aventura. Só espero que não se arrependa de ficar aí parada como um mexilhão. Até breve!

Acenei-lhe sem animação, enquanto revirava os olhos ao ouvir toda aquela baboseira.

Eu não sou jovem demais, eu apenas não vejo o porquê de ter que me permitir ser cortejada até encontrar o príncipe do cavalo branco e me casar com ele, como a Heilee e seus romances dizem.

Sempre penso que podemos encontrar os prazeres da vida em outras coisas que nos fazem felizes da mesma forma — ou até mais felizes. Afinal, quem diz que uma mulher só é feliz quando se apaixona, se casa e tem filhos?

Permaneci ali refletindo e resmungando sobre aleatoriedades, enquanto me sentia cada vez mais sóbria e presa em uma nuvem de perguntas com respostas completamente sem sentido.

— Consumir tanto álcool lhe fez tão mal a ponto de gaguejar como uma senhora? Quanta resistência os piratas têm.

E lá estava ele, encostado ao batente da porta com aquele sorrisinho petulante.

— O que deseja agora, Sua Alteza? — dei de ombros, tentando me concentrar em ignorar sua presença ali.

— Quanto mal humor, senhorita. Parece que espremeram limão com pimenta no seu rum hoje. — aproximou-se de mim, sentando-se no parapeito do alpendre, de costas para mim.

— E parece que não te ensinaram a sentar corretamente quando se está falando com alguém. Você é o príncipe mais estranho que já conheci.

— E não te ensinaram que não são somente os bancos servem como assento? A senhorita é a pirata mais incomum que já encontrei.

Franzi a testa em estranhamento pelo que acabara de escutar e incentivei o silêncio que, de alguma forma, já pairava por ali. Ele tinha um modo um tanto diferente de se pensar, apesar de suas palavras serem ditas somente com o intuito de sempre me irritar.

Ao fundo, as ondas agitadas do mar quebravam a alguns bons metros dali, prendendo toda a minha atenção. No entanto, o momento foi interrompido assim que o príncipe Isaac se levantou, caminhando para fora da pequena cobertura que formava a área externa da cozinha do Rumz.

— Aonde vai? — surpreendi-me com a naturalidade com a qual aquelas palavras saíram da minha boca ao vê-lo andando para longe de mim.

— Na areia. — parou no corredor entre a área externa e a casa dos Donovan e me olhou. — Quer vir?

Ponderei por alguns instantes. Não era certo uma solteira sem títulos ou riquezas ficar tão próxima ao príncipe de Spéir, não é mesmo?

Procurei não pensar tanto naqueles malditos protocolos que não ditavam a minha vida e apressei o passo até alcançá-lo.

Na verdade, eu nem sabia se queria ir ou não, apenas não queria ficar sozinha e, por algum motivo desconhecido, apreciava sua companhia, mesmo que em silêncio e sendo contra as regras do povo dele.

Atravessamos a rua pedregosa e pulamos a pequena mureta que separava as habitações da areia fina e abundante de Spéir, indo em direção ao mar. Tiramos as nossas botas e chegamos mais perto da água salgada que parecia estar mais serena como a lua naquele momento.

— Essa sensação é indescritível... — suspirei logo que senti as pequenas ondas quebrarem na areia e cobrirem nossos pés por alguns segundos.

— Indescritível, de fato, é a sensação de estar navegando sobre elas, observando toda a imensidão azul ao nosso redor. — disse, nostálgico, olhando para o horizonte noturno.

— Navegando?

— Sim, é o meu passatempo predileto. — saiu de seu devaneio, voltando a me fitar.

— Então, quer dizer que você sai bastante de Spéir e viaja para outros mundos? — uma curiosidade fervente aguçou toda a minha adrenalina ao me imaginar em outras terras.

— Eu viajava mais quando era apenas um menino. Atualmente não o faço mais, pois todos os barcos de Spéir estão sob o domínio da França e Inglaterra, o que nos acarreta várias taxas caso desejemos navegar. E não podemos fazer o povo pagar por nossos luxos, correto? — explicou com um meio sorriso, cujo sentimento nem lhe chegava aos olhos inquietos.

Eu não entendia tão bem as relações do nosso reino com as outras terras, mas tudo o que eu sabia era que eles eram extremamente abusivos quanto a liberdade de Spéir, fazendo-nos como uma fonte de itens raros e riqueza.

— Porém, isso mudará. — antes que eu pudesse dizer algo, o príncipe voltou a falar com um brilho diferente em seu olhar, algo como uma visão de um exímio futuro. — Pretendo, brevemente, oficializar a companhia marítima de Spéir, a qual eu, Jaqques e alguns simpatizantes da Baía dos Mercadores consolidaremos projetos para a construção de barcos e caravelas. Futuramente, quando eu assumir o trono, — deu um pequeno suspiro incomodado. — tornarei Spéir um reino independente e habitável a todos.

— Mas você não quer ser rei, não é?

Arrisquei-me a dizer, segurando o ar em meus pulmões e me arrependi no segundo seguinte.

Um pouco pensativo, o príncipe observava fixamente as estrelas e a lua e, quando achei que o silêncio seria a nossa nova prosa, seus olhos caíram sobre mim com uma notória seriedade.

— Se ser rei significa proteger o reino de todo o mal que o ronda, como príncipe e filho destas terras, eu não poderia priorizar meus anseios ao invés da responsabilidade para com todos.

Ao ouvi-lo afirmar aquilo como tamanha sensatez e, ao mesmo tempo, um pesar instalado em seu coração, virei-me para o imenso horizonte azul à minha frente e segurei a sua mão com certa efervescência. Imediatamente, seu olhar surpreso caiu sobre mim.

— Estarei ao seu lado quando chegar a hora. — olhei-o com um sorriso. — Pode sempre contar com a futura relatora da Marinha de Spéir.

— Então, esse é o seu sonho? — sorriu, retribuindo o aperto em minha mão.

— Não, estava apenas criando um drama teatral quanto a ser relatora. — ri sem graça, dando de ombros. — Eu nunca tive expectativas para o futuro, mas graças às suas palavras, pude me enxergar além. Agora sei que apenas quero ajudar o reino, principalmente meu povo, da forma que eu puder.

De repente, o sorriso do príncipe se desmanchou e ele se aproximou mais, até que o contato dos nossos olhos não pudesse ser interrompido de forma alguma. Ele parecia avaliar a ligação entre as minhas palavras e meu semblante.

Por algum motivo estranho, senti-me apreensiva e incapaz de fazer algo para afastá-lo. Era como se seus olhos me puxassem e me prendessem neles o tempo todo, extinguindo qualquer força que eu fizesse para me desviar deles.

Deuses, eu nunca me importei tanto com tais protocolos reais...

— Está cortejando seu príncipe e futuro rei, senhorita pirata? — disse ao abrir um outro sorriso pretensioso de canto.

Imediatamente senti minhas bochechas corarem e fui obrigada a desviar nossos olhares, dando alguns passos para trás.

As ondas poderiam afundar a autoestima desse homem nesse exato momento...

— Oras, apenas cale-se... — disse em um sussurro ao passo que ele ria da minha reação. — Posso perceber que está tão cansado que está a imaginar coisas, Sua Alteza.

Tentei não vacilar diante dele e soltei nossas mãos, caminhando de volta para o Rumz. No entanto, era impossível me concentrar em fugir ao escutar um "talvez eu não esteja" às minhas costas.

Por mais que eu não quisesse admitir, conversar de igual para igual com ele fazia-me sentir viva como nunca senti que estivesse. E, por um momento, pensar daquela forma me assustava cada vez mais.

Para se apaixonar por príncipes, era preciso ser uma princesa respeitável e elegante. E certamente, eu não era uma.

Imediatamente, interrompi meus pensamentos logo que percebi sobre o que eu estava refletindo. Não havia a menor possibilidade de me apaixonar e, portanto, não havia motivos para perder tempo com essas ideias.

Ao regressarmos ao Rumz, o cansaço me atingia devagar e, por fim, despedi-me do príncipe e de todos no bar.

Talvez eu nunca mais venha a vê-lo como hoje e pensar naquela possibilidade, fazia minha solidão crescer, pois por mais que eu tenha a minha família aqui no Litoral, nunca me senti tão leve e despreocupada em toda a minha vida.

No entanto, acho melhor que seja dessa forma.

Assim que me deitei, ergui as mãos até a mesinha velha ao lado da minha cama e, ao não encontrar o que procurava, levantei-me rapidamente.

— Deuses, não pode ser...

Andei apressada até o baú onde ficavam minhas poucas roupas velhas e procurei o que queria em todos os bolsos das minhas vestimentas.

Ao não encontrar a pedra, escorreguei de costas no baú até cair no chão. O pânico misturado ao desespero crescente me fez sentir uma enorme dor de cabeça.

— Onde está minha safira?  


Olá, sperianas! Tudo bem com vocês? Espero que sim! Como prometido, trouxe o capítulo 7 como presente de natal para vocês! ♥

Obrigada por todo o apoio e carinho! Não se esqueçam de deixar um votinho como presente para mim :) Como não sei se vou voltar aqui até o ano novo: desejo um feliz natal e ano novo para todas! Até breve!

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