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Capítulo 28 - E uma chama se apaga

Uma semana depois, Spéir ainda estavam entrando em seus eixos novamente. Nada estava com a absoluta certeza de resolução, mas eu acreditava que uma hora conseguiríamos contornar a situação.

O palácio como um todo estava devastado. Tanto a Corte como os nobres das Cidades Reais estavam espantados com as atitudes tomadas pelo Segundo Príncipe no casamento. Ninguém esperava por uma traição vinda de alguém tão influente na Família Real.

Tanto o rei como a rainha ainda estavam debilitados, principalmente o rei que havia dias que nem conseguia sair da cama. Felizmente, a rainha apresentava um quadro melhor, mesmo sob o intenso tratamento na ferida causada pela lâmina no ombro esquerdo.

Liam também passou por algum tempo em repouso para se recuperar de todas as contusões e feridas mais superficiais nos braços.

Para ajudar na reorganização do palácio e na recuperação dos nobres que estavam presentes no casamento, eu e Isaac contamos com o auxílio de Hawkins e seus piratas e de Mama e suas meninas, além de alguns mercadores que se uniram a eles. Felizmente os feridos não eram alguém que eu conhecesse, como os Walsh.

Com a ausência de ambos os soberanos, Isaac foi autorizado a tomar posse das responsabilidades do palácio. Mais rápido do que nunca, uma de suas primeiras providências foi enviar uma cara ao Império Britânico relatando as intenções e ações da grã-duquesa e sua filha, que deveriam ser levadas e julgadas pelas leis deles.

O casamento, evidentemente, fora cancelado e Isaac pediu a renúncia do tratado entre Spéir e o reino inglês, solicitando um tempo para que o rei Van John se estabelecesse para discutirem sobre uma possível solução.

Nesse tempo, tanto Zen como as Sullivan foram detidos na prisão e, naquela tarde, haveria um julgamento regido por Isaac e pela rainha para confirmar os crimes e aplicar as medidas oficiais. Eu, meus irmãos e todos que apoiaram a minha denúncia no dia do casamento deveriam estar presentes.

Estávamos todos em posição no salão do trono quando os guardas avançaram pela porta, trazendo os três com mãos acorrentadas até ficarem a alguns passos do altar, onde Isaac, Liam e a rainha se encontravam.

A dor e a incredulidade estavam presentes nos olhares dos Harrington. Só de vê-los, era possível saber que não queriam estar ali de frente para o filho e irmão somente como rainha e príncipes.

— Sou todo ouvidos. — Isaac disse, aguardando.

Zen possuía o olhar indecifrável, ao contrário da grã-duquesa e sua filha, que mostravam toda a raiva e desgosto por estarem ali.

— Já sabe da verdade. — Zen disse, jogando seu olhar para mim. — O mapa, as manipulações, o envenenamento, a tomada do trono, tudo.

— Então afirma que copiou a matriz do mapa de fuga emergencial da Família Real para nos matar e tomar o trono? — Os olhos azuis de Isaac estremeceram com a pergunta.

— Evidentemente que sim. — afirmou naturalmente, como se fosse capaz de fazer tudo outra vez, caso precisasse.

— Por quê? — dessa vez, a voz da rainha ecoou pelo salão firmemente, mas seu olhar dizia ao contrário.

— Porque eu merecia ser rei! — Zen gritou, mal acreditando no questionamento da rainha. — Eu sempre treinei duro, eu sempre fiz tudo para agradar o rei, mas ele nunca olhou para mim por não ser o primogênito, sempre me desprezou por ele! — Olhou para Isaac com desdém.

A rainha estava pronta para refutar suas palavras, mas Isaac apenas fez um sinal para que o deixasse falar.

— Tornei-me o Comandante de tropas apenas para que meu pai me notasse para o trono, mas é óbvio que ele não o fez e, então, eu vi aquele cargo como uma vantagem. — riu, sem humor. — Eu teria o controle da maior parte dos guardas e poderia arquitetar o plano de tomar o trono como eu bem quisesse e foi isso que fiz. No entanto, não teria graça sem tomar tudo que era seu, Isaac.

— O que quer dizer?

Zen tornou a olhar para mim outra vez e eu senti um calafrio ao ver seus globos frios e calculistas em mim.

— Saphira era a coisa que você mais amava e eu a tomei como minha noiva para desequilibrá-lo, para fazê-lo cair, mas parece que ela não era só mais uma jovenzinha tola...

Uma risada fina ecoou pelo salão e todos focaram sua atenção em Elga Sullivan, confusos.

— Se tivesse me dado ouvidos para matá-la antes que se tornasse um problema, não estaria aqui agora. Conheço bem a minha cria... — Sibilou.

A sua cria? — Isaac perguntou e meu corpo paralisou com o que viria a seguir.

— Pois sim, Saphira, ou melhor, Florence, é minha filha com o rei da França. — disse, surpreendendo a todos e mais ainda a mim.

— Como pode ter certeza do que fala? — A rainha interveio.

— Desde o momento em que nos mostrou a pedra naquela maldita sala de chá. — Elga cuspiu. O desgosto era visível em seu olhar. — Eu soube desde o instante em que vi aquela joia que minha filha havia voltado para perto de mim por uma terrível ironia do destino.

Um nó se formou em minha garganta, tornando-me incapaz de dizer qualquer coisa que fosse.

Minha mãe era a pior pessoa do mundo.

— Por que a tomou de nós e depois a abandonou? — Léanne perguntou enquanto Simon tentava apaziguar seu ódio.

— Perguntem ao papai dela. — Sorriu, satírica. — Ele certamente sabe de toda a história, principalmente quando acabou com meu casamento há mais de vinte anos atrás.

— Basta. — Isaac interviu ao perceber meu desconforto. — Elga de Mellini Sullivan, admite seus crimes perante à Coroa?

— E no que eu poderia mentir? Sua ratinha amada acabou com todos os meus planos. — olhou com desdém para mim. — Gostaria apenas de acrescentar que por pouco não consegui tornar estas terras britânicas como o restante da Irlanda já o é, mas os meus soberanos o farão ainda, aguardem.

— Tornar essas terras britânicas? — Zen riu. — Somente por cima de meu cadáver! Eu planejava tornar Spéir o reino mais poderoso e completamente livre de vocês, ingleses imundos!

— Acha mesmo que depois de derrubar o trono speriano, eu daria a Coroa a você, Zen? — Caçoou, fazendo-o franzir os lábios de raiva. — Eu seria a nova rainha e você estaria sob os meus pés, morto!

— Pois acho que sua filha não diria o mesmo. — Abriu um sorriso presunçoso.

Os olhares recaíram sobre Suzan, até então abstendo-se da situação. Seus olhos queimavam em cada um dos presentes ali, inclusive em Zen e na própria mãe.

— Posso estar carregando um filho seu, mas nunca trairia minha mãe, apesar de que ela merece muito. — Sorriu, nada satisfeita. — Que tipo de mãe ordena que a filha durma com um homem apenas para roubar um mapa estúpido e atingir seus objetivos?

Deuses... Suzan esperava um filho de Zen?

Olhei de soslaio para Isaac, mas ele não parecia nada afetado ou surpreso pela confissão da antiga noiva. Passei a olhar para Zen e ele continha as mesmas feições inexpressivas, até mesmo desinteressadas, eu diria. Um covarde!

— Uma criança? Céus... — A rainha questionou para si mesma, massageando as têmporas.

Isaac fez um sinal para pedir um tempo e se juntou à rainha e Liam para possivelmente discutirem sobre a aplicação das penas.

Não muito tempo depois, Isaac caminhou até à beira das escadas do altar e anunciou o veredito final:

— Em nome de Vossa Majestade, o rei Van John Harrington, declaro prisão perpétua ao Segundo Príncipe de Spéir, Zen Erwin Harrington, e prisão temporária à grã-duquesa, Elga de Mellini Sullivan, até que os comissários ingleses respondam.

— E como autoridade máxima neste julgamento, — Marie se levantou. — declaro à Princesa de Lancaster, Suzan Catherine Sullivan, prisão temporária até que a criança nasça. Após o parto, decidirei o seu futuro enquanto a mãe retornará ao seu reino de origem.

Sem qualquer direito de oposição, os três acataram à pena e foram levados pelos guardas, encerrando, por fim, o denso julgamento.


✦✦


A noite estava fria em Spéir e mesmo com as janelas devidamente fechadas, o rei não passava nada bem.

Seu rosto estava pálido e ele suava ao relatar as dores que sentia na cabeça e no peito. O médico real e alguns criados entravam e saiam do quarto a todo instante, tentando estabilizá-lo de alguma forma.

Quando finalmente o rei conseguiu dormir por alguns minutos, uma tosse ininterrupta o atacou, fazendo-o expelir sangue também. A rainha chamou todas as pessoas que Van John intimou logo depois e lá estávamos nós, aguardando o que o rei nos diria.

— Hawkins, chegue mais perto... — Chamou com a voz ofegante.

Hawkins se aproximou, sentando-se em um dos bancos ao lado da cama. Estranhei o ato e calmaria que ambos demonstravam.

— Você é o meu amigo mais precioso e não posso morrer sem lhe pedir perdão. — disse, surpreendendo a todos ali, com exceção da Rainha. — Peço que me perdoe por tudo o que fiz de mal a você desde aquele dia.

— Eu o perdoou, John. — Hawkins sorriu, um pouco emocionado. — Nunca o julguei pelo fez. Senti saudades da nossa amizade durante todo esse tempo.

Pela primeira vez, vi o rei sorrindo sem presunção ou ironia. Era um sorriso sincero e amável.

— Marie Anne, quero que elabore um novo tratado de paz com os piratas, suspendendo o exílio deles do Litoral dos Piratas e os dando a cidadania do reino. Eu a autorizo que assine em meu nome e o coloque em vigor com urgência.

A rainha abriu um pequeno sorriso e assentiu às ordens do rei.

— Agradeço-lhe por isso, meu amigo. — Segurou a mão de Van John com um sorriso. — Prometo que serei o último pirata dessas terras. Nasci como um e morrei como um.

O rei riu brevemente da ousadia do amigo, emocionando a todos, inclusive a mim.

Tão logo, ele pediu que Heilee se aproximasse, causando confusão em todos nós.

— Preciso dizê-la, Hawkins. — O rei olhou para o amigo, que suspirou, assentindo.

— Dizer-me o que? — Heilee perguntou inocentemente, sentando-se no lugar do pai.

— Que é tão bela e inteligente quanto sua mãe, a princesa Marine Klemaant. — Disse com um o sorriso, fazendo Heilee abrir a boca em surpresa. — Não fique embasbacada. Seu pai roubou o coração dela antes que pudesse fazer algo. — Riu, humorado.

— Como ela era? — minha amiga indagou. Seus olhos brilhavam em expectativa.

— Além de uma exímia cantora e pianista, foi a melhor pessoa que já pisou nessas terras. — ele disse amavelmente, trocando um olhar cúmplice com Hawkins. — Converse com seu pai e saberá o quanto sua mãe aprontou em Spéir, tornando-se a mulher mais amada desse reino.

Heilee assentiu como uma criança entusiasmada e olhou para o pai, que lhe deu leves batidinhas no topo de sua cabeça em um carinho orgulhoso. Ambos pediram licença ao rei e deixaram os aposentos minutos depois.

— Isaac, Liam e Saphira. — chamou, abanando a mão trêmula para nós.

Aproximamo-nos da cama do rei e percebi que os dois irmãos continham sorrisos contidos, um pouco expectantes.

— Saphira, ou Princesa Florence da França, — Deu um meio sorriso. — peço-lhe perdão pelo mal que lhe causei. Mesmo que eu tenha caído nas manipulações de Zen, não deveria ter sido cruel com alguém que, desde o início, teve a intenção de ajudar o reino.

— Eu o perdoo, Majestade. — fiz-lhe uma breve reverência, sorrindo pelas suas palavras. — Mesmo que eu tenha me excedido, confesso que não retirarei todas as minhas palavras e desafios ao senhor.

Todos deram risadas da minha brincadeira, que não deixava de ser verdade, e meu coração se aliviou por ele estar confessando tudo aquilo a nós. Mais do que qualquer um ali, Van John precisava do perdão.

— Meus filhos. — Chamou, pegando nas mãos de Isaac e Liam. — Quero que me perdoem por ter sido o pior pai do mundo. Eu deveria tê-los educado à minha maneira e não à maneira como meu pai me educou. Eu falhei com os três, mas nunca deixei de amá-los desde o dia em que os carreguei no colo pela primeira vez. — Seus olhos marejaram. — Continuem a ser homens honrados no futuro. É a única coisa que peço a vocês.

Quase que instantaneamente, Liam se ajoelhou, abraçando o pai com cuidado, mas cheio de carinho. Meu peito se apertou e uma súbita vontade de chorar ali mesmo em atingiu.

Quando o irmão mais novo se afastou, Isaac fez o mesmo, mas o rei segurou seu rosto antes que pudesse se levantar.

— Você será um bom rei. Eu confio meu reino em suas mãos. — Deu-lhe um beijo carinhoso. — Também lhe dou a permissão, caso deseje se casar com Saphira. Tenho certeza de que ela será uma boa rainha para Spéir e uma boa esposa para você.

O sorriso de Isaac se ampliou e ele logo se juntou a mim e Liam, fazendo o rubor que se instalava em minhas bochechas aumentarem ainda mais.

— Marie Anne. — chamou com amor, diferente de todas as vezes que o vi dirigir a palavra a ela. — Sei que nunca disse que a amei porque eu ainda amo a sua irmã, mesmo após a morte dela. No entanto, eu a amo por tudo que foi ao meu lado, por mais que eu fosse um estúpido com você e com nossos filhos.

— Casamentos são sempre difíceis, Van John, embora isso não justifique suas péssimas ações desde o início, mas eu sempre vou amá-lo. Antes de ser meu marido e meu rei, você é meu amigo e sempre será. — Disse com a voz embargada, sentando-se na ponta da cama e o abraçando.

E como a noite fria de Spéir naquele momento, os olhos do rei foram se fechando aos poucos e seu corpo se acalmando vagarosamente até que seu peito não pudesse subir e descer mais e a chama de seu coração se apagasse.

Abracei Isaac e Liam, que dispararam a chorar assim como a rainha, pois bem ali, nos braços dela, o rei encerrou seu ciclo como um homem daquelas terras.


E esse é o #4 da nossa contagem regressiva! Mas se acalmem que tem muita coisa para acontecer ainda! 😂

Elga é a mãe de Saphira, Suzan está grávida e o rei faleceu. Muitas emoções e descobertas, não? Quero deixar um adendo especial em relação à morte de Van John. Sei que ele foi cruel e não vou passar pano para ele, mas também não vou dizer que mereceu morrer, ainda mais de uma forma trágica (mas é minha opinião, gente kkk é só para ficar claro que, eu, Lily Gurei, talvez não o perdoaria como a Saphira fez)

E como um último recadinho, quero agradecer a vocês por todo o apoio até aqui. Cada estrelinha e comentário animam o meu dia e me fazem ter forças para seguir até o final  ♥ Obrigada mesmo! Até o próximo capítulo! 

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