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Capítulo 5 - Espinhos das rosas

Desde que me entendo por gente, fui criada no meio de piratas donos de si e peculiares às suas maneiras. Eles são figuras bastante independentes e aventureiras em todos os sentidos.

No entanto, o que eu menos esperava era saber que os pomposos da Família Real pudessem carregar características tão distantes do protocolo estabelecido pelos ingleses. Francamente!

Aparentemente, todas as mulheres estavam enganadas quanto ao príncipe Isaac. O que ele tinha de beleza sequer se comparava ao seu modo grosseiro, pelo visto.

— Foi apenas um acidente, seu boçal! — esbravejei segurando a gola úmida do nobre casaco do príncipe.

— Eu poderia tê-la deixado desabar ao invés de lhe segurar, senhorita. Pois veja, como sou benevolente. — retrucou calmamente com um sorriso falso estampado no rosto.

— Está querendo que eu lhe agradeça por isso? — fitei-o, indignada.

Logo seu sorriso cínico foi diminuindo e, no momento em que ele inspirou o ar para me dar uma resposta, uma voz soou pelo salão de entrada, interrompendo-o.

— Por acaso, quer me dizer o que significa isto, Isaac? — a rainha disse controladamente, enquanto descia a escadaria cascata. Suas feições me diziam que ela estava muito irritada, mesmo com aquela pose impecável.

Ao vê-la, pude notar uma certa preocupação estampada no rosto do príncipe. O que não pude esperar era que ele abrisse os braços, fazendo com que eu caísse de bunda no chão molhado.

Deuses! Qual é o problema desse homem? Ele não poderia se portar como um príncipe ao menos uma vez?!

A rainha Marie se aproximava de nós com seus olhos inquisitivos fixos no filho.

— Que bela... — iniciou, fingindo um engasgo tosco. — surpresa logo pela manhã, querida mamãe!

— Espero que me explique perfeitamente os fatos que levaram a esse contratempo. — a rainha alternou seu olhar entre mim e o príncipe, fazendo-me engolir em seco e continuou. — Porém não neste momento. Vá se trocar imediatamente para a congregação com a grã-duquesa Sullivan e sua filha no salão do rei.

O príncipe Isaac soltou um pequeno suspiro e reverenciou à rainha, deixando o cômodo logo depois.

Assim que a rainha tornou a me fitar, levantei-me do chão em um pulo e abaixei o rosto. Um nervosismo me dominava a cada segundo de silêncio pairando entre nós.

— Erga o seu rosto, Saphira. — a rainha ordenou e assumi uma postura rígida instantaneamente.

— Peço-lhe perdão pela confusão, Majestade. — apertei os lábios enquanto atirava as melhores palavras que poderia pensar naquela hora.

— Não se preocupe. — ela abriu um sorriso condolente para mim, deixando-me confusa. — Sou eu quem deveria pedir-lhe perdão pelo comportamento do príncipe Isaac. Conversarei com ele para que isso não se repita.

— Bem... agradeço-lhe, Majestade.

— E, a propósito, — ela observou a bacia e o piso ainda molhado. — vá se banhar e tomar um tempo de reflexão aos seus atos para si. Caso alguém lhe pergunte, diga que eu mesma a dispensei de seus afazeres.

— Mas quem limpará tudo isso? — abri os braços, indicando toda a bagunça feita no local.

— Não há problemas quanto a isso. Apenas direi para que Odette encaminhe outra criada para realizar essa tarefa.

Assenti em confirmação para a rainha, que me abriu mais um sorriso simpático e se retirou do salão de entrada principal.

A cada segundo que passo dentro desse palácio, mais eu me surpreendo com o comportamento das pessoas daqui, em especial a Família Real.

Como raios uma mulher tão agradável como a rainha pôde ter filhos como os príncipes Isaac e Zen? Se os príncipes mais velhos já são uns abutres, eu sequer poderia imaginar como seria o mais novo.

Com uma imensa confusão rodeando meus pensamentos, procurei Odette pelo palácio para avisar da minha dispensa e depois fui para o meu pequeno quartinho trocar aquelas roupas molhadas.


✦✦


O restante do dia se passou como um raio.

Depois de me alimentar com restos de comida na cantina com algumas meninas que trabalhavam em áreas próximas às minhas, voltei ao meu quarto e pude descansar durante toda a tarde. Assim que acordei, decidi passear nos arredores do palácio, mais especificadamente no jardim leste.

Ao chegar ao jardim, arregalei os olhos enquanto minha boca se abria em surpresa. Havia um mar de rosas rodeando um coreto branco com detalhes orgânicos e dourados. Próximo ao coreto, estava uma pequena fonte e alguns banquinhos virados em direção ao mar tão distante dali.

Aproveitei que ainda faltavam algumas horas até o pôr do sol e sentei em um dos banquinhos de madeira para admirar um velho amigo de águas azuis e riquezas profundas. Como eu sentia falta do Litoral dos Piratas...

Um vento nostálgico passou por mim, balançando alguns dos meus fios soltos e arrepiando a minha pele. Instintivamente, abracei a mim mesma para me proteger e aliviar aquela dor crescente em meu peito.

— Apreciando a vista, senhorita pirata?

Uma voz grave interrompeu toda a minha concentração e, estranhamente, eu já reconhecia aquele timbre tão rebelde e expressivo.

— Não mais, agora que o boçal real que derruba pobres criadas chegou. — revirei os olhos, enquanto fingia observar o horizonte.

O príncipe apenas soltou uma risada nasalada e aproximou-se do banco, sentando-se ao meu lado sem cerimônias.

Estranhei aquele comportamento e me afastei para o extremo oposto do banco, distanciando-me ao máximo daquele lunático.

— Esse lugar é tão reconfortante e bonito que às vezes me assusta... — comentou, enquanto observava o mar fixamente bem longe de nós.

— Em hipótese alguma eu poderia imaginar que logo nesse ambiente confinado do palácio, poderia existir um jardim desses. — resolvi abaixar a guarda e olhei mais uma vez para as inúmeras rosas que nos cercavam ali. — Quem o fez deu realmente tudo de si.

— Sim, essa é a única evidência da quase escassa porção de humanidade que ainda resta no rei.

Pela primeira vez em que estávamos no jardim, olhei confusa para o príncipe, provavelmente absorto em pensamentos.

— O que quer dizer com isso?

— Foi o rei quem ordenou a construção desse jardim de rosas vermelhas em homenagem à antiga princesa. — o príncipe cruzou os braços atrás do pescoço, deitando sua cabeça neles e seus olhos azuis viraram-se totalmente para mim, desconcertando-me de alguma forma.

— Eu não sabia que Spéir já havia tido outra princesa um dia. — desviei meu olhar novamente para mar, evitando olhá-lo.

— Ela era irmã da minha mãe. Chamava-se Marine Klemaant. — deu um suspiro e levantou-se, ficando de costas para mim. — Dizem que ela era uma princesa incomum e bastante divertida. É uma pena que não pude conhecê-la de alguma forma.

— O que houve com ela? — meus olhos caíram sob seus cabelos negros balançando ao vento.

— Infelizmente ela faleceu um tempo antes do meu nascimento, mas eu nunca soube o porquê.

Finalmente pude entender a quietude e o encanto daquele jardim. A antiga princesa Klemaant certamente fora muito querida para o rei e, talvez, até para o povo de Spéir.

Um silêncio se instalou naquele final de tarde e me senti na obrigação de continuar o assunto apenas para presenciar mais daquele príncipe Isaac tão sério e focado.

— E quanto à rainha Marie? Ela não se importou em se casar com o antigo marido da própria irmã? — levantei-me do banco, caminhando até as rosas mais próximas dali.

— Meu pai e a princesa Marine nunca se casaram, apenas foram prometidos e noivos por um tempo. — Eu observava as rosas, enquanto escutava sua voz atrás de mim. — Quanto à minha mãe, ela sempre amou o meu pai e apenas aceitou as ordens matrimoniais estabelecidas entre Spéir e o reino franco, mas imagino que tem sido difícil para ela todos esses anos. Tente se imaginar casando-se com um homem que não lhe ame.

No momento em que o príncipe terminou sua frase, distrai-me ao tocar uma rosa e espetei um de meus dedos em um espinho.

— Ai! — praguejei baixinho, enquanto observava uma gota de sangue brotar em meu dedo.

De repente, senti uma mão forte segurar meu pulso e outra se apoiar em minhas costas, conduzindo-me à pequena fonte.

Meu corpo se tencionou pela nossa proximidade e, ao contrário do que eu realmente queria, meu olhar se concentrou apenas em observar os seus movimentos e expressões enigmáticas e suaves, diferente de como eu já havia o visto em todos os nossos encontros.

Calmamente, o príncipe mergulhou minha mão na água e lavou de forma delicada o minúsculo furo feito pelo espinho. Algo em mim se agitou com seu gesto e arregalei minimamente os olhos, questionando quantas personalidades ele ainda possuía.

Pela primeira vez, desde que cheguei ao palácio, ele havia sido verdadeiramente gentil comigo. Eu não sabia dizer o motivo, mas o príncipe era muito mais do que aparentava ser.

— Eu não esperava que as mulheres piratas realmente não soubessem que rosas possuem espinhos... — sorriu de lado, voltando ao seu comportamento grosseiro e satírico.

— Está dizendo que não somos delicadas ou que não temos apreço por flores? — levantei uma de minhas sobrancelhas.

— Responda-me você. Estou curioso.

Seu sorriso se alargou mais, prendendo-me por um instante em sua brincadeira, instante esse que me acordou no segundo seguinte ao sentir a água gelada em meu rosto.

— O que pensa que está fazendo? — Abri a boca, indignada o suficiente para tomar qualquer atitude.

— Notei que estava sonhando acordada e apenas quis lhe ajudar como um bom amigo, é claro. — deu de ombros dramaticamente, contendo o riso. — Eu não esperava um momento para me vingar por ter me molhado mais cedo, não, jamais!

Acho que tirei conclusões precipitadas acerca de alguém.

Antes que eu pudesse levar minhas mãos à fonte para encharcar o príncipe pela segunda vez naquele dia, suas mãos fortes me pararam e ele deu mais um daqueles sorrisos convencidos que me diziam que eu não poderia ganhar aquela batalha.

Deuses, ele pagaria por me tratar daquela forma.

Quando, enfim, dei-me conta, eu estava correndo pelo jardim leste atrás do príncipe herdeiro de Spéir e, pela primeira vez, achei graça de seu comportamento espontâneo.

Enquanto corríamos em direção ao alpendre externo do palácio, o príncipe parou de repente, quase me fazendo trombar em suas costas.

Assim que me posicionei ao seu lado e abri a boca para chamá-lo, vi duas damas de aparência muito nobre paradas no corredor coberto.

A mulher de feições mais velhas trajava um belo vestido à moda britânica verde-escuro e tinha suas mãos cobertas por luvas negras, enquanto a mais jovem usava o mesmo modelo de vestes, porém, na cor lilás.

Apenas de olhá-las, pude deduzir que eram forasteiras, provavelmente inglesas. Porém, nenhuma delas parecia estar aberta para um diálogo amigável.

— Grã-duquesa Sullivan e Lady Sullivan, meus cumprimentos. — o príncipe fez uma longa mensura para ambas e olhou discretamente para mim, indicando que eu fizesse o mesmo.

— Vossa Alteza Imperial, nossos sinceros cumprimentos. — a mais velha, certamente a grã-duquesa, saudou-o brevemente, seguida imediatamente pela Lady Sullivan. Ambas carregavam um forte sotaque em suas falas.

Após tanta cortesia, um silêncio estranho se fez presente e um desconforto me atingiu em cheio quando dei-me conta de que as Sullivan me observavam minuciosamente.

— Peço perdão pelo curto diálogo, mas preciso resolver um problema de certa urgência. Com licença, miladies. — o príncipe se despediu das damas e tornou a me olhar. — Siga-me.

Sem entender muito do que se tratava e qual era a relação entre ele e aquelas mulheres, decidi segui-lo para dentro do palácio.

— Preciso ir para atender alguns compromissos e você deve seguir para os seus aposentos, não demore. — ele parou no salão de entrada principal e, sem nem me olhar, despachou-me com pressa.

Não protestei, mas ao ver o rosto do príncipe se tornar tão sério e pensativo, a curiosidade havia aumentado ainda mais em minha cabeça.

Especulando a respeito da grã-duquesa e sua acompanhante, caminhei devagar pelos corredores do palácio até chegar à porta do meu quarto. No entanto, antes que eu pudesse abri-la, uma voz longe me tirou dos meus pensamentos, fazendo-me virar para identificar seu dono.

— Acompanhe-me até o salão do trono, pirata. — o príncipe Zen aproximou-se de mim com certa urgência.

— O que quer comigo? Já não bastou mandar seus capachos me jogarem em uma cela e, no dia seguinte, humilhar-me junto ao rei? — levantei minha voz para aquele estúpido homem. Ele realmente acha que pode mandar e desmandar em mim desta forma?

— Não me diz respeito o que pensa, o rei está lhe convocando. — seus olhos azuis semicerraram em minha direção e, contra a minha vontade, o príncipe segurou meu pulso, arrastando-me pelo corredor. — E controle sua língua quando estiver em minha presença. Você não fala com seu capitão, mas sim com o Comandante das Tropas do Reino de Spéir.

— E controle a sua arrogância e prepotência diante de uma pirata. Posso muito bem fazê-lo entender qual é o seu devido lugar. — puxei meu pulso com força de sua mão e retirei uma de minhas adagas do bolso do avental, apontando-a em seu pescoço. — Agradeço sua gentileza, mas não é preciso me arrastar pelos corredores. Sei bem onde é o salão do trono.

Mesmo com a lâmina próxima a um ponto vital, o príncipe Zen não vacilou ou demonstrou qualquer sentimento, apenas continuava com sua pose impassível, enquanto crava seu olhar em mim.

Por fim, abaixei a arma, guardando-a e seguindo rapidamente pela ala dos criados até a salão do trono sem me importar com aquele homem.

Logo que cheguei à salão, meu coração disparou rapidamente e meus olhos saltaram. Heilee, Athos e Hawkins estavam de frente para o rei Van John e para a rainha Marie. E ao julgar pelas suas posições, o ambiente não era nada amigável.

— Pessoal! — gritei num impulso e fui correndo até eles, mas dois guardas cruzaram suas lanças, barrando-me.

— Saphira! — Heilee me gritou de volta. Athos e Hawkins apenas me olharam com um breve sorriso aliviado.

— Calem-se! Não estão em suas casas! — o reibradou, levantando-se do trono. — É bastante audácia que piratas adentrem oPalácio de Ardaigh, quanto mais o famoso Capitão Hawkins. — Van John riucinicamente, descendo as escadas do altar e aproximando-se de Hawkins. —Pergunto-me se lhe é vantajoso infringir as leis apenas para resgatar umamera piratinha.

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